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Ecossistemas de pastagens nativas:

OS CAMPOS SULINOS

Docente: Aline Oliveira


Discentes: Cleiton Francisco; Maria
Eloiza ;Nathalie Silva
Origem e Evolução da Vegetação

 A região sul do Brasil situa-se numa zona de transição entre os climas tropical e temperado,
com verões quentes, invernos relativamente frios e sem estação seca;

 Com a denominação de ― campos sulinos‖ ou ― campos sul brasileiros‖, estamos


designando as pastagens naturais.

 Entre cerca de 42.000-10.000 anos antes do presente(AP), isto é, incluindo a ultima


glaciação, os campos dominavam a região, indicando um clima frio e seco.

 Entretanto, ao que tudo indica, a megafauna extinta dos Campos Sulinos jamais apresentou a
abundância e a diversidade de herbívoros pastadores encontrados em outros biomas
campestres do planeta.
Origem e Evolução da Vegetação

 A dinâmica da vegetação em ecossistemas campestres é mediada por variações na


intensidade e na frequência de distúrbios causados por agentes de perturbação, como o fogo e
herbívoros pastadores.

 Além destes dois agentes, outros fatores naturais e antropogênicos condicionam a


composição e as características fisionômicas da vegetação dos campos, como secas, geadas
extemporâneas, eventos estocásticos de precipitação, pisoteio por animais, roçadas periódicas
e a concentração de nutrientes pela excreção de herbívoros.
Fitofisionomia dos Campos Sulinos

 Uma melhor classificação dos campos em função de diferenças florísticas e estruturais e da


influência do clima, topografia, solo e manejo ainda é necessária.

 Os campos do bioma Pampa estão restritos à metade sul do estado do Rio Grande do Sul,
fisionomia semelhante estende-se ao Uruguai e Argentina.

 A maioria das gramíneas é de ciclo estival (metabolismo fotossintético C4), com poucos
representantes de ciclo hibernal (C3).

 Em zonas mais úmidas, encontram-se espécies estoloníferas como a gramatapete (Axonopus


affinis) e a grama-missioneira e rizomatosas como Paspalum pumilum.
Fitofisionomia dos Campos Sulinos

 Campos de solos rasos. Localizam-se na região sudoeste do Estado (CampanhaSudoeste),


fronteira com o Uruguai e Argentina;

 Campos de solos profundos. Situam-se a sudoeste do Estado (região da Campanha


Meridional) na fronteira com o Uruguai;

 No entanto, as hibernais (C3) estão mais bem representadas nesta região do que nas demais.
Fitofisionomia dos Campos Sulinos

 As espécies de origem andina, procedentes do pampa do Uruguai e Argentina, penetram no


Rio Grande do Sul e alcançam seu limite mais setentrional nesta região do Estado,

 Campos dos areais. A fisionomia desses campos, inseridos no centro-oeste do RS, édefinida
por Elionurus sp. (capim-limão), Axonopus argentinus e Paspalum lepton (P.nicorae), P.
stellatum, P

 A vegetação da região é relictual, o que é demonstrado pelapresença do pinheiro-bravo,


Podocarpus lambertii, convivendo com Cereus hildmannianus,Parodia ottonis e Butia
lallemantii, espécies características de ambientes áridos.
Cobertura Atual e Fragmentação do
Ecossistema

Floresta Ombrófila Densa


Floresta Ombrófila Mista
Floresta Estacional Decidual
Floresta Estacional SemiDecidual
Savana-Estépica
Estepe
Área de Tensão Ecológica
Área das Formações Pioneiras
O Potencial Produtivo dos Campos Sulinos:
Indicações da Pesquisa

 Produção anual de peso vivo em sistemas de


recria e terminação de bovinos de corte,
tomando por base resultados de vários
experimentos conduzidos na região da
Depressão Central do Rio Grande do Sul.
Otimizando o potencial dos Campos Sulinos:
consequências sobre o pasto, o animal
e os serviços ecossistêmicos

