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SEGURANÇA PARA

OPERADOR DE
PONTE ROLANTE
versão preliminar

SENAI-RJ • Segurança
SEGURANÇA PARA
OPERADOR DE
PONTE ROLANTE
FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente

Diretoria Corporativa Operacional


Augusto Cesar Franco de Alencar
Diretor

SENAI – Rio de Janeiro


Fernando Sampaio Alves Guimarães
Diretor Regional

Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
SEGURANÇA PARA
OPERADOR DE
PONTE ROLANTE

SENAI-RJ
2004
Segurança para operador de ponte rolante
2004

SENAI – Rio de Janeiro


Diretoria de Educação

FICHA TÉCNICA

Gerência de Educação Profissional Luis Roberto Arruda


Gerência de Produto José Luiz Pedro Barros
Produção Editorial Vera Regina Costa Abreu
Revisão Pedagógica Alda Maria da Glória Lessa Bastos
Revisão Gramatical e Editorial Maria Angela Calvão da Silva
Revisão Técnica Angelino Moreira Lourenço
Avelino Moreira Lourenço
Projeto Gráfico Artae Design & Criação
Diagramação g-dés

Edição revista do material Segurança para operador de ponte rolante,


SENAI-RJ, 2000

Material para fins didáticos.


Propriedade do SENAI-RJ.
Reprodução, total ou parcial, sob expressa autorização.

SENAI-RJ
GEP – Gerência de Educação Profissional

Rua Mariz e Barros, 678 – Tijuca


20270-903 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2587-1116
Fax: (21) 2254-2884
GEP@rj.senai.br
http://www.rj.senai.br
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................11

UMA PALAVRA INICIAL ................................................................13

1 ACIDENTE DO TRABALHO ..........................................................17

Introdução......................................................................................................................... 19

Conceito legal................................................................................................................... 21

Conceito prevencionista ................................................................................................ 21

Causas dos acidentes ...................................................................................................... 22

Conseqüências dos acidentes do trabalho................................................................. 23

2 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E

MANUSEIO DE MATERIAIS...........................................................29

3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL ..35

4 EQUIPAMENTOS DE LINGAR ........................................................45

Principais tipos de acessórios ....................................................................................... 47

Preparação de lingas........................................................................................................ 62
5 GUINDASTE E PONTE ROLANTE ...............................................67

Guindaste com lança....................................................................................................... 69

Mão francesa..................................................................................................................... 70

Guindaste de pórtico...................................................................................................... 70

Guindaste em “cabeça de martelo”............................................................................. 71

Automotivo....................................................................................................................... 72

Ponte rolante.................................................................................................................... 72
Prezado aluno,

Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse momento
em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional do país: o SENAI. Há
mais de sessenta anos, estamos construindo uma história de educação voltada para o desenvolvimento
tecnológico da indústria brasileira e da formação profissional de jovens e adultos.

Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar com uma
visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio do conteúdo
técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir com autonomia, proatividade, capa-
cidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e propostas de mudanças no processo
do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de papéis flexíveis e polivalentes, assim como
para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe e o comprometimento com os resultados.

Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias exigirá de você
a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a necessidade de uma
formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e instrumentos essenciais à auto-
aprendizagem.

Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação se
organizem de forma flexível e ágil, motivos esses que levaram o SENAI a criar uma estrutura educa-
cional, com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo uma formação
flexível e modularizada.

Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade à sua
educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária ao seu desenvolvi-
mento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação dessa escola do
SENAI para orientá-lo em seu trajeto.

Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.

Seja bem-vindo!

Andréa Marinho de Souza Franco


Diretora de Educação
Operador de Ponte Rolante – Apresentação

Apresentação
A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização constante.
Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo
desafios renovados a cada dia, e tendo como conseqüência para a educação a necessidade de
encontrar novas e rápidas respostas.

Nesse cenário, impõe-se a educação continuada, exigindo que os profissionais busquem


atualização constante durante toda a sua vida - e os docentes e alunos do SENAI/RJ incluem-se
nessas novas demandas sociais.

É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação profissional,
as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e aprender, favorecendo
o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros aspectos, ampliando suas
possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.

