Intima compaixão

Mateus 20:29-34
MOVIDO DE ÍNTIMA COMPAIXÃO
Seja nas parábolas que contava, seja
momentos antes de realizar algum milagre,
uma frase sempre aparece na trajetória de
Jesus, independente de quem conte: “e,
movido de íntima compaixão…”.

³⁴ Então Jesus, movido de íntima compaixão,

tocou-lhes nos olhos, e logo seus olhos viram;
e eles o seguiram.
Mateus 20:34
Compaixão
É a percepção da dor alheia e uma busca por
meios de fazer com que ela acabe, ou pelo
menos diminua. O sentimento por trás disso é
uma identificação com a situação da outra
pessoa, mesmo que você nunca tenha passado
por isso. Temos a capacidade de imaginar,
minimamente, o quão difícil é a situação que
aquela pessoa está passando e como seria se
passássemos por aquilo, e isso te comove e te
incentiva a agir. É isso que chamamos de
empatia.
Infelizmente, empatia não é algo
inerente ao ser humano e precisa
ser desenvolvida, e como qualquer
outra habilidade, ela deve ser
treinada na prática. Pra isso,
devemos olhar pra Jesus.

³³ Não devias tu, igualmente, ter

compaixão do teu companheiro,
como eu também tive misericórdia
de ti?
Mateus 18:21-33
“movido de íntima compaixão”
Jesus tinha autoridade para realizar
milagres e “sinais e maravilhas” faziam
parte da sua missão, mas situações
específicas tocavam o íntimo do coração
dele, aquela situação que te faz “engolir
quadrado”.
João 11:32-35 (Jesus chorou)
Alguém como Cristo, que havia vivido toda sua
existência num reino perfeito, e que, mesmo
tendo passado por poucas e boas durante sua
vida terrena, encontrava algo que moía o
coração dele.

A reação não era espanto, afinal, Ele era

onisciente desde o início de tudo: sabia da
existência de cegos, sabia da existência de
leprosos, sabia da existência de viúvas que
perdiam seus filhos… Tudo era conhecido por
Ele. Mas a emoção ali era compaixão, empatia,
um sentimento que gerava identificação no
próprio Deus encarnado a ponto de movê-lo a
agir.
A missão é nossa
A gente ama um testemunho de alguém
que estava na imundície, no fundo do
poço e se regenerou através do evangelho,
mas cadê a gente pra plantar esse fruto?
Cadê a gente pra ir pregar o evangelho e
entregar uma cesta básica? Nós também
estamos desfalecendo, mas nossa situação
é pior: estamos desfalecendo na fé, no
amor, na compaixão.
A gente clama por um avivamento que
dificilmente virá, e sabe porquê? Porque nossa
motivações são egoístas! Queremos um
avivamento que NOS encha do Espírito, que
NOS traga paz interior, que NOS faça sentir
bem com Deus e consigo mesmo, mas e o
nosso próximo? Ele que dê conta de si
próprio?

Então clame, gaste sua vida clamando por esse

avivamento, gaste todo o seu dinheiro indo a
eventos que prometem esse avivamento, mas
continue endurecendo seu coração para a
necessidade do seu próximo e veja sua vida
inteira passar e o avivamento nunca chegar.
Mateus 25 :31-46
conclusão
Que nossas mãos sejam mãos que socorrem
e abraçam, nunca que estapeiam. Que
nossos pés sejam pés que vão levar socorro,
nunca que dão rasteira. Que nossos joelhos
sejam joelhos com marcas da intercessão
pelo aflito, nunca joelhos que se dobram em
busca de pedras para exercer justiça própria.
Que nossa boca seja instrumento de consolo
e paz, nunca de destruição. Que nosso
coração seja um instrumento de compaixão e
sensibilidade, nunca de desprezo. Que todo
o nosso ser seja movido de íntima
compaixão, como o do nosso Senhor foi. Isso
é o que eu desejo pra mim e pra você.