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De 13 a 24 de março de 2017.

Curso de atualização do PDDU e da


LOUOS - Lei do Ordenamento do
Uso e Ocupação do Solo de Salvador
Juliana Franca Paes, Urbanista
Integrante da equipe técnica responsável pela elaboração do Plano
Salvador 500, PDDU e LOUOS 2016, Assessora Especial da Secretaria de
Urbanismo da Prefeitura Salvador à época.
Atualmente Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente da Prefeitura de Camaçari.
Conceitos: Política Urbana: Mobilidade: SAVAM - Sistema Habitação:
Urbanísticos e Macrozoneamento e Integração com a de Áreas de Valor Integração com a
Jurídicos Instrumentos da política de uso do Ambiental e política de uso do
Política Urbana solo, infraestrutura Cultural: Áreas solo, ZEIS e
viária e sistemas de sob regime Regularização
transporte especial Fundiária

Conceitos: Zoneamento: Parcelamentos, Uso do Solo: Procedimentos


Urbanísticos e Tipos, perímetros e Urbanização e Classificação, usos Administrativos:
Jurídicos parâmetros Ocupação do Solo: potencialmente AOP, licenciamento
urbanísticos Modalidades e causadores de de empreendimento
requisitos impactos e requisitos e atividades,
fiscalização

Semana de 13 a 17 – Módulo PDDU


Semana de 20 a 24 – Módulo LOUOS
MÓDULO PDDU – AULA 05

Habitação:
Integração com a política de uso do solo,
ZEIS e Regularização Fundiária
ESTRUTURA DA LEI 9.069/2016
ANEXOS
(PDDU 2016)
ANEXO 1 – Glossário
ANEXO 2 – Quadros
Quadro 01 Zoneamento e Coeficiente de Aproveitamento
Quadro 02 ZEIS: percentuais de área construída total por categoria de uso
TÍTULO I - Dos fundamentos, abrangência e finalidades Quadro 03 Fator de Indução do Desenvolvimento Urbano e Econômico
TÍTULO II - Da politica urbana do município Quadro 04 Fator Social de Incentivo ao Desenvolvimento Social e Econômico
Quadro 05 Correspondência das Zonas de Uso Propostas com as Zonas da Lei nº
TÍTULO III – Do desenvolvimento econômico 7.400/08
TÍTULO IV – Do meio ambiente Quadro 06 Características Funcionais das Vias Segundo Categorias
Quadro 07 Características Físico-Operacionais das vias segundo Categorias
TÍTULO V – Da cultura
Quadro 08 Intervenções Pontuais no Sistema Viário
TÍTULO VI – Da habitação Quadro 09 População e Densidade Populacional Bruta segundo Prefeituras Bairro
ANEXO 3 – Mapas
TÍTULO VII -Da infraestrutura, equipamentos e serviços
Mapa 01 Macrozoneamento
urbanos básicos Mapa 01A Macroáreas
Mapa 01B Setores da Macroárea de Integração Metropolitana
TÍTULO VIII – Do Ordenamento Territorial
Mapa 02 Centralidades
TÍTULO IX -Do desenvolvimento político-institucional Mapa 03 Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)
TÍTULO X – Das disposições transitórias e finais Mapa 04 Sistema Viário Estrutural
Mapa 05 Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros
Mapa 06 Sistema de Transporte de Cargas
Mapa 07 Sistema de Áreas de Valor Urbano Ambiental (SAVAM)
Mapa 07A Sistema de Áreas de Valor Urbano Ambiental (SAVAM): Áreas
Remanescentes do Bioma Mata Atlântica
Mapa 08 Operações Urbanas Consorciadas
Mapa 09 Prefeituras Bairro
ESTRUTURA DA LEI 9.148/2016
ANEXO 01 - QUADROS ANEXO 02 - MAPAS
(LOUOS 2016)

TÍTULO I - Disposições Preliminares Quadro 1 A – Conceitos Mapa 1 A - Zonas de Uso

TÍTULO II - Disposições Gerais Quadro 1 B – Siglas e Abreviaturas Mapa 1 B - ZEIS

TÍTULO III - Do Zoneamento Quadro 2 – Parâmetros das modalidades de parcelamentos Mapa 1 C - Zonas Centralidade

TÍTULO IV - Do Parcelamento Do Solo Quadro 3 – Dimensões mínimas de lotes por zona de uso

