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INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA

Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”

Antonio Roberto de Carvalho


e-mail comercial: automacao509@sp.senai.br
Telefone comercial: (19) 3236-3012 - ramal 231
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA

INTRODUÇÃO Á
INSTRUMENTAÇÃO
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA
INSTRUMENTAÇÃO ?

- GARANTIR A SEGURANÇA

- MELHORAR A QUALIDADE

- AUMENTAR A PRODUÇÃO
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
O QUE É INSTRUMENTAÇÃO?

É a técnica que visa indicar, registrar e


controlar as variáveis de um processo.

Exemplo de variáveis de um processo:


nível, pressão, temperatura, vazão, pH, etc..
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
O QUE É UM PROCESSO?

É um único sistema ou todo um conjunto de


equipamentos que fazem transformações
químicas e/ou físicas nas matérias primas.

Classificação dos processos industriais:


-processos contínuos
-processos de manufatura
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PROCESSO CONTÍNUO
Processos contínuos operam
ininterruptamente produtos e materiais sem
manipulação direta.
Envolvem os processos tipo Batelada (Batch).

Exemplos: Refinarias de Petróleo, Usinas de Açúcar


e Álcool, Fabricação de Papel e Celulose, Indústria de
Mineração, etc...
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PROCESSOS DE MANUFATURA

Processos de Manufatura são processos que


envolvem transporte, distribuição, montagem,
seleção, etc.. de produtos ou materiais através
de manipulação direta ou indireta.

Exemplos: Indústria Automotiva, Indústria


Eletroeletrônica, Engarrafamento de bebidas, etc...
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
VARIÁVEIS DE PROCESSO
Variáveis de processo são as grandezas
físicas que afetam o desempenho do processo
e alteram seu valor por influências internas ou
externas.

Exemplos: nível, pressão, temperatura, vazão,


vibração, acidez, cor, granulatura, etc..
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TERMINOLOGIA
VARIÁVEL CONTROLADA (PV):
Indica a forma ou estado desejado do produto.

VARIÁVEL MANIPULADA (MV):


É a variável na qual se atua para manter a PV no
valor desejado (Set Point).

AGENTE DE CONTROLE:
Energia usada para alterar a variável controlada.
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TERMINOLOGIA

PONTO DESEJADO (SET POINT):


Define o ponto de trabalho para a PV.

PONTO DESEJADO REMOTO (REMOTE SP):


É o sinal de controle externo que altera o ponto de
trabalho local (SP). Usado em controle “cascata”.
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VARIÁVEIS DE PROCESSO
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PROCESSO – físico
Água Fria
Conversor I/P
Trocador de
calor
Vapor
Válvula de
controle

Condensado

Elemento
de medição Água
Controlador Aquecida
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PROCESSO - simbologia
Agente de controle:
Vapor

VAPOR

Variável Manipulada:
Vazão de vapor
Ponto Desejado: Variável Controlada:
Local ou Remoto Temperatura da água
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ESTRATÉGIAS DE CONTROLE

Controle “FEED BACK” ou realimentação:


depende do erro da PV em relação ao SP para reagir e
controlar o processo. Maioria dos processos.

Controle “FEED FORWARD” ou antecipatório:


exige o controle das variáveis de entrada e o conheci-
mento prévio da resposta do processo.
Pode envolver controles realimentados.
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CONTROLE “FEED BACK”

ELEMENTO SENSOR /
FINAL DE CONTROLE PROCESSO TRANSMISSOR

“Feed back”
CONTROLADOR
Desvio= PV-SP realimentação

Ponto desejado

Controle Realimentado
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CONTROLE “FEED FORWARD”

PROCESSO “A”

PROCESSO FINAL SAÍDA

PROCESSO “B”

Controle Antecipatório
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA

HISTÓRICO
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
HISTÓRICO

INSTRUMENTAÇÃO PNEUMÁTICA
3 a 15 psi ou 0,2 a 1 Kgf/cm2
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
HISTÓRICO

