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Lê, atentamente, o poema:

Auto-retrato

O´Neill (Alexandre), moreno português,


cabelo asa de corvo; da angústia da cara,
nariguete que sobrepuja de través
a ferida desdenhosa e não cicatrizada.
Se a visagem de tal sujeito é o que vês
(omita-se o olho triste e a testa iluminada)
o retrato moral tem os seus quês
(aqui, uma pequena frase censurada...)
No amor? O amor crê (ou não fosse ele O´Neill!)
e tem a veleidade de o saber fazer
(pois amor não há feito) das maneiras mil
que são a semovente estátua do prazer.
Mas sofre de ternura, bebe demais e ri-se
do que neste soneto sobre si mesmo disse...

Alexandre O´Neill
I - Após a leitura deste poema, responde às seguintes perguntas:

1 – Indica em que pessoa está feito o discurso deste auto-retrato


1.1 – Menciona a razão que, na tua perspectiva, motivou esta opção de escrita, do poeta.
2 – Identifica os interlocutores presentes no poema.
2.1 – Explicita a relação entre eles.

II- Coloca V (verdadeiro) ou F (falso) de acordo com a veracidade ou falsidade das afirma-
ções:

1 – As memórias de um autor apresentam um carácter autobiográfico


2 – O texto diarístico é um texto poético
3 – O diário apresenta a maneira de ver o mundo daquele que o escreve
4 – Na carta formal, percebe-se a relação de amizade entre o emissor e o destinatário
5 – A carta é um meio de comunicação escrita que serve um objectivo informativo
6 – o auto-retrato permite desenvolver o autoconhecimento
7 – O retrato ajuda-nos a compreender a realidade que nos rodeia
8 – As regras da descrição não se aplicam ao retrato

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