TÍTULO V - Da Ocupação Do Solo Quadro 4 – Características físico-operacionais do sistema viário Mapa 2 A - SAVAM

TÍTULO VI - Do Uso Do Solo Quadro 5 – Classificação viária Mapa 2 B - Bioma Mata Atlântica

TÍTULO VII - Dos Procedimentos Administrativos Quadro 6 – Parâmetros de ocupação do solo Mapa 2 C – Zonas Especiais das APAs

TÍTULO VIII - Disposições Finais Quadro 7 – Enquadramento de usos nR1 nR2 nR3

Quadro 8 - Enquadramento de usos nR4 nRa Mapa 3 - Gabaritos

Quadro 9 - Enquadramento de usos ID

Quadro10 – Usos permitidos por zona de uso Mapa 4 - Classificação Viária

Quadro 11 A - Condições de instalação por classificação viária

Quadro 11 B - Condições de instalação por subcategoria de uso

Quadro 12 - Parâmetros de incomodidade


Política Municipal de Habitação

TÍTULO VI Dispõe sobre a Política Municipal de Habitação de


habitação Interesse Social, seus pressupostos e objetivos, sobre o
atendimento às necessidades habitacionais para a
população de baixa renda e a gestão da política com
participação social.
Política Municipal de Habitação

TÍTULO VI Capítulo I – Dos pressupostos e objetivos da política municipal de habitação


de interesse social
habitação Capítulo II – Do planejamento da política de habitação de interesse social
Capítulo III – Do atendimento às necessidades habitacionais
Seção I – Dos Programas e Critérios de Prioridade para o Atendimento
Seção II – Da Produção Habitacional
Seção III – Da Urbanização dos Assentamentos Precários
Seção IV – Da Regularização Fundiária das Áreas Ocupadas Urbanizáveis
Seção V – Da Requalificação de Edificações de Cortiços e Moradias Coletivas
Seção VI – Da Melhoria das Condições de Habitabilidade de Moradias
Seção VII - Da Regularização Fundiária das Zonas Especiais de Interesse
Social
Capítulo IV – Da gestão com participação
Política Municipal de Habitação

Art. 46
A Política Municipal de Habitação de Interesse Social
(PHIS) está fundamentada nas disposições da
Constituição Federal, do Estatuto da Cidade – Lei
nº10.257/01, das Medidas Provisórias nº. 2.220/01 e das
Leis Federais nº 10.998/04, 11.124/05, 11.888/08 e
11.977/09, da Lei Orgânica Municipal e das diretrizes de
Política Urbana, expressas por esta Lei.
Política Municipal de Habitação
Art. 48
A PHIS tem como objetivos:
I - viabilizar para a população de menor renda o acesso à terra urbanizada, à moradia
digna e segurança em sua posse, aos serviços públicos essenciais e equipamentos
sociais básicos;
II - promover os meios para garantir a diversidade dos programas e de agentes
promotores da PHIS, de acordo com as características diferenciadas da demanda;
III - garantir o melhor aproveitamento da infraestrutura instalada, dos equipamentos
urbanos e do patrimônio construído, evitando deseconomias para o Município e a
população;
IV - oferecer condições para o funcionamento dos canais instituídos e outros
instrumentos de participação da sociedade, nas definições e no controle social da
política habitacional;
V - viabilizar a atuação integrada e articulada com os demais níveis de governo e a
iniciativa privada, visando:
a) fortalecer a ação municipal;
b) estimular maior participação de outros agentes promotores no
atendimento das necessidades habitacionais;
c) aperfeiçoar o uso de recursos humanos e financeiros.
Política Municipal de Habitação
Art. 49
A PHIS compreende um conjunto de diretrizes que orientam as
ações pontuais, coletivas e estruturais, para o atendimento das
necessidades habitacionais da população com renda familiar
mensal de até R$ 4.728,00 (quatro mil setecentos e vinte e oito
reais), priorizando aquelas com renda familiar mensal de até
R$ 2.364,00 (dois mil trezentos e sessenta e quatro reais).