INSTRUMENTAÇÃO ELETRONICA
4 a 20 mA ou 1 a 5 V
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HISTÓRICO
INSTRUMENTAÇÃO DIGITAL
- S. D. C. D. ( Sistemas Digitais de Controle
Distribuído )

controlador

dados
rede de
controlador
controlador
central

controlador

controlador
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HISTÓRICO
INSTRUMENTAÇÃO DIGITAL
- Sistemas Abertos
CPU I/O CPU I/O
LOCAL LOCAL

I/O
REDE CPU I/O
REMO
DE C.L.P. LOCAL TO
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HISTÓRICO
INSTRUMENTAÇÃO DIGITAL
- Redes de Comunicação Industriais
“Chão de Fábrica” (Fieldbus)
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TERMINOLOGIA
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TERMINOLOGIA

Todos os termos utilizados na automação e


instrumentação industrial estão submetidos á
portaria INMETRO n. 029 de 10 de março de 1995
que adotou o VOCABULÁRIO INTERNACIONAL
DE METROLOGIA (VIM) no Brasil.
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TERMINOLOGIA
Faixa de medida (range): valores entre o limite superior e
inferior da capacidade de medida.
Ex: 100 ~ 500 oC, 10 ~30 psi

Alcance (span): diferença entre o valor superior e o inferior


da faixa de medida.
Ex: 400 oC, 20 psi

Erro (desvio): erro estático e dinâmico é a diferença entre o


valor lido e o valor real da variável considerada.
Ex: Valor lido= 190 oC; valor real= 200 oC; erro= -10 oC
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TERMINOLOGIA
Exatidão (precisão): maior erro estático ao longo da faixa de
trabalho.

FORMAS DE EXPRESSÃO DA EXATIDÃO:


Em % do span ; em % do vm ; em unidades de engenharia ; % variável.

-EXATIDÃO EM PORCENTAGEM DO ALCANCE (% span):

Ex: instrumento de 10 ~ 160 psi - exatidão de ±0,5% span


Leitura= 12 psi – valor real= 11,25 ~ 12,75 psi (var.= 12,5%)
Leitura= 150 psi – valor real= 149,25 ~ 150,75 psi (var.= 1%)
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TERMINOLOGIA
FORMAS DE EXPRESSÃO DA EXATIDÃO

-EXATIDÃO EM PORCENTAGEM DO VALOR MEDIDO:

Ex: instrumento de 10 ~ 160 psi - exatidão de ±0,5% valor med.


Leitura= 12 psi – valor real= 11,94 ~ 12,06 psi (var.= 1 %)
Leitura= 150 psi – valor real= 149,25 ~ 150,75 psi (var.= 1 %)
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TERMINOLOGIA
FORMAS DE EXPRESSÃO DA EXATIDÃO

-EXATIDÃO EM UNIDADES DA VARIÁVEL


(Unidades de Engenharia):

Ex: instrumento de 10 ~ 160 psi - exatidão de ±0,5 psi


Leitura= 12 psi – valor real= 11,5 ~ 12,5 psi (var.= 8,3 %)
Leitura= 150 psi – valor real= 149,5 ~ 150,5 psi (var.= 0,6 %)
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TERMINOLOGIA
FORMAS DE EXPRESSÃO DA EXATIDÃO

-EXATIDÃO VARIÁVEL AO LONGO DA FAIXA:

Ex: instrumento de 10 ~ 160 psi


exatidão de ± 1% (vm) de 10 a 60psi e de 110 a 160psi
exatidão de ±0,5% (vm) de 60 a 110 psi

Obs.: para manômetros considerar a faixa de 25% a 75%


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TERMINOLOGIA
Zona Morta (Dead Band): máxima variação sem provocar
variação na indicação de saída. (envolve partes mecânicas)
Ex: instrumento 10~160psi – zona morta de ± 1% do span
O instrumento é insensível á variação de ± 1,5 psi.

