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Aprendizagem organizacional
Universidade Rovuma
Nampula
2024
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Adelino Jorge Paquereque
Aprendizagem organizacional
Universidade Rovuma
Nampula
2024
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Índice
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 4
Desenvolvimento ............................................................................................................................. 4
Grupos secundários........................................................................................................................ 16
Conclusão ...................................................................................................................................... 23
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objectivo apresentar um estudo aprofundado sobre o tema
aprendizagem organizacional. Serão abordados também os seguintes sub-temas: definição de
aprendizagem organizacional; a importância da aprendizagem organizacional; diferença entre
aprendizagem individual e aprendizagem organizacional; como as organizações aprendem;
resultados que a aprendizagem organizacional pode trazer para as organizações e por fim,
dificuldades da aprendizagem organizacional. A metodologia utilizada foi a pesquisa
bibliográfica, que para Marconi e Lakatos (2010), abrange toda bibliografia já tornada pública,
por jornais, revistas, livros e até meios de comunicação orais. Sua finalidade é colocar o
pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre um
determinado assunto. Para Casarin H. e Casarin S. (2012), pesquisa bibliográfica é um estudo de
textos já analisados e publicados.
Desenvolvimento
O fluxo de informações do século XXI se tornou constante e com isso houve muitas
mudanças em toda sociedade. Nas organizações, isso não foi diferente. Elas precisaram se
readequar e inovar para que se mantivessem competitivas. Buscando uma ISSN: 2316-2317
Revista Electrónica Multidisciplinar - FACEAR 2 melhor colocação no mercado, as empresas
estão investindo cada vez mais na aprendizagem organizacional (BRANCO 2011). O
conhecimento tem um papel muito importante na aprendizagem organizacional pois possibilita
que as organizações percebam o que pode ser melhorado. O processo de evolução é contínuo, é
preciso ampliar os conhecimentos, conquistar novas ideias e saber como aplica-los aos novos
projectos. Bohlander e Snell (2010) lembram que antigamente os colaboradores eram admitidos
para realizar apenas tarefas pré determinadas, de uma só maneira. Porém actualmente, as pessoas
são contratadas pelas suas capacidades comportamentais mas também pelas competências
intelectuais, visando a solução de problemas de maneira criativa e rápida (BOHLANDER, 2010).
De acordo com Leite (2013), os colaboradores precisam ser estimulados no seu capital intelectual
para atingir os objetivos e metas, e assim ocorrer o crescimento e desenvolvimento da
organização. Segundo Angeloni (2008) os resultados que a aprendizagem organizacional pode
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trazer para as organizações são muito positivos. Além do alcance dos objetivos e metas, para
Tonet e Da Paz (2006), a aprendizagem organizacional gera interesse pois o valor de mercado de
algumas empresas pode ser maior do que o valor de seu patrimônio tangível.
Vico Mañas (2002) apresenta três tipos básicos de aprendizado organizacional: 1) aprender como
melhorar o conhecimento organizacional existente; 2) aprender a criar o novo conhecimento
organizacional, também conhecido por inovação; 3) disseminar ou transferir o conhecimento para
as várias áreas da organização. A proposta da aprendizagem organizacional de fato envolve todas
essas acções dos aprendizados citados por Vico Mañas. O alcance destes objectivos específicos
ou acções efectivas dos tipos de aprendizado são abordados por diversas práticas gerenciais,
processos e modelos de aprendizagem organizacional. A aplicação destes pressupõe um grande
transtorno na organização em função das importantes e necessárias mudanças internas.
De acordo com Branco (2011), a aprendizagem organizacional deve ser tratada como uma
vantagem competitiva pelas organizações que buscam uma posição de destaque no actual
contexto da economia. Devido a isso, muitas organizações estão investindo cada vez mais
recursos nessa área.
Segundo Robbins (2009), para que as organizações não sejam extintas, no actual cenário
do mercado, é necessário que elas estimulem a inovação, a flexibilidade e melhorem sua
qualidade de produtos e serviços oferecidos. Para Takahashi (2015) as organizações precisam,
com base no comportamento antigo, aprender, desaprender e reaprender. Para que cresçam, é
necessário que sejam inovadoras e competitivas.