Parágrafo único. Os valores da renda familiar média, para efeito


desta Lei, serão atualizados anualmente pela Prefeitura, a cada
mês de janeiro, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), ou o que vier a substituí-lo, e publicados no
Diário Oficial do Município.
Política Municipal de Habitação

Art. 50
O equacionamento da questão da moradia enquanto política
pública no âmbito do Município deve contemplar soluções e
ações integradas, pertinentes aos campos:

I - do planejamento da PHIS;
II - do atendimento às necessidades habitacionais;
III - da gestão com participação.
Política Municipal de Habitação
Art. 54
Com base nos objetivos e diretrizes enunciados nesta Lei, o Executivo
revisará o PMH, contendo, no mínimo:
I - identificação das atuais e futuras necessidades habitacionais, quantitativa e
qualitativamente, incluindo todas as situações de moradia;
II - estabelecimento de estratégia para equacionar o problema habitacional do
Município e cumprir os princípios e objetivos estabelecidos no Capítulo I deste Título;
III - programas habitacionais que deem conta da diversidade de situações da
demanda;
IV - definição de metas, custos e prazos de atendimento às demandas
espacializadas;
V - estabelecimento de linhas de financiamento existentes nos diversos âmbitos de
governo, que podem ser usados pelo Poder Público Municipal e pela demanda;
VI - elaboração de sistema de priorização do atendimento às necessidades
habitacionais que contemple a efetivação de cadastro da demanda a ser gerenciado
pelo Município;
VII - estratégia de implementação do plano.
Política Municipal de Habitação
Art. 58
No âmbito da PHIS, o atendimento das necessidades
habitacionais compreende os seguintes programas:
I - produção de unidades habitacionais do tipo HIS e HMP;
II - urbanização dos assentamentos precários urbanizáveis a
critério do Executivo;
III - reassentamento da população moradora de áreas não
urbanizáveis para projetos habitacionais o mais próximo possível
da comunidade de origem;
IV - regularização fundiária das áreas urbanizáveis ocupadas e
conjuntos habitacionais públicos;
V - requalificação de edificações ocupadas por cortiços e
moradias coletivas;
VI - melhoria das condições de habitabilidade da moradia.
Política Municipal de Habitação
Art. 63
Ficam definidas como HIS e HMP:

I - Habitação de Interesse Social (HIS) - aquela destinada à


população com renda familiar mensal de até R$ 4.728,00 (quatro
mil setecentos e vinte e oito) reais, promovida pelo Poder
Público ou com ele conveniada;

II - Habitação de Mercado Popular (HMP) - aquela destinada


à população com renda familiar mensal maior que R$ 4.728,00
(quatro mil setecentos e vinte e oito) reais a R$ 7.880,00 (sete mil
oitocentos e oitenta) reais, promovida pelo Poder Público ou
com ele conveniada.
Política Municipal de Habitação
Art. 63
§3º A fim de priorizar o atendimento às famílias de maior
vulnerabilidade social, fica subdividida a categoria de uso HIS
em:

I - HIS-1, destinada à população com renda mensal de até R$


2.364,00 (dois mil trezentos e sessenta e quatro) reais;

II - HIS-2, destinada à população com renda mensal maior que


R$ 2.364,00 (dois mil trezentos e sessenta e quatro) reais a R$
4.728,00 (quatro mil setecentos e vinte e oito) reais.
Política Municipal de Habitação

ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social

São zonas destinadas à regularização fundiária–


urbanística e jurídico – legal e à produção,
manutenção ou qualificação da Habitação de
Interesse Social (HIS) e Habitação de Mercado Popular
(HMP). Se subdividem em 5 categorias e totalizam
234 territórios:
PDDU: MAPA 3
ZUE 3 - Porto de Salvador Zonas Especiais de Interesse
Social - ZEIS

