Você está na página 1de 8

HISTOPLASMOSE

DISCENTE : IGOR CASTRO VILAS BÔAS


DOCENTE: ZILANDA MARTINS
ODONTOLOGIA 2° PERÍODO
A histoplasmose, infecção fúngica sistêmica mais comum nos
Estados Unidos, é ocasionada pelo organismo.Histoplasma
capsulatum. Assim como outros fungos patogênicos, H.
capsulatum é dimórfico, crescendo como uma levedura à
temperatura corporal no hospedeiro humano e como um bolor
em seu ambiente natural. As áreas úmidas com solo enriquecido
por excrementos de pássaros ou morcegos são especialmente
adequadas para o crescimento desse microrganismo. Sua
preferência de hábitat é encontrada endemicamente nos vales
férteis dos rios, como a região drenada pelos rios Ohio e
Mississípi nos Estados Unidos.
Aproximadamente 500.000 novos casos de histoplasmose se desenvolvem anualmente
nos Estados Unidos. Outras partes do mundo, como as Américas Central e do Sul,
Europa e Ásia, também relatam muitos casos. Estudos epidemiológicos em áreas
endêmicas dos Estados Unidos sugerem que 80% a 90% da população nessas regiões
foi infectada. A expressão da doença depende da quantidade de esporos inalados, do
estado imune do hospedeiro e, talvez, da cepa de H. capsulatum. A maioria dos
indivíduos que se expõem ao microrganismo é relativamente saudável e não inalar uma
grande quantidade de esporos; portanto, ou não apresentam sintomas ou têm uma
doença branda parecida com a gripe, por uma a duas semanas. Os anticorpos contra o
organismo normalmente aparecem várias semanas mais tarde. Com esses mecanismos
de defesa, o hospedeiro normalmente é capaz de destruir o organismo invasor, embora
às vezes os macrófagos simplesmente cerquem e confinem o fungo.Os microrganismos
viáveis podem ser reativados anos mais tarde. Desse modo, os pacientes que viviam
em uma área endêmica podem ter adquirido o microrganismo e tardiamente apresentar
a doença em algum outro local geográfico se vierem a ficar imunocomprometidos.
• Fig. 6-18 Histoplasmose. Essa lesão granular ulcerada envolve o vestíbulo labial mandibular e é facilmente
confundida clinicamente com carcinoma
espinocelular. A biopsia estabeleceu o diagnóstico. (Cortesia do Dr. John Werther.)
Fig. 6-19 Histoplasmose. Essa ulceração crônica no ventre e borda lateral da língua representa uma lesão oral da histoplasmose que
se propagou a partir dos pulmões. A lesão se assemelha clinicamente com o carcinoma espinocelular; devido a esse sítio de alto
risco, a biópsia é obrigatória.
Tratamento e Prognóstico
A histoplasmose aguda, por ser um processo autolimitado, geralmente não justifica um
tratamento específico que não seja o cuidado de suporte com agentes analgésicos e
antipiréticos. Muitas vezes, a doença não é tratada porque os sintomas são inespecíficos
e o diagnóstico não é tão evidente. Os pacientes com histoplasmose crônica exigem
tratamento, apesar de ocorrer cura espontânea na metade dos casos. Frequentemente a
lesão pulmonar é progressiva se não for tratada, podendo resultar em morte em até 20%
dos casos. Nos casos graves de histoplasmose crônica, o tratamento preferido é a
administração IV de anfotericina B, que é menos tóxica do que as formulações padrão de
anfotericina B deoxicolato. O itraconazol pode ser utilizado nos pacientes não
imunossuprimidos, uma vez que promove menos efeitos colaterais e é mais barato . mas
essa medicação exige dosagem diária por pelo menos três meses.
Alguma Dúvida ??
Referências bibliográficas
Antonello VS, Zaltron VF, Vial M, et al: Oropharyngeal histoplasmosis: report of eleven cases
and review of the literature, Rev Soc Bras Med Trop 44:26–29, 2011. Couppié P, Clyti E,
Nacher M, et al: Acquired immunodeficiency syndrome-related oral and/or cutaneous
histoplasmosis: a descriptive and comparative study of 21 cases in French Guiana, Int J
Dermatol 41:571–576, 2002. Kauffman CA: Histoplasmosis, Clin Chest Med 30:217–225,
2009. Knox KS, Hage CA: Histoplasmosis, Proc Am Thorac Soc 7:169–172, 2010. Leal-
Alcure M, Di Hipólito-Júnior O, Paes de Almeida O, et al: Oral histoplasmosis in an HIV-
negative patient, Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 101:e33–e36, 2006.
McKinsey DS, McKinsey JP: Pulmonary histoplasmosis, Semin Respir Crit Care Med
32:735–744, 2011.Motta ACF, Galo R, Grupioni-Lourenço A, et al: Unusual orofacial
manifestations of histoplasmosis in renal transplanted patient, Mycopathologia 161:161–165,
2006. Myskowski PL, White MH, Ahkami R: Fungal disease in the immunocompromised host,
Dermatol Clin 15:295–305, 1997. Narayana N, Gifford R, Giannini P, et al: Oral
histoplasmosis: an unusual presentation, Head Neck 31:274–277, 2009.

Você também pode gostar