Seguindo essa linha de pensamento, o SENAI-RJ organizou o Curso Segurança para Operador de
Ponte Rolante, destinado aos profissionais que desejam realizar suas tarefas de forma mais segura,
responsável e, por conseguinte, com maior competência.

Para realizar o Curso, você terá à sua disposição, além de professores especializados em Segurança
do Trabalho, este material didático, que tem a função de orientar sua aprendizagem, ou seja, ser um
guia para os estudos.

Nele, você vai encontrar seis temas: Acidente do Trabalho; Transporte; Movimentação;
Armazenagem e Manuseio de Materiais; Equipamentos de Proteção Coletiva; Equipamentos de
Proteção Individual; Equipamentos de Lingar; Guindaste e Ponte Rolante. Todos eles são importantes
para a sua formação profissional.

Portanto, a leitura atenta desse conteúdo vai ser bastante útil para que você possa participar, com
mais facilidade, das discussões em sala de aula, e também, organizar os conhecimentos adquiridos.

Finalmente, manifestamos nosso desejo para que tenha êxito em seu estudos e sucesso
profissional.

SENAI-RJ – 11
Operador de Ponte Rolante – Uma Palavra Inicial

Uma palavra inicial


Meio ambiente...

Saúde e segurança no trabalho...

O que é que nós temos a ver com isso?

Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a relação entre
o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no trabalho.

As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e serviços


necessários, e dão acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades, precisam usar
recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente decorrem do tipo de
indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como produz.

É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos sempre
retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de volta ao
ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produzir bens, altera-se
o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos naturais que não são
renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela velocidade da extração, superior
à capacidade da natureza para se recompor. É necessário fazer planos de curto e longo prazo, para
diminuir os impactos que o processo produtivo causa na natureza. Além disso, as indústrias precisam
se preocupar com a recomposição da paisagem e ter em mente a saúde dos seus trabalhadores e da
população que vive ao redor dessas indústrias.

Com o crescimento da industrialização e a sua concentração em determinadas áreas, o problema


da poluição aumentou e se intensificou. A questão da poluição do ar e da água é bastante complexa,
pois as emissões poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande região, dependendo dos
ventos, do curso da água e das demais condições ambientais, tornando difícil localizar, com precisão,
a origem do problema. No entanto, é importante repetir que, quando as indústrias depositam no
solo os resíduos, quando lançam efluentes sem tratamento em rios, lagoas e demais corpos hídricos,
causam danos ao meio ambiente.

O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a falha
básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas através de
processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos. Fabricam-se produtos

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Operador de Ponte Rolante – Uma Palavra Inicial

de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos aterros. Produzir, consumir
e dispensar bens desta forma, obviamente, não é sustentável.

Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”) são
absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indústrias não tem
aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode até ser fatal. O meio
ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transformá-los. Mas, da mesma forma que a Terra
possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis, sua capacidade de receber resíduos
também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos praticamente não existe.

Ganha força, atualmente, a idéia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que
considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isto quer dizer que se
devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo processos que reduzam o uso de
matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.

Cada indústria tem suas próprias características. Mas já sabemos que a conservação de recursos
é importante. Deve haver crescente preocupação com a qualidade, durabilidade, possibilidade
de conserto e vida útil dos produtos.

As empresas precisam não só continuar reduzindo a poluição como também buscar novas formas
de economizar energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-primas.
Reciclar e conservar energia são atitudes essenciais no mundo contemporâneo.

É difícil ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta desafios
diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o futuro, nós (o
público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alternativas são mais desejáveis
e trabalhar com elas.

Infelizmente, tanto os indivíduos quanto as instituições só mudarão as suas práticas quando


acreditarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios - sejam estes financeiros, para
sua reputação ou para sua segurança.

A mudança nos hábitos não é uma coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha de
pessoas bem-informadas a favor de bens e serviços sustentáveis. A tarefa é criar condições
que melhorem a capacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem de bens e serviços
de forma sustentável.

Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana provocados
pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos produtivos alguns riscos
à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, acidente do trabalho é uma questão que preocupa os
empregadores, empregados e governantes, e as conseqüências acabam afetando a todos.

De um lado, é necessário que os trabalhadores adotem um comportamento seguro no trabalho,


usando os equipamentos de proteção individual e coletiva, de outro, cabe aos empregadores prover
a empresa com esses equipamentos, orientar quanto ao seu uso, fiscalizar as condições da cadeia
produtiva e a adequação dos equipamentos de proteção.

A redução do número de acidentes só será possível à medida que cada um - trabalhador,

14 – SENAI-RJ
Operador de Ponte Rolante – Uma Palavra Inicial

patrão e governo - assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, capazes de resguardar


a segurança de todos.

Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio, e, portanto,
é necessário analisá-lo em sua especificidade, para determinar seu impacto sobre o meio ambiente,
sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhadores, propondo alternativas
que possam levar à melhoria de condições de vida para todos.

Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países, empresas
e indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm desenvolvendo ações
que contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde. Mas, isso ainda não
é suficiente... faz-se preciso ampliar tais ações, e a educação é um valioso recurso que pode e
deve ser usado em tal direção.

Assim, iniciamos este material conversando com você sobre o meio ambiente, saúde e segurança
no trabalho, lembrando que, no seu exercício profissional diário, você deve agir de forma harmoniosa
com o ambiente, zelando também pela segurança e saúde de todos no trabalho.

Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, a saúde e a segurança no
trabalho - o que é que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é
responsável. Vamos fazer a nossa parte?

SENAI-RJ – 15
Acidente do trabalho
Nesta seção...

Introdução

Conceito legal

Conceito prevencionista
Causas dos acidentes

Conseqüências dos acidentes do trabalho

1
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Acidente do Trabalho

Introdução
Um operador cuidadoso é o melhor seguro contra um acidente.
A observância completa de uma simples regra evitaria um grande
número de acidentes que ocorrem constantemente.

Nenhuma peça pode ser mais importante do que o operador da máquina, pois é ele quem consegue
tirar o máximo de produção de qualquer equipamento, através de sua prática e habilidade. Movimen-
tos suaves e bem planejados, por exemplo, facilitam o trabalho e mantêm a máquina em melhores
condições de operação. O cuidado e a lubrificação com que você, operador, tratar a máquina todos
os dias, determinarão não somente a eficiência com que ela irá trabalhar, como também a garantia de
sua própria segurança.

As instruções que constam deste material didático foram preparadas para servirem de guia simples
e compreensíveis para seu estudo. Leia-as cuidadosamente e certifique-se de tê-las compreendido
muito bem, antes de iniciar a operação ou a manutenção da máquina.

A maioria dos acidentes, sejam eles no campo, no lar ou na estrada, é causada pelo simples fato
de que alguém não seguiu regras simples e fundamentais de segurança.

Por essa razão, eles podem ser evitados, determinando-se a causa real e tomando alguma providência
antes que venham a ocorrer. Mas, é importante lembrar também que, independentemente dos cuidados
tomados tanto no projeto, quanto na construção de qualquer tipo de equipamento, há certas condições
que não podem ser previstas. Felizmente, o imprevisto não acontece todo dia.

Ainda assim, o melhor mesmo é se manter alerta e sempre prevenido, adotando, no dia-a-dia, as
medidas de segurança recomendadas para executar cada uma de suas tarefas.

SENAI-RJ – 19
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Acidente do Trabalho

Acidente do trabalho
Riscos, situações de perigo andam sempre por aí, acompanhando nossos passos no trabalho, em
casa ou em qualquer outra parte. Mas, quando ocorre um acidente, justificá-lo como fruto do acaso
parece ser uma explicação muito simples. Conforme vimos anteriormente, o motivo real da maioria
dos acidentes se encontra nas próprias vítimas, à medida que deixam de evitar certas situações
arriscadas, seja consciente, seja inconscientemente.

Portanto, ter responsabilidade e consciência dos riscos decorrentes de sua atividade profissional
são atitudes que devem estar sempre presentes na rotina do operador de máquina. E por esse motivo,
nosso estudo vai se iniciar a partir das seguintes questões: o que se entende por acidente de trabalho,
suas principais causas e conseqüências, segundo a visão dos especialistas em Higiene e Segurança
no Trabalho, e também de acordo com a legislação em vigor no país.

