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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA - DEMEC
DISCIPLINA MEC 109

Influência da temperatura final de laminação na


microestrutura e nas propriedades mecânicas de
um aço TWIP laminado a quente para aplicação
criogênica

Isabella Mota - 20.1.1055


Thales Leonardo Santos - 20.2.1032
Kamila de Fatima - 20.1.1054
Karine da Conceição Sousa - 20.1.1083
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
1. Introdução

Materiais utilizados na construção de


tanques de GNL:
- Alto custo;
- Fabricação complexa;
- Ligas de alumínio, aços
inoxidáveis austeníticos e ligas
Invar.

Figura 1: Tanque de gás natural liquefeito (Hangzhou Chuankong


General Equipment).
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
1. Introdução

Aços TWIP:
- Alto teor de manganês;
- Processo de deformação predominante: maclação mecânica;
- Elevada ductilidade;
- Alta resistência mecânica.

Objetivo do estudo: Análise dos efeitos do tamanho do grão na resistência aos ensaios
de tração e impacto Charpy em temperaturas ultrabaixas (-196º) em um aço TWIP.
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
2. Materiais e procedimentos experimentais

- Composição do aço estudado: Fe-0.48C-0.18Si-23.9Mn-0.49Cu-4.0Cr-0.025V (em


massa%);
- Energia de falha de empilhamento: 25 mJ/m²;
- Aço laminado a quente até 12 mm de espessura após sete passagens na mesma
temperatura inicial de laminação de ~ 1170 °C e diferentes temperaturas finais de
laminação de ~ 966 °C, ~ 1000 °C e ~ 1083 °C, e depois resfriado a água até a
temperatura ambiente.
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
2. Materiais e procedimentos experimentais

Ensaio de tração:
- Temperatura ambiente;
- Velocidade: 5 mm/min;
- Amostras cilíndricas de 6 mm de diâmetro
e 60 mm de comprimento.

Figura 2: Máquina de ensaio tração


controlada (Shimadzu Co. Ltd, Japan).
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2. Materiais e procedimentos experimentais

Ensaio de impacto:
- Amostras tratadas em nitrogênio liquefeito
por 20 min;
- Dimensões: 10 mm x 10 mm x 55 mm.

Figura 3: Máquina de teste de impacto


de pêndulo (MTS Systems Co. Ltd).
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
3. Resultados
1. Características microestruturais

Figura 3 - Análises cristalográficas EBSD dos aços TWIP laminados a quente com diferentes temperaturas finais de laminação (a) 966 °C, (b)
1000 °C e (c) 1083 °C.

- Microestrutura equiaxial, quanto ↑Temp. final ↑Tamanho do grão;


- Tamanho médio de grão: 8,5 µm, 11,6 µm e 17,3 µm:
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
3. Resultados
1. Características microestruturais

2. Propriedades de tração e resistência ao impacto em temperaturas


ultra baixas
- Todos os aços apresentaram escoamento
contínuo e excelente ductilidade;
- Propriedades afetadas: limite de
escoamento, resistência à tração final e
alongamento total;
- 35 MPa e 32 MPa;
- ↓alongamento total ↓Temp. final;
- Dificuldades em aumentar a resistência
desses aços; Figura 5 - Curvas tensão-deformação de engenharia
para as diferentes temperaturas finais de laminação
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
3. Resultados
1. Características microestruturais

2. Propriedades de tração e resistência ao impacto em temperaturas


ultra baixas

- ↓Energia absorvida ↓Temp. final;


- Refino de grão TWIP : resistência a
tração aumenta mas a tenacidade ao
impacto diminui.

Figura 6 - Energias absorvidas por impacto Charpy em temperatura


ultra baixa para diferentes temperaturas finais de laminação
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
3. Resultados
1.
2.
Características microestruturais
Propriedades de tração e resistência ao impacto em temperaturas ultra baixas

3. Fractografias SEM

Figura 7 - Morfologia da superfície de fratura, perto do entalhe em V, das amostras de impacto fraturadas a -196 °C para diferentes
temperaturas finais de laminação.

- Os três aços apresentam modo de fratura dúctil com covinhas (dimples), e covinhas finas
também podem ser observadas, independentemente das temperaturas finais de laminação.
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3. Resultados
1.
2.
Características microestruturais
Propriedades de tração e resistência ao impacto em temperaturas ultra baixas

3. Fractografias SEM

Figura 8 - Morfologia da superfície de fratura, na região de cisalhamento, das amostras de impacto fraturadas a -196 °C para diferentes
temperaturas finais de laminação.

