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VENTOSATEAPIA E

LIBERAÇÃO MIOFASCIAL
PROF.: Fernando Souza Melo
FISIOTERAPEUTA
A
Aorigem
utilização das ventosas no tratamento de doenças não é uma
exclusividade da MTC, existem relatos do seu uso desde o antigo Egito, ela
também é mencionada nos escritos de Hipócrates e praticada pelos
Gregos no séc. IV a.C.

Em uma de suas formas mais primitivas , a ventosa, era utilizada pelos
índios americanos que cortavam a parte superior dos chifres de búfalos,
provocando vácuo por sucção oral na ponta do chifre.

Era utilizada praticamente em quase todas as doenças pela falta de


recursos médicos.
Tipos de ventosas
A ventosa feita de bambu
é um recurso muito antigo e se
encontra ainda em uso por
terapeutas tradicionais que
mergulham na MTC.
Tipos de ventosas

A ventosa terapia foi


originalmente conhecida
como método do chifre.
Tipos de ventosas

A ventosa de vidro é um
recurso que associado ao calor
da chama aplicada na borda da
ventosa acrescenta os benefícios
fisiológicos do calor. Imagina um
ambiente com meia luz, terapias
manuais com um óleo de
fragrância agradável. $$$$

Obs: A técnica deve ser aplicada com cautela pois cada


pessoa suporta de maneira particular o calor.
Tipos de ventosas

A ventosa de
Acrílico/plástico é provavelmente
o tipo de ventosa mais utilizado
pela sua praticidade. Enquanto
os recursos anteriores se faz
necessário utilização de fogo, na
ventosa de acrílico/plástico
utilizamos um pistola se sucção
para realização da técnica.
Ventosaterapia
O uso de ventosas foi originalmente conhecida como método do chifre. O
propósito era tratar doenças e retirar pus. No fim do período Neolítico, o
desenvolvimento da agropecuária facilitou o desenvolvimento da técnica
do chifre (ventosa).

Celsoet. Descreveu aplicações de ventosas no primeiro século d.c


advertindo que a aplicação de ventosas é benéfica tanto para doenças
crónicas como para agudas.
Ventosaterapia

A ventosa segundo a MTC tem a propriedade de limpar o sangue das


toxinas acumuladas no organismo produzida pelos alimentos e outras
fontes poluentes. O sangue estagnado, escuro e sujo, nos músculos e
articulações é considerado um dos causadores de doenças.

Um protocolo pode ser estabelecido para essa condição clínica: aplicação
da técnica em 5 sessões, com retenção dos copos de plástico na pele em
torno de 8 minutos, bombeamento automático, preferencialmente, ou
manual, com força de sucção média, e intervalo de três a sete dias entre
as aplicações. Moura CC, Chaves ECL, Cardoso ACLR, Nogueira DA, Corrêa HP, Chianca TCM. Cupping therapy and chronic back pain: systematic review and
meta-analysis. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2018;26:e3094
Reação da pele após ventosas
Ventosaterapia na Celulite
O fibro edema gelóide tem uma associação com insuficiência e sintomas
de parestesias, câimbras, sensação de peso, dor à palpação local,
diminuição da temperatura tecidual nos locais afetados.
As alterações microcirculatórias podem ser desencadeadas por
insuficiência de esfíncteres pré-capilares, cuja função reguladora do fluxo
sanguíneo encontra-se modificada nas áreas afetadas pelo fibro edema
gelóide
Ventosaterapia na Celulite
A terapia com vácuo promove alterações funcionais importantes no fibro
edema gelóide por incrementar a circulação sanguínea e linfática,
melhorar a extensibilidade do tecido colagenoso e mobilizar o tecido
fibroesclerosado, determinando uma melhora na nutrição e oxigenação
célula.

Estudos sobre o efeito da vacuoterapia no contorno corporal e na


redução do FEG observou que as pacientes submetidas a tratamento
completo com vacuoterapia demonstraram um abrandamento da
superfície da pele, e do FEG, demonstrando ser uma modalidade segura
para tratamento do mesmo. Notou-se uma redução de 50% do FEG nas
analises fotográficas. BACELAR, Vanessa Correia Fernandes, VIEIRA, Maria Eugênia Senra. Importância da vacuoterapia
no tratamento do fibro edema gelóide. Fisioterapia Brasil. Bahia, 7(6), p. 441-442, Nov./ Dez., 2006.
Aplicação das
ventosas
Método estático;
Consiste em manter a ventosas por alguns minutos,
lembrando sempre que quanto maior tempo de
aplicação, maior é a chance de lesão. Indicado para
contraturas musculares, dores articulares, tensão
miofascial e outros.

