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Faculdade de Educação

Departamento de Organização e Gestão da Educação

Licenciatura em Organização e Gestão da Educação

Ano: 3°,1º Semestre Regime : Laboral

Organizações Aprendentes

Tema : Tarefa Final (Artigo Científico)

Docentes:

Dr. Ana Maria Uarrota

Dr .Lourenço Chipire
Discente:Melecina Mário Mabota

Maputo, Julho 2023


Titulo: Organizações Aprendentes(sua funcionalidade)

Autora: Melecina Mário Mabota

Email: franquepita18@gmail.com

Resumo

Este artigo tem como tema Organizações Aprendentes, para a sua elaboração fez-se o uso de
artigos assim como livros na consulta de bibliografias de autores que fizeram sua contribuição
para o desenvolvimento desta temática.

Estudos sobre organizações apresentes, suas características e estrutura são os principais


referenciais teóricas deste estudo. Fala das organizações que experimentam novas maneiras de
conduzir negócios para sobreviver em mercados turbulentos e altamente competitivos.

As inovações sucedidas no mundo de competitividade, as organizações criam conhecimentos


acelerados que seus concorrentes traduzem-nos rapidamente em novos produtos e serviços.

Palavras-chave: Organização. Organização Aprendente.


Introdução

As organizações precisam acompanhar tendências e mudanças, postas para o alcance da


qualidade e competitividade, a gestão de pessoas possui o papel de desenvolver um ambiente
inovador e criativo, tornando-se assim num agente activo de mudanças.

O que acontece é que vão surgindo novas tendências, modos de viver e de fazer que influenciam
no modo como vivemos ou realizamos nossas actividades de forma ínfima ou não.

De acordo com e Schein (1993) citado por Figueiredo (2020), para as instituições conseguirem
sobreviver, é necessário que aprendam a adaptar-se rapidamente ou, então, acabarão por sair do
processo de evolução. Deste modo, Rosa (2010), afirma que a capacidade das organizações para
aprender mais efectivamente e mudar mais rapidamente que os seus concorrentes, pode ser a
única fonte para assegurar a vantagem competitiva. O mercado hoje exige que as instituições
sejam flexíveis e aprendam constantemente, mitigando a ideia de que as organizações não podem
mudar nunca. Quem não muda não permanecerá no mercado por muito tempo.

Método

Este trabalho é resultado de uma pesquisa quantitativa que segundo Gil (2006) as pesquisas
quantitativas consideram que tudo possa ser contável, ou seja, que seja gerado informações a
partir de números para assim classificá- los e analisá-los.

As informações foram obtidas por meio de uma pesquisa na qual foi feito um questionário e em
seguida distribuído ao pessoal do Centro Infantil Vila das Fadas, mas tambem com suporte de
alguns pressupostos teoricos que abordaram materias sobre Organizações Aprendentes. surge a
necessidade da elaboração deste artigo científico de modo a que se responda o que é uma
organização aprendente, o que a caracteriza e se o Centro Infantil Vila das Fadas se enquadra no
grupo das OA. ”. A partir das respostas dessa indagação em forma de dados que foram
recolhidos com base num questionário e analisados, poderão dar uma so resposta.
Conceitos: Organização e Organizações Aprendentes

Segundo Maximiano (1992), Uma organização é uma combinação de esforços individuais que
tem por finalidade realizar propósitos colectivos. Por meio de uma organização torna-se
possível perseguir e alcançar objectivos que seriam inatingíveis para uma pessoa.

Uma organização aprendente é aquela em que todos os colaboradores são chamados a inovar, em
adoptar o espírito de mudança, nesta organização a participação e a opinião de todos é essencial
para que se trabalhe em harmonia e para que a organização cresça, o fracasso assim como o
sucesso desta é de responsabilidade de todos que nela estão inseridos.

As organizações sobrevivem através da implementação de estratégias clara, ou seja, traçam


metas que orientam a partilha de conhecimento, o que acaba tornado o conhecimento uma
herança colectiva desta organização.

Alguns autores trazem o seu paracer a cerca das organizações apresentes:

De acordo com Osorio (2009), citando Friedman et al., (1999), por organização aprendente,
entendes se uma organização que "está num processo permanente de mudança porque os
trabalhadores são estimulados a realizar continuamente modificações e adaptações. Uma
organização aprendente concentra-se na criação, na aquisição e na transmissão de conhecimentos
e na adaptação dos comportamentos em função desses conhecimentos".

Segundo Senge (1990), citado em Carapeto & Fonseca (2006), uma organização que aprende é
aquela que tem como um dos seus valores a aprendizagem contínua dos seus colaboradores, de
forma individual e em equipa, através do seu uso intencional na transformação permanente da
organização de modo a satisfazer os seus stakeholders.

Garvin (2000), como citado em Vasconcelos & Mascarenhas (2007), conceituam organização em
aprendizagem como aquela que dispõe de habilidades para criar, adquirir e transferir
conhecimentos, e é capaz de modificar os seus comportamentos de modo a reflectir novos
conhecimentos e ideias.