Conceito legal
Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo
exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporária (Lei
8.213 - Decreto nº 611, de 21/7/92 - Art. 139).

Conceito prevencionista
É todo fato inesperado, não planejado, que possa ou não resultar em lesão, danos materiais,
ou ambos.

EXEMPLO: Queda de empilhamento defeituoso, sem vítimas.

Fique alerta!

Todo e qualquer acidente deve ser cuidadosamente analisado, para que suas causas
possam ser reconhecidas e eliminadas. Somente assim é possível evitar que o fato se repita,
com ou sem vítima.

SENAI-RJ – 21
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Acidente do Trabalho

Causas dos acidentes


São os motivos, as situações, os comportamentos e as ações geradoras de acidentes.

As estatísticas levantadas, na maioria das empresas de todo o país, demonstram que os acidentes
ocorrem nessa seqüência de causas:

• falha humana;

• falha ambiente;

• elementos da natureza ou situações especiais.

Em segurança do trabalho, as causas acima são denominadas tecnicamente.

Acidentes
Causas Conseqüências

falha humana = ato inseguro perda de tempo

falha ambiental = condição insegura lesão

elemento da natureza ou situação especial = imprevisto dano material

Vejamos o que significa cada uma dessas causa técnicas.

Ato inseguro
É toda maneira incorreta de se trabalhar ou agir que possa provocar um acidente.

Condição insegura
É toda falha encontrada no ambiente de trabalho, ou nas próprias máquinas e equipamentos, que
possa favorecer a ocorrência de um acidente.

Imprevisto
É a situação inesperada, não programada, que foge ao controle do ser humano.

22 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Acidente do Trabalho

Fique alerta!

Todos esses conceitos criados pelos especialistas são de grande valor para os trabalhadores,
porque visam à sua segurança. Quem deles fizer uso, certamente vai poder se prevenir melhor
contra acidentes e manter sua qualidade de vida, quer no trabalho, quer no grupo familiar e,
até mesmo, nas horas de lazer.

Conseqüências do acidente do trabalho


Quem sai perdendo por não adotar atitudes prevencionistas? você já parou para pensar sobre o
assunto? Então, reflita sobre os itens seguintes.

Prejuízos para o trabalhador

Fig. 1 – Sofrimento físico

Fig. 2 – Morte

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Segurança para Operador de Ponte Rolante – Acidente do Trabalho

Fig. 3 – Incapacidade para o trabalho

Fig. 4 – Desamparo da família

Prejuízos para as empresas


Gastos com os primeiros socorros e transporte do acidentado.

Fig. 5

24 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Acidente do Trabalho

Tempo perdido por outros empregados que socorrem o acidentado, ou param de trabalhar
para comentar o ocorrido.

Fig. 6

Danificação ou perda de máquinas, ferramentas e matérias-primas.

Fig. 7

Paralisação da máquina em que trabalhava o acidentado até ser admitido um substituto.

Fig. 8

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Segurança para Operador de Ponte Rolante – Acidente do Trabalho

Atraso na entrega dos produtos e conseqüente descontentamento da freguesia.

Fig. 9

Dificuldades com as autoridades e má fama para a empresa.

Fig. 10

26 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Acidente do Trabalho

Prejuízos para o país.

perda temporária ou
permanente de elemento
produtivo

mais dependentes da
coletividade

contribuição para
o aumento de
impostos, custo de
vida e taxa de
seguros

Fig. 11

SENAI-RJ – 27
Transporte,
movimentação,
armazenagem e
manuseio de materiais

2
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

Transporte, movimentação, arma-


zenagem e manuseio de
materiais
A realização dessas atividades implica riscos para você, e para todos os operadores de ponte
rolante. Por isso, é importante conhecer e pôr em prática as normas de segurança recomendadas
pelos especialistas, obedecer à risca as determinações do Ministério do Trabalho e Emprego -
TEM, em especial a Norma Regulamentadora - NR-11, Portaria nº 3.214, que será apresentada
logo a seguir.

