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Constatou-se que os usuários de grande parte do Comércio Local do Plano-Piloto extrapolam a escala, originalmente
prevista em projeto, da Superquadra residencial.
O Comércio Local - CL, vem apresentando uma tendência a tornar-se Comércio Regional - CR.
A tendência à regionalização do Comércio Local é problemática por diversos aspectos, além de encontrar-se num processo
desordenado de uso e ocupação, contrariando os princípios que nortearam a proposta de Lúcio Costa temos também uma
distorção da concepção inicial que era oferecer atendimento à demanda local da unidade de vizinhança, princípio
urbanístico básico estruturador do Plano-Piloto.
A prevalência da concepção de Comércio Regional tende a comprometer as condições de vida no Plano Piloto, uma vez que
a estrutura viária, física, urbanística e arquitetônica não foi projetada de modo a dar suporte a um Comércio que atenda a
uma demanda de escala regional.
A revisão do PDOT, é necessária porque indicará novas alternativas, no sentido do atendimento as demandas de comércio
Regional. Estas alternativas deverão ser objeto de detalhamento, em termos de estudos e projetos, pelos PDLs de todas as
RAs, incluindo a revitalização de setores de comércio e serviços na área tombada, como as Avenidas W3 Sul e Norte, novos
setores comerciais nos bairros adjacentes ao Plano Piloto como Sudoeste, Cruzeiro e Octogonal.
CL e CR
Questionar-se a consolidação da tendência à regionalização do CL, não se trata de contrapor-se uma postura
conservacionista de intocabilidade e retorno rigoroso as características do projeto original. Entende-se serem necessários
ajustes de atualização urbanística e arquitetônica, face a dinâmica dos problemas atuais dos Comércios Locais do Plano
Piloto. De forma a torna-los mais funcionais e consentâneos à realidade, sem perda das características de atendimento da
unidade de vizinhança.
Na perspectiva dos ajustes de atualização urbanística, necessária ao equacionamento dos problemas atuais do Comércio
Local.
A implementação dos princípios e diretrizes urbanística no Comércio Local sugeridos ao debate, estão sujeitos a análise e
instrução das medidas e instrumentos necessários por parte do:
DEPHA/IPHAN,
SEMATECH,
PROCUDORIA DO DF,
DETRAN;
DMTU;
Direito Urbanístico - Professora Sabrina Durigon Marques 4
REALIDADE – NOVO PDOT:
Nestes termos ficam gravados os condicionantes para detalhamento nos projetos, a seguir explicitados:
1. As áreas de domínio das Superquadras, incluindo o anel arborizado gravado no projeto do Plano Piloto, são intangíveis.
2. Serão admitidos acréscimos térreos, com os seguintes limites:
2.1. Os acréscimos deverão ter seis metros a partir dos limites atuais e no sentido longitudinal das lojas ou módulos, sobre as
atuais áreas públicas entre os blocos comerciais e os limites das superquadras.
2.2. A altura – cota de coroamento dos acréscimos – ficará definida pela altura dos pisos dos pavimentos superiores, ou mezaninos,
das lojas, não mais, não menos.
3. O GDF deverá colocar marcos com as alturas de coroamento nos cantos limites dos acréscimos de cada bloco. Esses marcos
padronizarão os alinhamentos e alturas dos acréscimos de maneira que os proprietários construtores e fiscais não tenham dúvida
quanto ao novo gabarito.
4. O IPHAN recomenda que a regularização formal administrativa seja feita mediante contrato de Cessão de Direito Real de Uso,
evitando a alienação indelével do solo de uso público.
5. As passagens intermediárias entre os blocos devem ser desobstruídas, poderão ser admitidos usos de caráter provisório ou
precário, para prestação de pequenos serviços, tais como sapateiro, chaveiro, etc.
6. Não existem óbices a atualização dos perfis das pistas e estacionamentos, assim, como das passagens de pedestres, tal como
previstos nos estudos preliminares.
7. Os estacionamentos, tanto em bolsões próximos aos extremos dos CLS como ao longo das vias L-1 e W-1, poderão ser
aprovados.
DePHA – Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico:
Dentre as alternativas apresentadas devemos observar alguns pontos que deverão ser analisados para a sua efetivação.
2 – Considerando que a ampliação das áreas, certamente propiciará o aumento do nº de bares e restaurantes, especial atenção deverá ser dada as
restrições quanto a poluição sonora, tendo em vista que em Brasília é muito comum o uso de música ambiente com níveis de ruídos absurdos que
prejudicam as residências vizinhas.
3 – A proliferação de restaurantes e lanchonetes, tem gerado problemas com o CBDF devido ao problema com as instalações de gás em subsolo ou
locais impróprios. A proposta inicial de uma central de gás única para o bloco ao consubstanciar-se em gás canalizado feriria a previsão
constitucional de que o gás canalizado é de responsabilidade do Estado não podendo ser repassado a particulares. Entretanto, no nosso
entendimento, deveriam ser aprofundados os estudos para resolução deste sério problema.
4 – Este Grupo de Trabalho, apesar de reconhecer que a demanda do Comércio Local tem se tornado regional, e sabendo que no plano inicial ela
seria vicinal, achamos por bem que as propostas não induzissem este caráter regional. Portanto, todas as propostas visam resguardar seu caráter
local.
5 – Para a implantação de qualquer uma das propostas apresentadas, faz-se necessário dotar a fiscalização de:
- 16 fiscais - 04 veículos
- Ferramentas: 01 escada de 3,00 metros; 02 picaretas; 02 pás; 02 marretas; 02 alavancas; 02 torquez compridas; 12 pares de luvas; 04 martelos; 01
policorte com discos; 02 alicates; 02 arcos de serra; 12 lâminas de serra.
1. O Sistema Viário
2. Caixa das vias
3. Rótulas
4. Estacionamentos
5. Ressalto
6. Sinalização
7. Lixo
8. Horários
9. Arquitetura
10. Área de transição
11. Caminhos de pedestres
12. Uso do solo