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Faculdade de Engenharia Mecânica

Universidade Federal de Uberlândia


Uberlândia – MG

Mecânica dos Fluidos


Prof. João Rodrigo Andrade
joao.andrade@ufu.br
professorjoaoandrade.com
Universidade Federal de Uberlândia
Faculdade de Engenharia Mecânica

Mecânica dos Fluidos


Estática dos Fluidos

Prof. João Rodrigo Andrade


Motivação
Estática dos fluidos

• Usada para determinar as forças que agem sobre os


corpos flutuantes e submersos, e as forças desenvolvidas
por dispositivos como prensas e elevadores hidráulicos.

• O projeto de muitos sistemas de engenharia, como


represas e tanque de armazenamento de líquidos, exige a
determinação das forças que agem sobre as superfícies
planas e curvas de corpos submersos devido à pressão.
Forças hidrostáticas sobre superfícies planas
submersas

• Uma placa exposta a um líquido, como a parede de


um tanque de armazenamento de líquido ou o casco
de um navio em repouso, estão sujeitos à pressão.

• Em uma superfície plana, as forças hidrostáticas


formam um sistema de forças paralelas, e com
frequência precisamos determinar a intensidade da
força e seu ponto de aplicação (centro de pressão).
Estática dos fluidos

• Fluidos em repouso.

• Não existe movimento relativo entre as camadas adjacentes


do fluido e, portanto, não há tensão de cisalhamento no
fluido tentando deformá-lo.

• Há apenas a tensão normal, que é a pressão e a variação de


pressão só é devida ao peso do fluido.
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre

Vista lateral
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre

Vista lateral

Vista superior de uma


superfície arbitrária
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre 𝑝=𝑝𝑎

h 𝐶𝐺

Vista lateral
C
𝑦
G 𝑥

Vista superior de uma


superfície arbitrária
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre 𝑝=𝑝𝑎

h 𝐶𝐺 h (𝑥 , 𝑦 )

Vista lateral
C
𝑦
G 𝑥 𝑑 𝐴=𝑑𝑥 𝑑𝑦

Vista superior de uma


superfície arbitrária
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre 𝑝=𝑝𝑎

h 𝐶𝐺 h (𝑥 , 𝑦 )
Pressão em é dada
por:

Vista lateral
C
𝑦
G 𝑥 𝑑 𝐴=𝑑𝑥 𝑑𝑦

Vista superior de uma


superfície arbitrária
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre 𝑝=𝑝𝑎

h 𝐶𝐺 h (𝑥 , 𝑦 )
Pressão em é dada
por:

Logo, a força é:

Vista lateral
C
𝑦
G 𝑥 𝑑 𝐴=𝑑𝑥 𝑑𝑦

Vista superior de uma


superfície arbitrária
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre 𝑝=𝑝𝑎

A força total na
h 𝐶𝐺 h (𝑥 , 𝑦 ) superfície superior da
placa é dada por:

Vista lateral
C
𝑦
G 𝑥 𝑑 𝐴=𝑑𝑥 𝑑𝑦

Vista superior de uma


superfície arbitrária
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre 𝑝=𝑝𝑎
Adicionando as variáveis 𝜃
h 𝐶𝐺 h (𝑥 , 𝑦 )
e , temos:

Onde

h
𝜉=
sin 𝜃
Vista lateral
C
𝑦
G 𝑥 𝑑 𝐴=𝑑𝑥 𝑑𝑦

Vista superior de uma


superfície arbitrária
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre 𝑝=𝑝𝑎
𝜃
h 𝐶𝐺 h (𝑥 , 𝑦 )

Resubstituindo
h :
𝜉=
sin 𝜃
Vista lateral
C
𝑦
G 𝑥 𝑑 𝐴=𝑑𝑥 𝑑𝑦

Vista superior de uma


superfície arbitrária
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre

Distribuição de pressão:

𝑝(𝑥 , 𝑦 )
Força total

Vista lateral O ponto de aplicação da força


resultante é diferente da
posição do centroide da
placa.

Vista superior de uma


superfície arbitrária
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre Para determinar a posição do centro de
pressão, igualamos o momento exercido
pelo campo de pressão ao momento
exercido pela força :

𝑝(𝑥 , 𝑦 )
Desenvolvendo a equação:

onde é o momento de inércia de área da


placa em relação à coordenada do
𝐹 centróide.
Força
resultante

C
P
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre

• Sinal negativo mostra


Força que o está em uma
resultante posição abaixo do CG.
𝐹 =𝑝 𝐶𝐺 𝐴 • Além disso, podemos
observar que a posição
da força depende do
ângulo de inclinação da
placa.

C
𝑦
G 𝑥
C
P
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Superfície livre A definição de é simular:

Desenvolvendo a equação:
𝑝(𝑥 , 𝑦 )

onde é o produto de inércia de área da


placa.
Se a placa é simétrica, e o ponto de
aplicação da força recai sobre o centroide
da placa.
𝐹
Força
resultante

C
P
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Resumindo
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa
Resumindo

Expandindo os termos:
Forças fluido-estáticas em uma superfície imersa

Expandindo os termos:

E se considerarmos pressão
manométrica?
Os valores de Ixx,c para algumas áreas comuns são dados
abaixo.
• A pressão age normal à superfície e as forças hidrostáticas que
agem sobre uma placa plana compõem um volume cuja base é
a área da placa e cuja altura é a pressão que varia linearmente.

