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Pontifícia Universidade Católica de Campinas

CEATEC - Centro de Ciências Exatas, Ambientes e de Tecnologias


Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Tecnologia da Informação

GOVERNANÇA DE TI – A
AULA 01

Prof. Msc. Mauricio Becker

Campinas, 18/Fev/2019

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Agenda
1. Apresentação
2. Programa do Curso
3. Bibliografia
4. Planejamento das Aulas e Estratégia de Avaliação
5. Governança Corporativa
6. Governança de TI (introdução)

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Apresentação - Prof. Mauricio Becker
• 30 anos de experiência na área de TI
• Formação:
– Graduação em Tecnologia em Processamento de Dados (UNICE-CE)
– Pós Graduação em Gestão e Qualidade de Serviços (UNIFOR-CE)
– Mestrado em Gestão de Redes de Telecomunicações (PUC Campinas/SP)

• Certificações:
– Técnicas: HP High Availalibity, HP Wintel, Microsoft MCP e Cisco CCNA;
– Gestão: ITIL Foundation v2 (Exin) e Gerência de Projetos - PMP (PMI).

• Experiência profissional:
– Suporte Técnico de Campo, Analista de Suporte Técnico 2ºnível na HP
– Gerência de Escalações e Crises, Gerência de Serviços e Suporte na HPE
– Professor PUC Campinas (CEATEC – cursos de graduação SI e Gestão de TI)
– Professor convidado UNIP Alphaville (MBA Gestão de Projetos)
e-mail: mauricio.becker@puc-campinas.edu.br

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Apresentação dos alunos

• Nome

• Já atua na área de TI?

• Qual a função que exerce?

• Quanto anos de experiência na área de TI?

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Programa do Curso - Ementa

Ementa
• Conceitos e importância de Governança de TI
• Decisões Estratégicas de TI
• Arquétipos de TI para alocação de direitos decisórios
(quem são os responsáveis por tomar as decisões?)
• Mecanismos para implantar a Governança de TI
• Tipos de Governança
• Associação da Estratégia, da Governança e o Desempenho
• Princípios de Liderança para Governança de TI

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Programa do Curso - Objetivos
Objetivos Gerais
• Desenvolver a consciência sobre os modelos de governança
de TI e como a correta aplicação destes refletem em
resultados positivos para as empresas.
• Estruturar um projeto de Governança de TI para uma
empresa de médio porte.

Objetivos Específicos
• Conhecer os conceitos de governança e governança de TI,
conseguindo identificá-los nas estruturas das organizações.
• Avaliar as melhores práticas em governança de TI.
• Entender o conceito de alinhamento entre objetivos de
negócios e objetivos da TI.
• Entender as melhores práticas em governança 6
Conteúdo Programático

I - IMPORTÂNCIA DA GOVERNANÇA CORPORATIVA E DE TI


1. Governança Corporativa
2. Governança de TI
3. Pesquisa sobre fraudes e seus impactos nas
empresas e acionistas/investidores

II - ESTRUTURA E MODELOS PARA GOVERNANÇA DE TI


1. Estrutura da Governança de TI (GVTI)
2. Pesquisa sobre GVTI no mundo

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Conteúdo Programático (continuação)
III - MODELOS PARA A GOVERNANÇA DE TI
1. ABNT NBR ISO/IEC 38500
2. COSO - Commitee of Sponsoring Organizations
3. SOX - Lei Sarbanes-Oxley (USA)
4. Processos e níveis de maturidade

IV- ESTRUTURA FÍSICA E ORGANIZACIONAL DE UMA ÁREA DE TI


1. Apresentação de uma área de TI (estrutura física e
organizacional)
2. Identidade, missão, visão e diretrizes de política de uma
área de TI
3. Escrita de procedimentos. Auditoria interna.
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Conteúdo Programático (continuação)

V - TÉCNICAS PARA UMA GOVERNANÇA DE TI


1. Planejamento estratégico de TI (PEO - PETI - PDTI - PTTI)
2. Alinhamento estratégico
3. Gestão de portfólio
4. Contratação de serviços (outsourcing)
5. O papel do CIO (Chief Information Officer)
6. Modelo de GVTI
7. TI Verde. Cuidados da TI em relação ao meio ambiente

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Bibliografia Básica
WEILL, Peter; Ross, Jeanne W; Governança de TI –
Tecnologia da Informação; Editora M Books, 2004.

FERNANDES, Agnaldo Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz de;


Implantando a Governança de TI – Da Estratégia à Gestão
dos Processos e Serviços – 2ª. Edição; Editora Brasport

WEILL, Peter; ROSS, Jeanne W; ROBERTSON, David C.