Antes, é importante lembrar que a Constituição Brasileira determina que as empresas efetuem a
redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança, a fim
de preservar a integridade física e emocional de seus funcionários. Para fazer cumprir essa ordem
constitucional, cabe ao TEM, através da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho - SSMT
e das Delegacias Regionais do Trabalho - DRT estabelecer normas de segurança e Medicina do
Trabalho, fiscalizar seu cumprimento e aplicar as penalidades cabíveis aos infratores.
normas de segurança – são prin-
cípios técnicos e científicos, baseados
em experiências anteriores, que se
propõem a orientar os trabalha-
dores para prevenir acidentes.

Assim diz a lei...


Norma regulamentadora nº 11, da Portaria nº 3.214 do TEM, de 8/6/78
11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores, industriais
e máquinas transportadoras.

11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados ,solidamente, em toda a sua
altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos.

11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar
protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes.

11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores,


elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos,
esteiras rolantes, transportadoras de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira

SENAI-RJ – 31
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança, e conservados em perfeitas


condições de trabalho.

11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que
deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.

11.1.3.2. Em todo equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho
permitida.

11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exibidas condições


especiais de segurança.

11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos.

11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber um
treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.

11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e


só poderão dirigir se, durante o horário de trabalho, portarem um cartão de identificação, com o
nome e a fotografia, em lugar visível.

11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto e para a revalidação. O
empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador.

11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal sonoro de advertência


(buzina).

11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças


defeituosas, ou que apresentarem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.

11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos por máquinas
transportadoras deverá ser controlada, para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima
dos limites permissíveis.

11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação é proibida a utilização de máquinas transportadoras,


movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores
adequados.

11.2. Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.

11.2.1. Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação, a expressão “transporte


manual de sacos” toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte
manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador,
compreendendo também o levantamento e sua deposição.

11.2.2. Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte
manual de um saco.

11.2.2.1. Além do limite nesta norma, o transporte de carga deverá ser realizado mediante
impulsão de vagonetes, carros, carretas, carros de mão apropriados ou qualquer tipo de tração
mecanizada.

32 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

11.2.3. É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores de
1,00 m (um metro) ou mais de extensão.

11.2.3.1. As pranchas de que trata o item 11.2.3. deverão ter a largura mínima de 50m
(cinqüenta metros).

11.2.4. Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador


terá o auxílio de um ajudante.

11.2.5. As pilhas de sacos, nos armazéns, terão a altura máxima correspondem a 30 (trinta) fiadas
de sacos, quando for usado processo mecanizado de empilhamento.

11.2.6. A altura máxima das pilhas de sacos será correspondente a 20 (vinte) fiadas, quando for
usado processo manual de empilhamento.

11.2.7. No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras rolantes,


dalas ou empilhadeiras.

11.2.8. Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual,
mediante a utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:

a) lance único de degraus com acesso a um patamar final;

b) a largura mínima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de


1,00m x 1,00m (um metro por um metro) e a altura máxima em relação ao solo de 2,25m (dois
metros e vinte e cinco centímetros);

c) deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho de degraus, não podendo
o espelho ter altura superior a 0,15m (quinze centímetros, nem o piso largura inferior a 0,25m
(vinte e cinco centímetros);

d) deverá ser reforçada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira
que assegure sua estabilidade;

e) deverá possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro)


em toda a extensão;

f) perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que


apresente qualquer defeito.

11.2.9. O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza,
utilizando-se, de preferência, o mastique asfáltico, e mantido em perfeito estado de conservação.

11.2.10. Deve ser evitado o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados.

11.2.11. A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga
de sacaria.

11.3. Armazenamento de materiais

11.3.1. O peso do material armazenado não poderá exceder à capacidade de carga calculada
para o piso.

SENAI-RJ – 33
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas,
equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc.

11.3.3. O material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma
distância de pelo menos 50cm (cinqüenta centímetros).

11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, o acesso às


saídas de emergência.

11.3.5. O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada


tipo de material.