Método deslizante;
Consiste em aplicar a ventosa e promover deslizamento nos
tecidos
subjacentes, seguindo trajetos miofasciais.
Aplicação das
ventosas
Podemos quantificar a pressão aplicada como fraca, média e forte.
Pressão fraca: Tem com objetivo atingir tecidos mais superficiais,
drenar líquido ou edema.
Pressão média: Tem com objetivo atingir tecidos de média profundidade,
como músculos, fáscias e outros.
Pressão forte: Tem com objetivo atingir tecidos mais profundos incluindo
órgãos e vísceras.
Aplicação das
ventosas
Utilização de óleo;
Tempo de tratamento.
Qual ventosa comprar??
CURIOSIDA
DES
PONTOS SHU - CORRESPONDE AOS MERIDIANOS.. DEPENDE DE
CONHECIMENTO DE ACUPUNTURA.
Contra
indicações
Feridas;
Alergias;
Mulheres grávidas;
Febre alta;
Convulsões;
Varizes;
Trombose;
Cada pessoas tem uma tolerância.
Outros
Fáscia Muscular –
Origem
Ao término da sétima semana de
desenvolvimento, o embrião apresenta a
maior parte dos órgãos, ossos, e estruturas
nervosas e musculares em posição. Ocorre
uma proliferação de um grupo de células
primitivas derivada do mesoderma
originando a fáscia primitiva.
Fáscia Muscular –
Origem
É interessante observa que a fáscia
não apresenta inicio nem fim e é descrita
por anatomistas de acordo com sua
localização e as estruturas fáscias
envolvem os músculos como verdadeiras
partes de continuidade.
A contração do músculo bíceps
braquial exerce força na fáscia de todo o
braço, ombro e pescoço.
Matrix extracelular
(MEC)
A MEC é o microambiente físico no qual as
células operam. O espaço ao redor e entre as
células compreende uma malha elástica
intricadamente organizada de proteína localmente
secretada, fibras de colágeno e moléculas de
polissacarídeos, bem como ácido hialurônico – que
formam a MEC. As células principais da fáscia, os
fibroblastos, sintetizam a MEC e o colágeno em
resposta à carga.
Fáscia
Muscular
É um tecido conjuntivo (colagenoso)
fibroso que faz parte de um sistema de força
tensional amplo para o corpo, serve para
separar/proteger estruturas e facilitar o
deslizamento entre elas, com diferentes
níveis de tensão para que haja harmonia
entre a movimentação.
Fáscia
Muscular
A tensegridade é um sistema de
arquitetura comumente utilizado para a
naturais. Os
formação dossistemassistemas se auto-estabilizam
mecanicamente devido maneira como forças
à
compressivas tensionais são distribuídas e equilibradas
pela estrutura (INGBER,1998). É um sistema de
estabilização onde o componente passivo exerce uma
constante tensão sobre o sistema articular. Assim
diminui o gasto energético e o controle a nível central
(WC, 2015).
Fáscia Muscular – A Linha Superficial Posterior

Origem
A relação entre um músculo em
desenvolvimento e a miofáscia de
tecido conjuntivo circunjacentes é
complexa, pois, é o crescimento das
fáscias ao longo das linhas de tensão e
distensão que potencialmente
determinam o desenvolvimento e a
orientação do músculo.
Os principais
trilhos
Linha Superficial anterior
Extensor dos artelhos,
quadríceps, reto abdominal e
fásciais abdominais, esternal e
fáscia esternal, esternocleiodo
mastoide.
Os principais
trilhos
Linha Superficial posterior
Flexores curtos dos artelhos e
aponeurose tríceps
sural, isquiostibiais, ligamento
plantar,
sacrotuberal, fáscia sacrolombar,
eretores de espinha, fáscia
epicraniana.
Os principais
trilhos
Linha lateral
Músculos fibulares, compartimento
crural lateral, trato IT, abdutores do
quadril, oblíquos abdominais,
intercostais internos e externos,
esplênio e Ecom.
Os principais
trilhos
Linha espiral
Esplênios, rombóides, serrátil
anterior, obliquo externo e interno
(contralateral), tensor da fáscia lata,
trato IT, fibular longo, bíceps
femoral, lig. Sacrotuberal, eretor
de espinha.
Os principais
trilhos
Linha espiral
Esplênios, rombóides, serrátil
anterior, obliquo externo e interno
(contralateral), tensor da fáscia lata,
trato IT, fibular longo, bíceps
femoral, lig. Sacrotuberal, eretor
de espinha.
Os principais
trilhos
Linhas Superficial anterior e
Profunda do braço.
Os principais
trilhos
Linhas Superficial posterior
e Profunda do braço
Desenvolvimento de Pontos-
Gatilho
Os pontos-gatilhos manifestam –se onde os
sarcômeros se tornam consideravelmente ativos.
Não se sabe ao certo como se inicia. As hipóteses
são:
 Produção elevada de acetilcolina;
 Alteração no metabolismo do cálcio;
 Hipertensão;
 Estresse;
Hiperestimulação neurológica elevada;
Outros
Desenvolvimento de Pontos-
Gatilho
As alterações podem incluir as seguintes características:
 Aumento das necessidades metabólicas;
 Falha na receptação de íons de cálcio pelo retículo sarcoplasmático;
 Inflamação localizada “facilitar a reparação”;
 Efeito da compressão em vasos sanguíneos locais;
 Deficiência energética;
Síntese de agentes inflamatórios que estimulam fibras nociceptivas
“dor”.
• Obs: se essa situação persistir pode conduzir a um ciclo vicioso.
Dry needling