Nas definições dos autores supracitados é notavel alguns pontos em comum no que diz respeito
as OA, eles vêm estas organizações como um lugar para a aprendizagem contínua, é visto
também que ambos falam da colaboração de todos os que fazem parte da organização na tomada
de decisão.

Estrutura de uma Organização Aprendente

“A Organização Aprendente exige uma “gramatica” (conjunto de estruturas e de regras que


governam regularmente o trabalho da aprendizagem) própria a da constituição de uma
organização como um lugar de aprendizagem e de motivação reciproca entre os colaboradores,
mediante uma analise reflexiva das praticas e oportunidades para aprender com os outros
colegas. Tal como afirma Fullan (1995 citado por Canário, 2003), que a mudança implica um
aprender a fazer coisas novas , desta forma os colaboradores aprenderão pela observação directa
de praticas desejáveis no próprio contexto de trabalho”. (CANÁRIO, 2003).

Características de uma Organização Aprendente

Braga (2001), citado por Barbosa (2004) apresenta as seguintes características de uma
organização que aprende:

● Competitividade: aqui faz-se referência ao desejo da organização de competir e tornar-se


melhor em relação aos seus concorrentes, o que leva a organização a aprender novas formas de
trabalhar constantemente, a fim de superar a sua concorrência;

● Flexibilidade: há uma necessidade das organizações tornarem-se flexíveis, com recurso a


modelos de liderança menos burocrática, fazendo com que a organização aprenda a criar mais, a
produzir mais, além de favorecer a adaptação diante das constantes mudanças do mercado;

● Criatividade: as organizações escolares mais criativas atraem mais os clientes, surpreender


a concorrência, surpreender os próprios funcionários é a criatividade atravessando das
actividades da organização e garante maior vantagem competitiva perante a concorrência;

● Inovação: fazer algo novo ou fazer o inesperado, antever as necessidades dos clientes e
produzir aquilo que ninguém imaginou, a inovação exige constante aprendizado para que os
projectos sejam melhorados e executados, a ponto de se tornar realidade;

● Gestão do conhecimento: uma organização que aprende tem uma característica peculiar
que consiste em difundir o conhecimento e experiência adquirida. Desta forma, é a melhor forma
de transformar uma empresa, pois demonstra interesse tanto no mercado quanto no colaborador
interno, o que facilita a motivação e transforma a empresa num ambiente de inteligência
colaborativa;

● Gestão da informação: neste tipo de organização cria-se ambientes colaborativos de ideias


e novas práticas organizacionais, compartilhando os sucessos e realizações de cada
departamento, motivando os outros a actuar de forma a alcançar o sucesso também, eliminando
barreiras e diferenças, criando-se amizades entre as partes. A gestão de informação também deve
ter objectivos de criar agilidade na tomada de decisões.

As disciplinas propostas por Senge

Faqueti, Alves e Steil (2016) apontaram a obra de Peter Senge como a mais referenciada nesta
área de estudo. Correia-Lima, Loiola e Leopoldino (2017) reforçam que, na visão de Senge, em
uma Organização de Aprendizagem as pessoas expandem continuamente sua capacidade de
produzir resultados desejados; novos esquemas de pensamento são estimulados e aspirações
coletivas não encontram barreiras para se manifestar.

Para os estudos sobre as Organizações Aprendentes, Senge (2006) apontou que para se
consolidar como uma OA, a organização teria que desenvolver cinco disciplinas:

● Domínio pessoal – a capacidade e o comprometimento de uma organização em aprender


não podem ser maiores que seus integrantes; está relacionado ao autoconhecimento, aprofundar
objetivos, concentrar esforços, visão objetiva da realidade;

● Modelos mentais – algumas vezes modificações administrativas não podem ser postas em
prática por serem conflitantes com modelos mentais tácitos; são ideias, generalizações, imagens
que influenciam a visão sobre o mundo e suas atitudes;

● Visões partilhadas – a missão da organização deve ser genuína e não ditada pelo líder;
deve-se buscar objetivo comum, concreto e legítimo;

● Aprendizagem em grupo – privilegiar a aprendizagem da equipe em relação a individual,


estimular habilidades coletivas; capacidade para ação coordenada, diálogo, participação;
● Pensamento sistêmico – modelo conceitual, composto de instrumentos e conhecimentos,
que visam melhorar o processo de aprendizagem como um todo, e apontar futuras direções para
aperfeiçoamento;

Resultados

Da população do Centro Infantil Vila das Fadas foi possível retirar uma amostra para a analise e
da mesma constatou-se que 80% dos colaboradores afirma que a mesma é uma organização
aprendente na medida em que esta enquandra-se da definição deste conceito.

Para o cumprimentos do seu plano pedagógico de ensino, a instituição conta com a colaboração
de todos os intervenientes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, isto é, a direcção,
os trabalhadores (educadores, seguranças, conzinheiras, etc, alunos e os próprios pais, mães e
encarregados de educação por acreditar que cada um deles possui um papel super importante
para o garante da formação de qualidade do futuro adulto. A instituição acredita que essa
colaboração, permite uma continuidade do ensino em todas as dimensões e locais de convivência
da criança permitindo que o que aprende na escolinha seja confirmado e continuado em casa e
outros locais e evita contrariedades entre os intervenientes pois há um alinhamento de conteúdos
e estes são do conhecimento de todos.

