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PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

que levaram a criação da Lei dos


puxadinhos

Direito Urbanístico - Professora Sabrina Durigon Marques


Brasília/DF
CL e CR

Constatou-se que os usuários de grande parte do Comércio Local do Plano-Piloto extrapolam a escala, originalmente
prevista em projeto, da Superquadra residencial.
O Comércio Local - CL, vem apresentando uma tendência a tornar-se Comércio Regional - CR.
A tendência à regionalização do Comércio Local é problemática por diversos aspectos, além de encontrar-se num processo
desordenado de uso e ocupação, contrariando os princípios que nortearam a proposta de Lúcio Costa temos também uma
distorção da concepção inicial que era oferecer atendimento à demanda local da unidade de vizinhança, princípio
urbanístico básico estruturador do Plano-Piloto.
A prevalência da concepção de Comércio Regional tende a comprometer as condições de vida no Plano Piloto, uma vez que
a estrutura viária, física, urbanística e arquitetônica não foi projetada de modo a dar suporte a um Comércio que atenda a
uma demanda de escala regional.
A revisão do PDOT, é necessária porque indicará novas alternativas, no sentido do atendimento as demandas de comércio
Regional. Estas alternativas deverão ser objeto de detalhamento, em termos de estudos e projetos, pelos PDLs de todas as
RAs, incluindo a revitalização de setores de comércio e serviços na área tombada, como as Avenidas W3 Sul e Norte, novos
setores comerciais nos bairros adjacentes ao Plano Piloto como Sudoeste, Cruzeiro e Octogonal.
CL e CR

Questionar-se a consolidação da tendência à regionalização do CL, não se trata de contrapor-se uma postura
conservacionista de intocabilidade e retorno rigoroso as características do projeto original. Entende-se serem necessários
ajustes de atualização urbanística e arquitetônica, face a dinâmica dos problemas atuais dos Comércios Locais do Plano
Piloto. De forma a torna-los mais funcionais e consentâneos à realidade, sem perda das características de atendimento da
unidade de vizinhança.
Na perspectiva dos ajustes de atualização urbanística, necessária ao equacionamento dos problemas atuais do Comércio
Local.
A implementação dos princípios e diretrizes urbanística no Comércio Local sugeridos ao debate, estão sujeitos a análise e
instrução das medidas e instrumentos necessários por parte do:
DEPHA/IPHAN,
SEMATECH,
PROCUDORIA DO DF,
DETRAN;
DMTU;
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REALIDADE – NOVO PDOT:

 A situação caótica dos comércios locais reside na alteração do gabarito de


ocupação e na concentração de uso indiscriminados e/ou inadequados.

 A linha de raciocínio adotada se voltou para as origens do problema


(invasões) na tentativa de explicar a situação atual e na medida do possível
criar instrumentos capazes de reverter o processo ou em situação menos
favorável atingir um equilíbrio.

 Desta forma, se baseou, principalmente no estudo do uso e suas


consequências com a realidade estabelecendo uma solução compatível com os
vários setores afetos da comunidade e as áreas analisadas.

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Brasília/DF
IPHAN

Nestes termos ficam gravados os condicionantes para detalhamento nos projetos, a seguir explicitados:
1. As áreas de domínio das Superquadras, incluindo o anel arborizado gravado no projeto do Plano Piloto, são intangíveis.
2. Serão admitidos acréscimos térreos, com os seguintes limites:
2.1. Os acréscimos deverão ter seis metros a partir dos limites atuais e no sentido longitudinal das lojas ou módulos, sobre as
atuais áreas públicas entre os blocos comerciais e os limites das superquadras.
2.2. A altura – cota de coroamento dos acréscimos – ficará definida pela altura dos pisos dos pavimentos superiores, ou mezaninos,
das lojas, não mais, não menos.
3. O GDF deverá colocar marcos com as alturas de coroamento nos cantos limites dos acréscimos de cada bloco. Esses marcos
padronizarão os alinhamentos e alturas dos acréscimos de maneira que os proprietários construtores e fiscais não tenham dúvida
quanto ao novo gabarito.
4. O IPHAN recomenda que a regularização formal administrativa seja feita mediante contrato de Cessão de Direito Real de Uso,
evitando a alienação indelével do solo de uso público.

5. As passagens intermediárias entre os blocos devem ser desobstruídas, poderão ser admitidos usos de caráter provisório ou
precário, para prestação de pequenos serviços, tais como sapateiro, chaveiro, etc.

6. Não existem óbices a atualização dos perfis das pistas e estacionamentos, assim, como das passagens de pedestres, tal como
previstos nos estudos preliminares.