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organizacional não é um processo linear. Ela exige interacção e compartilhamento no processo de
aprendizagem. Para Takahashi (2015), a aprendizagem organizacional é diferente e ainda mais
complexa do que a soma da aprendizagem individual, pois envolve três perspectivas: a
comportamental, a cognitiva e a sociocultural.
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Segundo Argyris (1991) os indivíduos experimentam, face à situação problema, uma
discrepância de desempenho, representada por uma desconexão entre o resultado da ação
esperada e da acção realizada. Eles respondem a essa discrepância por meio de um processo de
reflexão e posterior acção que os orienta a mudar as imagens da organização ou a forma como
interpretam seus fenómenos. Essas respostas permitem aos indivíduos reestruturar suas
actividades e atitudes perante a organização, alterando a forma como operam na organização
(ARGYRIS, 1991).
b) Os modelos mentais são ideais que moldam o jeito de enxergar o mundo, de julgar as
coisas e de comportar-se. Para que a aprendizagem ocorra, não se deve impor um modelo mental,
pois o objectivo não é um consenso de modelo mental entre o grupo e sim, observar qual o
melhor modelo mental para a situação. Quando há diferentes modelos mentais, há diferentes
perspectivas (SENGE 1999);
c) Aprendizagem social: Essa teoria defende que as pessoas podem aprendem tanto pela
observação de modelos, como professores, pais e ídolos, quanto pela experiência vivida pela
própria pessoa (ROBBINS 2009). Para Takahashi (2015) a aprendizagem organizacional pode
ocorrer de três maneiras: em circuito simples, em circuito duplo ou por meio da deutério
aprendizagem. Ainda segundo Takahashi (2015), existem quatro factores contextuais que afectam
a possibilidade da aprendizagem ocorrer. São eles a cultura, a estratégia, a estrutura e o ambiente.
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Conforme Terra (1999), o aprendizado individual não leva necessariamente ao
aprendizado organizacional, mas é impossível considerar o desenvolvimento da aprendizagem
organizacional sem levar em conta a participação social permissiva. Comungando com esse
pensamento Fleury e Oliveira Júnior (2002, p. 133) observam que “todo processo de
aprendizagem e criação de novo conhecimento começa no nível individual”.
Vico Mañas (2002, p. 227) ressalta a importância de se trabalhar o aprendizado individual para
garantir o sucesso do aprendizado organizacional. Observa que
O autor relata ainda que o aprendizado individual apresenta-se como um importante fator
motivacional: “quando seu aprendizado é implementado e traz resultados para a organização,
gera motivação e energia para a produção e a busca do aprendizado contínuo.” (VICO MAÑAS,
2002, P.227).
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informações associadas a experimentação, os homens obtêm novas
acomodações em suas estruturas cognitivas e, portanto, assimilam
novos conhecimentos.
A cultura organizacional
Mas como trabalhar mudanças em uma cultura existente de longo tempo e que se encontra
amplamente solidificada e arraigada? Chiavenato (1998) observa que a cultura organizacional
não é rígida nem imutável, mas susceptível de redefinição e de mudança. Para se mudar a cultura
de uma organização é preciso criar um conjunto coerente de crenças e valores que predominem
sobre os demais, realcem a filosofia administrativa da empresa e determinem o comportamento
futuro da organização a partir do conhecimento e aceitação da conduta imposta por estas crenças
e valores.
Como salienta Vico Mañas (2002), é necessário uma preparação do ambiente interno, um
trabalho direccionado à conscientização e compreensão para o desenvolvimento da aprendizagem
organizacional. Com efeito, torna-se necessário para esta preparação do ambiente, um estudo
minucioso sobre a cultura da organização e, se necessário, o desenvolvimento de um trabalho
estratégico para a inclusão dos modelos de aprendizagem organizacional.
