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Universidade Federal do Amazonas

Departamento de Métodos e Técnicas - DMT


Disciplina: Planejamento e avaliação do Ensino e Aprendizagem
Docente: Francisco Jacob Paiva da Silva
Discente: Matrícula:
Ana Carolina de Souza Pontes 21554450
Deandre Pereira Lopes 21554733
Heduardo Cabral Monteiro 21555586
Iara Mota de Araújo 21554641
Keila Dayane Assunção Matos 21550544
Raphaella de Alencar Aleixo 21554452
Raquel Maricaua 21555627
Sabrina de Souza e Silva 21554640
Thayane Martins Correa 21554527
Ano: 2017/2 Turma: 2

“Planejamento de ensino e Avaliação”


Cap. 4: Conteúdos

1.Introdução

Os conteúdos de ensino consiste em processo de tomada de decisões, a


partir de análise de informações coletadas ou disponíveis, de forma a racionalizar
uso de meios e recursos para atingir objetivos específicos pré-determinados, em
situação de ensino aprendizagem, controlando a marcha do processo instrucional.
Neste conceito teve-se o cuidado de não especificar a quem compete tomar essas
decisões, porque a responsabilidade é de todos os envolvidos nos propósitos da
instituição educacional como um todo. Em muitos casos, os professores copiam ou
fazem fotocópias do plano do ano anterior e o entregam à secretaria da escola, com
a sensação de mais uma atividade burocrática cumprida.

Na prática docente deve ser concebido, assumido e vivenciado em seu


cotidiano um processo de reflexão. Entretanto, não é qualquer tipo de reflexão que
se pretende e sim algo articulado, crítico e rigoroso; o planejamento do ensino é o
processo de pensar, de forma radical, rigorosa e de conjunto, os problemas da
educação escolar, no processo ensino-aprendizagem. Consequentemente,
planejamento do ensino é algo muito mais amplo e abrange a elaboração, execução
e avaliação de planos de ensino.

O professor ao planejar sua ação junto com seus alunos, deve lembrar
sempre que vários fatores sistematizam vários aspectos. Isso porque o grande
problema que alguns professores encontram em seu planejamento e o conteúdo nos
dias de hoje o conteúdo e visto como uma dinâmica, atingindo a área cognitiva,
afetiva e psicomotora do aluno. Sendo assim vamos ver a partir daqui vários fatores
que sistematizam vários aspectos, encontrando formas de conteúdo, estruturas na
disciplina, na validade, na significação etc.

2. Seleção de Conteúdos

A seleção e conteúdos está ligado, diretamente, a quais conteúdos são


considerados mais importantes e significativos para se trabalhar em uma
determinada realidade, em função dos objetivos propostos. Os educadores devem
estar atentos na escolha desses conteúdos, pois eles precisam ser:
 Os mais significativos dentro do campo de conhecimentos;
 Os que despertam maior interesse nos estudantes;
 Os mais adequados ao nível de maturidade e adiantamento do
aluno;
 Os mais uteis em relação a resoluções que o aluno tenha que
tomar;
 Os que podem ser aprendidos dentro das limitações de tempo e
recursos disponíveis.

Estrutura da disciplina

É um todo harmônico, integrado e coerente para facilitar e simplificar as


explicações que se fazem necessária. Para entendermos melhor a estrutura da
disciplina, precisamos compreender alguns aspectos de estrutura e de disciplina.
Estrutura

A compreensão da estrutura básica de uma disciplina deve ser


incorporada e elaborada pelos próprios alunos em um processo continuo que os leve
a maturidade psicossocial. As autoras destacaram 4 justificativas para essa
compreensão:

 Abrangência de ideias fundamentais torna a disciplina mais


compreensível;
 Colocação da informação dentro de um referencial significativo
torna o conteúdo menos sujeitos ao esquecimento;
 Sistematização das ideias essenciais favorece a adequada
transferência de aprendizagem;
 Relacionamento dos conhecimentos anteriores com as novas
aquisições diminui a distância entre o conhecimento avançado e o
conhecimento elementar.

Além das justificativas, a compreensão da estrutura de uma disciplina


possibilita também alguns aspectos:

 Visão globalizada da mesma;


 Acesso as ideias mais importantes de tal campo do conhecimento;
 Rigorosa sistematização na apresentação das ideias principais;
 Fácil atualização dos conhecimentos;
 Aplicação da aprendizagem em outros campos correlatos.