Outro aspecto diferencial tem que ver com o facto de que a escolinha investe constantemente no
conhecimento, permite que seus funcionários aprendam e e ampliem seu horizonte, criando uma
cultura organizacional sólida onde a interação mútua e continuada entre os membros torna o
espaço e ambiente dinâmicos, flexíveis e abertos a outras perspectivas e formas de ensinar e
fazer.

Finalmente, também, o uso das tecnologias de informação e comunicação tem tido o seu espaço
permitindo e desafiando os educadores e adquirirem novas ou aperfeiçoarem suas habilidades e
criar uma maior proximidade com o universo infantil através vídeos, bonecos, brinquedos
lúdicos modernos e cantos de saberes e ciências onde as crianças possam aprender brincando, se
divertindo e num universo que não seja estranho a elas.

A partir das respostas dadas pelos informantes coincidem com as minhas ideias em relação as
OA, pois atendem aquilo que são as características das mesmas.
Considerações Finais

Com a realização deste artigo científico, foi possível explorar a temática Organizações
Aprendentes, tendo como base a sua estrutura. Com a ajuda de artigos e exploração de
referências bibliográficas foi possível perceber que com as mudanças e inovações que ocorrem
no mundo, se tornar numa organização aprendente é de grande valia pois são essas organizações
que estão sempre na frente em relação as organizações tradicionais, uma vez que o público-alvo
gosta de serviços novos e chamativos.

As organizações que não mudam nem inovam estão fardadas ao fracasso por que não
conseguiram atender as exigencias do mercado.
Referências Bibliográficas

Barbosa, D. M. C., Almeida, E. F., Bampi, L., Gonçalves, R. N., Pinheiro, T. C. P. R., &
Teixeira, V. A. (2003). A aprendizagem organizacional otimizando resultados do Tribunal de
Contas da União. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Brasília,
DF, Brasil. Recuperado em 24 fev. 2014
de http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2054436.

Barbosa, M. S. (2004): O papel da escola: obstáculos e desafios para educação transformadora.


Universidade Federal do Rio grande do sul.

Canário, R. (2003). FORMAÇÃO E SITUAÇÕES DE TRABALHO.

Correia-lima, B. C., & Loiola, E., & Leopoldino, C. B. (2017). Revisão Bibliográfica de Escalas
de Aprendizagem Organizacional com Foco em seus Processos e Resultados, em seus Enablers
ou em Aprendizagem e Desempenho. Gestão e Sociedade, 11(29), 509-536.

Faqueti, M. F., & Alves, J. B. M., & Steil, A. V. (2017). Aprendizagem organizacional em


bibliotecas acadêmicas: uma revisão sistemática. Perspectivas em Ciência da Informação, 21(4),
156-179. Epub January 16.

Figueiredo, M. H. (2020). Organizações aprendentes: Aprendizagem organizacional e suas


implicações no desenvolvimento de competências. Editora Senac. São Paulo.

Maximiano,A,c.(1992).Introdução a administração . 3ªed, São Paulo, Editora Atlas.

Rosa. D, M. (2010). Organização aprendente: caso de uma instituição financeira. ISCTE.

Senge, P. M. (2006). A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende (22a ed.) Rio
de Janeiro: Best Seller.

Shein, E. H. (2009). Cultura Organizacional e liderança. São Paulo: Atlas.

Swieringa, J., & Wierdsma, A. (1995). La organización que aprende. Addison-Wesley


Iberomericana, S.A., E.U.A.
Osorio, J. M. P. (2009). Learning Organization: as pratica de gestão de recursos humanos e papel
da cultura organizacional. Universidade do minho. Rio de Janeiro.
Anexo

Questionário

Este questionário é parte de uma pesquisa académica. Os dados aqui fornecidos só serão usados
em trabalho de pesquisa, tendo os autores o compromisso de não repassar as informações
colectadas a outros meios, nem tampouco identificar os respondentes. Agradeço sua disposição
em colaborar com o estudo.

1- Qual é o seu género?

a) Maculino______ b) Feminino _____

2-Qual é a sua idade?_____

3- Você sabe o que é uma Organização Aprendente?

a) Sim_____ b) Não _____ c) Talvez_____

4- Se sabe o que é uma Organização Aprendente, o que a sua organização faz que a torna
aprendente?

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5- Como caracteriza o ambiente de trabalho da sua organização?

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6- Tem havido inovações ou mudanças na sua organização? Se sim quais?


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7- Como é feita a interação dos educadores para com as crianças?

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8- Os pais e encarregados de educação têm colaborado no processo de tomada de decisão?

a) Sim_____ b) Não _____

9- O que você na qualidade de colaborador faz para que a sua organização seja aprendente?

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10- Acha que a sua organização irá consegue responder às exigências do mercado?

a) Sim_____ b) Não._____ c) Com certeza_____

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