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CONTROLE E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL I

Conceitos Básicos de Automação Industrial


CONCEITOS INICIAIS
DEFINIÇÃO
A automação industrial compreende a qualquer sistema que se utiliza de computadores para substituir
a o trabalho humano.

EXEMPLO TEÓRICO
Uma esteira automatizada é destinada a realizar a separação dos materiais. Se a peça colocada na esteira for
vermelha ela deve ser descartada através de um atuador pneumático, caso ela seja de qualquer outra cor ela deve
ir para caixa e posteriormente para o embalo.
CONCEITOS INICIAIS
VANTAGENS DA AUTOMAÇÃO EM PROCESSOS INDUSTRIAIS
A automação industrial compreende a qualquer sistema que se utiliza de computadores para substituir
a o trabalho humano.

VANTAGENS
• Diminuição do tempo de produção;
• Maior produtividade;
• Diminuição de erros humanos;
• Maior qualidade;
• Maior precisão e repetibilidade;
• Maior segurança no chão de fábrica;
• Possibilidade de controle do processo;
• Redução de custos com mão-de-obra.
CONCEITOS INICIAIS
PIRÂMIDE DA AUTOMAÇÃO
Observando o processo descrito abaixo pode-se encontrar três dos cinco níveis da pirâmide da
automação industrial.

Nível 5: Gerenciador
Corporativo
Nível 2
Nível 4: Gerenciamento
da Planta
Nível 3
Nível 1 Nível 3: Supervisão

Nível 2: Controle

Nível 1: Dispositivos de
Campo
CONCEITOS INICIAIS
REPRESENTAÇÃO
Observando o processo descrito abaixo pode-se definir uma representação simplificada, conforme o
diagrama de blocos descrito abaixo.

SENSOR CONTROLADOR ATUADOR

Set point
EXEMPLO (01) – PIRÂMIDE DA AUTOMAÇÃO
(DE MORAES E CASTRUCCI, Engenharia de Automação Industrial, Teoria - adaptado).

Observe o sistema descrito abaixo e determine os níveis que cada dispositivo está na pirâmide da
automação.
EXEMPLO (01) – PIRÂMIDE DA AUTOMAÇÃO
(DE MORAES E CASTRUCCI, Engenharia de Automação Industrial, Teoria - adaptado).

Observe o sistema descrito abaixo e determine os níveis que cada dispositivo está na pirâmide da
automação.
ELEMENTOS DA AUTOMAÇÃO
DEFINIÇÕES
Basicamente, os elementos da automação estão descritos no diagrama abaixo.

Recebe os sinais dos


sensores realizam a
comparação com o set
Transforma as point e geram uma ação Atua diretamente
grandezas físicas em para os atuadores no processo para
elétricas que seja controlado

SENSOR CONTROLADOR ATUADOR

Set point
ELEMENTOS DA AUTOMAÇÃO
DEFINIÇÕES - SENSORES
Os sensores transformam as grandezas físicas
SENSOR CONTROLADOR ATUADOR oriundas do processo em grandezas passíveis de
leitura (sinais elétricos) para serem enviados aos
controladores.

Set point
Sinais elétricos
SENSOR (Sinais de tensão ou corrente)

Grandezas Físicas
(Temperatura, pressão, vazão, nível, etc)

CONTROLADOR
ELEMENTOS DA AUTOMAÇÃO
DEFINIÇÕES – SENSORES/ SINAIS ANALÓGICOS

Grandezas Físicas Os sinais analógicos podem ser em forma de tensão


ou em forma de corrente.
(Temperatura, pressão, vazão, nível, etc)
Sinais de tensão (0-5V; 0-10V; 0-24V): São mais
SENSOR susceptíveis a interferências eletromagnéticas e
apresentam problemas com queda de tensão, por
esta razão não são muito utilizados na transmissão
de sinais.
Sinais elétricos Sinais de corrente (0-20mA): Não apresentam
(Sinais de tensão ou corrente) tantos problemas com interferência e queda de
tensão, porém se há uma falha onde o sensor não
envia corrente não é possível detecta-la.
Sinais de corrente (4-20mA): Não apresentam
CONTROLADOR tantos problemas com interferência e queda de
tensão, se há uma falha onde o sensor não envia
corrente é possível detectá-la.
ELEMENTOS DA AUTOMAÇÃO
DEFINIÇÕES - CONTROLADORES
SENSOR CONTROLADOR ATUADOR Os controladores recebem o sinal do sensor
compara com valor pré-estabelecido e geram uma
saída para os atuadores agirem sobre o processo.

