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No mundo real certos choques, ou atritos podem desviar a produção da economia do seu nível
natural.
Essas duas observações fazem com que no curto prazo a curva de oferta agregada tenha uma
inclinação ascendente, ao invés de horizontal.
Fala: Percebam que se o nível de preço esperado for igual ao nível de preço efetivo, então
y=yn. Somente se o preço esperado for diferente do preço praticado, que iremos ter um
desvio do produto
A explicação aceita mais amplamente para a curva da oferta agregada de curto prazo com
inclinação ascendente é chamada de modelo de preços rígidos.
Esse modelo enfatiza que as empresas não ajustam imediatamente os preços que cobram em
resposta a variações na demanda.
Algumas empresas não possuem preços rígidos(possuem preços flexíveis). Escrevemos então
o preço desejado da empresa como
p = P + a(Y – Yn).
Essa equação afirma que o preço desejado, p, depende do nível geral de preços, P, e do
produto agregado em relação ao nível natural, Y – Yn.
Empresas com preços rígidos definem seus preços com base no que esperam que as outras
empresas cobrem.
O modelo de preços rígidos afirma que o desvio do nível de produção em relação a seu nível
natural está positivamente associado ao desvio do nível de preços em relação ao nível de
preços esperado. Ou seja, quando o preço esperado está mais alto, o desvio do nível de
produção tende a ser positivo
Y = + α(P – EP). Essa equação enuncia que os desvios do nível de produção em relação ao nível
natural estão relacionados com os desvios do nível de preços real em relação ao nível de
preços esperado. Se o nível de preços é mais alto do que o nível de preços esperado, a
produção excede seu nível natural. Se o nível de preços é mais baixo do que o nível de preços
esperado, a produção fica aquém de seu nível natural.
Dois objetivos dos formuladores de política econômica são baixa inflação e baixo nível de
desemprego, mas esses objetivos muitas vezes se conflitam.
A curva de Phillips em sua forma moderna enuncia que a taxa de inflação depende de três
forças:
Inflação esperada
O desvio do desemprego em relação ao nível natural, chamado de desemprego cíclico
Choques na oferta.
π=Eπ −β ( u−un ) + v
Onde π – inflação
Eπ – inflação esperada
(P – P–1) = (EP – P–1) + (1/α)(Y –Yn ) + v (3) subtraia o nível de preços do ano anterior,
P–1 ,
Com base na lei de Okun, o desvio do produto tem relação inversa com o desvio do
desemprego, ou seja:
A curva de Phillips e a curva da oferta agregada são dois lados da mesma moeda. De acordo
com a equação para a curva da oferta agregada de curto prazo, a produção está relacionada a
movimentações inesperadas no nível de preços. De acordo com a equação para a curva de
Phillips, o desemprego está relacionado a movimentações inesperadas na taxa de inflação.
Supondo que as pessoas tenham a expectativa de que os preços aumentem no ano corrente à
mesma taxa em que aumentaram no ano passado
Eπ = π–1
π = π–1 – β(u – u n ) + v
π–1 , implica que a inflação é inercial. Ou seja, tal como um objeto se movimentando pelo
espaço, a inflação segue caminhando, a menos que algo atue de modo a interrompê-la.
“Por que nossa moeda está cada vez valendo menos? Talvez simplesmente tenhamos inflação
porque esperamos inflação, e esperamos inflação porque já a tivemos.” (Solow, 1970)
O segundo e o terceiro termos da equação para a curva de Phillips mostram as duas forças que
podem modificar a taxa de inflação.
O segundo termo, β(u – u n )- O baixo índice de desemprego empurra para cima a taxa de
inflação. Esse efeito é chamado de inflação de demanda. Já um alto índice empurra a inflação
para baixo
O terceiro termo, v, mostra que a inflação também cresce e diminui em decorrência de
choques na oferta. Um choque adverso na oferta, como é o caso da alta nos preços
internacionais do petróleo na década de 1970, sugere um valor positivo para v e faz com que a
inflação cresça.
A Figura 14-4 plota a equação da curva de Phillips e mostra o tradeof entre inflação e
desemprego no curto prazo.
Observe que o posicionamento da curva de Phillips no curto prazo depende da taxa de inflação
esperada. Se a inflação esperada aumenta, a curva se desloca para cima e o tradeof para o
formulador de políticas econômicas torna-se menos favorável
De acordo com a curva de phillips o custo de reduzir a inflação através de políticas, é a queda
da produção e o aumento do desemprego.
Estimativas são feitas para conseguir mensurar esse custo. Embora as estimativas relacionadas
à taxa de sacrifício variem de maneira considerável, uma estimativa típica consiste em
aproximadamente 5: para cada 1 ponto percentual que a inflação precise diminuir, 5% do PIB
correspondente a um ano devem necessariamente ser sacrificados.
Portanto, a inflação apenas aparenta ter uma cinética própria; na realidade, é a política de
longo prazo do governo persistentemente incorrendo em grandes déficits e emitindo moeda
em ritmo acelerado que é responsável pela cinética inerente à taxa de inflação.
Sob a égide de uma política econômica que tenha credibilidade, os custos inerentes a reduzir a
inflação podem ser muito mais baixos do que sugerem as estimativas relacionadas à taxa de
sacrifício.
Em primeiro lugar, o plano para redução da inflação deve ser anunciado antes que os
trabalhadores e as empresas que estabelecem salários e preços tenham criado suas
expectativas. Em segundo lugar, os trabalhadores e as empresas devem acreditar nesse
pronunciamento.
Histerese é o termo utilizado para descrever a influência de longa duração da história sobre a
taxa natural.