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Ética em Aristóteles

COTRIM, GILBERTO. FUNDAMENTOS DA


FILOSOFIA
Aristóteles desenvolveu uma ética racionalista, isto
é, uma orientação baseada na ação racional.

Diferentemente de Platão, contudo, Aristóteles


buscou aproximar as reflexões sobre ética do
indivíduo concreto.

Para tanto, Aristóteles partiu de uma pergunta


simples:

O que os seres humanos mais buscam ou desejam?


“E o que entende Aristóteles por felicidade?
Para o filósofo, a felicidade não se confunde
com o simples prazer, o prazer das sensações
ou o prazer proporcionado pela riqueza e
pelo conforto material. A felicidade última e
maior se encontraria na vida teórica, que
promove o que há de mais essencialmente
humano: a razão.”
Devemos lembrar que na
Grécia Antiga, assim como em
outros momentos, poucas
pessoas podiam dedicar-se
integralmente à reflexão
teórica.

Para essas pessoas,


Aristóteles defendeu que o
hábito, ou seja, a prática
constante de ações corretas
seria também ético.
Agir corretamente, dessa forma, seria a
prática das VIRTUDES:

A excelência moral [virtude moral], então, é uma


disposição da alma relacionada com a escolha de
ações e emoções, disposição esta consistente num
meio-termo determinado pela razão. Trata-se de um
estado intermediário, porque nas várias formas de
deficiência moral há falta ou excesso do que é
conveniente tanto nas emoções quanto nas ações,
enquanto a excelência moral encontra e prefere o
meio-termo. (p. 42)
Também é importante notar que, tanto em Platão
como em Aristóteles, a ética estava vinculada à
vida política. Aristóteles refere-se mesmo à
política como um meio da ética, pois, sendo o ser
humano, por natureza, um ser sociopolítico,
necessitaria da vida em comum para alcançar a
felicidade como plenitude de seu bem-estar.

“O homem é um animal
político.”

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