LOUOS: MAPA 1B
Zonas Especiais de Interesse
Social - ZEIS
ZEIS NO PDDU 2008 ZEIS NO PDDU 2016
116 Territórios 234 Territórios
ZEIS -1: Áreas caracterizadas pela presença de
assentamentos precários - favelas, loteamentos
irregulares e conjuntos habitacionais irregulares -
habitadas predominantemente por população de
baixa renda.
Total: 162 territórios
ZEIS-2: Edificações ou conjunto de edificações
deterioradas ou encortiçadas, em áreas dotadas de
infraestrutura urbana consolidada, nas quais há o
interesse público em regularizá-las e reutilizá-las,
destinando-as, prioritariamente, a HIS e HMP.
Total: 03 territórios
ZEIS-3: Áreas caracterizadas por
terrenos não edificados, subutilizados ou ZUE 3 - Porto de Salvador
não utilizados, nos quais há interesse
para a implantação de HIS e HMP.
Total: 20 territórios
ZEIS-4: Áreas caracterizadas pela presença de
assentamentos precários ocupados por população deZUE 3 - Porto de Salvador
baixa renda em Área de Proteção Ambiental - APA ou
em Área de Proteção de Recursos Naturais - APRN, nas
quais há o interesse público em promover meios para a
regularização fundiária e recuperação ambiental.
Total: 43 territórios
ZEIS-5: Áreas caracterizadas por assentamentos
ocupados por comunidades quilombolas e comunidades
tradicionais vinculadas à pesca e mariscagem, nas quais há o
interesse público em promover meios para a regularização
ZUE 3 - Porto de Salvador
fundiária e recuperação ambiental, e medidas necessárias à
manutenção de suas tradições e cultura.
Total: 06 territórios
Política Municipal de Habitação
Art. 68
O Executivo instituirá, no órgão responsável pelo controle do ordenamento do
uso e ocupação do solo, Comissão Especial de caráter permanente, com
atribuições de órgão assessor, normativo, consultivo e decisório sobre a
legislação de Zona Especial de Interesse Social (ZEIS), tratada na Seção V do
Capítulo III do Título VIII desta Lei, além de HIS e HMP, cabendo-lhe:
I - implementar propostas sobre a legislação de que trata o caput deste
artigo, bem como opinar sobre alterações da mesma e expedir instruções
normativas referentes à sua aplicação, em especial nos casos omissos;
II - apreciar e decidir, nos casos omissos, sobre o enquadramento de projetos
na legislação de que trata o caput deste artigo;
III - acompanhar a proposição e implementação de projetos de
equipamentos públicos nas ZEIS.

§1º A composição desta Comissão Especial será definida pelo Executivo,


com representação dos órgãos competentes atuantes no atendimento às
necessidades habitacionais.
Política Municipal de Habitação

Art. 69
Fica o Executivo autorizado a conceder uma licença de funcionamento
especial, de caráter provisório, para as atividades de comércio e serviços
existentes nas ZEIS, na data da publicação desta Lei, desde que:

I - façam a inscrição no Cadastro Imobiliário do Município;


II - comprovem ligação regular de energia elétrica e de abastecimento de
água, compatível com o uso informado;
III - sejam usos permitidos na ZEIS.

Parágrafo único. As categorias de uso permitidas nas ZEIS serão definidas


pela LOUOS.
Política Municipal de Habitação

Art. 70
Fica isento da incidência de taxas municipais o licenciamento de
construção, reforma, ampliação e melhoria de edificação residencial
unidomiciliar, localizada em ZEIS, desde que o interessado não tenha
outro imóvel no Município.

Parágrafo único. Serão regularizadas pelo Executivo, para fins


urbanísticos, as edificações existentes nas Zonas Especiais de Interesse
Social (ZEIS), concluídas até a data de publicação desta Lei, observado
o disposto no art. 59*.

*Áreas não urbanizáveis


Política Municipal de Habitação
Art. 71
O Executivo Municipal deverá promover a regularização fundiária –
urbanística e jurídico-legal – dos assentamentos precários
urbanizáveis, por meio dos seguintes instrumentos:

I - Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS);


II - Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), de acordo com o Decreto-
Lei nº 271, de 1967;
III - Concessão de Uso Especial para fins de Moradia (CUEM), de acordo
com a Medida Provisória nº 2.220, de 2001;
IV - demarcação urbanística e legitimação de posse, de acordo com a Lei
Federal nº 11.977, de 2009, e alterações posteriores;
V - Transferência do Direito de Construir – TRANSCON;
VI - assistência técnica, urbanística, jurídica e social gratuita;
VII - apoio técnico às comunidades na utilização de instituto da usucapião
especial de imóvel urbano.
Política Municipal de Habitação
Art. 72
O Programa de Regularização Fundiária priorizará, em seu
atendimento, os assentamentos já urbanizados ou em fase final de
implantação de obras.

