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MACROECONOMIA II

Oferta Agregada
Roteiro de aula
Considerações iniciais sobre a oferta agregada
Curva de oferta de longo prazo
Curva de oferta de curto prazo
• Caso extremo
• Caso básico
As fontes da rigidez salarial
Fatores que deslocam a curva de oferta
A relação entre produto e desemprego – Lei de Okun
Considerações iniciais
A tarefa dos macroeconomistas é compreender as flutuações do produto
no curto prazo e de que maneira esse comportamento se desvia do
comportamento de longo prazo.

No curto prazo, analisa-se as flutuações que desviam o produto do seu


pleno emprego.
Fonte: Souza Junior e Giambiagi, 2021.
Fonte: Souza Junior e Giambiagi, 2021.
Considerações iniciais
O modelo de OA-DA é a ferramenta básica para analisar as flutuações do
produto, determinação do nível de preços e inflação.

A oferta agregada nos diz a quantidade de produto que as empresas estão


dispostas a oferecer a um nível de preços dados.

A inclinação da oferta agregada depende do horizonte de tempo em


questão.
Curva de oferta de longo prazo
A curva de oferta de longo prazo (clássica) é vertical. O PIB não é afetado
pelo nível de preços.

Fonte: Dornbusch; Fischer e Startz, 2013.


Curva de oferta de longo prazo
Ela é baseada na premissa de que o mercado de trabalho está em pleno
equilíbrio com pleno emprego (PIB potencial, Y*).

 Os determinantes do crescimento do PIB são a tecnologia, capital,


trabalho, entre outros. O nível de preços não afeta esses determinantes –
neutralidade da moeda.

O modelo clássico assumia que os salários nominais eram perfeitamente


flexíveis.

Se há alta demanda e pleno emprego, não tem como aumentar a produção.
Exemplificando
Pense em um aumento dos gastos do governo.

 Pela visão clássica, fatores que


afetam a demanda são irrelevantes
para determinação do produto.

Fonte: Dornbusch; Fischer e Startz, 2013.


Curva de oferta de longo prazo

Fonte: Dornbusch; Fischer e Startz, 2013.


Curva de oferta de longo prazo
O modelo clássico pressupõe que não há desemprego, pois a economia
está em seu pleno emprego.

O desemprego que sempre há é devido a fricções no mercado de trabalho.

 Essa taxa de desemprego está associada ao nível de pleno emprego e


produto e é chamada de taxa natural de desemprego.

A taxa natural de desemprego é a taxa de desemprego decorrente de


atritos normais do mercado de trabalho quando ele está em equilíbrio.
Curva de oferta de curto prazo
 O caso extremo
O caso extremo da curva de oferta keynesiana se refere a uma curva
horizontal.

Fonte: Dornbusch; Fischer e Startz, 2013.


Curva de oferta de curto prazo
 O caso extremo
Para Keynes esse formato era decorrente da rigidez dos salários.

Em uma situação de desemprego, as pessoas não irão pedir aumentos de


salários e os preços dos produtos não irão aumentar.

No curtíssimo prazo, para qualquer nível de produção, o preço não é


afetado. Logo, só há como aumentar o produto por meio da DA.
Curva de oferta de curto prazo
 O caso extremo
O pensamento keynesiano é de que quando a economia está muito aquém
do que poderia estar, o estímulo deve ser na DA.

Em situações de recessão, estamos falando de uma curva de OA


horizontal.
Exemplificando
Pense em um aumento dos gastos do governo.

Fonte: Dornbusch; Fischer e Startz, 2013.


Curva de oferta de curto prazo
 O caso básico
O caso básico da curva de oferta keynesiana se refere a uma curva
positivamente inclinada.
 Esse formato ocorre,
principalmente quando o produto
está acima do Y*.

 Ela é positivamente inclinada


refletindo os efeitos do produto
sobre o nível de preços.

Fonte: Dornbusch; Fischer e Startz, 2013.


Exemplificando
Pense em um aumento dos gastos do governo.

Fonte: Dornbusch; Fischer e Startz, 2013.


Curva de oferta de curto prazo
 O caso básico
Temos que o aumento de Y impacta no aumento de P. O aumento de Y
aumenta a demanda por N que impacta o u. Por fim, a queda em u
aumenta W que leva ao aumento de P.

Existem explicações para a curva de OA ser positivamente inclinada, entre


elas:
• Teoria dos preços e salários rígidos;
• Teoria da má percepção.
Curva de oferta de curto prazo
 As fontes da rigidez salarial
Os salários são rígidos ou o ajuste é lento, quando eles se movem
lentamente ao longo do tempo, em vez de serem perfeita e imediatamente
flexíveis de modo a assegurar o pleno emprego.

A teoria keynesiana oferece várias razões pelas quais os salários são


rígidos.
• Os trabalhadores se preocupam com seus salários relativos;
• Fator institucional – contratos;
• Inflação esperada – preços passados;
• Outros fatores.
Fatores que deslocam a curva de OA
A curva de OA se deslocará se houver alterações nos fatores de produção,
capital e trabalho, recursos naturais e tecnologia. E exclusivamente, no
curto prazo, se houver aumento na inflação esperada.

Podemos tratar essas mudanças como choques de oferta que podem ser
adversos ou favoráveis.

Os choques adversos se referem a uma perturbação que desloca a curva de


OA para cima. Já um choque favorável, desloca a OA de curto prazo para
direita.
Fatores que deslocam a curva de OA
Choque adverso
A relação entre produto e desemprego
O desemprego tem uma relação negativa com o PIB. Originou a Lei de
Okun.

Relação negativa entre desemprego e PIB. Cada 1% no desemprego o PIB


decresce 2% (EUA).

Okun demonstrou que não havia uma relação proporcional entre aumento
do PIB e redução do desemprego.
A relação entre produto e desemprego
• Formalizando:
Sob as hipóteses de que o emprego e produto se move juntos e aumento de
emprego teria redução proporcional no desemprego, temos:

𝒖𝒕 − 𝒖𝒕 −𝟏=− 𝒈 𝒚𝒕
A verdadeira relação – Lei de Okun:
^)
𝒖𝒕 − 𝒖𝒕 −𝟏=− 𝜶 ( 𝒈 𝒚𝒕 − 𝒈
O mede o quanto o aumento do PIB gera a queda do desemprego.
A relação entre produto e desemprego
• Formalizando:
Partindo do modelo de Okun
^)
𝒖𝒕 − 𝒖𝒕 −𝟏=− 𝜶 ( 𝒈 𝒚𝒕 − 𝒈
𝒖𝒕 − 𝒖𝒕 −𝟏=− 𝟎 , 𝟒( 𝒈 𝒚𝒕 −𝟑 %)

Se>3% 𝒖𝒕 − 𝒖𝒕 −𝟏 <𝟎
Se <3% 𝒖𝒕 − 𝒖𝒕 −𝟏 >𝟎
Se 3% 𝒖𝒕 − 𝒖𝒕 −𝟏=𝟎

 Essa relação é diferente para cada país.


Referências
 BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia: teoria e política econômica
(tradução da 2.ed.). Rio de Janeiro: Campus, 2001.

 Dornbusch, R.; FISCHER, S.; STARTZ, R. Macroeconomia. (tradução


11. ed.)Porto Alegre: AMGH, 2013.

 FROYEN, R. T. Macroeconomia. São Paulo: Editora Saraiva, 1999.

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