Kubo (2002, p.229) “É preciso criar uma cultura de mudanças e recriar a cultura da
empresa”. Toledo e Regis (1996) apresentam essa importante necessidade de desaprender para
que as empresas e organizações em geral possam enfrentar toda essa turbulência dos mercados, já
que muitas vezes as organizações relutam em deixar para trás práticas ultrapassadas e desconexas
com as exigências da realidade e que não raramente impedem o desenvolvimento inovador e
criativo dentro da organização.
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A proposta de participação vislumbra a abertura dos canais de comunicação permitindo o
fluxo de informações entre os diversos níveis hierárquicos e dentro dos próprios níveis. As
possibilidades de desenvolvimento da criatividade e da inovação são tamanhas quando se permite
a participação. Porém, não basta criar facilidades para essa participação, é preciso que se crie
também o desejo de participar. Isso é plenamente possível através de uma visão sistémica dentro
da organização. As organizações precisam fazer com que todo o seu contingente desenvolva uma
visão responsável, um compromisso real com esta. Isso só é possível através dessa percepção de
que todos fazem parte de um sistema. Quando uma parte não funciona bem todo esse sistema é
abalado.
Comunicação e socialização
DINÂMICA DE GRUPOS
Os indivíduos têm necessidade de estabelecer relações com outras pessoas, não apenas
por questões sociais (amizades), mas por desejarem actuar dentro da organização ou de um
grupo, como no ambiente de trabalho, onde uma das fontes mais poderosas de satisfação é o
convívio social e as experiências compartilhadas entre os colegas. O grupo não é considerado
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somente um conjunto de pessoas, pois envolve uma interacção dinâmica em que se percebem
psicologicamente como integrantes, que se comunicam entre si de maneira directa e face a face,
em que cada um influencia e é influenciado pelos demais. Outras características presentes são:
objectivo comum, estrutura dinâmica de comunicações e uma coesão interna (LOPES, 2020).
Nós nos constituímos como sujeitos conforme nos relacionamos. Interagimos com o objectivo de
ampliação dos conhecimentos, acerca do mundo e sobre nós mesmos. As dinâmicas de grupo são
ferramentas que auxiliam nesse processo de compreensão, na aquisição de conhecimento e em
nossa socialização (LOPES, 2020).
4.1 Os principais influenciadores
Kurt Lewin
Lewin (1970) fundou o Institute of Technology em Massachusetts, nos Estados Unidos,
em 1945. O instituto surgiu com o propósito de estudar as dinâmicas grupais, que, conforme
Lewin (1970), poderiam ser compreendidas como forças sociais que se uniam com forças
intelectuais e morais para o desenvolvimento de tarefas produtoras de transformações (LOPES,
2020).
Acreditando que a dinâmica de grupo é conhecimento de forças que atuam no interior dos
grupos, assim como em suas origens, podendo gerar modificação no modo de ser grupal, Lewin
(1970) destacou as circunstâncias essenciais presentes ao que denominou coesão grupal, tais
como: manutenção das regras; portabilidade diante das pressões do grupo; liderança; desempenho
de papéis; e relações de poder. Dessa maneira, por meio da coesão grupal e do sentimento de
pertencimento, cada membro do grupo poderia ter reforçado a sensação de obtenção dos seus
objetivos individuais.
Lewin (1970) acreditava que seria mais simples modificar o comportamento do grupo, como um
todo, do que o comportamento de um membro isolado. Por isso, salientava que a diversidade dos
membros do grupo desperta uma melhor interacção favorecendo a coesão grupal.
Em seu instituto, Lewin (1970) deu vida a sua Teoria de Campo, em que as aprendizagens
adquiridas no meio influenciam os comportamentos. Dessa maneira, os sujeitos seriam um
produto do meio, assim como determinadas situações, pessoas e objectos possuiriam um valor
que pode ser positivo ou negativo, conforme sua influência nos sujeitos.
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Pichon-Rivière (1988) propõe o grupo como uma rede de papéis onde seus membros
atuam de forma vinculada, conectados por suas representações internas, que podem ou não estar
implicados em uma tarefa. Pichon-Rivière (1988) constituiu um esquema conceitual referencial e
operativo, o ECRO, que pode ser individual, de acordo com os medos, fantasias, valores e
crenças, ou grupal, no qual os membros do grupo possuem o mesmo esquema.
