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Ciências Humanas e Sociais

Aplicadas –
Disciplina: Filosofia
Ensino Médio, 2º Ano
Tema: “Lógica formal e Dialética e a
Organização dos Argumentos”.

PROFESSORES: TIAGO WILLIAN DA ROSA


A Lógica faz parte do nosso
cotidiano. Na família, no trabalho,
nos encontros entre amigos,
sempre que nos dispomos a
conversar com as pessoas usamos
argumentos para expor e defender
nossos pontos de vista.
FILOSOFIA - 2º Ano do Ensino Médio
Lógica Formal e Dialética e a Organização dos Argumentos
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Lógica Formal e Dialética e a Organização dos Argumentos
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Lógica Formal e Dialética e a Organização dos Argumentos

Lógica deriva da palavra grega logos (λόγος), que


significa “palavra”, “proposição”, “oração”, mas também
“pensamento“ ou “razão”. Mais precisamente, a lógica é
utilizada para o estudo de raciocínios válidos e para a
validação de argumentos.
Em outras palavras, a lógica é uma ferramenta
poderosa para a formular discursos e organizar os nossos
pensamentos.
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Lógica é uma ciência de gênero matemático


fortemente ligada à Filosofia.
Na filosofia é a parte que estuda o
fundamento, a estrutura e as expressões humanas
do conhecimento.
A lógica trata das maneiras de coordenar
nosso raciocínio para justificar nossas
argumentações.
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DEFINIÇÕES DE LÓGICA
Há diversos sentidos para o conceito: Lógica no discurso
histórico, porém, parecem corresponderem aos 3 sentidos
da palavra...

A) VERDADE OBJETIVA: intrínseca as coisas um


fenômeno determinado por outro, segundo as leis da
natureza, é verdadeiro. A lógica transcendental de Kant
afirma que existe uma lógica que é a ciência da verdade
objetiva das coisas, das condições APRIORI de toda a
existência.
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DEFINIÇÕES DE LÓGICA
B) VERDADE SUBJETIVA: conformidade dos nossos
pensamentos com as coisas tal como estas existem em si
mesmas. A lógica subjetiva implica os meios que devemos
empregar para representar-nos as coisas como são, por
exemplo os métodos desenvolvidos pelo pensador Mill.

Filósofo John Stuart Mill...

“Concentra-se numa discussão sobre os fundamentos do


raciocínio indutivo e na sua importância para experiência e
o conhecimento cientifico-empírico”.
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DEFINIÇÕES DE LÓGICA
C) VERDADE HIPOTÉTICA: temos, também, a
necessidade de pensarmos hipoteticamente, supondo uma
determinada coisa verdadeira (mesmo sendo falsa), uma
outra que dela deriva, deve também ser tida como
verdadeira.
A ciência que trata da verdade hipotética é a lógica ou a
silogística. Este terceiro sentido da palavra LÓGICA está
mais de acordo à etimologia do conceito, sendo que a
lógica como a função própria do λόγος (razão)
considerando em si mesmo, exercendo sua força dedutiva,
por isso, não só a linguagem, mas a conduta do ser
humano é LÓGICA.
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DEFINIÇÕES DE LÓGICA
Como verdade objetiva e verdade hipotética: a
Lógica é uma ciência que traz em si mesma a sua
própria justificação, enquanto verdade subjetiva é
mais uma arte.
O sentido mais divulgado da Lógica está
relacionado à VERDADE HIPOTÉTICA, que é
verdadeiro, não para um espírito geral, mas para
quem é capaz de SUPOR...
De HIPOTETIZAR... Capacitado a transformar
estas hipóteses em TESES ou ANTÍTESES.
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DEFINIÇÕES DE LÓGICA

LÓGICA (sentido geral): é a ciência que tem por


objeto o juízo de apreciações aplicado à distinção
do VERDADEIRO e do FALSO. É uma das partes
da Filosofia, a lógica, ciência que tem por objeto
determinar, por entre todas as operações
intelectuais que tendem para o conhecimento do
verdadeiro, porém existem operações VÁLIDAS e
INVÁLIDAS.
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DEFINIÇÕES DE LÓGICA

A lógica estuda os princípios gerais do pensamento


válido. O seu objeto consiste em discutir as
características dos juízos considerados como
expressão do conhecimento e das crenças dos
juízos dados aos juízos que são sua consequência.
A lógica é o exame de parte do raciocínio que
repousa sobre a matéria de que as INFERÊNCIAS
são formadas, busca cuidar que a inferência seja
verdadeira, quando as premissas forem
verdadeiras.
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DEFINIÇÕES DE LÓGICA
LÓGICA FORMAL:

 ESTUDOS DOS CONCEITOS: juízos,


racionais, considerados nas formas que são
enunciados, e abstração feita da matéria à qual
se aplicam, com vista a determinar IN
ABSTRATO as suas propriedades, a sua
validade, os encadeamentos, e as condições sob
as quais se aplicam ou se excluem uns aos
outros;
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DEFINIÇÕES DE LÓGICA
LÓGICA FORMAL:

 LÓGICA SIMBÓLICA (LOGÍSTICA): são os


algoritmos em que se combinam notações
puramente formais, definidas por uma
AXIOMÁTICA (forma que não pode contestar),
decisória e abstrata, e tais que o sistema assim
constituído seja suscetível de ser aplicado à
LÓGICA.
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DEFINIÇÕES DE LÓGICA
LÓGICA GERAL: tem por objeto determinar, por
entre todas as operações discursivas do espírito,
aquelas que conduzem à verdade e aquelas que
conduzem ao erro.
Além dos estudos das implicações rigorosas, a
lógica geral, estuda as operações hipotéticas
(INTUITIVAS), dos métodos científicos do ponto
de vista do seu valor probante.
A lógica geral é o estudo dos procedimentos
válidos e gerais pelo quais atingimos à verdade.
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https://www.youtube.com/watch?v=LPyQWWm-ZRk
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Aristóteles é
considerado o
fundador da lógica.
Ele foi o primeiro a
investigar,
cientificamente, as
leis do pensamento.
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A Lógica, assim como a Filosofia, surgiu na


Grécia por volta do século IV a.C, e foi Aristóteles o
primeiro a se interessar pelo seu estudo.

Imagem: LennieZ / GNU Free Documentation License


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Aristóteles escreveu uma série


de seis textos sobre esse assunto,
que ficou conhecido como “Organon”,
que significa instrumento. Era essa a
função da lógica em seu surgimento,
funcionava como um instrumento que
ajudava os filósofos a eliminar as
contradições que surgiam em seus
raciocínios.

Imagem: Jastrow / Public Domain


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Imagem: Emiichann / Public Domain


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https://www.youtube.com/watch?v=c7OC27cMYbM
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Na prática, a lógica nos ajuda a organizar


nosso pensamento, nosso raciocínio.
Isso vai desde coisas óbvias, como a seguinte
frase:
“Todos os homens são mortais, Sócrates é homem
logo, Sócrates é mortal.”

Imagem: Moartea lui Socrate, 1787 / Jacques-Louis David / Metropolitan Museum of Art / Public Domain
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Até raciocínios importantíssimos para a história da


humanidade, como a terceira lei de Newton:
“A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual
intensidade: ou as ações mútuas de dois corpos um sobre o
outro são sempre iguais e dirigidas em direções opostas”.
Isaac Newton (1643-1727)

Imagem: Autor desconhecido / Public Domain


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QUAL A DIFERENÇA ENTRE LÓGICA


FORMAL E LÓGICA DIALÉTICA?
A lógica formal (ou aristotélica), oferece procedimentos
que podem ser utilizados em qualquer tipo de raciocínio, não
apenas de forças contrárias. Para Aristóteles, a lógica é um
“instrumento para conhecer”. A lógica dialética, criada por
Platão, trabalha com forças contrárias, e depura essas
contradições até chegar a uma verdade comum. Para Platão,
a dialética é um “modo de conhecer”.
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Proposição é o objeto da lógica, os juízos formulados


pelo pensamento. Para ser considerada uma proposição, a
frase proposta necessariamente deve ser declarativa.

Exemplo:
Sócrates é homem.

Proposições são usualmente consideradas como


o conteúdo de crenças e outros pensamentos representativos. Elas
também podem ser o objeto de outras atitudes,
como desejo, preferência, intenção, como em "Desejo um carro
novo" e "Espero que chova", por exemplo.
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Aristóteles* definiu 10 termos para definir a proposição:

1 Substância, p. ex.: homem ou cavalo;


2 Quantidade, p. ex.: dois cadernos;
3 Qualidade, p. ex.: branco;
4 Relação, p. ex.: maior;
5 Lugar, p. ex.: no liceu;
6 Tempo, p. ex.: ontem;
7 Posição, p. ex.: está sentado;
8 Ter, p.ex.: usa sapatos;
9 Agir, p. ex.: cortar;
10 Sofrer, p. ex.: ser cortado
(* Top., I, 9, 103 b 20 ss.; Cat., 1 b 25 ss.)
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O QUE É SILOGISMO?
O silogismo é um termo filosófico com o qual
Aristóteles designou a argumentação lógica
perfeita e que mais tarde veio a ser chamada de
silogismo. Identificamos um silogismo como um
conjunto de proposições encadeadas, com objetivo
de inferir algo, ou seja, concluir alguma coisa de
outras proposições.
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É um raciocínio formado de três


proposições. As duas primeiras
são as premissas e a terceira é
a conclusão.
As duas premissas servem de
evidência para a conclusão.
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QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS


CARACTERÍSTICAS DO
SILOGISMO?
1. É mediato: ele exige que o pensamento siga um percurso de linguagem para chegar a uma conclusão.
2. É demonstrativo: ele parte de algumas afirmações verdadeiras para chegar a conclusões também verdadeiras.
3. É necessário: Para se chegar a uma conclusão, deve-se necessariamente partir de uma ou mais premissas.
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COMO É O SILOGISMO?

Um silogismo é composto de três proposições. A


primeira é a premissa maior, a segunda, a
premissa menor e a terceira, a conclusão.
Exemplo:
Todos os homens são mortais. (premissa maior)
Sócrates é homem. (premissa menor)
Logo, Sócrates é mortal. (conclusão)
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EXEMPLOS:
Todo ser vivo é mortal
João é um ser vivo
João é mortal

Todas as baleias são mamíferos.


Alguns animais são baleias.
Logo, alguns animais são
mamíferos.
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De um modo geral, pode-se


observar a lógica, tal como é
usada na filosofia e na
matemática, sempre com os
mesmos princípios básicos.
São eles:
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A LEI DO TERCEIRO EXCLUÍDO


É UM PRINCÍPIO CUJO ENUNCIADO
CONSISTE NO SEGUINTE: "OU A
É X OU NÃO É X E NÃO HÁ
TERCEIRA POSSIBILIDADE“.
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Exemplo:

Ou este homem é Sócrates


ou não é Sócrates.
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O PRINCÍPIO DA NÃO
CONTRADIÇÃO DIZ QUE UMA
PROPOSIÇÃO VERDADEIRA NÃO
PODE SER FALSA E UMA
PROPOSIÇÃO FALSA NÃO PODE
SER VERDADEIRA.
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Exemplo:

"a bola é redonda"

"a bola não é redonda"


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SEGUNDO ESTE PRINCÍPIO,


TODO OBJETO É IDÊNTICO A SI
MESMO.
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Exemplo:

a = a e b = b, 'a' sempre será igual 'a',


mesmo se afirmarmos que a = b ainda
podemos afirmar que a = a e b = b.
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IRVING COPI
“O estudo da lógica é o
estudo dos métodos e
princípios usados para
distinguir o raciocínio
correto do incorreto."
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WESLEY SALMON
“A lógica trata de
argumentos e inferências.
Um de seus propósitos
básicos é apresentar
métodos capazes de
identificar os argumentos
logicamente válidos,
distinguindo-os dos que
não são logicamente
válidos."
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JESUS EUGÊNIO DE PAULA


ASSIS
“A tarefa da lógica sempre foi a de classificar e
organizar as inferências válidas, separando-as
daquelas que não o são. A importância desta
organização não deve ser subestimada, pois
usam-se as inferências (de preferência válidas)
tanto na vida comum como nas ciências formais,
sendo um exemplo a matemática."
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https://www.youtube.com/watch?v=ozMbmBp3onE
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ATIVIDADE I
1- O que é lógica?
2- Onde surgiu e quem é o criador da
lógica?
3- Para que serve a lógica?
4- Qual é a diferença entre lógica formal e
lógica dialética?
5- O que é um silogismo?
6- Dê um exemplo de silogismo.
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Exercícios:
7) Um senhor, olhando para um
retrato, diz: O pai deste homem é o
pai de meu filho. Ele está olhando
para:
a) Seu próprio retrato.
b) Retrato de seu pai.
c) Retrato de seu filho.
d) Retrato de seu avô.
e) Retrato de seu neto.
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Exercícios:
8) Você é prisioneiro de uma tribo indígena que
conhece todos os segredos do Universo e portanto
sabem de tudo. Você está para receber sua
sentença de morte. O cacique o desafia: "Faça
uma afirmação qualquer. Se o que você falar for
mentira você morrerá na fogueira, se falar uma
verdade você será afogado. Se não pudermos
definir sua afirmação como verdade ou mentira,
nós te libertaremos. O que você diria?
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Exercícios:

9) Um homem
pode casar
com a irmã de
sua viúva?
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Exercícios:

10) TRÊS PESSOAS VÃO


PESCAR: 2 PAIS E 2 FILHOS.
COMO ISSO É POSSÍVEL?
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Exercícios:
11) Classifique os seguintes conceitos abaixo:
CRISTÃO – JUDEU – HEREGE – ATEU – CATÓLICO –
LUTERANO – POLITEÍSTA

- - - - - - - - - - - - - (ATEÍSTA) (TEÍSTA)
?
(MONOTEÍSTA) -------------
?

-------------
?
-------------
?
-------------
? -------------
?
-------------
?
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Resposta:
1) alternativa c, o retrato de seu filho;

2) Afirme que você morrerá na fogueira.


Explicação: Se você realmente morrer na fogueira, isto é uma
verdade, então você deveria morrer afogado, mas se você for
afogado a afirmação seria uma mentira, e você teria que
morrer na fogueira.
Conclusão: Mesmo que eles pudessem prever o futuro,
cairiam neste impasse e você seria libertado.

3) Obviamente que não. Se sua mulher é viúva, então o


“pretendente” já morreu!

4) As três pessoas são: o avô, o pai e o filho.


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Resposta:
Questão: 5)

ATEU (ATEÍSTA) (TEÍSTA)

(MONOTEÍSTA) POLITEÍSTA

CRISTÃO
JUDEO
CATÓLICO
HEREGE

LUTERANO
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ELEMENTOS DA LÓGICA
Agora, conheceremos outros elementos
que compõem o estudo da lógica, assim
como a organização dos argumentos
lógicos. São eles:
- Analogia
- Dedução
- Indução
- Falácias
- Conectivos lógicos
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ANALOGIA
Analogia é um tipo de raciocínio que procede a partir
de semelhanças entre casos particulares sem, no entanto,
chegar necessariamente a uma conclusão universal, mas tão
somente a uma conclusão particular. Exemplo:

Minha mãe estava com dor de cabeça, tomou “Cabeçol” e


ficou curada. Logo, quando eu estiver com dor de cabeça,
também tomarei “Cabeçol” e ficarei curado.
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DEDUÇÃO
A dedução é um tipo de raciocínio que parte
necessariamente de uma proposição universal para concluir
uma premissa particular. Esta premissa se apresenta como
necessária, ou seja, deriva logicamente das premissas
anteriores. Exemplo:

Todo homem é mortal. (Premissa Universal)


Sócrates é homem. (Premissa Particular)
Logo, Sócrates é mortal. (Conclusão)
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INDUÇÃO
A indução é o raciocínio que, após considerar um número
suficiente de casos particulares, conclui uma verdade
universal. A indução, ao contrário da dedução, parte da
experiência para chegar à conclusão. Exemplo:

“Eu não sei falar francês, nem meu vizinho da frente, nem
minha vizinha do lado, nem o nosso zelador: Logo, ninguém
do meu prédio sabe falar francês!”
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FALÁCIAS
Existem também os raciocínios ou argumentos que são
chamados de falácias, que são incorretos e podem levar as
pessoas ao erro. Em geral, estes argumentos possuem falhas
na forma ou no conteúdo. Quando feito de modo intensional,
é chamado de sofisma. Exemplo:

Deus é um ser onipotente, sendo assim tudo pode fazer.


Sabendo disso, seria possível a Deus, fazer uma pedra que
nem mesmo ele seria capaz de levantar.
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FALÁCIAS
MEIOS DE CONVECIMENTO:
Na linguagem técnica os meios de convencimento são os
ARGUMENTOS, estes podem ser:
Corretos ou legítimos.

Incorretos ou
ilegítimos.

