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Centro Universitário Estácio da Bahia

Engenharia Mecânica

METALOGRAFIA
Corrosão por Pites, por Frestas e Sob Tensão

Discentes: Joilson Pereira Lima Docente: Gisele Puime Pires


Philipe Augusto Silva Oliveira
CORROSÃO

É a avaria de um material metálico por ação química ou


eletroquímica do meio, podendo ou não estar associada a esforços
mecânicos.

Neste trabalho abordaremos 3 tipos de corrosão, por pites, por frestas


e sob tensão.
Corrosão por Pites em aço inoxidável Corrosão por Frestas em aço inoxidável Corrosão por Sob Tensão em aço inoxidável

Fonte: CARBÓ, 2008 Fonte: CARBÓ, 2008 Fonte: CARBÓ, 2008


CORROSÃO POR PITES

Corrosão por Pites


A corrosão por pites é definida
como uma corrosão
extremamente localizada que
leva à geração de pequenos
furos no metal. A ruptura
localizada da camada passiva
e o ataque corrosivo restrito a
um ou mais pontos pode levar
à perfuração da superfície Fonte: CALDERÓN-HERNÁNDEZ, J.W.
exposta do aço. Exame de Qualificação para Mestrado,
28/set/2011
CARACTERÍSTICAS

•Tipo de corrosão extremamente localizada;


•Típica de metais passivos e/ou que mantêm sobre sua superfície uma camada
protetora de produtos de corrosão;
•Célula de corrosão é composta por um pequeno ânodo e um cátodo de grande área;
•A propagação de um pite é fortemente influenciada por sua geometria;
•Difícil de avaliar devido ao tamanho e porque, frequentemente, se encontra
coberto por uma camada de produto de corrosão;
•Apresenta natureza estocástica;
•Quase sempre envolve íons haleto, particularmente o cloreto;
•Tem tendência para crescer perpendicularmente à superfície atacada, e no sentido
da gravidade
MECANISMOS DA CORROSÃO POR PITES

•Clássico;

•Presença de depósitos superficiais;

•Inclusões ou intermetálicos mais nobres que a matriz;

•Inclusões ou intermetálicos menos nobres que a matriz;

•Corrosão-erosão;

•Corrosão seletiva;

•Presença de carepas descontínuas.


GEOMETRIA DA CORROSÃO POR PITES

Raso e Largo

Subsuperficial
Elíptico Lamelar

Horizontal

Estreito e Profundo

Vertical
Sub-superficial

Fonte: Formas de poço de corrosão (corrosion-doctors.org)


CORROSÃO POR PITES: EXEMPLOS
Seção transversal de tubo aço inoxidável com
Pites em aço inoxidável em meio contendo cloretos
corrosão por pites

Fonte: http://www.nem.org.uk/rust2.htm
Fonte:
http://corrosion.ksc.nasa.gov/pittcor.htm
Sistema de ar condicionado com corrosão por pites
Pites em tubo de Ti (bobina de aquecimento)

Fonte: http://sirius.mtm.kuleuven.be/Research/corr- Fonte: http://sirius.mtm.kuleuven.be/Research/corr-o-


o-scope/hcindex1/tutorial2.htm scope/hcindex1/tutorial2.htm
CORROSÃO POR FRESTAS

Corrosão por Frestas sob cabeça de


parafuso de aço 316
A corrosão por frestas consiste em
uma das formas de ataque mais
incidente e menos reconhecida.
Esse tipo de corrosão localizada é
um problema que em geral envolve
os metais passíveis e portanto,
materiais relativamente resistentes
à corrosão, como por exemplo,
aços inoxidáveis, titânio e
alumínio.
http://www.ssina.com/corrosion/crevice-pitting.html
CARACTERÍSTICAS

•Tipo de corrosão localizada;

