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AVALIAÇÃO E FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR

Julho/2023
RESOLUÇÃO CEE N. 07 , DE 15 DE
DEZEMBRO DE 2006.
Art. 4o
São considerados alunos com necessidades educacionais especiais, decorrentes de
fatores inatos ou adquiridos, de caráter temporário ou permanente, aqueles que
apresentarem:

I – limitações no processo de desenvolvimento e/ou dificuldades acentuadas de


aprendizagem nas atividades curriculares, compreendidas como:
a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;
b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;
c) aquelas decorrentes de síndromes neurológicas, psiquiátricas e de quadros
psicológicos graves;
APRENDIZAGEM
Para Vygotsky não é preciso esperar
determinadas estruturas mentais se
formarem para que a aprendizagem de um
conceito seja possível.
É o ensino que desencadeia a formação de
estruturas mentais necessárias à
aprendizagem.
É preciso, no entanto, não ultrapassar a
capacidade cognitiva do aprendiz quando se
busca criar novas estruturas mentais. Ou
seja, respeitar a ZDP.
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL (ZDP)
A ZDP reflete o caráter bidirecional das relações entre
desenvolvimento e aprendizagem.
Pode ser definida como a diferença entre o nível do que a
pessoa é capaz de fazer com a ajuda de outros (parceiro
mais capaz, pai, mãe, professor, etc) e o nível das tarefas que
pode fazer por si só.
- nível de desenvolvimento real
- nível de desenvolvimento potencial
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
Zona de desenvolvimento proximal (ZDP)
A ZDP tem um caráter dinâmico e complexo. Seus
limites variam de indivíduo para indivíduo em
relação a diferentes âmbitos de desenvolvimento,
tarefas e conteúdos.
IMPLICAÇÕES PARA O
ENSINO
Vygotsky caracteriza a aprendizagem
como um processo que lida com dois
tipos de conceitos:
- conceitos espontâneos adquiridos
no contexto cotidiano a partir de
referentes concretos.
- conceitos científicos adquiridos,
por meio do ensino, pela atribuição
de significados em uma estrutura
conceitual.
IMPLICAÇÕES PARA
O ENSINO
O professor reage às
tentativas do aprendiz,
incentivando, corrigindo,
fazendo novas perguntas e
exigências, em função de sua
percepção do que ele pode ou
não fazer.
O aluno evolui porque
sempre está recebendo novas
informações e desafios, que
exigem que ela vá um pouco
além do que já sabe.
A ZDP deve ser respeitada.
Desenvolvimento da estratégia Adaptação
Curricular

Existem cinco perguntas chaves que a equipe pedagógica e professores devem fazer na
hora de realizar uma adaptação curricular:
FLEXIBILIZAÇÃO /ADAPTAÇÃO CURRICULAR
Flexibilidade curricular, “que surge como nova proposta ao longo dos anos 1990, passa a ser relacionada ao significado prático e instrumental dos conteúdos
básicos, favorecendo uma interpretação de hierarquização do acesso aos conhecimentos a partir das diferenças individuais”
FLEXIBILIZAÇÃO / ADAPTAÇÃO CURRICULAR

LEI Nº 9394/96 - LDBEN

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com


necessidades especiais:

I – Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e


organização específicos, para atender às suas necessidades.
Resolução CNE/CEB 2/2001

Art. 8º. As escolas da rede regular de ensino devem prever


e prover na organização de suas classes comuns:
III – flexibilizações e adaptações curriculares, que considerem o
significado prático e instrumental dos conteúdos básicos,
metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e
processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos
alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em
consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a
frequência obrigatória.
Flexibilização / Adaptação Curricular

O termo “adaptações curriculares”, modificações que


são necessárias realizar em diversos elementos do
currículo básico para adequar as diferentes situações,
grupos e pessoas para as quais se aplica.
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, há uma clara
orientação político-pedagógica para a implementação de
adaptações curriculares de grande porte e de pequeno
porte como respostas educativas do sistema que
favoreceriam a inclusão todos os alunos e, entre eles, os
que apresentam necessidades educacionais especiais.
Flexibilização curricular, “que surge como nova proposta
ao longo dos anos 1990, passa a ser relacionada ao
significado prático e instrumental dos conteúdos básicos,
favorecendo uma interpretação de hierarquização do acesso
aos conhecimentos a partir das diferenças individuais”
Flexibilizar...
• Adequar os objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, o que
implica modificar os objetivos, considerando as condições do
aluno em relação aos colegas da turma;
• Mudar a temporalidade dos objetivos, conteúdos e critérios de
avaliação;
• Mudar a temporalidade das disciplinas do curso, série ou ciclo
ou seja, cursar menos disciplina no ano letivo estendendo o
período de duração do curso, série ou ciclo que frequenta;
• A supressão dos conteúdos e objetivos da programação não
devem causar prejuízos para a escolarização e promoção
acadêmica.
• À alteração nos métodos definidos para o ensino dos
conteúdos curriculares;
• À seleção de um método mais acessível para o aluno;
• À introdução de atividades complementares que requeiram
habilidades diferentes ou a fixação e consolidação de
conhecimentos já ministrados;
• À introdução de atividades prévias que preparam o aluno
para novas aprendizagens;
• À introdução de atividades alternativas;
• À alternação do nível de abstração, oferecendo recursos de
apoio;
• À alternação do nível de complexidade – simplificação da
atividade.
• Utilizar recursos diversificados:
https://www.youtube.com/watch?v=iQtC3xQGzXc
BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de, et al. Ciências no


ensino fundamental: o conhecimento físico. São Paulo:
Scipione, 1998. Introdução Exemplar na consulta.
GASPAR, Alberto. Experiências de ciências: para o
ensino fundamental. São Paulo: Ática, 2003. Introdução
Exemplar na consulta.
MOREIRA, Marco Antônio. Teorias de aprendizagem
São Paulo: EPU, 1999. capítulo 7.
SALVADOR, César Coll et all. Psicologia do ensino.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2000, capítulo 14.

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