Arquitetura de TI como Estratégia Empresarial. São Paulo-SP:
Makron, 2008.

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Bibliografia Complementar
ALBERTIN, Rosa Maria de Moura; ALBERTIN, Alberto Luiz; Estratégias de
Governança de Tecnologia da Informação:
estruturas e práticas. Rio de Janeiro-RJ: Elsevier, 2010.
MANSUR, Ricardo; Governança Avançada de TI; Editora Brasport
WALTON, Richard E.. Tecnologia de Informação: o uso de TI pelas
empresas que obtem vantagem competitiva. São
Paulo-SP: Atlas, 1998.
ANDRADE, Benedicto de; ROSSETTI, José Paschoal. Governança
Corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências.
São Paulo-SP: Atlas, 2009.
AKABANE, Getúlio K. Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação:
conceitos, metodologias, planejamento e avaliações.
São Paulo-SP: Atlas, 2012.
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Planejamento das Aulas - 2019/1

18 Aula de Apresentação 06 Aula 16


Fev 22 Aula 1 10 Aula 17
25 Aula 2 13 Aula 18
04 Feriado - Carnaval 17 Aula 19
08 Aula 3 Mai
20 Aula 20
11 Aula 4 24 Aula 21
15 Aula 5 27 Aula 22
Mar
18 Aula 6 31 Aula 23
22 Aula 7 03 Revisão para a Prova P2
25 Aula 8 07 Aplicação Prova P2
29 Aula 9 10 Apresentação Trabalho Final
01 Aula 10 14 Apresentação Trabalho Final
05 Aula 11 Jun
17 Aplicação da Prova Sub
08 Aula 12 21 Feriado – Corpus Christi
12 Revisão para a Prova P1 24 Entrega das Notas Finais
Abr 15 Aplicação Prova P1 28 Encerramento do Semestre
19 Feriado – Páscoa
22 Aula 13
26 Aula 14
29 Aula 15 12
Estratégia de Avaliação - 2019/1

Estratégia de Avaliação:

Baseada em duas provas (P1 e P2) e média dos exercícios (ME1).

MF: (0,3 x P1) + (0,3 x P2) + (0,4 x ME1)

Uma prova substitutiva como estratégia de recuperação da pior nota (P1 ou P2).

O atraso na entrega dos trabalhos acarretam em decréscimo de 10% na sua nota


por semana.

As datas de entrega dos trabalhos serão definidas durante o semestre.

A cola ou o plágio em exercícios e/ou trabalhos implicará na atribuição de nota final


ZERO (perda do semestre).

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Governança Corporativa

A Governança Corporativa trata da gestão de


empresas e organizações e sua relação com os
acionistas e investidores, bem como com as demais
partes interessadas ou stakeholders, ou seja,
colaboradores, clientes, fornecedores, governo e
sociedade.

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O que motivou a Governança Corporativa?

O conceito de Governança Corporativa começou a ser


adotado a partir do ínicio da década de 1990, originando-se
com o objetivo de garantir a relação entre os investidores e
os gestores de empresas e organizações, isto é, visando a
transparência e sincronia das decisões tomadas por quem
gere tais organizações (os executivos e quadro diretivo da
empresa) com quem investe e apoia essas organizações (os
investidores e acionistas que buscam a lucratividade e
continuidade dos capitais investidos).

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O que acelerou a Governança Corporativa?

Com os escândalos financeiros de grandes corporações


norte-americanas, como a Worldcom e Enron, ocorridos
2002, a Governança Corporativa entrou ainda mais em
evidência devido a necessidade de transparência e
monitoração da gestão das empresas.

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Regulamentação da Governança Corporativa

Diante deste contexto, a Lei Sarbanes-Oxley (Sarbanes-Oxley


Act), abreviada como SOX, foi criada em 30 Julho de 2002
nos Estados Unidos visando dar maior transparência à
gestão das empresas e restabelecer a confiança dos
investidores nos balanços financeiros apresentados pelos
gestores.

A SOX é considerada um marco evolutivo na Governança


Corporativa (MASUR, 2009).

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Governança Corporativa no Brasil

No Brasil, o primeiro código de Governança Corporativa foi


elaborado pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa em 1999. Segundo este instituto, Governança
Corporativa é definida como:
Governança Corportiva é o sistema pelo qual as organizações são
dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos
entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de
controle. As boas práticas de governança corporativa convertem
princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a
finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu
acesso ao capital e contribuindo para sua longevidade.
(IBGC, 2012)

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Governança Corporativa (Resumo)

Em resumo, a Governança Corporativa não trata apenas da


adequação às normas e regulamentações, em prover
relatórios financeiros e garantir os direitos dos acionistas
minoritários, mas abrange uma visão mais ampla da gestão e
da tomada de decisão por investimentos de forma
transparente a todas as partes interessadas no processo
(STEINBERG et al., 2003).