FALÁCIAS OU SOFISMAS
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FALÁCIAS
MEIOS DE CONVECIMENTO:
As falácias ou sofismas fazem a inteligência
“TITUBEAR”. Pois, estes argumentos usam da
linguagem tanto de modo EXPRESSIVO como
INFORMÁTICO.
O objetivo das FALÁCIAS é despertar a
emoção, a comoção.
Podemos dividir as FALÁCIAS ou SOFISMAS
em 2 grupos:
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FALÁCIAS
MEIOS DE CONVECIMENTO:
A) GRUPO PSICOLÓGICO:

 Conclusão irrelevante;
 Petição de princípio;
 Circulo vicioso;
 Falsa causa;
 Causa comum;
 Generalização apressada;
 Acidente;
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FALÁCIAS
MEIOS DE CONVECIMENTO:
A) GRUPO PSICOLÓGICO:

 Contra o homem;
 Recurso à força;
 Apelo à ignorância;
 Apelo à autoridade;
 Apelo à piedade;
 Populismo;
 Pergunta complexa.
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FALÁCIAS
MEIOS DE CONVECIMENTO:
B) GRUPO LINGUÍSTICO:

Equívoco;
Ênfase;
Anfibologia;
Divisão;
Composição.
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FALÁCIAS

https://www.youtube.com/watch?
v=tF6rxXM0Mcw&list=PL_sYho63DA2NeP4iJi1s
Q6-1ctHlgzGgo&index=2&t=0s
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CONECTIVOS LÓGICOS
Conectivos Lógicos, são símbolos utilizados para
comprovar veracidade das premissas e unir as
proposições simples e as transformar em proposições
compostas. São eles:
(~ ou ⌐) “não”: negação.
(Λ) “e”: conjunção.
(V) “ou”: disjunção.
(→) “se...então” condicional.
(↔) “se e somente se”: bicondicional.
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NEGAÇÃO
Quando usamos a negação (~) invertemos o valor da proposição dada.
Exemplo: Tabela de negação
P: A vaca é quadrúpede.
~P: A vaca não é quadrúpede.

P ~P

V F

F V

FONTE: Desenvolvida pelo autor


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CONJUNÇÃO
Na conjunção, o argumento será válido apenas quando todas
as premissas forem verdadeiras. O símbolo da conjunção pode ser
(E) ou (˄).
Exemplo: P= A vaca tem chifres. Q= A vaca é mamífero.
(P ˄ Q): A vaca tem chifres e é mamífero.(válido)
(~P ˄ Q): A vaca não tem chifres e é mamífero.(inválido)

Tabela de verdade da conjunção:

A B A^B
V V V
V F F
F V F
F F F FONTE: Desenvolvida pelo autor
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DISJUNÇÃO
Na disjunção, o argumento será válido quando ao menos
uma das premissas forem verdadeiras. Será inválido apenas
se as duas premissas forem falsas. Os símbolos da disjunção
são: (OU) ou ( v)
Exemplo: P= A vaca muge. Q= A vaca é mamífero.
(P ˅ Q): A vaca muge ou é mamífero.(válido)
(~P ˅ ~Q): A vaca não muge e não é mamífero.(inválido)
Tabela de verdade da disjunção:
FONTE: Desenvolvida pelo autor

A B AvB
V V V
V F V
F V V
F F F
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CONDICIONAL
Este conectivo representa a ideia de condição, ou seja,
para que uma proposição exista outra proposição também
deve existir. O símbolo da condicional é(→)
Exemplo: P= A vaca muge. Q= A vaca é mamífero.
(P → Q): Se a vaca muge, então a vaca é mamífero.
Tabela de verdade da condicional:
FONTE: Desenvolvida pelo autor
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BICONDICIONAL
Na bicondicional, o resultado das proposições será
verdadeiro se e somente se as duas premissas forem iguais
(as duas verdadeiras ou as duas falsas). O símbolo da
bicondicional é (↔)
Exemplo: P= A vaca muge. Q= A vaca é mamífero.
(P ↔ Q): A vaca muge se e somente se a vaca for mamífero.

Tabela de verdade da disjunção:


FONTE: Desenvolvida pelo autor
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ATIVIDADE II
1- Quais são as características de uma conjunção?
2- Uma disjunção pode ser classificada de que
modo?
3- O que caracteriza uma Condicional?
4- Como pode ser aplicado um conectivo
Bicondicional?
5- Dê um exemplo para cada conectivo lógico
apresentado.
6- Exemplifique raciocínios de:
a) Indução b) Dedução c) Analogia d) Falácias
7- Pesquise em revistas, jornais e internet sobre a
aplicação prática dos elementos da lógica.
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ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4. ed. São


Paulo: Martins Fontes, 2000.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena
Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Ed.
Moderna, 1994.
BASTOS. Cleverson Leite e Keller, Vicente. Aprendendo
Lógica. Petrópolis: Vozes, 1991.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática,
2000.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo:
Ed. Saraiva, 1996.
RAMALHO. NICOLAU E TOLEDO. Fundamentos da Física.
Vol. 01. São Paulo: Ed. Moderna, 2010.

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