Esse prisma de pressão virtual tem


uma interpretação física
interessante: seu volume é igual à
intensidade da força hidrostática
resultante que age sobre a placa e
a linha de ação dessa força passa
através do centróide desse prisma
homogêneo.
A projeção do centróide sobre a
placa é o centro de pressão.
Espaço
aberto:

𝟏𝟓 𝒇𝒕 B

𝟔 𝒇𝒕
𝟓 𝒇𝒕
𝜃
𝟖 𝒇𝒕
Espaço
aberto:

𝟏𝟎 𝒇𝒕
Espaço
aberto:

𝒉𝑪𝑮=𝟏𝟐𝒇𝒕
𝟏𝟓 𝒇𝒕 B

𝟔 𝒇𝒕
𝟓 𝒇𝒕
𝜃
𝟖 𝒇𝒕
Espaço 𝑦
C
aberto: G 𝑥
C
P
𝟏𝟎 𝒇𝒕
Espaço
aberto:

𝒉𝑪𝑮=𝟏𝟐𝒇𝒕
𝟏𝟓 𝒇𝒕 B

𝟔 𝒇𝒕
𝟓 𝒇𝒕 • Geometria simétrica.
𝜃
𝟖 𝒇𝒕 • CG é localizado no centro da
placa.
Espaço 𝑦
C •
aberto: G 𝑥
C
P
𝟏𝟎 𝒇𝒕 • age nos dois lados da placa.
Espaço
aberto:
A força fluidoestática aplicada à placa é de:

𝒉𝑪𝑮=𝟏𝟐𝒇𝒕
𝟏𝟓 𝒇𝒕 B

𝟔 𝒇𝒕
𝟓 𝒇𝒕 • Geometria simétrica.
𝜃
𝟖 𝒇𝒕 • CG é localizado no centro da
placa.
Espaço 𝑦
C •
aberto: G 𝑥
C
P
𝟏𝟎 𝒇𝒕 • age nos dois lados da placa.
• Agora devemos encontrar o
centro de aplicação da força .
• Como a área é simétrica,
temos que:
A distância entre CG e CP é dada por:

• Agora devemos encontrar o


centro de aplicação da força .
• Como a área é simétrica,
temos que:
• Fazendo o equilíbrio estático
considerando momento em torno
de :
Fazendo o balanço de forças em e :

• Fazendo o equilíbrio estático


considerando momento em torno
de :
Forças hidrostáticas sobre superfícies curvas
submersas
• Mais facilmente calculadas quando
projetamos as forças em componentes
horizontal e vertical;
• A superfície vertical é a projeção da
superfície curva em um plano vertical;
• A superfície horizontal é a projeção da
superfície curva no plano horizontal;
Forças hidrostáticas sobre superfícies curvas submersas
Forças hidrostáticas sobre superfícies curvas submersas
Forças hidrostáticas sobre superfícies curvas submersas

h 𝐶𝐺 • pode ser tratada como


superfície plana imersa,
logo:
Forças hidrostáticas sobre superfícies curvas submersas

• é a reação à aplicação de três forças distintas,


denotadas pelos pesos das camadas de fluido
acima da superfície, são elas:
𝑊1

𝑊2
Forças hidrostáticas sobre superfícies curvas submersas

• é a reação à aplicação de três forças distintas,


denotadas pelos pesos das camadas de fluido
acima da superfície, são elas:
𝑊1
• A posição das linhas de aplicação das forças
𝑊2 são dadas a partir do centroide das áreas das
cargas distribuídas, assim como para
superfícies planas.
Forças hidrostáticas sobre superfícies curvas submersas

𝑊1 • A força resultante é dada por:

𝑊2
50 𝑓𝑡 • Retângulo de
área:

h 𝐶𝐺

24 𝑓𝑡
50 𝑓𝑡 • Retângulo de
área:

h 𝐶𝐺

24 𝑓𝑡

• Logo, a força aplicada é dada


por:
h 𝐶𝐺
h 𝐶𝐺

• A posição em relação ao centroide é dada por:


h 𝐶𝐺

• Logo, a profundidade da
• A posição em relação ao centroide é dada por: aplicação de é:
• O módulo da força é dado por:
• A posição é dada pelo centroide da seção parabólica, a
partir da origem, temos que:
𝜋 𝑅2
𝐴𝑈 = 𝐴𝐵 × 𝐵𝐷 −
4
𝜋 𝑅2
𝐴𝑈 = 𝐴𝐵 × 𝐵𝐷 −
4

2
𝜋𝑅
𝐴𝐿 = 𝐴𝑈 +
2
𝜋 𝑅2
𝐴𝑈 = 𝐴𝐵 × 𝐵𝐷 −
4

2
𝜋𝑅
𝐴𝐿 = 𝐴𝑈 +
2
Forças hidrostáticas sobre superfícies curvas
submersas

• Quando a superfície curva é


um arco circular, a força
hidrostática resultante que
age sobre a superfície sempre
passa através do centro do
círculo.
Exemplo
Uma comporta cilíndrica é controlada
por gravidade.
Um cilindro longo e sólido de raio de
0,80 m com dobradiças no ponto é
usado como uma comporta
automática. Quando o nível da água
atinge 5 m, a comporta se abre
girando na dobradiça no ponto .
Determine:

(a) a força hidrostática que age sobre o


cilindro e sua linha de ação quando
a comporta se abre
(b) o peso do cilindro por unidade de
comprimento do cilindro.
Exemplo

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