Pichon-Rivière (1988) trouxe o conceito de sujeito social, que se desenvolve de acordo com as
relações nas quais estão envolvidas tanto a racionalidade quanto a afectividade, não podendo
estar o grupo unido somente por questões objectivas, ou seja, conforme o autor os grupos são
processos grupais. Assim, no grupo operativo de Pichon-Rivière (1988), os membros podem ou
não estar envolvidos por uma tarefa, mas o principal objectivo do grupo é a aquisição de
conhecimentos e os processos para a mudança e para a cura.
Martin-Baró (1997) acredita que o grupo se transforma, assim como seus membros, de
acordo com os processos históricos inerentes a sociedade. E qualifica o grupo em que suas
relações e vínculos estão direccionados tanto para as necessidades colectivas quanto para as
individuais.
Levando em conta a realidade social do grupo, Martin-Baró (1997) refere o poder como uma
dimensão inerente à vida humana. Acredita que o poder tem uma constituição implicada na
oposição e no conflito, no entanto sem representar algo violento ou negativo, mas se baseando na
aquisição de recursos e, portanto, gerando consequências.
Sigmund Freud
Foi o pioneiro nos estudos sobre grupos, com o objectivo de provar que a psicanálise não se
resumia apenas ao âmbito individual, mas que também poderia dar conta de uma demanda
colectiva. Apreciador da sociologia e da antropologia e influenciado pelo sociólogo francês
Gustave Le Bon, Freud (1976) estendeu seu olhar sobre os aspectos sociais mais ao fim de sua
vida e acabou por lançar seu livro Psicologia das massas e análise do Eu.
Em seus escritos, Freud (1976) usou termos como “mente grupal” e “psicologia de grupo”, para
se referir as influências a que os sujeitos estão expostos ao se posicionarem em grupo,
acreditando que os grupos produzem efeitos sobre a personalidade de seus membros, assim como
estes podem influenciar as decisões do grupo.
4.2 Grupos sociais
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Como vimos, com a história dos estudos dos principais influenciadores, podemos
caracterizar como grupo social a união de duas ou mais pessoas, que se relacionam com um
objectivo comum. Dessa maneira, podemos imaginar que ao nascermos já nos encaminhamos
para a inserção de um grupo social, como veremos a seguir (LOPES, 2020).
Grupos primários
São estruturados a partir das interacções mais directas e íntimas. Inicialmente você pode pensar
em família, no entanto, não é raro uma falta de identificação ou integração mais profunda com
esse grupo, principalmente ao fim da infância, na juventude ou em adultos jovens. Podendo se
assumir como grupo primário os amigos ou colegas mais próximos por afinidades, que se
aproximam e perpetuam as relações por meio de afectividades (LOPES, 2020).
Grupos secundários
Os membros desse grupo se conectam por meio de uma tarefa, com metas e objectivos
bem definidos. Acontece geralmente entre grupos escolares ou de trabalho. No entanto, não é raro
que a partir deste grupo secundário emerge um grupo primário, porque conforme a proximidade
pode surgir um vínculo afectivo (LOPES, 2020).
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empresa. Ele envolve conceitos, como a qualidade e a quantidade dos recursos humanos
disponíveis em determinadas áreas; situação de mercado de trabalho no momento, o “status” da
empresa, ou seja, condições para satisfazer às necessidades básicas sociais dos trabalhadores: as
políticas de pessoal adoptadas pela empresa e, finalmente, o maior ou menor rigor exigido na
selecção.
O recrutamento não é uma actividade que possa ser isolada da estratégia da empresa.
Como os negócios mudam e surgem novas funções a cada dia, torna-se imprescindível contar
com pessoas flexíveis, capazes de adaptar-se a essas mudanças constantes. Eis o lema de muitas
empresas: recrute hoje o executivo de amanhã (Blecher, 1998). O desafio principal do
recrutamento é agregar valor à organização e às pessoas.
