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Patologia das Estruturas

de Concreto
Universidade de Passo Fundo
Curso de Engenharia Civil

Profa. Adriana Augustin Silveira


aas@upf.br
Introdução

Patologia das Estruturas de Concreto


Nos últimos anos tem crescido o número de estruturas de
concreto armado com manifestações patológicas, como
resultado do envelhecimento precoce das construções
existentes.

28 milhões de dólares em obras de recuperação e reforço


(HELENE, 1987)

Em países desenvolvidos estima-se que 20 a 40%


de todos os recursos investidos anualmente na industria
da construção civil sejam aplicados no reparo e
manutenção de estruturas já existentes.
Principais manifestações em estruturas de CA
Bibliografia
American Railway Engineering Association (1918):

Erros de materiais
Erros de projeto
Erros de execução
Cargas excepcionais e decimbramentos precoces
Alicerces insuficientes
Incêndios
Erros de cálculo Erros de projeto 48%
Erros de detalhamento
Concepção inadequada
Avaliação errada das ações atuantes Erros de construção 42%
Hipóteses de cálculo erradas
Problemas de 8%
manutenção

Qualidade dos materiais


Ações imprevisíveis 2%
Qualidade na execução
Técnicas inadequadas
Falta de fiscalização

Levantamento sobre origem dos acidentes estruturais


(Bélgica, Inglaterra, Alemanha década de 80)
SOUZA e RIPPER, 1998
INSPEÇÃO DA ESTRUTURA DE C.A.
Sintomas típicos em estruturas de C.A

Os pontos críticos (mais sensíveis) da estrutura, assim


como as anomalias mais comuns:

Fissuras
Alinhamentos e verticalidade
Vestígios de corrosão
Estado geral do concreto
Deformações permanentes
Juntas de dilatação
Aparelhos de apoio.
RIPPER E SOUZA, 1998
Cadastramento dos sintomas típicos em
estruturas de C.A
Cadastramento dos sintomas típicos em
estruturas de C.A
Sintomas típicos em estruturas de C.A.
(representação)
Sintomas típicos em estruturas de C.A.
(representação)
MAPEAMENTO deanomalias em estruturas
de C.A.(representação)
Parâmetros geométricos para caracterizar
uma fissura
Instrumentação de controle de uma fissura
Instrumentação de controle
de uma fissura
Instrumentação de controle
de uma fissura
Fissuras típicas em estruturas
de C.A.

Classification of intrinsic cracks- COMITE EUROINTERNATIONAL DU BETON


CEB N.183(1982)
A,B,C- assentamento plástico
D,E,F- retração plástica
G,H – contração térmica primeiras idades
I – movimentação térmica
L,M corrosão
N - RAA
Fissuras típicas em estruturas
de C.A.

CEB N. 183(1982)
Fissuras em CA causas e mecanismo (Boletim 3 ,ALCONPAT, 2013)
Fissuração X durabilidade
Falhas ocorridas no estado plástico
 Por movimentação dos escoramentos ou laterais de
formas

RIPPER e SOUZA, 1998.


Falhas ocorridas no estado plástico
 Assentamento da barra , acompanhando a posição
 Vigas, pilares ou lajes

Barras muito próximas

CEB N. 183.
Falhas ocorridas no estado plástico
(retração plástica)
 Imediatamente após o lançamento do concreto, são
superficiais de 2 a 3mm de 0,5 a 1m, a 45º e mapeado
 CPV, adições, temperaturas altas, água em excesso,
elementos de pequena espessura

CEB N. 183.
Falhas ocorridas no estado plástico
(retração plástica)
 Volumes de água e cimento em h=0 e com a hidratação
em andamento.

h=0 Em hidratação
Cuidado com consumo elevado e
muita água!!!

Retração por secagem – retirada da água adsorvida por variações externas


de temperatura e umidade.
Cuidado com a temperatura,
umidade e
evaporação
rápida de água!!!
Cuidado com pré-carregamento!!!
E com a Fluência: deformação lenta
com o tempo
Falhas ocorridas no estado
endurecido-Movimentação térmica
 Configurações variadas conforme esforço solicitante e
vinculação
Falhas ocorridas no estado
endurecido-Movimentação térmica
 Configurações variadas conforme esforço solicitante e a
vinculação
Falhas ocorridas no estado
endurecido-por falta de armadura,
excesso de deformação, ou carga
 Função do tipo de esforço
 Configurações variadas conforme esforço solicitante

RIPPER e SOUZA, 1998


Falhas ocorridas no estado
endurecido-acompanham o esforço
solicitante

Viga :Flexão simples-


sempre perpendicular a
armadura principal
inclinando em direção
aos apoios

Vínculos de 1ª ordem
Apoio simples
Vínculos de 3ª ordem
Engaste ou apoio fixo
Falhas ocorridas no estado
endurecido

Viga :Flexão simples-


sempre perpendicular a
armadura principal

IBAPE,2003
Falhas ocorridas no estado
endurecido

Viga :Flexão simples-


sempre perpendicular a
armadura principal

IBAPE,2003
Falhas ocorridas no estado
endurecido
Falhas ocorridas no estado
endurecido

Cargas não previstas

Elementos de grandes dimensões

Falta de área de aço

Deformações excessivas
Falhas ocorridas no estado
endurecido

Cargas não previstas

Elementos de grandes dimensões

Falta de área de aço

Deformações excessivas
Falhas ocorridas no estado
endurecido-pilares
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares
Flexão simples-laje em uma
direção e em duas direções

Laje 1 direção

Laje 2 direções (bxc <=2)

Dependem do tipo de vinculação


apoiada ou engastada

IBAPE,2003
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares
 Função do tipo de esforço
 Configurações variadas
 puncionamento

puncionamento
Torção em viga
RIPPER e SOUZA, 1998
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares
 Deficiência de capacidade resistente em lajes, lajes de
pequena espessura
Face superior

Face inferior
RIPPER e SOUZA, 1998
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares
 Deficiência de capacidade resistente em lajes
Face inferior

Face superior
RIPPER e SOUZA, 1998
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares
 Laje armada em duas direções, apoiada, tendência de
levantar os cantos!!!
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares
Devido a MF junto as ligações com as vigas (Nó de Pórtico)
Falhas ocorridas no estado
endurecido-casos particulares

Análise teórico-experimental da influência da força normal em nós de pórtico externos de


concreto armado, Tese de Mestrado em Engenharia de Estruturas (Haach V.G.)
Falhas ocorridas no estado
endurecido-vigas contínuas

Flexão, seção de aço insuficiente


na região do M-

Flexão , seção de aço no M+

Esmagamento por seção insuf.


de armadura de compressão

Cisalhamento por seção insufi.


no cortante

RIPPER e SOUZA, 1998


Limitações de abertura de fissuras
conforme NBR 6118/2007

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