As autoras ainda vão além, e sustentam que a estrutura de uma disciplina não
deve ser concebida como uma armação rígida, imutável, pelo contrário, ela é
dinâmica, mutável e está constantemente sujeita a:

 Incorporação de novas percepções e descobertas;


 Reformulação de itens, comprovadamente experimentados;
 Supressão de ideias consideradas ultrapassadas pelo avanço do
conhecimento.
Podemos considerar que a estrutura é um sistema de relações.

Disciplina

Quando se pensa no currículo, temos que estabelecer relação entre as


disciplinas e a realidade, partindo da determinação de quais delas podem ser
consideradas essenciais à aprendizagem. A disciplina deve ser compreendida de
forma dinâmica. É composta de estruturas de investigação e compreensão que
surgem no progresso cientifico. A disciplina representa uma resposta à busca de um
conhecimento organizado.

A disciplina quanto a sua natureza

A disciplina é dividida entre “teórica” (estabelece princípios gerais) e “praticas”


(relacionam-se com a aplicação). As disciplinas praticas surgem das disciplinas
teóricas.
A estrutura da disciplina é uma das condições que favorecem a ocorrência da
aprendizagem. Estabelece base para oportunizar ao aluno domínio cognitivo, um
progresso ordenado e proveitoso.
Validade

Quando falamos dos critérios de validades é requerido que os conteúdos


selecionados sejam dignos de confiança e representatividade. É exigido que a
estrutura essencial caracterizada por estes conteúdos seja possível de reflexão, a
partir da utilização da disciplina que faz parte. Portanto, atualização é considerável,
os conteúdos devem estar sempre sujeito a mudança.

Flexibilidade

A flexibilidade está associada as alterações que podem sem realizadas em


relação aos conteúdos que outrora foram selecionados para a realização do
trabalho. Este deve estar sujeito a modificações, adaptações, renovações ou
enriquecimento, com a finalidade de atender às necessidades de cada classe aluno
etc. A flexibilidade é uma amenização das dificuldade e imprevistos que podem
surgir durante o decorrer do trabalho.

Significação

A significação está associada a campo experiencial do aluno. O conteúdo


para os alunos terá algum significado quando desperta o interesse e o leva a
aprofundar o seu conhecimento por sua própria iniciativa. A significação está sempre
associado à realidade do aluno.

Possibilidade de Elaboração Pessoal

Este se refere a como o aluno recebe, assimila e transforma a informação, ou


seja implica a forma intelectual que os alunos devem fazer com o conteúdo
aprendido, relacionando com experiências pessoais. Associar, compreender,
caracterizar etc devem ser oportunizado aos alunos, para que estes integrem
significativamente ao seu cabedal de conhecimentos.

Utilidade

Este critério nos leva a entender o problema do uso posterior do


conhecimento em novas situações, quando os conteúdos forem selecionados, a
utilidade servirá de apoio para harmonizar os conteúdos para o estudo com as
exigências e características do meio em que vivem os alunos.

A adequada seleção de conteúdos nos impõe a cuidados essenciais, que ao


ser observada, favorece o ajustamento dos conteúdos à realidade escolar, assim os
temas que forem selecionados para o trabalho serão significativos, passíveis de
aprofundamento, práticos, correlacionados, interessantes e estarão em função de
objetivos a serem alcançados.

3.Organização sequencial de conteúdos

Uma das características de um bom planejamento é a organização sequencial


dos conteúdos que visa a importância da organização representativa de um
esquema. De acordo com o texto podemos compreender que a principal função da
organização sequencial é a de simplificar o processo de ensino-aprendizado no
menor espaço de tempo. Podemos separa-las por ordenações, vertical e horizontal.
A vertical corresponde a um nível de conhecimento sendo levado a outro maior e a
horizontal que relaciona os diferentes campos do conhecimento.

Estas formas de ordenação devem estar sempre vinculadas a critérios lógicos


e psicológicos. Deve-se entender que a organização sequencial não tem uma forma
única de sistematização, há vários aspectos que podem ser utilizados para a
elaboração da mesma.

A importância da organização sequencial de conteúdos é indiscutível, pois


ainda nos dias de hoje embora tenhamos educadores que acreditam que a
organização do conteúdo se constitui numa só unidade, em que teoria e prática se
fundem, outros procuram redefinir os conteúdos a partir de um determinado ponto de
vista da classe, e existem aqueles que colocam a sistematização do conhecimento a
partir de problemas postos pela prática social. O conceito de saber sistematizado ou
fontes de conteúdo, levando em conta a estrutura lógica da matéria, as condições
psicológicas do aluno para a aprendizagem em questão e as necessidades
socioeconômicas e culturais do contexto em que o aluno estão inserido. E embora
alguns educadores tenham seus próprios métodos para organizar os conteúdos
sequencialmente, é recomendado observar alguns critérios, quais sejam, sequências
coerentes com a estrutura e o objetivo da disciplina, a gradualidade na distribuição
adequada em pequenas etapas considerando a experiência anterior do aluno, e a
continuidade que proporcione a articulação entre os conteúdos.

