ARCADISMO

Prof. Lucas Costa

Unidade Jardim Camburi

Unidade Jardim Camburi
François Boucher
 Escala do amor - Jean Antoine

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Olha Marília, as flautas dos pastores, Naquele arbusto o rouxinol suspira;

Que bem que soam, como são cadentes! Ora nas folhas a abelhinha pára.

Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes Ora nos ares sussurrando, gira.

Os Zéfiros* brincar por entre as flores?

Que alegre campo! Que manhã tão clara!

Vê como ali, beijando-se, os Amores Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira,

Incitam nossos ósculos ardentes! Mais tristeza que a morte me causara.

Ei-las de planta em planta as inocentes

As vagas borboletas de mil cores! Bocage..

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ARCADISMO

● O Arcadismo foi um movimento literário europeu do século XVIII. Caracterizou-se por retomar as
temáticas da Antiguidade greco-latina e pela ênfase em descrições bucólicas da natureza;
● O nome dessa escola estética refere-se à Arcádia, região campestre da Grécia Antiga onde viviam
pastores e poetas.

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ARCADISMO - CONTEXTO HISTÓRICO

● O século XVIII é também conhecido como século das luzes ou século da filosofia;
● Durante esse período que aconteceu o iluminismo - movimento intelectual que deu origem às
ideias de revolução, liberalismo, cidadania, Direitos Humanos, bem como impulsionou a busca
pelo conhecimento em áreas diversas;
● Baseavam-se no princípio da racionalidade: a razão humana é que deveria conduzir o
desenvolvimento das ciências, da política e da vida cotidiana das pessoas;
● A influência desse pensamento culminou, por exemplo, na Revolução Americana e na Revolução
Francesa.

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ARCADISMO - CARACTERÍSTICAS

● Temática e estilo greco-latino são recorrentes pelo uso das formas helenísticas de poesia (ode,
epicédio, canto etc.);
● Também pela presença de figuras que compõem o imaginário da Grécia Antiga, como as ninfas, as
musas, os deuses e os pastores;
● O arcadismo é também chamado neoclassicismo, ou seja, a retomada de elementos da
Antiguidade Clássica.

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A ARCÁDIA LUSITANA

• A retomada da estética Clássica greco-romana, que já havia marcado o século XVI (no
Renascimento) recebeu o nome de ARCADISMO.
• A literatura desta época é reconhecida como pura expressão do intelecto;
• Os poetas valem-se de um interessante artifício para representar tal ideia: atribuem a um
pastor imaginário toda a carga de sensibilidade;
• Para eles, o pastor e a natureza bucólica eram os representantes da relação ideal que
deveria existir entre o homem e a natureza;
• A natureza (o campo) era o “locus amoenus”, onde é possível encontrar a paz e o amor;
• Imperam, portanto, as ideias de pureza de espírito, a ingenuidade, a liberdade oferecida
pela natureza, o convite à reflexão e o ideal de paz e tranquilidade.

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A ARCÁDIA LUSITANA

• Para os poetas, a criação artística deve ser fruto da perfeição e, por isso, era
necessário experimentar para se inspirar;

• A mimesis adquire caráter supremo: “imitar é sublime”. O poeta-pastor (re)vive o

estereótipo clássico, mas em situações comuns;

• Esses artifícios e temas clássicos constituem o que se denominou topoi (a palavra

τόπος (translit., topos) significa 'lugar‘ – tema:

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OS TEMAS (TOPÓI) ÁRCADES

• Carpe Diem (viver o instante) – convite que o pastor faz à pastora para que, juntos,
possam aproveitar a vida e o momento presente, sem se preocuparem como o
amanhã. Fundamental é o hoje.

• Inutilia truncat (cortar o inútil) – cortar o excedente, buscar o equilíbrio, o

moderado, o conciso e o simples – contrário ao exagero barroco;

• Locus Amoenus (Lugar ameno, agradável) – lugar propício ao amor, onde reina a
paz;

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OS TEMAS (TOPÓI) ÁRCADES

• Aurea mediocritas (equilíbrio de ouro) – o ideal de simplicidade, paz e

tranquilidade, sem excesso;

• Fugere urbem (Fugir da cidade) – o paraíso é o campo - lugar idealizado – irreal.

• Para consolidar os ideais e permitir sua propagação e discussão, os autores árcades

reuniam-se em academias, denominadas Arcádias.

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RESUMIDAMENTE

• Inspiração nos modelos greco-romanos e referências à mitologia;

• Retomada da estética clássica do século XVI;
• Graça, simplicidade linguística e leveza poética;
• Abandono do rebuscamento barroco;
• Influência da enciclopédia, do Iluminismo, da Revolução industrial;
• Predomínio da razão, do intelecto;
• Presença dos temas clássicos (topoi);
• Pastoralismo (temática bucólica, ligada à natureza);
• Propagação das ideias em reuniões nas arcádias.

