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(NEOCLASSICISMO)

• Iluminismo;
CONTEXTO • Inconfidência Mineira;
HISTÓRICO • Ciclo da Mineração;
- LITERÁRIO • A região das Gerais como centro
econômico e político do Brasil;
• Formação da Arcádia
Ultramarina.
CARACTERÍSTICAS
1. QUANTO AO CONTEÚDO: “A ARTE ILUMINISTA”
• Retomada do Classicismo
 Racionalismo;
 Cultura greco-romana (volta aos princípios clássicos).

• Busca de clareza nas ideias;


• Universalismo;
• Ideias Iluministas;
• Poesia pastoril, bucólica (uso de nome árcade e pseudônimo)
• A Natureza como cenário;
• Idealização amorosa, convencionalismo, neoplatonismo, amor galante
• Ideologias desenvolvidas:

O Bom Selvagem –Jean J. Rousseau


Fugere Urbem – fuga da cidade
Carpe Diem – aproveitar o momento
Aurea Mediocritas – vida simples
Locus Amoenus – local tranqüilo
2. QUANTO À FORMA:

• Linguagem simples e nobre;


• Menos figuras de linguagem;
• Preferência pela ordem direta;
• Vocabulário simples;
• Gosto pelo soneto e pelo verso
decassílabo.
AUTORES

OS LÍRICOS: OBRAS POÉTICAS


(1768) Sofrimento amoroso e resquícios do Barroco
CLÁUDIO MANUEL
DA COSTA
VILA RICA Arcadismo: oscila entre a Corte e Colônia
(Poema épico)

MARÍLIA DE DIRCEU
TOMÁS ANTÔNIO Poeta tipicamente árcade, preso aos
(Lírico)
GONZAGA
CARTAS CHILENAS esquemas bucólicos, pastoris e galantes
(Satirícos)

OS ÉPICOS: • Sepé
A tomada das • Cacambo
BASÍLIIO DA O URAGUAI Missões por tropas • “A morte de Lindóia“
GAMA lusoespanholas • Baldeta
• Padre Balda
Menos camoniano • Gomes Freire da Andrade
SANTA RITA A glorificação do • Diogo Álvares
CARAMURU • Correia
DURÃO Colonizador branco
• Paraguaçu
Imitação de Camões • “A morte de Moema”
MARÍLIA DE DIRCEU

Tomás Antônio
O HOMEM E O POETA

• Poeta ilustrado (Arcádia Ultramarina);


• Notável poeta do Arcadismo;
• Magistrado e burguês;
• Sátira política dirigida (“Cartas Chilenas”);
• Líder intelectual e político da Inconfidência;
• Prisão e degredo para Moçambique.
MARÍLIA DE DIRCEU (DUAS PARTES)
1ª parte:

• confidências amorosas;
• descrições da amada (convencionalismo poético);
• planos e sonhos de felicidade e tranquilidade;
• o poeta mostra-se epicurista, narcisista e burguês.
• pastoralismo, bucolismo e locus amoenus;
• o máximo do carpe diem.
LIRA I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
que viva de guardar alheio gado,
de tosco trato, d’ expressões grosseiro,
dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
das brancas ovelhinhas tiro o leite
e mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
2ª parte:
• poemas escritos no cárcere (ilha das Cobras);
• sofrimento físico e moral;
• lembranças da amada; a solidão de Dirceu;
• reflexões sobre o destino, a justiça e a glória;
• equilíbrio neoclássico (esteticismo);
• o tom confessional e o pessimismo prenunciam o
Romantismo.
MARÍLIA DE DIRCEU
Lira XV, parte 2 ( fragmento )

Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,


Fui honrado Pastor da tua Aldeia;
Vestia finas lãs e tinha sempre
A minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal e o manso gado,
Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.
Cláudio Manuel da Costa
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
• Uso do pseudônimo Glauceste Satúrnio
• Contenção emocional: racionalismo
• Amor não correspondido: sofrimento (Nise)
• Descrição da paisagem mineira: pastoralismo
• Comparação entre o campo e a cidade

RÚSTICO X CIVILIZADO

POESIA ÉPICA : VILA RICA

• Inspirado nas epopéias clássicas


• Temática: expedições bandeirantes em busca de ouro e fundação da cidade de
Vila Rica
SONETO XIV

Quem deixa o trato pastoril amado


Pela ingrata, civil correspondência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro a paz não tem provado.