Agulhamento a seco ou dry needling é o nome


do tratamento para dor miofascial que tem se
popularizado entre médicos, profissionais da
saúde e pacientes. 
Se trata de um método terapêutico
relativamente simples, rápido, seguro e eficaz
no controle de lesões dolosas e inflamações
musculoesqueléticas. 
O que ao agulhamento seco faz?

Imagine um botão capaz de resetar o músculo. Essa seria a função da inativação do


ponto-gatilho.
As agulhas e o procedimento de dry needling conseguem acionar esse “botão”
provocando relaxamento muscular, melhorando a amplitude do movimento e
aumentando o fluxo sanguíneo para a região. Como consequência, há redução da dor. 
Indicação

O agulhamento a seco é indicado para tratar 


dores agudas e crônicas, como aquelas causadas pela fibromialgia,
uma síndrome dolorosa crônica. Também pode ser recomendado
para casos mais comuns como dores de cabeça, dor lombar, dor
ciática ou capsulite adesiva (ombro congelado), fascite plantar e 
síndrome do chicote (whiplash).
Dry Needling + eletroestimulação

O corpo humano é um semicondutor

Semicondutores: não admite elevada intensidade


elétrica, pois os íons serão os transportadores de
energia
Fluxo de elétrons

Fluxo de elétrons que atravessa um condutor num


espaço de tempo. Medidos em miliampères (mA) ou
microampères (µA)

O fluxo ou intensidade máxima de proteção biológica:


Eletropuntura- ent re 80 m A e 120 m A
Eletroacupuntura- 10 m A
Intensidade
Sensitiva: apenas sensação, sem contração Motoras:
a agulha ou eletrodo podem mover-se, em face a
contração muscular Dolorosa: geralmente em níveis
altos de intensidade, ou onde existem mais fibras A e C
Largura do pulso

Frequência - São pulsos ou ciclos por segundos que são dados em


hertz.
-A frequência tem uma relação inversa com a duração do pulso
elétrico (F=1/T).

Cada pulso gera um potencial de ação.


Frequência

BAIXA ATÉ 150 Hz TENS, FES

MÉDIA ENTRE 1.000 E 10.000Hz CORRENTE RUSSA, AUSSIE E INTERFERENCIAL

ALTA ACIMA DE 250.000 Hz RADIOFREQUÊNCIA, ULTRASOM, ONDAS


CURTAS
Impedância x Frequência

A impedância da pele é inversamente proporcional a frequência de


estimulação.
Freq. de estimulação Impedância à passagem de corrente e portanto
maior o desconforto 30 Hz - 3200 Ω 4000Hz - 40 Ω
Forma do pulso Onda contínua
Somente uma frequência será utilizada do início ao fim;
• Deverá programar uma frequência e o tempo total
aplicado;
• Tende a sedação.

Forma do pulso Onda interrompida (burst)

• Somente uma frequência será utilizada;


• Deverá escolher o tempo de estímulo e o tempo de repouso,
além do tempo total de aplicação
• Tende a uma tonificação
ELETROESTIMULAÇÃO DAS
AGULHAS

Rápida ação analgésica;


• Indolor ao paciente;
• Menor número de agulhas para produzir analgesia;
• Pode promover analgesia e anestesia
Referência
Thomas w. myers
s
-trilhos anatômicos, meridianos miofasciais
para terapeutas manuais e do movimento, 2ª edição
Chaitow, Leon- Terapia manual para disfunção fascial, Porto
Alegre, Artmed, 2017.
BACELAR, Vanessa Correia Fernandes, VIEIRA, Maria Eugênia Senra.
Importância da vacuoterapia no tratamento do fibro edema gelóide.
Fisioterapia Brasil. Bahia, 7(6), p. 441-442, Nov./ Dez., 2006.
Moura CC, Chaves ECL, Cardoso ACLR, Nogueira DA, Corrêa HP, Chianca
TCM. Cupping therapy and chronic back pain: systematic review and meta-
analysis. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2018;26:e3094
 livro-pontos-gatilho-uma-abordagem-concisa-asher
Importância da vacuoterapia no fibro edema gelóide -Fisioterapia Brasil -
Volume 7 - Número 6 - novembro/dezembro de 2006

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