Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo A Partir Da Leitura Do Ensaio A Inocência Do Devir
Resumo A Partir Da Leitura Do Ensaio A Inocência Do Devir
MODULAO E RITMO:
Resumo a partir da leitura do ensaio A Inocncia do
Devir, de Silvina Rodrigues Lopes.
Modulao e Ritmo:
Resumo a partir da leitura do ensaio A Inocncia do Devir, de Silvina Rodrigues Lopes.
imanncia, que Silvina Rodrigues Lopes traz superfcie a ideia do devir na obra
helderiana. Espcie de metamorfose o corpo que se transforma no mundo, porque
parte dele, por que ele -, d-se na poesia de Helder, certa simbiose atravs da qual se
percebem jogos de combinao, fuses, negaes, palavras que valem por imagens e
vice-versa, na construo de sentidos incessantemente novos.
Dessa exposio, Silvina nos chama ateno para o fato de que a imagem de
suma importncia para o poeta Escrevi a imagem que era a cicatriz de outra
imagem, diz ele. Ora, a partir desse entregar-se dissecao espontnea, mas nada
ingnua e que exige do leitor certa astcia, da leitura da obra helderiana que se descobre
esse potencial imagtico de sua poesia. Est nela uma capacidade mpar de revelar
imagens no signo dado, escrito e, portanto, escancarado, mas tambm atravs de seus
silncios: signos mudos que saltam atravs da criao de tenses que extrapolam a
natureza semntica, mas que provm de timbre, (...) acentos, (...) intensidades. (p. 60)
Esta relao, j tratada como no sendo paradoxal, mas complementar, pode ser
encarada como uma espcie de generosidade do autor. Ora, para Silvina Lopes a
modulao de imagens no se d de forma definitiva o que possibilitaria a
desmoldagem, a desconstruo, tambm ela definitiva -, mas contnua: modular
moldar de maneira contnua e perpetuamente varivel. (p. 62) Desta forma, portanto, se
admitimos a tal premissa, estaremos sempre diante de uma obra que no carrega o peso
de uma relao unilateral autor/leitor, mas que se apresenta nova a cada contato.
Em suma, entendemos, a partir da leitura do ensaio de Silvina Rodrigues
Lopes, que a poesia helderiana o lugar da invocao do novo, do presente eterno que
no nega a experincia mnemnica - e com isso o passado -, porque dela tambm se
alimenta na criao do que est dado e do que ainda est por vir. Importante
percebermos que estes lugares de alternncia que no so excludentes, mas formam
parte da experincia do dizer sim ao devir. O instante do voo. (p. 105)