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História das políticas de Saúde

no Brasil;
Epidemiologia dos agravos a saúde

 Epidemiologia
 É um termo de origem grega que significa “estudo sobre a população”. A Epidemiologia
pode ser conceituada como a “Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade,
analisando a distribuição e os fatores determinantes das doenças, danos à saúde e eventos
associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou
erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento,
administração e avaliação das ações de saúde”
Doenças transmissíveis

 As doenças transmissíveis podem ser caracterizadas como doenças cujo agente etiológico é vivo e
transmissível, podendo ser veiculada através de um vetor, ambiente ou indivíduo (Rouquayrol,2003).
 Desde o início da década de 1980, a situação das doenças transmissíveis no Brasil, apresenta três grandes
tendências: doenças transmissíveis com tendência declinante; doenças transmissíveis com quadro de
persistência e doenças transmissíveis emergentes e reemergentes (BRASIL,2006).
 No grupo das doenças transmissíveis com tendência declinante como exemplo estão: a varíola (erradicada
em 1973); a poliomielite (erradicada em 1989); o sarampo (transmissão interrompida desde o final de
2000), o tétano neonatal, a raiva humana, a difteria, a coqueluche, a doença de chagas, a filariose e o
tétano acidental (BRASIL,2006).
 Dentre as doenças com quadro de persistência podemos citar a tuberculose; as hepatites
virais, especialmente as hepatites B e C; a leptospirose; as meningites; destacando-se as
infecções causadas pelos meningococos B e C; as leishmanioses (visceral e tegumentar); a
esquistossomose, a febre amarela e a malária (BRASIL, 2006).
 As doenças transmissíveis emergentes são aquelas que aumentaram o número de casos na
população humana como aids e influenza.
 As doenças transmissíveis reemergentes são as que ressurgiram, como problema de saúde
pública, após terem sido controladas no passado como dengue e cólera
- Modelos de atenção em Saúde;

 OS MODELOS DE ATENÇÃO HEGEMÔNICOS


 Pela posição que ocupava no cenário internacional durante o período colonial, no período
do Império e na primeira República, o Brasil, sofreu a influência direta do que se passava
na Europa, principalmente na França, e na Alemanha, centros hegemônicos do
desenvolvimento da Medicina científica ensinada nas Escolas Médicas da Bahia e do Rio
de Janeiro, bem como sofreu a influência da Inglaterra, principalmente em função do
domínio exercido pelo imperialismo britânico após as guerras napoleônicas.
 Com isso, a Medicina brasileira incorporou as doutrinas praticadas nos centros
hegemônicos europeus e organizou-se inicialmente como uma profissão liberal regida pela
oferta de serviços no mercado ao lado da atenção filantrópica prestada por organizações
religiosas.
 Já no período republicano, o Rio de Janeiro, capital da República, foi o cenário do
surgimento da nossa Saúde Pública, com o trabalho desenvolvido por Osvaldo Cruz, no
combate à epidemia de febre amarela, configurando-se a intervenção do Estado sobre a
saúde da população.
 Modelo Médico-Assistencial Hospitalocêntrico
 Este modelo tem suas raízes históricas na medicina liberal a qual se passou, ao longo do
século XX, por um processo de mudança em suas bases organizacionais e gerenciais, em
função da progressiva incorporação tecnológica.
Modelo Sanitarista

 Embora seja possível identificar o desenvolvimento de algumas ações de controle sanitário


no Brasil Colônia e Império, os estudiosos do tema concordam em datar o surgimento de
uma ação organizada do Estado brasileiro na República Velha, com as “campanhas
sanitárias” de controle de epidemias que ameaçavam o desenvolvimento econômico do
país (febre amarela, varíola, peste), realizadas sob comando de Osvaldo Cruz, no Rio de
Janeiro, no início do século XX.
 Seguindo o processo que caracterizou o desenvolvimento científico-técnico e
organizacional na área, o modelo sanitarista incorporou, ao longo do século XX, além das
campanhas, que ainda subsistem, a elaboração e implantação dos “programas especiais” de
controle de doenças e outros agravos, caminhando, a partir dos anos 70 para a implantação
de “sistemas de vigilância em saúde”.
PROPOSTAS DE MUDANÇA DO MODELO
DE ATENÇÃO
 A criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir das lutas pela Reforma Sanitária nos anos
80, implicou na “integração” dos serviços públicos das diversas instituições, que passaram ao
comando do Ministério da Saúde (que incorporou o antigo INAMPS), e das secretarias estaduais
e municipais de saúde.
 Com isso, o SUS “herdou” o modelo de atenção médico-assistencial hospitalocêntrico e
privatista, que subordina, inclusive, as ações e serviços que compõem o modelo sanitarista.
 Este modelo, entretanto, vem apresentando sinais de uma “crise permanente”, caracterizada pela
tendência inexorável de elevação de custos, redução da efetividade diante das mudanças do
perfil epidemiológico da população, crescente insatisfação dos profissionais e trabalhadores de
saúde e, por último, mas não menos importante, pela perda de credibilidade e confiança por
parte da população usuária.

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