Modelo de Gestão do

Conhecimento de Maria Angeloni

Ana Cecília Harumi Sato

Helton André Nunes Júnior
Objetivo do modelo
Surge como uma alternativa para investigação e
construção de uma organização do conhecimento.

Composto de três dimensões interagentes e

interdependentes: a dimensão infra-estrutura
organizacional, a dimensão pessoas e a dimensão
tecnologia.
Este modelo baseia nos modelos de
Donald Schon:

“...todo sistema social é constituído

por uma estrutura, uma tecnologia e
uma teoria.”
E o modelo tridimensional de Prax: “...se fundamenta
em três dimensões de análise, necessárias à busca da
transformação de uma organização baseada no
paradigma do conhecimento: a dimensão do homem e
seu conhecimento, a dimensão da empresa e o
conhecimento organizacional e a dimensão de novas
tecnologias e a engenharia do conhecimento coletivo.”
A dimensão infra-estrutura
organizacional
Para que as organizações estejam aptas a
competir no mercado atual, a dimensão
denominada infra-estrutura organizacional deve
ser desenvolvida. Entre as variáveis importantes
a serem implementadas inicialmente, propomos
a visão holística, a cultura, o estilo gerencial e a
estrutura.
A visão holística busca transformar um
entendimento organizacional fragmentado em uma
visão mais ampla, a visão do todo. Para tanto,
torna-se importante trabalhar a cultura da
organização e a busca de um estilo gerencial que
rompa com as características de comando e
controle e passe para uma gestão participativa.
É importante que a organização disponha de uma
estrutura organizacional flexível. As estruturas rígidas
propostas por teóricos do início do século XX, como
Taylor e Fayol, entre outros, não são mais adequadas a
um ambiente organizacional que exige uma rápida e
constante (re)adaptação do meio organizacional e a
efetiva participação de todos os colaboradores da
organização.
A dimensão pessoas
Diz respeito a características pessoais relacionadas ao
conhecimento. É composta pelas variáveis
aprendizagem, modelos mentais, compartilhamento,
criatividade e inovação e intuição.

Em uma visão de totalidade, essa dimensão refere-se à

integração dos vários níveis de conhecimento e de
expressão, à ação coordenada de todos os indivíduos e
ao desenvolvimento de suas habilidades. As condições
para a ampliação do conhecimento estão vinculadas
também à reeducação do ver, do ouvir e do corpo.
A figura do líder e seu perfil funcional
assumem novas configurações, tal qual a
capacidade de construir uma visão
compartilhada, de trazer à tona modelos
mentais vigentes e de incentivar padrões mais
sistêmicos de pensamento.
A visão compartilhada refere-se à existência de
objetivos comuns entre as pessoas, atuando de forma
agregadora; os modelos mentais dizem respeito à
maneira pela qual as pessoas entendem e explicam a
realidade, e a visão holística envolve habilidades
fundamentais, tais como enxergar inter-relações e
processos, distinguir a complexidade de detalhes da
complexidade dinâmica e evitar soluções sintomáticas.
A dimensão do homem destaca a necessidade de se considerar
o agente humano nas organizações como artífice criador de
conhecimento, e que as organizações, para não sucumbirem,
devem proporcionar condições pertinentes ao trabalho criativo.
O modelo de empresa hierárquica, em que a cúpula diretiva
pensa e a base operária age, está dando passagem a um novo
modelo, em que as idéias e ações devem acontecer em todos os
níveis organizacionais.
A dimensão tecnologia
A implementação de uma infra-estrutura tecnológica constitui-se na terceira
dimensão da gestão do conhecimento.
Computadores, redes e softwares são ferramentas que estão sendo
disponibilizadas para criar, armazenar, resgatar e distribuir conhecimentos.
As organizações necessitam utilizar esses recursos tecnológicos para gerenciar
seu conhecimento acumulado e em desenvolvimento. Vale destacar que a
tecnologia deve ser considerada um suporte à gestão do conhecimento
organizacional.
Dada a multiplicidade de tecnologias disponíveis
no mercado, selecionamos redes, data
warehouse, workflow e gerenciamento
eletrônico de documentos (GED) como as
principais tecnologias de suporte à engenharia
do conhecimento.

A variável data warehouse foi ampliada para

business intelligence e um portal do
conhecimento foi acrescentado.
Conclusão
A gestão do conhecimento cada vez mais se constitui em foco de análise e aplicação nas
organizações. Não se pode negar sua relevância na gestão organizacional, fato que exige
uma nova postura com relação aos desafios organizacionais contemporâneos.

Além das permanentes demandas por eficiência, eficácia e efetividade e da necessidade de

competir agressivamente em um mercado global, a noção de que os espaços organizacionais
precisam ser ocupados por um modelo efetivo como o modelo de Angeloni, salienta a sua
importância em fragmentar as dimensões para a construção de uma organização do
conhecimento.