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Governança de TI

Trazendo o conceito de Governança para a área de TI,


percebe-se que a Governança de TI não se resume apenas
em implementar guias de melhores práticas de governança e
gestão de TI mundialmente conhecidos como ITIL e COBIT,
mas uma forma de alinhar a gestão dos recursos e a
infraestrutura da área de Tecnologia da Informação com as
estratégias e objetivos corporativos.

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Governança de TI

Os autores Weill e Ross (2004) definem Governança de TI


como:

A especificação dos direitos decisórios e do framework de


responsabilidades para estimular comportamentos
desejáveis na utilização da TI.

(WEILL e ROSS, 2004, p.8)

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Governança de TI (Fatores Motivadores)

Os principais fatores que motivam a implantação da


Governança na área de TI de empresas e organizações, além
basicamente da transparência da adminstração, estão
dispostos na Figura abaixo (FERNANDES; ABREU, 2008).

Principais Motivos para Adoção da Governança de TI adaptado de Fernandes e Abreu (2008).


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Governança de TI (Fatores Motivadores)

Aprofundando o entendimento de cada um destes principais


fatores que motivam a adoção da Governança de TI, os autores
detalham que:
TI como Prestação de Serviços – adotando uma postura orientada
à prestação de serviços entendendo o que os usuários esperam da
área de TI, com relação a atender os requisitos do negócio,
disponibilidade das aplicações e infraestrutura, capacidade de
crescimento do negócio e resolução de incidentes;
Ambiente de Negócios – entendimento da agressiva competição
com novos concorrentes globais de baixo custo, ciclos de vida de
produtos e serviços sendo reduzidos, maior transparência nos
negócios, clientes mais exigentes e ameaças macroeconômicas em
um mercado globalizado;
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Governança de TI (Fatores Motivadores)

Regulamentação – estar em concordância com marcos de


regulamentação como o Sarbanes-Oxley Act (SOX), para empresas
de capital aberto, ou Basiléia II (MASUR, 2009), para bancos e
instituições financeiras que exigem controles, gestão de riscos e
relatórios financeiros diretamente relacionados com a área de TI,
no que tange à disponibilidade e confiabilidade dos dados
armazenados e exatidão das informações fornecidas pelas
aplicações relacionadas;

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Governança de TI (Fatores Motivadores)

Dependência do Negócio em Relação à TI – a relação de


dependência é diretamente proporcional ao papel da TI no apoio a
execução das estratégias corporativas e operações do dia a dia da
empresa; quanto maior o impacto de TI nessas atividades, maior
será essa dependência;

Segurança da Informação – proteção dos sistemas e dados


corporativos contra invasão e roubo de informações privilegiadas,
considerando a interconexão dos sistemas com a Internet,
passando não apenas pela adoção de aplicações de segurança,
como antivírus e controle de acesso à rede (firewalls), mas
também da educação de todos os colaboradores quanto a
segurança da informação;
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Governança de TI (Fatores Motivadores)

Integração da Tecnologia – com a integração da gestão da


organização e processos produtivos com aplicações ERP –
Enterprise Resource Planning, softwares de gestão do
relacionamento com clientes, chamados CRM – Customer
Relationship Management, gestão das cadeias de suprimento e
integração das redes de distribuição bem como das aplicações que
auxiliam na gestão estratégica e planejamento como BI – Business
Intelligence ou Data Warehouse, demonstram a importância da
Tecnologia da Informação para a continuidade dos negócios
(FERNANDES; ABREU, 2008).

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1º Exercício Individual – Fraudes em empresas

1. Buscar na mídia disponível (jornais, revistas, Internet e livros)


citando um exemplo de fraudes em Empresas e Organizações
Privadas.

2. Entregar um resumo, com suas próprias palavras, de uma


página sobre esse exemplo de fraude identificado, apontando os
efeitos nocivos ao negócio e principalmente aos stakeholders
(partes interessadas).

Data da Entrega: 11/Mar/2019

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Referências

WEILL, Peter; Ross, Jeanne W; Governança de TI – Tecnologia


da Informação; Editora M Books, 2004.

BECKER, Mauricio; AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DE


RECURSOS NA ÁREA DE TI PARA A CONTINUIDADE DOS
SISTEMAS CRÍTICOS AO NEGÓCIO. Dissertação de Mestrado
defendida em Dez/2012 – PUC Campinas.

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Obrigado

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