 Ajustar a carga animal em função da disponibilidade de pasto significa controlar o nível de oferta de forragem;

 A quantidade deve ser traduzida em termos de massa de forragem


seca relacionada ao tamanho corporal do animal;

 A capacidade de ingestão diária de matéria seca de um bovino é de cerca de 2,5 a 3% do seu peso vivo.
Otimizando o potencial dos Campos Sulinos:
consequências sobre o pasto, o animal
e os serviços ecossistêmicos

 Pastagens muito baixas podem limitar o consumo,


pois o tamanho de cada bocado é pequeno, em relação
a uma pastagem alta em que o bocado é de maior
tamanho;

 À medida que aumenta a disponibilidade de forragem


diária por animal, o desempenho individual aumenta.
Otimizando o potencial dos Campos Sulinos:
consequências sobre o pasto, o animal
e os serviços ecossistêmicos

 É necessário que saibamos estimar a disponibilidade de forragem para ajustar a carga animal ao sistema,
possibilitando ajustar áreas e categorias animais de maneira a privilegiar aquelas mais importantes;

 Neste sentido, a subdivisão do campo e o diferimento de potreiros constituem-se em ferramentas


indispensáveis e que, nos dias atuais, são menos caras e menos difíceis de realizar se contarmos com o uso
inteligente da cerca elétrica.
Otimizando o potencial dos Campos Sulinos:
consequências sobre o pasto, o animal
e os serviços ecossistêmicos

 Com baixa oferta de forragem 4%, o perfil da pastagem é


uniforme e a forragem disponível é sempre nova. Neste
tipo de manejo ocorre a eliminação quase total das espécies
de inverno e uma pequena contribuição de leguminosas
nativas;

 Já nas ofertas de forragem de 12 e 16%, o campo apresenta


um porte mais elevado, sendo caracterizado pela presença
de touceiras de diferentes diâmetros.
Otimizando o potencial dos Campos Sulinos:
consequências sobre o pasto, o animal
e os serviços ecossistêmicos

 A partir das constatações, passou-se a estabelecer a


hipótese de que o consumo destes colmos induzidos logo
que iniciam a elongação proporção de colmos vegetativos,
portanto, com uma estrutura com mais folhas do que
colmos. Esta alteração se estenderia ao longo do ano, com
fortes consequências sobre o consumo e desempenho
animal;

 Uma forma de incentivar o consumo seria através do


aumento da carga animal, ou seja, da diminuição da
oferta antes que estas espécies comecem a florescer, na
primavera.
Otimizando o potencial dos Campos Sulinos:
consequências sobre o pasto, o animal
e os serviços ecossistêmicos

 Interessante notar que praticamente todas as variáveis estudadas,


tanto no que se refere ao animal quanto à pastagem, concentram
suas respostas ótimas na faixa de oferta em torno de 12;

 Na oferta de 12%, algumas espécies, notadamente leguminosas,


foram protegidas nas touceiras das plantas cespitosas e um duplo
estrato mostrou-se aparentemente bem equilibrado;

 Com 16% de oferta, a vegetação mostrou-se predominantemente


entouceirada, provavelmente devido ao sombreamento excessivo;
Considerações Finais

 De um modo geral, o homem, ao utilizar a natureza para construir agro- ecossistemas em substituição aos
ecossistemas naturais, não tem considerado as interrelações entre os componentes bióticos e abióticos;

 A atual degradação massiva dos habitats e a extinção de espécies tem reduzido de forma assustadora a
biodiversidade. Isto está alterando profundamente a evolução da biota do planeta com conseqüências sobre a
própria existência humana;

 Os Campos Sulinos estão entre os ecossistemas mais complexos e ricos do mundo, embora muitas vezes frágil;

 Podemos afirmar que é possível obter bons índices produtivos preservando a biodiversidade, garantindo os
serviços ambientais, conservando os recursos hídricos.
OBRIGADA PELA
ATENÇÃO!!

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