- (b) e (e) : covinhas finas e covinhas grandes;


- (h) : aumento da fração de área e do tamanho das covinhas.
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
3. Resultados
1.
2.
Características microestruturais
Propriedades de tração e resistência ao impacto em temperaturas ultra baixas

3. Fractografias SEM

Figura 9 - Morfologia da superfície de fratura, centro da superfície de fratura, das amostras de impacto fraturadas a -196 °C para diferentes
temperaturas finais de laminação.

- (c) : profundidade das covinhas é relativamente rasa e há algumas facetas planas;


- (f) e (i) : ondulações profundas.
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4. Discussões
4.1 Aumento do refinamento de grãos

- Aços TWIP:
➢ Estrutura CCC
➢ σesc

- Relação de Hall-Petch:

Figura 10 - correlação entre σesc e tamanho de grão


CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
4. Discussões
4.2 Correlação entre tenacidade em temperaturas
ultra baixas e tamanho de grão

- covinhas e de sua profundidade: capacidade de


deformação plástica

- grão: energia absorvida

Figura 11 - Morfologia da superfície de fratura com


aspecto de “casca de laranja”
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
4. Discussões
4.2 Correlação entre tenacidade em temperaturas
ultra baixas e tamanho de grão

Microestruturas formadas próximas à superfície de fratura de amostras de impacto


Charpy V-notch, mostrando que os nano-gêmeos são as principais microestruturas sob
condições de temperatura ultra baixas e carga dinâmica.
Os nano-gêmeos formados em sistemas de geminação primária e secundária podem ser
observados nos aços com granulometria de 8,5 μm e 17,3 μm.
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4. Discussões
4.2 Correlação entre tenacidade em temperaturas
ultra baixas e tamanho de grão

(a) imagem de campo claro e (b) imagem de


campo escuro correspondente mostrando nano-
gêmeos formados no sistema de geminação
primária; (c) imagem de campo claro obtida de
outro grão de austenita mostrando nano-gêmeos
formados em dois sistemas de geminação

(d) imagem de campo claro e (e) e (f) imagens


correspondentes de campo escuro mostrando nano-
gêmeos nucleados no mesmo limite de grão em
dois sistemas de geminação

Figura 12 - Morfologia da superfície de (a), (b) e (c) 966°C e (d), (e) e (f) 1083 °C:
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109
4. Discussões
4.2 Correlação entre tenacidade em temperaturas
ultra baixas e tamanho de grão
Para aços TWIP, além do deslizamento de discordância, a geminação também é o principal
mecanismo plástico. Portanto, o efeito do tamanho do grão na resistência ao impacto deve estar
relacionado à geminação. O acúmulo de energia de falha (SFE) e a tensão de geminação
dependente do tamanho do grão podem ser expressos como:

τtw = tensão de cisalhamento crítica resolvida para geminação


b = vetor burgers
G = módulo de cisalhamento
D = tamanho do grão
γ= SFE intrínseco
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5. Conclusões
-A microestrutura de recristalização pode ser obtida em temperaturas finais de laminação
variando de 966 °C a 1083 °C e o tamanho médio de grão foi estimado em 8,5 µm, 11,6 µm e
17,3.
-O limite de escoamento e a resistência à tração máxima aumentam em ~ 35 MPa e ~ 32
MPa, com a diminuição do tamanho de grão de 17,3 µm para 8,5 µm, e o limite de
escoamento do aço com tamanho de grão de 8,5 µm atinge 395 MPa.
-A energia absorvida pelo impacto Charpy em temperatura ultra baixa aumenta de ~ 132 para
159 J à medida que o tamanho do grão aumenta de 8,5 para 17,3 µm.
- As frações numéricas de grãos de austenita ocupadas por nano gêmeos formados em dois ou
mais sistemas de geminação foram estimadas em ~ 30% e ~ 77% para grãos de austenita com
8,5 µm de diâmetro e 17,3 µm de diâmetro, respectivamente.
CONFORMAÇÃO MECÂNICA - MEC109

FIM !!!

Obrigada pela atenção!


UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA - DEMEC
INSTITUTO TECNOLÓGICO VALE

Caracterização metalográfica
e mecânica de um Aço inoxidável 410 que sofreu
conformação mecânica a quente e resfriado em
água

Isabella Mota - UFOP / ITV MI


Renato Chaves - ITV MI
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INSTITUTO TECNOLÓGICO VALE
Ataque: Nital 5% -
80 segundos;
200x
Ataque: Nital 5% -
80 segundos;
500x
Ville 15s - Filtro polarizador DICR
Ataque: Villela - 15
segundos;
200x
Região 1
Ataque: Villela - 15
segundos;
500x
Região 1
Ataque: Villela - 15
segundos;
200x
Região 2
Ataque: Villela - 15
segundos;
500x
Região 2
Ataque: Villela - 15
segundos;
200x
Região 3
Ataque: Villela - 15
segundos;
500x
Região 3

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