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Ornemos nossas testas com as flores,
E façamos de feno um brando leito;
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo que se passa
Também, Marília, morre.
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Com os anos, Marília, o gosto falta,
E se entorpece o corpo já cansado:
Triste, o velho cordeiro está deitado,
E o leve filho, sempre alegre, salta.
A mesma formosura
É dote que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
Mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde, já vêm frias,
E pode, enfim, mudar-se a nossa estrela.
Ah! Não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças,
E ao semblante a graça!
GONZAGA, Tomás Antônio. In: MACHADO, Duda (O
op. cit., p. 56-7.
O texto revela o carpe diem e a consciência da efemeridade do tempo, temas essencialmente clássicos,
também explorados pelos poetas barrocos.

A) De que trata o poema? Em que ambiente a história se passa? Quem é o eu-lírico e a quem ele se
dirige?
B) identifique no texto um trecho que evidencia o carpe diem e a consciência da efemeridade do
tempo.
C) Pensando em um tempo presente, como a influência das redes sociais determinam a maneira
como enxergamos o tempo? Quais as consequências disso para o indivíduo?
D) Nos textos barrocos o carpe diem estava associado ao sentimento de culpa e a uma saída religiosa.
No texto arcade também há sentimento de culpa e busca pela salvação religiosa? Explique.
E) O texto apresenta um tipo de verso inventado pelos humanistas italianos. Faça a escanção de pelo
menos dois versos e responda: que tipo de verso foi empregado?
F) Determine o esquema de rimas do poema.

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O Arcadismo no Brasil
• Originou-se em Vila Rica (Ouro Preto), MG;
• Relação direta com o crescimento urbano promovido pela extração do ouro;
• Jovens costumavam ser mandados para Coimbra estudar e eram influenciados
pelas transformações sociais e culturais de Portugal à época;
• Em Vila Rica, culminou na frustrada Inconfidência Mineira (1789);
• Escritores brasileiros buscavam obedecer a princípios importados de Portugal,
visando elevar a literatura das colônias e garantir a ela universalidade;
• Por outro lado, apresentavam aspectos diferentes dos prescritos pelo modelo
Ex.: Cláudio Manuel da Costa - natureza selvagem
Basílio da Gama e Santa Rita Durão - representação do indígena

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O Arcadismo no Brasil

Lírica: Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Silva Alvarenga;

Épica: Basílio da Gama, Santa Rita Durão e Cláudio Manuel da Costa;
Sátira: Tomás Antônio Gonzaga;
Encomiástica (laudatória): Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto

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O Arcadismo no Brasil

Lírica: Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Silva Alvarenga;

Épica: Basílio da Gama, Santa Rita Durão e Cláudio Manuel da Costa;
Sátira: Tomás Antônio Gonzaga;
Encomiástica (laudatória): Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto

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Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)

● Pseudônimo Glauceste Satúrnio;

● Nascido em Mariana, MG;
● Formou-se advogado em Coimbra;
● Obras poéticas foi sua primeira obra publicada;
● Sua obra é a que melhor se ajusta aos padrões do Arcadismo Europeu;
● Adequa, por exemplo, a paisagem local aos padrões Árcades;

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Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)

● Lírica - desilusão amorosa (eu lírico pastor lamenta-se por não ser correspondido
por sua musa inspiradora Nise ou então por encontrar-se num lugar de grande
beleza natural sem a companhia da mulher amada;
● Épica - Poema Vila Rica - trata da penetração bandeirante, da descoberta das
minas, da fundação de Vila Rica e das revoltas locais

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Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)

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Cláudio Manuel da Costa - Quando cheios de gosto e de alegria
Quando cheios de gosto, e de alegria
Estes campos diviso florescentes,
Então me vêm as lágrimas ardentes
Com mais ânsia, mais dor, mais agonia.
Aquele mesmo objeto, que desvia
Do humano peito as mágoas inclementes,
Esse mesmo em imagens diferentes
Toda a minha tristeza desafia.
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Se das flores a bela contextura
Esmalta o campo na melhor fragrância,
Para dar uma idéia da ventura;
Como, ó Céus, para os ver terei constância,
Se cada flor me lembra a formosura
Da bela causadora de minha ânsia?
Contextura - firmeza;
Divisar - avistar;
Ventura - sorte.
Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810)

● Nascido em Porto, Portugal;

● Estudou direito em Coimbra;
● Se apaixonou por Maria Dorotéia de Seixas, pseudônimo de Marília;
● Usou o pseudônimo de Dirceu;
● Preso e exilado durante a Inconfidência;
● Sua poética apresenta inovações que a colocam na transição entre Arcadismo e
Romantismo;
● Poesia mais emotiva e espontânea em contraposição à contração de sentimentos;
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Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810)
● Marília, por exemplo, é mais humana, mais próxima do real
Na sua face mimosa,
Marília, estão misturada
Purpúreas folhas de rosa,
Brancas folhas de Jasmim.
Dois rubis mais preciosas
os seus beiços são formados;
Os seus dentes delicados
são pedaços de marfim.

