FILOSOFIA Aristóteles desenvolveu uma ética racionalista, isto é, uma orientação baseada na ação racional.
Diferentemente de Platão, contudo, Aristóteles
buscou aproximar as reflexões sobre ética do indivíduo concreto.
Para tanto, Aristóteles partiu de uma pergunta
simples:
O que os seres humanos mais buscam ou desejam?
“E o que entende Aristóteles por felicidade? Para o filósofo, a felicidade não se confunde com o simples prazer, o prazer das sensações ou o prazer proporcionado pela riqueza e pelo conforto material. A felicidade última e maior se encontraria na vida teórica, que promove o que há de mais essencialmente humano: a razão.” Devemos lembrar que na Grécia Antiga, assim como em outros momentos, poucas pessoas podiam dedicar-se integralmente à reflexão teórica.
Para essas pessoas,
Aristóteles defendeu que o hábito, ou seja, a prática constante de ações corretas seria também ético. Agir corretamente, dessa forma, seria a prática das VIRTUDES:
A excelência moral [virtude moral], então, é uma
disposição da alma relacionada com a escolha de ações e emoções, disposição esta consistente num meio-termo determinado pela razão. Trata-se de um estado intermediário, porque nas várias formas de deficiência moral há falta ou excesso do que é conveniente tanto nas emoções quanto nas ações, enquanto a excelência moral encontra e prefere o meio-termo. (p. 42) Também é importante notar que, tanto em Platão como em Aristóteles, a ética estava vinculada à vida política. Aristóteles refere-se mesmo à política como um meio da ética, pois, sendo o ser humano, por natureza, um ser sociopolítico, necessitaria da vida em comum para alcançar a felicidade como plenitude de seu bem-estar.