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Aprendizagem Organizacional
Objetivos da Unidade:
ʪ Material Teórico
ʪ Material Complementar
ʪ Referências
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ʪ Material Teórico
Introdução
Até o presente momento viemos (re)conhecendo a importância do treinamento e
desenvolvimento humano para as organizações. Além disso, veri camos também o papel
fundamental do pedagogo e o quanto esse pro ssional pode contribuir para o crescimento
estratégico de uma empresa, independentemente o ramo de atuação dela.
Abordamos ainda sobre o quanto os grupos podem ser construtivos ou destrutivos para uma
equipe e consequentemente para as organizações e por isso falamos a respeito da importância
da valorização das pessoas para o sucesso das empresas.
Tudo isso, para que pudéssemos chegar aqui e entender um novo modo de ver a
aprendizagem dentro das organizações, chamado Educação Corporativa.
Vamos lá?
Para que isso aconteça e a empresa seja considerada “bem-sucedida” são necessárias pessoas
que possam pensar o negócio com visão estratégica. E, para isso, é preciso trazer para dentro
da companhia modelos de aprendizado organizacional, ou seja, criar uma organização que
aprende. Nesse tipo de empresa, todos ensinam e aprendem a todo momento (MORAIS,
1998).
Uma organização que aprende está disposta a repensar sua responsabilidade na formação de
seus colaboradores, pois utiliza sistemas em que suas ações produzem conhecimento e esse é
compartilhado entre todos os seus membros. Ou seja, a visão de um treinamento esporádico e
compartimentado, acontecendo somente “de vez em quando”, sobre técnicas que ninguém
vai usar está cada vez mais caindo em desuso, pois as empresas já compreenderam que
precisam comprometer-se em atualizar continuamente os conhecimentos, habilidades e
atitudes de seus colaboradores.
Nesse cenário, é cada vez maior o número de gestores que possuem interesse em entender e
fomentar o desenvolvimento da aprendizagem de suas organizações. Há uma preocupação
crescente na transformação das organizações em lugares onde se ensina e se aprende
continuamente, e esse processo deve envolver todos os integrantes da empresa (JÚNIOR;
VASCONCELOS, 2005).
Re ita
Mas, se tudo é instável, em constante mudança, e que nem sempre conseguimos acompanhar,
como podemos conceituar uma organização que aprende? A verdade é que não um consenso
sobre isso. Dessa forma, vamos mostrar alguns conceitos:
Para Peters apud Morais (1998), a de nição de organização que aprende é uma
estrutura e uma loso a para institucionalizar e sistematizar a contínua
aprendizagem, o melhoramento contínuo e a contínua revitalização;
Re ita
“[...] nas quais as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados
que realmente desejam, onde se estimulam padrões de pensamento novos e abrangentes, a
aspiração coletiva ganha liberdade e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender
juntas. ”
Aqui, nessa disciplina, vamos adotar esse conceito de organizações que aprende.
Consoante a isso, Senge (1990) também aborda que as organizações só aprendem se os seus
colaboradores também estiverem dispostos a aprendem, ou seja, o aprendizado individual não
garante o aprendizado da organização, porém, sem ele não ocorre o aprendizado
organizacional.
Por isso, para traduzir uma aprendizagem em ação de mudança é preciso que ela consiga
chegar a todos os níveis da organização. E, para isso, precisamos utilizar todos os
conhecimentos já adquiridos na nossa disciplina, tais como: sensibilizar a equipe para que ela
se sinta parte do processo de mudança, permitir que se posicionem em concordância ou não
em assuntos relevantes da empresa, que estejam motivados e satisfeitos com o trabalho e
percebam a mudança como desa adora, mas possível. Assim, relacionando o que é individual
com o coletivo, fortalecendo a sensação de grupo e conjunto dentro da organização. Esse é o
grande desa o e também pode signi car o sucesso de uma gestão orientada ao aprender:
saber integrar liderança, pessoas, cultura e processos.
Figura 2 – Modelo de “Organização que Aprende”
Fonte: Adaptada de Franco e Ferreira, 2007
Por m, compreende-se que as organizações que aprendem precisam criar, adquirir, mediar,
transferir conhecimentos para modi car, crescer, inovar e recriar, para assim constituir a
verdadeira fonte de vantagem competitiva: capacidade de aprender e aplicar na prática esses
novos conhecimentos, e, para isso, é preciso valorizar o conhecimento e o capital intelectual.
Para Re etir
Todos os dias somos bombardeados por informações de diferentes
formas e em diferentes locais. E, por vezes, achamos que “sabemos
tudo” sobre X assunto, quando na verdade, temos bastantes
informações sobre ele. Você consegue diferenciar informação de
conhecimento?