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Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810)
● A relação com o feminino se coloca no lugar do distanciamento da mulher amada e do
sofrimento dele decorrente;

Estou no Inferno, estou, Marília bela;

E numa coisa só é mais humana
A minha dura estrela:
Uns não podem mover do Inferno os passos;
Eu pretendo voar, e voar cedo
À glória dos teus braços.

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Tomás Antônio Gonzaga - Marília de Dirceu
● Poema lírico, publicado em 1792;
● Explora o tema de amor entre dois pastores de ovelhas;
● Dirceu expressa seu amor por Marília e fala de suas expectativas futuras;
● Revela a ambição de ter uma vida simples e bucólica ao lado de sua amada;
● A natureza é central na construção da obra;
● O amor entre Dirceu e Marília não pode ser concretizado já que ele se encontra exilado;
● Bucolismo, pastorialismo, descrição e culto à natureza e à simplicidade são suas principais
características;

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Marília de Dirceu - Parte I Lira I
Na primeira parte da obra, o foco maior é a exaltação da beleza de sua amada e da natureza:

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Marília de Dirceu - Parte II Lira I
Na segunda parte, o tom de solidão já começa a aparecer, uma vez que o eu lírico vai para a prisão.

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Marília de Dirceu - Parte III Lira IX
Na terceira parte, o tom de melancolia, pessimismo e solidão é notório:

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Tomás Antônio Gonzaga - Cartas Chilenas
● Poema satírico, incompleto;
● Circulou em Vila Rica em 1787-1788;
● Sem autoria evidente, constatou-se depois ter sido escrito por Tomás Antônio Gonzaga;
● Satirizavam os desmandos administrativos e morais de Luís da Cunha Meneses, que
governou a capitania de Minas entre 1783 e 1788;
● Fanfarrão Minésio - governador;
● Chilenas - mineiras;
● Santiago - Vila Rica;
● Critilo o autor das cartas; Doroteu, o destinatário.

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“Escuta a história de um moderno chefe.
Que acaba de reger a nossa Chile,
Ilustre imitador a Sancho Pança.
E quem dissera, amigo, que podia
- Gerar segundo Sancho Pança a nossa Espanha!
Não penses, Doroteu, que vou contar-te
Por verdadeira história uma novela [...]”
Basílio da Gama (1741-1795)
● Nasceu em Minas Gerais, cidade de Tiradentes;
● Estudou em Portugal e na Itália;
● Ingressou na Arcádia Romana;
● Termindo Sipílio foi o pseudônimo que adotou;

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Basílio da Gama (1741-1795) - O Uruguai
● Poema épico;
● Seu tema é a luta dos portugueses e espanhóis contra índios e jesuítas que, instalados nas
missões jesuíticas do atual Rio Grande do Sul, não queriam aceitar as decisões do Tratado
de Madri;
● A luta entre portugueses e espanhóis contra índios e jesuítas é narrada desde os
preparativos até sua conclusão;
● Canto I: tropas aliadas se reúnem para combater os índios e jesuítas;
● Canto II: o exército avança e há uma tentativa de negociação com os chefes indígenas
Cepé e Cacambo. Sem acordo, trava-se a luta que termina com a derrota e a retirada dos
índios;

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Basílio da Gama (1741-1795) - O Uruguai
● Canto III: Cacambo ateia fogo à vegetação em volta do acampamento aliado e foge para
sua aldeia. Padre Balda, vilão, faz prender e matar Cacambo para que seu filho possa se
casar com Lindoia, esposa de Cacambo;
● Canto IV: Lindoia, chorando a morte do marido, entre em um bosque e deixa-se picar por
uma cobra venenosa. Padre Balda manda queimar igrejas e casas;
● Canto V: O líder português, Gomes Freire de Andrade prende os inimigos na aldeia
próxima, e há referências ao domínio universal da Companhia de Jesus e a seus crimes.

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Santa Rita Durão (1722-1784) - Caramuru
● Nasceu em Mariana, MG;
● Estudou em colégio jesuíta e completou seu estudo em Portugal;
● Seu poema tem tendência nativista;
● Publicado em 1781;
● Valoriza, diferente de Basílio, a ação catequética dos jesuítas;
● Segue rigorosamente o modelo clássico camoniano: dez cantos, estrofes em oitava-rima, versos
decassílabos e estrutura convencional;
● Há a presença da mitologia cristã e pagã (deuses indígenas, por exemplo);
● Retrata a natureza brasileira, descrevendo o clima, a fetilidade da terra e as riquezas naturais;
● Descreve costumes e tradições indígenas.

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Santa Rita Durão (1722-1784) - Caramuru
O poema narra as aventuras do náufrago português Diogo Álvares Correia, o Caramuru. Em meio as aventuras, o
poeta faz uma longa descrição das qualidades da terra ou dos costumes indígenas

Ex.1: Não são menos que as outras saborosas

As várias frutas do Brasil campestre
Com gala de ouro e púrpura vistosas
Brilha a mangaba e os mocujés silvestres

Ex.2: Que horror da humanidade! ver tragada

Da própria espécie a carne já corruta!
Quando não deve a Europa abençoada
A fé do Redentor, que humilde escuta!

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