Histerese: é a diferença entre os valores da curva de


calibração ascendente e a descendente. (partes mecânicas)
Ex: instrumento de 10~160psi em calibração sem ajuste:
valor aplicado valor lido asc. valor lido desc. histerese
100 psi 99,8 psi (-0,13%) 99,6 psi (-0,26%) 0,13 % span
50 psi 49,5 psi (-0,33%) 50,3 psi (+0,20%) 0,53 % span
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TERMINOLOGIA
INDICAÇÃO CARACTERÍSTICA
o
C DESCENDENTE
200

RESPOSTA IDEAL
120,2
Diferença DIFERENÇA
CARACTERÍSTICA
MÁXIMA
máxima : 0,4 oC 120 ASCENDENTE

119,8
Curva de Erro de Histerese :
Histerese 0,2% do span

o
C
0 120 200
SINAL
GERADO
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TERMINOLOGIA
EXEMPLO: TABELA DE CALIBRAÇÃO
faixa de medida 10 160 psi
alcance (span) 150 psi
RESULTADOS RESULTADO
especificações fabricante ±% ±psi max. erro (%) OK FINAL
Exatidão % span 0,4 0,6 0,60 reprovado REPROVADO
Histerese % span 1 1,5 0,99 aprovado

valor aplicado leitura ascendente leitura descendente histerese


psi % psi erro psi %span psi erro psi %span psi (abs) %span %
10 0,0 10,6 0,6 0,40 10,9 0,9 0,60 0,3 0,20 -0,20
25 10,0 24,32 -0,68 -0,45 25,8 0,8 0,53 1,48 0,99 -0,99
50 26,7 49,78 -0,22 -0,15 50,7 0,7 0,47 0,92 0,61 -0,61
85 50,0 85,53 0,53 0,35 85,9 0,9 0,60 0,37 0,25 -0,25
100 60,0 99,86 -0,14 -0,09 100,6 0,6 0,40 0,74 0,49 -0,49
150 93,3 150,57 0,57 0,38 150,9 0,9 0,60 0,33 0,22 -0,22
160 100,0 160,62 0,62 0,41 160,5 0,5 0,33 0,12 0,08 0,08
máximo: 0,62 0,41 máximo: 0,90 0,60 máximo: 0,99
PRIMEIRA LEITURA
mínimo: -0,68 0,45 mínimo: 0,50 0,33
Resultados Parciais max. erro linear. asc. 0,45 max. erro linear. desc. 0,60 max. erro histerese 0,99
(%): resultado parcial: reprovado resultado parcial: reprovado resultado parcial: aprovado
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TERMINOLOGIA
EXEMPLO: TABELA DE CALIBRAÇÃO
faixa de medida 10 160 psi
alcance (span) 150 psi
RESULTADOS RESULTADO
especificações fabricante ±% ±psi max. erro OK FINAL
Exatidão % span 0,4 0,6 0,33 aprovado APROVADO
Histerese % span 1 1,5 0,53 aprovado

valor aplicado leitura ascendente leitura descendente histerese


psi % psi erro psi %span psi erro psi %span psi (abs) %span %
10 0,0 10,4 0,4 0,27 10,3 0,3 0,20 0,1 0,07 0,07
25 10,0 25,48 0,48 0,32 24,9 -0,1 -0,07 0,58 0,39 0,39
50 26,7 49,5 -0,5 -0,33 50,3 0,3 0,20 0,8 0,53 -0,53
85 50,0 85 0 0,00 84,7 -0,3 -0,20 0,3 0,20 0,20
100 60,0 99,8 -0,2 -0,13 99,68 -0,32 -0,21 0,12 0,08 0,08
150 93,3 150,3 0,3 0,20 150 0 0,00 0,3 0,20 0,20
160 100,0 160,4 0,4 0,27 160,4 0,4 0,27 0 0,00 0,00
máximo: 0,48 0,32 máximo: 0,40 0,27 máximo: 0,53
PRIMEIRA LEITURA
mínimo: -0,50 0,33 mínimo: -0,32 0,21
Resultados Parciais max. erro linear. asc. 0,33 max. erro linear. desc. 0,27 max. erro histerese 0,53
(%): resultado parcial: aprovado resultado parcial: aprovado resultado parcial: aprovado
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TERMINOLOGIA
Repetitividade (Repetibilidade): máxima diferença em um
ponto para diversas medidas realizadas no mesmo sentido.
Ex: instrumento 10~160psi – repetitividade de ± 0,5 % do span
-com valor aplicado de 100psi pode indicar variações entre
99,25 psi e 100,75 psi para cada tentativa do mesmo teste.