Observação

Art. 198, da CLT - É de 60kg o peso máximo que um empregado pode remover individualmente,
ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.

Art. 390, da CLT - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande
o emprego de força muscular superior a 20kg, para o trabalho contínuo, ou de 25kg, para o
trabalho ocasional.

34 – SENAI-RJ
Equipamentos de
proteção coletiva
e individual

Nesta seção...

Equipamentos de proteção coletiva

Equipamentos de proteção individual

3
Segurança para Operador de Ponte Rolante – EPC e EPI

Equipamentos de proteção
coletiva (EPC)
São equipamentos instalados nos locais ou postos de trabalho, para dar proteção a todos que
ali executam suas tarefas.

Sempre que for possível, devemos eliminar ou controlar o risco de acidentes na fonte,
usando EPC.

Alguns exemplos de EPC são: exaustores, ventiladores, barreira de proteção contra luminosidade
(solda) e radiação, sprinklers (chuveiros automáticos), mangueiras e hidrantes, guarda-copo,
extintores, protetores de máquinas.

Além da importância das proteções mecânicas, o campo prevencionista tem-se expandido


bastante. Atualmente, já existe grande preocupação em proteger todos os locais de trabalho, mediante
o melhoramento do nível de iluminação, do manuseio e do armazenamento de materiais, e de
outros fatores que contribuem para melhor produtividade industrial, em lugar onde os trabalhos
possam ser realizados mais seguramente.

Equipamentos de proteção
individual (EPI)
São equipamentos de uso pessoal, cuja finalidade é proteger o trabalhador, ou seja, atenuar ou
evitar lesões durante a realização de suas tarefas.

Conheça, a seguir, as principais circunstâncias em que são usados os EPI.

a) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.

b) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis de serem


implantadas, ou não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou
doenças profissionais, ou doenças do trabalho.

c) Para atendimento a situações de emergência e/ou de campo.

SENAI-RJ – 37
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Proteção Individual - EPI

Fique alerta!

É importante lembrar que o EPI é de uso pessoal (não deve ser emprestado) e é o último
recurso de que se deve lançar mão, ou seja, quando não for possível eliminar ou controlar o
risco na fonte, utilizando EPC.

A relação abaixo contém as funções de vários EPI, que devem estar à disposição dos empregados,
em seus locais de trabalho. Leia, com atenção, e identifique quais equipamentos apresentam
perfil mais adequado à natureza das tarefas que você, operador de ponte rolante, deve executar
com a segurança necessária.
• Proteção do couro cabeludo: bonés, gorros, redes, chapéus.
• Proteção do crânio: capacetes (aba inteira e aba frontal).
• Proteção facial: protetor facial, elmo, escudos.
• Proteção visual: óculos de segurança (óculos de proteção com lentes filtrantes e/ou à prova
de impactos).
• Proteção respiratória: respiradores com filtros mecânicos (algodão) e filtros químicos (carvão
ativado), equipamentos com fornecimento de ar em forma de cilindros (com oxigênio ou ar
comprimido), ou por meio de compressores e, ainda, máscaras com filtros purificadores de ar.
• Proteção auditiva: abafadores de ruído (protetores auriculares, tipo inserção e tipo chapa).

• Proteção do tronco: aventais, capas, macacões, jalecos.

• Proteção dos membros superiores: luvas, mangas, braçadeiras, dedais, dedeiras, munhequeiras,
pomadas, cremes.

• Proteção dos membros inferiores: perneiras (polainas), sapatos de couro, com ou sem biqueiras
de aço, botas com ou sem biqueiras de aço, chancas, botas de PVC.

• Proteção contra quedas: cinturões com talabarte, cinturões com corda (suspensórios).

• Proteção contra temperaturas extremas: calor (altas) - roupas completas de amianto aluminizado,
ou fibra de vidro aluminizada, ou de kevelon. Frio (baixas) - roupa completa de tecido forrado com
lã, ou conjunto de japona e calça de nylon.