§2º O Executivo regulamentará:


I - a regularização fundiária de ocupações em terrenos de propriedade do
Município;
II - a regularização de terrenos particulares ocupados por edificações
irregulares;
III - a regularização de edificações particulares licenciadas que se
encontram em desacordo à legislação;
IV - a realização de cadastro de ocupações irregulares.
Política Municipal de Habitação
Art. 167
As ZEIS têm como objetivos:
I - promover a regularização fundiária sustentável, levando em
consideração as dimensões patrimonial, urbanística e ambiental, dando
segurança jurídica da posse da terra e da edificação aos moradores de
áreas demarcadas;
II - assegurar as condições de habitabilidade e integrar os
assentamentos precários ao conjunto da cidade;
III - incentivar a utilização de imóveis não utilizados e subutilizados
para programas habitacionais de interesse social;
IV - permitir a participação e controle social na gestão desses espaços
urbanos;
V - promover o respeito às áreas de proteção cultural e ambiental;
VI - flexibilizar os parâmetros urbanísticos com vistas à regularização
fundiária – urbanística e jurídico-legal – dos assentamentos precários,
cortiços e conjuntos habitacionais.
Política Municipal de Habitação
Art. 169
Nas ZEIS 1, 2, 3 e 4 o licenciamento de edificação nova ou de reforma
com mudança de categoria de uso deverá atender à destinação de
percentuais mínimos de área construída total para HIS e HMP.

§1º As exigências estabelecidas no caput aplicam-se aos imóveis


dotados de área de terreno superior a 1.500 m² (mil e quinhentos
metros quadrados), ficando excetuados os imóveis públicos destinados a
equipamentos sociais e infraestrutura urbana.

§2º A reforma sem mudança de uso que envolver a demolição ou


ampliação de 50% (cinquenta por cento) ou mais do total da área
construída no lote será considerada edificação nova para fins de
aplicação das exigências estabelecidas no caput deste artigo.
LOUOS
Lei nº 9.148, de 08 de setembro de 2016
ZEIS:
ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL

A LOUOS recepcionou as disposições previstas para as ZEIS


definidas no PDDU, bem como a delimitação espacial dos
territórios (Mapa das ZEIS).

Em razão da LOUOS disciplinar as regras de parcelamento, uso e


ocupação do solo do Município, as ZEIS, como uma categoria de
zona de uso definida no PDDU, passam a ter parâmetros
urbanísticos previstos, bem como atividades residenciais e não
residenciais permitidas, vejamos:
ZEIS:
ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL
Dos Remembramentos e Desdobros de Lote

Art. 71. É admitido o remembramento de lotes localizados em ZEIS nas


seguintes situações:

I - quando o lote resultante se destinar à implantação de empreendimentos


residenciais nas modalidades R1, R2, R3-01, EHIS e EHMP, previstas no art.
120 desta Lei, ou empreendimentos de comércio e serviços de âmbito local,
ou de equipamentos comunitários de interesse coletivo nas modalidades
nR1 previstas para as ZEIS, conforme Quadro 10 do Anexo 01 desta Lei;
II - quando for juridicamente necessária para a conformidade dos lotes área
exigida para a titulação social.

Parágrafo único. Para efeito do que dispõe o inciso I deste artigo, na


certidão de remembramento a ser emitida pela Prefeitura deverá constar
obrigatoriamente o uso ao qual o lote resultante se destina.
CLASSIFICAÇÃO DOS USOS

ID
Residencial Não Residencial Industrial
Que envolve a moradia Que envolve Que envolve as
de um indivíduo ou atividades: atividades
grupo de indivíduos. • comerciais; industriais.
• de serviços;
• Institucionais.

O Uso Não Residencial – nR e ID estão enquadrados segundo níveis de incomodidade e compatibilidade


com o uso residencial:

Usos compatíveis com a vizinhança residencial – nR1 Uso industrial não incômodo a vizinhança residencial – ID1
Usos toleráveis com a vizinhança residencial - nR2 Uso industrial incômodo a vizinhança residencial - ID2
Usos especiais ou incômodos à vizinhança residencial – nR3 Uso industrial especial – ID3
Usos relacionados a infraestrutura urbana – nR4
Usos ambientalmente compatíveis com o equilíbrio ecológico - nRa
R
Uso Residencial