Resolução: é a menor diferença percebida entre indicações de


um mostrador. Se digital: valor do último digito.
Ex: mostrador instrumento 10~160psi com escala de 2 em 2 psi
Resolução = 2 psi
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TERMINOLOGIA
Calibração (Aferição): Estabelecer a relação entre os valores
indicados e os valores de referência correspondentes aos
padrões. Calibração “as found”: relação como encontrada;
Calibração “as left”: nova relação como deixada.

Ajuste: Operação destinada á posicionar o instrumento na


relação ideal de operação.

Incerteza da Medição: caracteriza o intervalo com


determinada probabilidade de estarem os valores atribuídos á
medida. Inclui todas as incertezas envolvidas na medição.
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IDENTIFICAÇÃO
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IDENTIFICAÇÃO
“TAG” (etiqueta de identificação)
EXEMPLO: INSTRUMENTO P R C – 00102A
P R C 001 02 A
VARIÁVE FUNÇÃO ÁREA N.
L ATIVIDADE SEQUENCIAL

SUFIXO
IDENTIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DA
FUNCIONAL MALHA DE CONTROLE

Controlador Registrador de Pressão da área 001 malha 02 A


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IDENTIFICAÇÃO
NORMA ISA – S5.1
EXEMPLOS DA IDENTIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS:

LG visor de nível
HV válvula manual
FV válvula de fluxo
PCV válvula controladora de pressão
PSV válvula de segurança de pressão
LIC controlador indicador de nível
PICA controlador indicador de pressão com alarme
PT transmissor de pressão
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IDENTIFICAÇÃO
NORMA ISA – S5.1

Burn: Chama
EXEMPLOS DA Flow: Vazão ou Fluxo
IDENTIFICAÇÃO Hand: Manual
DE VARIÁVEIS DE Level: Nível
PROCESSO Moisture: Umidade
Speed: Velocidade
Weight: Peso / Força
Pressure: Pressão
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA

SIMBOLOGIA
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
SIMBOLOGIA
SÍMBOLOS
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
SIMBOLOGIA
FUNÇÕES (BLOCOS)
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
SIMBOLOGIA
SINAIS (Resumo)
Conexão a processo ou ligação mecânica, ou
alimentação de instrumentos
Sinal Pneumático

Sinal Elétrico
Tubo Capilar

Sinal Eletromagnético

Ligação configurada internamente ao sistema


(ligação por software)
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SIMBOLOGIA
SINAIS
(*) Indicar valor

(**) AR ou GÁS

(***) Calor, rádio, radiação, luz


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SIMBOLOGIA - ELEMENTOS
corpo haste

Corpo genérico de uma válvula com a haste


conexões e as conexões.

Sentido de fechamento da válvula:


a) Fecha com a descida da haste
a) b) b) Fecha com a subida da haste

Corpo de uma válvula esfera com a haste e


as conexões.

esfera
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SIMBOLOGIA - ELEMENTOS
atuador

Válvula de Controle Básica.


diafragma haste

Sinal de saída pneumático


Sinal de entrada elétrico

Posicionador
ou Conv. I/P
Válvula de Controle com Posicionador
ou Conversor Corrente / Pressão
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SIMBOLOGIA - ELEMENTOS

Válvula de Bloqueio Manual


manopla tipo esfera

Mola

Válvula de Segurança ou de
Alívio

Realimentação
Acionamento
Manual
Válvula de Auto regulada
ou Válvula Reguladora
Montante Jusante com ajuste manual
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SIMBOLOGIA - ELEMENTOS

Válvula de Dreno ou Purgador

S
Válvula Solenóide

Placa

Placa de Orifício

Flanges
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SIMBOLOGIA - ELEMENTOS
Identificação de Entradas e saídas:

AS - air supply - suprimento de ar comprimido


WS - water supply - suprimento de água
SS - stream supply - suprimento vapor
ATM - atmosphere - saída para da atmosfera
DRAIN - saída de drenagem
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
SIMBOLOGIA - exemplo de fluxograma
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA

FINAL DA INTRODUÇÃO Á
INSTRUMENTAÇÃO

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