Ainda no que diz respeito aos EPI, sua comercialização e uso, há exigências legais a serem
cumpridas pelos fabricantes, pelos empregadores e, também pelos empregados. É importante
conhecê-las pois, somente assim, você poderá, por um lado, exigir seus direitos e, por outro, cumprir
seus deveres de forma consciente e responsável.

38 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Proteção Individual - EPI

Assim diz a lei...


NR.6 - Equipamento de proteção individual
6.1. Para fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de
Proteção Individual - EPI - todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1. Entende-se como Equipamento conjugado de Proteção Individual todo aquele composto por
vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer
simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.2. O Equipamento de Proteção Individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá


ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério
do Trabalho e Emprego.

6.3. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e

c) para entender as situações de emergência.

6.4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observando o disposto no


item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o
disposto no Anexo I desta NR.

6.4.1. As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no Anexo I, desta NR,
sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão
ser avaliados por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão
do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.

6.5. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho - SESMT, ou à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas
desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente
em determinada atividade.

6.5.1. Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientação de
profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador.

6.6. Cabe ao empregador:

a) adquirir o adequado EPI ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

SENAI-RJ – 39
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Proteção Individual - EPI

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria


de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre seu uso adequado, guarda e conservação;

e) substituí-lo imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica e

g) comunicar ao TEM qualquer irregularidade observada.

6.7. Cabe ao empregado:

a) usar EPI apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.8. Cabe ao fabricante nacional e ao importador:

a) cadastrar-se, segundo o Anexo II, junto ao órgão nacional competente em matéria de


segurança e saúde no trabalho;

b) solicitar a emissão do CA, conforme o Anexo II;

c) solicitar a renovação do CA conforme o Anexo II, quando vencido o prazo de validade estipulado
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;

d) requerer novo CA, de acordo com o Anexo II, quando houver alteração das especificações
do equipamento aprovado;

e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado


de Aprovação - CA;

f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI com CA;

g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho


quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;

h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização,
manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;

i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação e

j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do Sinmetro, quando for o caso.

6.9. Certificado de Aprovação - CA.

6.9.1. Para fins de comercialização, o CA concedido aos EPI terá validade:

40 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Proteção Individual - EPI

a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua
conformidade avaliada no âmbito do Sinmetro;

b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do Sinmetro, quando for o caso;

c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação deste Norma, quando não
existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório
capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e
análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação, podendo ser
renovado até 2006, quando se expirarão os prazos concedidos; e

d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a data da
publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente
reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em que os EPI serão
aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante
apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de
fabricação.

6.9.2. O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando


necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no
subitem 6.9.1.

6.9.3. Todo o EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis o nome comercial da
empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome
do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

6.9.3.1. Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3., o órgão nacional competente


em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser
proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

6.10. Restauração, lavagem e higienização do EPI

6.10.1. Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidos pela comissão
tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1., desta NR, devendo manter as características
de proteção original.

6.11. Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego/TEM.

6.11.1. Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:

a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;

c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;

d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

e) fiscalizar a qualidade do EPI;

SENAI-RJ – 41
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Proteção Individual - EPI

f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora e

g) cancelar o CA.

6.11.1.1. Sempre que julgar necessário, o órgão nacional competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o
número de referência, além de outros requisitos.

6.11.2. Cabe ao órgão regional do MTE:

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI e

c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento


desta NR.

6.11.1.1. Sempre que julgar necessário, o órgão nacional competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o
número de referência, além de outros requisitos.

6.11.2. Cabe ao órgão regional do TEM

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI; e

c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento


desta NR.

6.12. Fiscalização para verificação do cumprimento das exigências legais relativas ao EPI

6.12.1. Por ocasião da fiscalização, poderão ser recolhidas amostras de EPI, no fabricante ou
importador e seus distribuidores ou revendedores, ou, ainda, junto à empresa utilizadora, em número
mínimo a ser estabelecido nas normas técnicas de ensaio, as quais serão encaminhadas, mediante
ofício da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, a um
laboratório credenciado junto ao MTE ou ao Sinmetro, capaz de realizar os respectivos laudos de
ensaios, ensejando comunicação posterior ao órgão nacional competente.