4. Integração

Podemos considerar a aprendizagem num determinado campo do


conhecimento como o resultado se uma interação entre processos mentais e
elementos cognitivos selecionados sobre a base de certos princípios. O aluno
poderá atingir bom nível de rendimento, quando possuir as compreensões e os
conhecimentos básicos da estrutura da disciplina e um domínio funcional de seus
princípios e generalizações. O tratamento do conteúdo, no planejamento de ensino,
exige, cada vez mais, originalidade, criatividade e imaginação por parte do
professor.
5. Considerações Complementares

No texto são determinados aspectos gerais que evidenciam as linhas


principais a serem observadas dentro da legislação que está em vigor.

Em relação ao currículo, a lei 5692/71 dispõe o seguinte:

Art. 4º Os currículos do ensino de 1º e 2º graus terão um núcleo comum,


obrigatório em âmbito nacional, e uma parte diversificada para atender, conforme
as necessidades e possibilidades concretas, às peculiaridades locais, aos planos
dos estabelecimentos e às diferenças individuais dos alunos.
1º - Observar-se-ão as seguintes prescrições na definição dos conteúdos
curriculares:
I - O Conselho Federal de Educação fixará para cada grau as matérias
relativas ao núcleo comum, definindo lhes os objetivos e a amplitude.
II - Os Conselhos de Educação relacionarão, para os respectivos sistemas
de ensino, as matérias dentre as quais poderá cada estabelecimento escolher as
que devam constituir a parte diversificada.
III - Com aprovação do competente Conselho de Educação, o
estabelecimento poderá incluir estudos não decorrentes de materiais relacionadas
de acordo com o inciso anterior.
Art. 5º As disciplinas, áreas de estudo e atividades que resultem das
matérias fixadas na forma do artigo anterior, com as disposições necessárias ao
seu relacionamento, ordenação e sequência, constituirão para cada grau o
currículo pleno do estabelecimento.
1º - Observadas as normas de cada sistema de ensino, o currículo pleno
terá uma parte de educação geral e outra de formação especial...
O texto coloca em destaque algumas palavras que precisam ser explicadas
com um maior detalhamento, visando aquilo que foi estudado no capitulo, sendo
estas expressões especificadas de acordo com o Conselho Federal de Educação e
retiradas da obra Reforma do Ensino, de Aluízio Boynard.
Primeiramente aparece o Núcleo Comum, que é constituído por matérias
obrigatórias em todo território nacional, visando a Educação Geral. Em seguida é
apresentada a Parte Diversificada, onde há uma relação de matérias fixadas pelos
Conselhos de Educação e cada escola fará suas escolhas de acordo com a
necessidade da comunidade em que está inserida.
A matéria pode ser usada tanto como matéria-prima ou matéria-bruta a ser
enriquecida pelos conselhos estaduais. Cabe à escola transforma-la em conteúdo
didático que deverá ser assimilado e também enriquece-la de forma colaborativa. A
disciplina é responsável por dinamizar a matéria, através de um conjunto de
conteúdos e experiências coordenados com outros conjuntos.
Com relação a área de estudo há uma vinculação com a disciplina, porém se
distinguem pelo fato de que a área de estudo possui um significado mais amplo,
onde existe o aprofundamento de uma mesma disciplina e pode ser ainda a fusão
entre duas ou mais disciplinas. A amplitude da área de estudo depende da matéria
que lhe deu origem e de diversos outros fatores.
É apresentado também a respeito das atividades que são entendidas como
experiências que deveriam ser planejadas, controladas e avaliadas, porém não
assume caráter formal no currículo da escola. Por fim, aparece o currículo pleno:
É o conjunto das áreas de estudo, disciplinas e atividades
ordenadas e coerentes, escolhidas em função de objetivos ligados tanto á
Educação Geral, como a Formação Especial, fatores indispensáveis para
a educação integral da criança e do adolescente. (BOYNARD, Aluízio.
Reforma do Ensino. São Paulo, Livros Irradiantes, 1972).
REFERENCIA

TURRA, Clódia Maria Godoy. et.al. Planejamento de ensino e avaliação. 11


ed. Porto Alegre: editora Sagra Luzzato. 304 pg.

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