Por muito tempo, as empresas, sobre a capacidade intelectual humana, e com o passar do
tempo e a realização de novos estudos, perceberam a relação entre inteligência e o
conhecimento existente dentro da empresa. Diante disso, Chiavenato (2008, p. 4) a rma que:
das pessoas que nela trabalham. São as pessoas que mantêm e conservam o
status quo já existente e são elas – e apenas elas – que geram e fortalecem a
inovação e o que deverá vir a ser. São as pessoas que produzem, vendem, servem
ao cliente, tomam decisões, lideram, motivam, comunicam, supervisionam,
gerenciam e dirigem os negócios das empresas. Inclusive dirigem outras
pessoas, pois não pode haver organizações sem pessoas.”
Figura 3
Fonte: Getty Images
O capital intelectual de uma organização é formado por: capital humano, capital estrutural e
capital dos clientes. Segundo Edvinsson e Malone (1998), esses capitais são imprescindíveis
para a existência de capital intelectual nas organizações e os conceituam da seguinte forma:
Capital humano: composto pelo conhecimento, expertise, poder de inovação e
habilidade dos empregados, além dos valores, cultura e a loso a da empresa;
Dessa forma, o capital intelectual é um meio alcançado puramente das pessoas que compõem
a organização e está inerentemente conectado ao conhecimento que a empresa possui. Logo,
a administração desse capital é fundamental para a sustentabilidade organizacional. Nesse
sentido, dentre os capitais que formam o capital intelectual, um deles se sobressai - o capital
humano, pois nele se centraliza o potencial de uma empresa, gerando inovação e
conhecimento.
Vídeo
Assista a esse vídeo e perceba na prática como agem as organizações
que desenvolvem seu capital intelectual.
Mas, como fazer isso? Uma das formas é a Educação Corporativa, que vamos ver a seguir.
“Educação Corporativa pode ser de nida como uma prática coordenada de gestão
Por isso, as empresas que realizam com empenho o mapeamento das competências críticas e
que possuem investimento no capital intelectual e humano, ou seja, em conhecimento, são as
organizações interessadas em projetos de educação corporativa.
Quando se decide criar um olhar para a Educação corporativa, é preciso ter clareza para
responder a três importantes questões (EBOLI, 2004):
Dessa forma, pode-se dizer que a Educação Corporativa proporciona uma gestão do
conhecimento para que os colaboradores busquem estar em constante aprendizado, ou seja,
ampliando o que já sabem, e buscando novos níveis de conhecimento.
Nesse caso, o conhecimento tácito de uma organização torna-se uma ferramenta para obter
vantagem, uma vez que a Educação Corporativa possibilita que as experiências individuais
sejam compartilhadas. É essencial que ocorra esse compartilhamento para que os benefícios
sejam ainda maiores nas práticas aprendidas.
Assim, para que a Educação Corporativa tenha sucesso dentro da organização, é preciso estar
atento a sete princípios (EBOLI apud BAYMA 2004):
As Universidades Corporativas
Universidades Corporativas são a solidi cação das práticas de Educação Corporativa por meio
de alicerces de ensino, que podem ser físicos ou virtuais, criados pelas próprias organizações,
que empregam metodologia acadêmica com o intuito de diminuir as falhas do ensino
oferecido pelo Governo ou por entidades de ensino privadas, que em algumas situações não
estão atentas às mudanças do mercado ou às inovações tecnológicas. Os professores que
atuam nessas Universidades podem ser docentes universitários, consultores externos ou
pro ssionais atuantes no ambiente empresarial, que possuam certas habilidades. Esses
pro ssionais devem dispor, além dos conhecimentos da academia, de bastante experiência na
área operacional, ou seja, que conheçam fortemente a prática do negócio, para que assim
consigam ir além de apenas passar o conhecimento que sabem e também conseguir propiciar
uma experiência conectada com a realidade vivenciada nas organizações.
Figura 5
Fonte: Reprodução
Você Sabia?
Nesse cenário, existem três grandes razões para as organizações desenvolverem uma
Universidade Corporativa própria (EBOLI, 2004):
Em Síntese
As organizações que aprendem são aquelas nas quais as pessoas
expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que
realmente desejam. Esses resultados são criados pela sociedade do
conhecimento e o capital intelectual presente na organização. Esse
capital intelectual pode ser melhor desenvolvido se a empresa estiver
disposta a investir na Educação Corporativa como ferramenta de
desenvolvimento humano, podendo ainda ampliar esse escopo para
ter sua própria Universidade Corporativa e ampliar ainda mais sua
vantagem competitiva frente aos seus concorrentes.
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ʪ Material Complementar
Vídeos
Leitura
ACESSE
A Importância da Educação Corporativa para a Vantagem
Competitiva das Organizações
ACESSE
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ʪ Referências
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Ed
3, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004;
EBOLI, M. Educação corporativa no Brasil: mitos e verdades. São Paulo: Gente, 2004.
EDVINSSON, L.; MALONE, L. S. Capital intelectual. São Paulo: Makron Books, 1988.
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento nas empresas. Rio de Janeiro: Campus,
1997.
SENGE, Peter M. A quinta disciplina: Arte e prática na organização que aprende. São Paulo:
Best Seller, 2004.