7. Os estacionamentos, tanto em bolsões próximos aos extremos dos CLS como ao longo das vias L-1 e W-1, poderão ser
aprovados.
DePHA – Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico:

1. Que o instrumento (instrução normativa) destina-se a criar


limites claros apenas para as ocupações precárias, ou seja,
para aquelas de caráter reversível, não se constituindo em
fator que venha permitir alegação de direitos de permanência
ou propriedade no futuro;

2. Que os critérios de ocupação e cobrança de taxas se


constituirão num fator favorável à inibição da forma
predatória como grande parte das ocupações vem ocorrendo,
causando na maioria dos casos transtornos ao cidadão em
termos de salubridade, circulação, etc.;

3. Que a normatização expressa na Instrução Normativa


demonstrará efetivamente o exercício do dever, pelo poder
público, em coibir os usos indevidos dos espaços públicos;

4. Que os recursos provenientes das ocupações dos espaços


públicos se caracterizariam numa forma de ressarcimento à
sociedade pela mais-valia aferida pelos comerciantes ao
ampliar seus espaços de comercialização;
5. Que os critérios de ocupação garantem a livre
circulação de pedestres bem como o acesso ao
mobiliário urbano;

6. Que estarão preservados (excluídos da Instrução


Normativa) praças, vias e estabelecimentos, ou seja,
não serão objetos possíveis de ocupação;

7. Sugerimos substituir o termo “área tombada”


(título) por “área urbana protegida pelo
tombamento federal”. O termo “equipamento
removível” deverá ser definido desde já dos tipos
de sistemas construtivos que serão aceitos na
categoria “precários” ou “removíveis”.

Observar o INTC nº 001/97, atual DECRETO Nº


38.247, DE 1º DE JUNHO 2017.
COMÉRCIO LOCAL SUL – ampliação da área das
lojas:

1. Considerando que no mérito a portaria 314 do


IPHAN (Portaria nº 166/2016 - Complementação e
detalhamento da Portaria nº 314/1992) não tem por
objetivo inibir a vitalidade urbana dos Comércios
Locais Sul – o que seria absurdo e contraditório com
a própria ideia da preservação, mas tão somente
zelar pela manutenção de suas características
originais como partido arquitetônico e em termos de
escala da massa edificada;

2. Considerando que a demanda por ampliação de área


é restrita a uma parcela dos estabelecimentos
comerciais não superior a 50% do total;

3. Considerando que a cidade não interessa valorizar


excessivamente os comércios locais sob pena de ver
expulsos exatamente os pequenos estabelecimentos
de comércio efetivamente local, além de agravar os
problemas de estacionamento;

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Brasília/DF
4. Considerando que a passagem do metrô pelo canteiro
central oeste do Eixo Rodoviário implica necessariamente
na existência de galerias de passagem em nível inferior que
propiciem acesso seguro às estações para quem vem do lado
leste, e que estas passagens serão feitas nos moldes da
Galeria dos Estados, com comércio de ambos os lados,
constituindo-se na expansão natural e desejável dos
comércios locais;

5. Considerando que a colocação de mesas de bares e


restaurantes nas calçadas, com coberturas de caráter
transitório, como toldos, parassóis ou similares, é pratica
corrente em todas as cidades, e que esta pratica em Brasília
adquiriu personalidade própria pela presença das áreas
verdes contíguas, tornando-se parte integrante da vida
normal de moradores e visitantes;

6. Considerando a ocorrência crescente de abusos por parte


dos comerciantes de todos os tipos na utilização das áreas
livres contíguas às lojas, o que além de comprometer a
identidade visual dos Comércios em seu conjunto expõe os
moradores das quadras e os transeuntes da faixa verde a um
triste espetáculo de desleixo.
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Brasília/DF
GDF – Governo do Distrito Federal:

Dentre as alternativas apresentadas devemos observar alguns pontos que deverão ser analisados para a sua efetivação.

1 - A unidade morfológica dos blocos comerciais citados no item 4 dependerá de:


Remanejamento das Redes da Telebrasília. Sobre este ponto, apresentamos no anexo 3, documento desta Concessionária (CT n 865/91-P).

2 – Considerando que a ampliação das áreas, certamente propiciará o aumento do nº de bares e restaurantes, especial atenção deverá ser dada as
restrições quanto a poluição sonora, tendo em vista que em Brasília é muito comum o uso de música ambiente com níveis de ruídos absurdos que
prejudicam as residências vizinhas.

3 – A proliferação de restaurantes e lanchonetes, tem gerado problemas com o CBDF devido ao problema com as instalações de gás em subsolo ou
locais impróprios. A proposta inicial de uma central de gás única para o bloco ao consubstanciar-se em gás canalizado feriria a previsão
constitucional de que o gás canalizado é de responsabilidade do Estado não podendo ser repassado a particulares. Entretanto, no nosso
entendimento, deveriam ser aprofundados os estudos para resolução deste sério problema.

4 – Este Grupo de Trabalho, apesar de reconhecer que a demanda do Comércio Local tem se tornado regional, e sabendo que no plano inicial ela
seria vicinal, achamos por bem que as propostas não induzissem este caráter regional. Portanto, todas as propostas visam resguardar seu caráter
local.

5 – Para a implantação de qualquer uma das propostas apresentadas, faz-se necessário dotar a fiscalização de:
- 16 fiscais - 04 veículos
- Ferramentas: 01 escada de 3,00 metros; 02 picaretas; 02 pás; 02 marretas; 02 alavancas; 02 torquez compridas; 12 pares de luvas; 04 martelos; 01
policorte com discos; 02 alicates; 02 arcos de serra; 12 lâminas de serra.

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Brasília/DF
SUGESTÕES DE
ALTERAÇÃO:

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A Lei estabelece limites e padrões para a ocupação de áreas públicas, para
tanto foram analisados:

1. O Sistema Viário
2. Caixa das vias
3. Rótulas
4. Estacionamentos
5. Ressalto
6. Sinalização
7. Lixo
8. Horários
9. Arquitetura
10. Área de transição
11. Caminhos de pedestres
12. Uso do solo

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Brasília/DF
AGRADECEMOS A
ATENÇÃO

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Brasília/DF

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