Técnicas de Recrutamento
Enquanto o recrutamento interno aborda um contingente circunscrito e conhecido de
funcionários internos, o recrutamento externo aborda um enorme contingente de candidatos que
estão espalhados pelo MRH. Seu âmbito de actuação é imenso e seus sinais nem sempre são
recebidos pelos candidatos. Por esta razão, o recrutamento externo utiliza várias e diferentes
técnicas para influenciar a atrair candidatos. Trata-se de escolher os meios mais adequados para ir
até o candidato desejado – onde quer que ele esteja – e atraí-lo para a organização.
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O processo de recrutamento culmina com o candidato preenchendo a sua proposta de
emprego ou apresentando seu curriculum vitae á organização (Chiavenato, 1999). Para Nanias
(2004), o interesse do candidato pela aquisição de conhecimento, seu acesso a treinamentos, o
desenvolvimento de habilidades ou atitudes não podem ser observados simplesmente nas 4 linhas
de um currículo, durante o recrutamento. Prever as entrelinhas deste currículo e detectar quais são
as características e a postura deste candidato no seu dia-a-dia, somente é possível através do
trabalho amplo da selecção.
Selecção de pessoal
A selecção de pessoas funciona como uma espécie de filtro que permite que apenas algumas
pessoas possam ingressar na organização: aquelas que apresentam características desejadas pela
organização. Há um velho ditado popular que afirma que a selecção constitui a escolha certa da
pessoa certa para o lugar certo. Em termos mais amplos, a selecção busca, dentre os vários
candidatos recrutados, aqueles que são mais adequados aos cargos existentes na organização,
visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem como a eficácia da
organização. No fundo, está em jogo o capital intelectual da organização que a selecção deve
preservar ou enriquecer (Chiavenato, 1999).
O processo de seleção é essencial para o sucesso de uma empresa, pois é através dele que
as organizações podem identificar talentos com potencial para fazer a diferença neste mercado
tão competitivo (Nanias, 2004). O processo selectivo baseia-se em dados e informações sobre o
cargo a ser preenchido. As exigências dependem destes dados e informações para que a selecção
tenha maior objectividade e precisão para preencher o cargo. Quando completo, o processo
selectivo deve fornecer não somente um diagnóstico actual, mas principalmente um prognóstico
futuro a respeito destas duas variáveis. Não apenas uma deia actual, mas uma projecção de como
a aprendizagem e a execução se situarão em longo prazo (Chiavenato, 1999). O grande desafio
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atual é a condução do processo de contratação que, na maioria das vezes, é muito falho. A falta
de critérios e instrumentos adequados é um dos principais motivos deste fracasso, e na maioria
das vezes, pode gerar grandes perdas financeiras (Nanias, 2004).
Técnicas de Selecção
Além disso, na análise de Macian (1987), o treinamento vem contribuir com um dos
objectivos da empresa que é fazer com que o indivíduo “vista a camisa” e se identifique mais
facilmente com seu meio de actuação funcional. O treinamento é apenas um dos componentes do
processo de desenvolvimento que inclui todas as experiências que fortalecem e consolidam as
características dos empregados desejáveis em termos de seus papéis funcionais. Muitos
argumentam que falar sobre alto custo do treinamento obscurece o fato de que essas actividades,
tanto no sector público como privado, costumam ser administrativamente confusas, raramente
centralizadas em objetivos claros ou integradas com outras acções de Administração de Recursos
Humanos (Marcondes, 2000).
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O treinamento pode ser considerado como um processo que envolve algumas etapas. As
principais etapas deste processo são: a. Diagnóstico das necessidades de treinamento. b.
Planeamento, c. Execução do treinamento e d. Avaliação dos resultados do treinamento (Gil,
2001, Bomfin, 2004; Goldstein e Randall, 1978; Hamblin, 1978; Carvalho e Nascimento 1997).
O treinamento pode ser tratado como um investimento e analisado através dos mesmos
modelos aplicados às compras de novos equipamentos, investimentos em novas unidades ou
lançamento de novos programas de marketing (Geber, 1992). Entretanto, Marcondes (2000)
afirma que estimativas precisas sobre custos e benefícios do treinamento.
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Conclusão
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Referências bibliográficas
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