Set point
Sinais elétricos
SENSOR (Sinais de tensão ou corrente)

Grandezas Físicas
(Temperatura, pressão, vazão, nível, etc) ATUADOR

SP CONTROLADOR
ELEMENTOS DA AUTOMAÇÃO
DEFINIÇÕES - ATUADORES
SENSOR CONTROLADOR ATUADOR Os atuadores são dispositivos que atuam
diretamente no processo para realizar seu
controle. Basicamente eles podem ser elétricos,
pneumáticos ou hidráulicos.
Set point
Sinais elétricos
SENSOR (Sinais de tensão ou corrente)

Grandezas Físicas
(Temperatura, pressão, vazão, nível, etc) ATUADOR

SP CONTROLADOR
EXEMPLO (02) – SENSOR COM SAÍDA EM TENSÃO

Um determinado instrumento de medição possui um sinal de saída em tensão de 2 – 15 V. Se este


instrumento indicar 90% do sinal, qual o valor em Volts?
Resposta: 13,7 V
EXEMPLO (02) – SENSOR COM SAÍDA EM TENSÃO

Um determinado instrumento de medição possui um sinal de saída em tensão de 2 – 15 V. Se este


instrumento indicar 90% do sinal, qual o valor em Volts?
EXEMPLO (03) – SENSOR COM SAÍDA EM CORRENTE

Um determinado instrumento de medição possui um sinal de saída em corrente de 4 – 20 mA. Se


este instrumento indicar 50% do sinal, determine o valor em corrente do sinal.
Resposta: 12 mA
EXEMPLO (03) – SENSOR COM SAÍDA EM CORRENTE

Um determinado instrumento de medição possui um sinal de saída em corrente de 4 – 20 mA. Se


este instrumento indicar 50% do sinal, determine o valor em corrente do sinal.
EXEMPLO (04) – VALOR DA LEITURA A PARTIR DO SINAL

Um determinado sensor de pressão pode medir pressão entre 0 à 1 bar com sinal de saída de 4 à 20
mA. Se o sensor emitir uma corrente de 9,85 mA, qual será a pressão indicada pelo mesmo?
Resposta: 0,366 bar
EXEMPLO (04) – VALOR DA LEITURA A PARTIR DO SINAL

Um determinado sensor de pressão pode medir pressão entre 0 à 1 bar com sinal de saída de 4 à 20
mA. Se o sensor emitir uma corrente de 9,85 mA, qual será a pressão indicada pelo mesmo?
CONTROLE DE PROCESSOS
MANUAL E AUTOMÁTICO
Entende-se por processo toda e qualquer transformação física, química ou biológica. A finalidade do
controle de processos é gerar produtos com qualidade. Basicamente, tem-se dois tipos de controle:
manual e automática.
CONTROLE DE NÍVEL DE UMA CAIXA D´ÁGUA h

sp

sp

t
CONTROLE DE PROCESSOS
VARIÁVEIS DO PROCESSO
As variáveis do processo se dividem em: manipuladas, controladas e de perturbação.

CONTROLE DE NÍVEL DE UMA CAIXA D´ÁGUA

VARIÁVEIS DO PROCESSO
Variável controlada: Que se deseja realizar o controle
Variável manipulada: Que se manipula para controla
a variável de controle
Variável de perturbação: Que ocorre no sistema e
que não se pode controlar ou manipular
CONTROLE DE PROCESSOS
TIPOS DE CONTROLE DO PROCESSO | REALIMENTAÇÃO
Os tipos de controle podem ser por realimentação ou por antecipação.

CONTROLE DE TEMPERATURA DE UMA CAIXA D´ÁGUA Variável controlada: temperatura do líquido;


Variável manipulada: vazão de vapor;
Variável de perturbação: vazão de líquido na entrada

Vantagens
• Utilização em sistemas rápidos;
• Fácil implementação.
Desvantagens
• Necessita da perturbação.

Variável manipulada Variável de perturbação


CONTROLADOR PROCESSO
Variável controlada
CONTROLE DE PROCESSOS
TIPOS DE CONTROLE DO PROCESSO | ANTECIPAÇÃO
Os tipos de controle podem ser por realimentação ou por antecipação.

CONTROLE DE´NÍVEL DE UMA CAIXA D´ÁGUA Variável controlada: nível do líquido;


Variável manipulada: vazão do líquido;
Variável de perturbação: vazão de líquido na entrada

Vantagens
• Utilização em sistemas lentos;
• Reage antes de ser perturbado.
Desvantagens
• Necessita da medição da perturbação;
• Específico para cada tipo de perturbação.
Variável de perturbação

CONTROLADOR PROCESSO
Variável manipulada Variável controlada
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
1. BEGA, Egidio Alberto. Instrumentação industrial. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Interciência, 2011.
2. ALCIATORE, David G.; HISTAND, Michael B. Introdução à mecatrônica e aos sistemas de medições. Porto Alegre, RS:
McGraw-Hill, 2014, 2014 (recurso online).
3. FIALHO, Arivelto Bustamante. Automação pneumática: projetos, dimensionamento e análise de circuitos. Érica,
2003, 2004, 2008, 2008 (recurso online), 2011 (recurso online).
4. passingnetbosch.com

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
1. STEVAN JÚNIOR, Sergio Luiz; SILVA, Rodrigo Adamshuk. Automação e instrumentação industrial com
Arduino: teoria e projetos. São Paulo, SP: Érica, 2015, 2015 (recurso online).
2. FIGLIOLA, Richard S.; BEASLEY, Donald E. Teoria e projeto para medições mecânicas. Ed. LTC, 2007.
3. GEORGINI, MARCELO. Automação Aplicada: Descrição e implementação de sistemas sequenciais com PLCs.
Ed. Érica, 2003, 2007, 2009 (recurso online).
4. SIGHIERI, Luciano; NISHINARI, Akiyoshi. Controle Automático de Processos Industriais: Instrumentação. Ed.
Edgard Blucher, 1973.
5. DUNN, Willian C. Fundamentos de Instrumentação industrial e controle de processos, São Paulo, SP, Prentice
Hall, 2013.

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