•Frequentemente associada a líquidos estagnados no interior de


furos, superfícies de gaxetas, juntas sobrepostas, depósitos
superficiais, espaços sob a cabeça de porcas e parafusos, áreas
estreitas e/ou confinadas.
MECANISMOS DA CORROSÃO POR FRESTAS
•Ocorre em materiais passivos ou não;
•No início da exposição tanto a fresta quanto a região externa a
esta corroem com a mesma intensidade: as curvas anódica e
catódica das duas regiões são idênticas;
• O desenvolvimento do processo corrosivo cria condições para
o estabelecimento, manutenção e aceleração do ataque corrosivo;
• Para funcionar como um sítio de corrosão, a fresta deve ser
suficientemente larga de modo a permitir a penetração do líquido
e suficientemente estreita para criar uma zona de estagnação
(aberturas geralmente inferiores a 1/8“ de polegadas);
•Inicialmente as frestas e a região externa estão passivas e corroem
com pequena intensidade;
•No interior da fresta os íons metálicos, provenientes da corrosão,
vão se acumulando, a condição estagnante não favorece a difusão
rápida destes íons para fora da fresta;
MECANISMOS DA CORROSÃO POR FRESTAS
•Migração de íons cloreto para o interior da fresta – eletroneutralidade (mobilidade
de outros ânions é inferior à dos cloretos);
•Quebra da película passiva devido à presença de cloretos e aceleração da corrosão
do metal;
•No interior da fresta o oxigênio consumido não é reposto, o que impossibilita a
repassivação;
•Com o consumo de O2 no interior da fresta, a curva catódica do oxigênio cruza o
trecho ativo (se houver), levando o potencial de corrosão do metal para esta região
– o metal não consegue se repassivar no interior da fresta;
•Polarização anódica da área da fresta pela área nobre externa;
•Hidrólise dos cloretos metálicos pela água e diminuição de pH;
•Mecanismo autocatalítico semelhante à corrosão por pites – autocatalítico e com
grande diferença entre a área anódica (pequena) e a catódica (grande).
CORROSÃO POR FRESTAS: EXEMPLOS
Tubulação mandrilada Espelho de trocador de calor

(Sob o selo) em flange de aço inox


exposto a meio rico em cloreto Tubulação de aço inox 304L

Fonte: http://www.ssina.com/corrosion/crevice-pitting.html
CORROSÃO SOB TENSÃO

Corrosão sob tensão fraturante em liga de titânio: A -


A corrosão sob tensão ocorre parte interna; B - parte externa do equipamento.
quando o material está
submetido, simultaneamente
a um estado de tensões e a
um meio corrosivo
específico. O trincamento
que ocorre é frequentemente
transgranular, isto é, se
desenvolve rompendo todo o
grão, sem uma preferência
de propagação nos contornos
Fonte: GENTIL, 2011
de grão.
CARACTERÍSTICAS
•Formação de trincas que favorecem a ruptura do metal;
•Caracterizada por duas fases distintas: Indução e Propagação;
•Fratura não apresenta estricção e é caracterizada por duas zonas distintas: Primeira
zona e segunda zona;
•As trincas podem ser inter, transgranulares ou mistas;
•As trincas se desenvolvem perpendicularmente à direção do esforço de tração;
•Apresentam efeito altamente localizado;
•Relação desfavorável de área: área anódica<<área catódica;
•Ocorre quando as tensões e as concentrações dos agentes responsáveis pelo processo
ultrapassam determinados valores mínimos;
•A velocidade de corrosão na extremidade da trinca é bem superior àquela da face
das trincas e também na superfície externa da peça;
•Ocorre apenas em condições altamente específicas que dependem da natureza do
metal ou liga e também das condições físico-químicas do meio;
•Aparentemente a especificidade é perdida em amostras que foram pré-trincadas.
MECANISMOS DA CORROSÃO SOB TENSÃO

•Ainda não se encontra bem definido;


•Corrosão tem papel primordial no início da fratura;
•Papel da tensão aplicada;
•Elevada concentração de tensões provoca deformação plástica na região
próxima à fenda e possível transformação de fases metaestáveis;
•Possibilidades para aumento da reatividade;
•Nas fraturas intergranulares o fator predominante é a maior reatividade dos
contornos de grão.
CORROSÃO SOB TENSÃO: EXEMPLOS

Corrosão Sob Tensão


Corrosão sob tensão fraturante em tubulação de latão em
presença de amônia e umidade.

Fonte: GENTIL, 2011

Fonte: CARBÓ, 2008


COMO PREVINIR

•Pites;

•Frestas;

•Sob Tensão.
CONCLUSÃO

A corrosão é um fenômeno que se encontra muito presente


no dia a dia, e sua ocorrência não inviabiliza a utilização de
certos materiais, porém traz uma cautela maior para os
critérios de escolha, principalmente quando se leva em
consideração a interação destes com outros materiais e o
meio ao qual estarão expostos.
BIBLIOGRAFIA

 GENTIL, Vicente. Corrosão. 6ª Edição. Rio de Janeiro: Editora


LTC,2011.
 CALLISTER Jr., W. D. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma
introdução. Ed. LTC, 2008.
 CHIAVERINI, Vicente. Aços e Ferros Fundidos. 7 ed. São Paulo: ABM,
2008.

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