R1 R2 R3
Uma unidade habitacional por lote. Conjunto de duas ou mais Conjunto de mais de duas unidades
unidades habitacionais por habitacionais, agrupadas
lote, agrupadas verticalmente em edifícios de
horizontalmente, com apartamentos constituídos em
entrada independente e com condomínio.
frente para via oficial de
circulação ou em
condomínio.

nR
Uso não Residencial

nRa: Uso não residencial nR1: Uso não nR2: Uso não nR3: Uso não nR4: Uso não
ambientalmente residencial compatível residencial tolerável residencial especial residencial de
compatível com o com a vizinhança com a vizinhança ou incômodo à infraestrutura
equilíbrio ecológico residencial residencial vizinhança residencial • Terminal rodoviário
• Padaria com ACC até • Supermercado • Cemitério • Central de distribuição
500m² • Shopping Center com • Aeroporto de gás;
• Escritórios com ACC até ACC maior que 1250m² • Penitenciária;
1250m² • Igreja com ACC maior • Serviços de
• Agência bancária que 350m² armazenamento com ACC
• Biblioteca • Hospital com ACC maior
maior que 5000m²
• Creche que 500m²
• Asilo
ID
Uso Industrial

ID1: Uso industrial não ID2: Uso industrial ID3: uso industrial especial que
incômodo, compatível incômodo a implica na fixação de padrões
com a vizinhança vizinhança residencial específicos de ocupação do lote,
residencial. de localização, de tráfego e aos
• Artefatos Têxteis
níveis de ruído, de vibrações e
• Artigos de Vestuário • Produtos e artefatos de
de poluição ambiental
• Artefatos de Papel plástico
• Fabricação de • Móveis • Bebidas
máquinas de • Fumo
escritório em geral • Regeneração de
Borracha
• Telhas e Tijolos
• Celulose
Empreendimentos de Interesse Social - EHIS
Empreendimentos de Mercado Popular - EHMP

EHIS: Empreendimento de Habitação de


Interesse Social, corresponde a uma edificação
ou conjunto de edificações destinadas à
HIS HMP
Habitação de Interesse Social (HIS)

EHMP: Empreendimento de Habitação de


Decreto do Executivo deverá regulamentar a Mercado Popular, corresponde a uma
flexibilização de normas, índices e parâmetros edificação ou a um conjunto de edificações
de parcelamento, uso e ocupação do solo,
destinados, predominantemente, à Habitação
subordinado às SEGUINTES EXIGÊNCIAS:
de Mercado Popular (HMP), podendo também
- Deverá ser respeitado o CAM da zona de uso HIS-1 e HIS-2, conforme faixas de renda
- Deverá ser respeitado o gabarito (Mapa 03 e familiar a que se destinam, definidas no PDDU
estudo de sombras)
Empreendimentos de Interesse Social - EHIS
Empreendimentos de Mercado Popular - EHMP
Da Categoria de Uso Residencial e suas Subcategorias

Art. 122.
§ 1º No caso de demolição ou reforma de edificação existente para a
construção de EHIS ou EHMP, é permitida a manutenção do índice de ocupação,
do gabarito de altura e do coeficiente de aproveitamento do edifício demolido ou
reformado, mesmo que superiores aos estabelecidos nesta Lei.

§ 3º Na ZEIS, serão consideradas não computáveis as áreas dos EHIS e EHMP


que forem destinadas a usos não residenciais, até o limite de 20% (vinte por
cento) da área destinada ao uso residencial.

§ 4º Enquanto não houver regulamentação específica para os EHIS e EHMP,


aplicam-se as disposições desta Lei previstas para as demais subcategorias de uso
residencial.
Empreendimentos de Interesse Social - EHIS
Empreendimentos de Mercado Popular - EHMP
Dos Requisitos e Parâmetros de Parcelamento e
Urbanização do Solo

Art. 49. A área mínima de lote no território do Município é de 125m²


(cento e vinte e cinco metros quadrados) e a frente mínima é de 5m (cinco
metros).
§ 3º Nos empreendimentos do tipo EHIS e EHMP admite-se lote
mínimo de 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados),
independentemente da zona de uso em que se situem.