Que bem é ver nos campos transladado


No gênio do pastor, o da inocência!
E que mal é no trato, e na aparência
Ver sempre o cortesão dissimulado!

Ali respira amor sinceridade;


Aqui sempre a traição seu rosto encobre;
Um só trata a mentira, outro a verdade.

Ali não há fortuna, que soçobre;


Aqui quanto se observa, é variedade:
Oh ventura do rico! Oh bem do pobre!
Frei
Santa Rita
Características de CARAMURU:
•Abordagem do descobrimento da Bahia por Diogo Álvares Correia
•Estrutura clássica
- 5 partes , 10 cantos , oitava-rima
•Não utilização da mitologia greco-romana: cristianismo
•Exaltação da natureza e do indígena brasileiro
- abordagem do indígena e seus costumes
- caráter descritivo
- embasamento em textos quinhentistas informativos
•A morte por amor: Moema
- "Bárbaro (a bela diz:) tigre e não homem ...
Porém o tigre, por cruel que brame,
Acha forças amor, que enfim o domem;
Só a ti não domou, por mais que eu te ame.
Fúrias, raios, coriscos, que o ar consomem,
Como não consumis aquele infame
Mas pagar tanto amor com tédio e asco ...
Ah! que corisco és tu ... raio ... penhasco!

[...]

Perde o lume dos olhos, pasma e treme,


Pálida a cor, o aspecto moribundo;
Com mão já sem vigor, soltando o leme,
Entre as salsas escumas desce ao fundo.
Mas na onda do mar, que, irado, freme,
Tornando a aparecer desde o profundo,
- Ah! Diogo cruel! - disse com mágoa, ­e sem
mais vista ser, sorveu-se na água.
BASÍLIO DA GAMA
BASÍLIO DA GAMA

BASÍLIO DA GAMA
Características de O URAGUAI
• Publicada em 1769;
TEMA: Luta empreendida pelas tropas portuguesas, auxiliadas pelos
espanhóis, contra os índios dos Sete Povos da Missões, instigados pelos
Jesuítas;
• HERÓI DO POEMA: General Gomes Freire de Andrade;
• HERÓI INDÍGENA: Cacambo;
• VILÕES: Jesuítas (padre Balda).
ESTRUTURA:
• cinco cantos em versos decassílabos brancos;
• estrofação livre;
A MORTE DE LINDÓIA (fragmento)

Cansada de viver, tinha escolhido


Para morrer a mísera Lindóia.
Lá reclinada, como que dormia,
Na branda relva e nas mimosas flores,
Tinha a face na mão, e a mão no tronco
De um fúnebre cipreste, que espalhava
Melancólica sombra. Mais de perto
Descobrem que se enrola no seu corpo
Verde serpente, e lhe passeia, e cinge
Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.
Fogem de a ver assim, sobressaltados,
E param cheios de temor ao longe;
E nem se atrevem a chamá-la, e temem
Que desperte assustada, e irrite o monstro,
E fuja, e apresse no fugir a morte.
Além do horizonte - Roberto Carlos e
Erasmo Carlos.

Além do Horizonte deve ter


Algum lugar bonito
Prá viver em paz
Onde eu possa encontrar
A natureza
Alegria e felicidade
Com certeza...
Lá nesse lugar
O amanhecer é lindo
Com flores festejando
Mais um dia que vem vindo...
Onde a gente pode
Se deitar no campo
Se amar na relva
Escutando o canto
Casa no campo - Elis Regina

Eu quero uma casa no campo


Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras
Pastando solenes no meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E meu filho de cuca legal
Eu plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal,…

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