Art. 50. A área máxima do lote no território do Município é de


20.000m² (vinte mil metros quadrados) e a frente máxima é de 200m
(duzentos metros).
§ 2º Serão admitidos empreendimentos residenciais das tipologias R2-
02, R3-02, R3-03, EHIS E EHMP em glebas ou lotes até o limite de
50.000m² (cinquenta mil metros quadrados).
Empreendimentos de Interesse Social - EHIS
Empreendimentos de Mercado Popular - EHMP

Urbanização Integrada de Interesse Social (URB2) - Empreendimento de


urbanização do qual resulta a criação de unidades imobiliárias
edificadas, contendo a necessária infraestrutura de equipamentos
comunitários e urbanos, e contemplando assentamentos para a população
de baixa renda.

Loteamento de Interesse Social (L2) - Subdivisão de gleba em lotes


destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de
logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias
existentes, destinado à implantação de programas habitacionais de
interesse social.
Empreendimentos de Interesse Social - EHIS
Empreendimentos de Mercado Popular - EHMP
Da Urbanização Integrada de Interesse Social – URB 2 e/ou
Loteamento do tipo L2

Art. 75. A disciplina de urbanização integrada de interesse social – URB 2


será regulamentada por decreto do Executivo, subordinada às seguintes
exigências:
I - a aprovação dos pedidos de realização do empreendimento deverá ser
precedida de Análise de Orientação Prévia - AOP;
II - o percentual a ser reservado para as áreas institucionais deverá atender
a, no mínimo, 5% (cinco por cento) da área total do terreno.
III - o percentual a ser reservado para o sistema viário deverá atender a, no
mínimo, 10% (dez por cento) da área total do terreno;
IV - o percentual a ser reservado para áreas verdes e de lazer deverá
atender a, no mínimo, 5% (cinco por cento) da área total do terreno, dentro
do qual devem ser previstas áreas destinadas a recreação e lazer comum, nas
seguintes proporções:
Empreendimentos de Interesse Social - EHIS
Empreendimentos de Mercado Popular - EHMP
Da Urbanização Integrada de Interesse Social – URB 2 e/ou
Loteamento do tipo L2

a) área coberta na proporção de 1m² (um metro quadrado) por unidade


habitacional;
b) área descoberta na proporção de 2m² (dois metros quadrados) por
unidade habitacional;
V - o número de vagas de estacionamento deverá corresponder a, no
mínimo, 50% (cinquenta por cento) do valor estabelecido no Quadro 11 B do
Anexo 01 desta Lei;
VI – serão permitidos os empreendimentos enquadrados como EHIS e
EHMP, conforme a classificação estabelecida no art. 121, admitindo-se o uso
misto, desde que o uso não residencial se enquadre na subcategoria nR1,
conforme a relação de usos constantes do Quadro 07 do Anexo 01 desta Lei,
admitindo-se outros usos não residenciais mediante avaliação da CNLU.
Empreendimentos de Interesse Social - EHIS
Empreendimentos de Mercado Popular - EHMP
Da Urbanização Integrada de Interesse Social – URB 2 e/ou
Loteamento do tipo L2
VII - será prevista área destinada a usos não residenciais, obedecendo ao
mínimo de 5% (cinco por cento) da área líquida, assim considerada a área
resultante da subtração das áreas transferidas da área total do terreno;
VIII - as obras de infraestrutura deverão ter seu dimensionamento
estabelecido pelas concessionárias dos respectivos serviços e conter, no
mínimo:
a) execução da pavimentação das vias, inclusive das destinadas a pedestres,
garantindo condições adequadas de acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e vias;
b) sistema de drenagem de águas pluviais;
c) sistema de abastecimento de água potável;
d) esgotamento sanitário;
e) rede de iluminação pública e de energia elétrica;
f) locação das ruas e quadras e, no que couber, locação dos lotes;
g) movimento de terra;
h) assentamento dos meios-fios e implantação dos passeios;
i) fechamento das áreas institucionais;
j) muros de sustentação, quando necessários;
k) outras obrigações constantes do TAC;

IX - as edificações que compõem as urbanizações integradas de interesse


social não poderão ser individualizadas.
Empreendimentos de Interesse Social - EHIS
Empreendimentos de Mercado Popular - EHMP

Dos Parcelamentos e Urbanizações Existentes

Art. 162. É permitida a ocupação e o uso do lote existente com área e/ou
frente inferiores ao mínimo estabelecido para a zona quando o lote:

IV – for destinado à:
b) empreendimentos de habitação de interesse social - EHIS;
c) empreendimentos de habitação de mercado popular –EHMP.
Obrigada!

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