6.12.2. O laboratório credenciado junto ao MTE ou ao Sinmetro deverá elaborar laudo técnico,
no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento das amostras, ressalvando os casos em que
o laboratório justificar a necessidade de dilatação deste prazo, e encaminhá-lo ao órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, ficando reservado à parte interessada
acompanhar a realização dos ensaios.

6.12.2.1. Se o laudo de ensaio concluir que o EPI analisado não atende aos requisitos mínimos
especificados em normas técnicas, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde
no trabalho expedirá ato suspendendo a comercialização e a utilização do lote do equipamento
referenciado, publicando a decisão no Diário Oficial da União - DOU.

42 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Proteção Individual - EPI

6.12.2.2. A Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, quando julgar necessário, poderá requisitar,
para analisar, outros lotes do EPI, antes de proferir a decisão final.

6.12.2.3. Após a suspensão de que trata o subitem 6.12.2.1., a empresa terá o prazo de 10
(dez) dias para apresentar defesa escrita ao órgão nacional competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho.

6.12.2.4. Esgotado o prazo de apresentação de defesa escrita, a autoridade competente do


Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST - analisará o processo e proferirá sua
decisão, publicando-a no DOU.

6.12.2.5. Da decisão da autoridade responsável pelo DSST caberá recurso, em última instância,
ao Secretário de Inspeção do Trabalho no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data da publicação
da decisão recorrida.

6.12.2.6. Mantida a decisão recorrida, o Secretário de Inspeção do Trabalho poderá determinar


o recolhimento do (s) lote (s), com a conseqüente proibição de sua comercialização ou ainda
o cancelamento do CA.

6.12.3. Nos casos de reincidência de cancelamento do CA, ficará a critério da autoridade


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a decisão pela concessão, ou não,
de um novo CA.

6.12.4. As demais situações em que ocorra suspeição de irregularidade, ensejarão comunicação


imediata às empresas fabricantes ou importadoras, podendo a autoridade competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho suspender a validade dos Certificados de Aprovação de EPI emitidos
em favor das mesmas, adotando as providências cabíveis.

Observação

Quando o empregado deixa de cumprir quaisquer de suas obrigações legais, ele está colocando
em risco a própria vida e também a dos colegas. Nesse caso, poderá até mesmo ser despedido do
emprego, por indisciplina, conforme determina a legislação em vigor na país.

SENAI-RJ – 43
Equipamentos de lingar
Nesta seção...

Principais tipos de acessórios

Preparação de lingas

4
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Equipamentos de lingar
O uso de equipamentos de lingar é muito comum em todos os dispositivos de levantar pesos
com carga superior à capacidade do homem.
lingar – levantar com linga, aparelho feito de
varão de ferro, corrente, ou cabo, com que se
prendem objetos pesados que se quer içar ou arriar.

Você já sabe como preparar uma lingada para levantar um peso? Bem, as lingadas podem ser feitas
de várias maneiras. Mas, antes de prepará-las, é preciso saber o tipo de material a ser transportado,
para depois fazer escolha do acessório adequado.

Principais tipos de acessórios


Fique alerta!

Existe uma variedade enorme de acessórios e cada qual tem funções específicas. Mas todos
eles apresentam um ponto em comum: devem ser inspecionados cuidadosamente, em intervalos
regulares. Além disso, é essencial que você conheça muito bem a finalidade de cada acessório,
bem como suas limitações.

Lembre-se de que a sua segurança depende desse tipo de atitude cuidadosa e responsável.

Os acessórios mais usuais são:


• ganchos ou gatos de vários tipos;
• grampos;
• cabos de aço;
• cordas;
• correntes;
• talhas;
• manilhas;
• balança;
• eletroímã.

SENAI-RJ – 47
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Conheça, a seguir, as principais características e função desses acessórios.

Gancho de segurança
Deve ser sempre carregado no bojo, nunca na extremidade. Ele contém uma mola que permite
a entrada da alça ou anel da carga, que se fecha de tal maneira, não permitindo que a carga escape
acidentalmente, conforme indica a seta, na figura 1.

Fig. 1

Gancho corrediço com sapatilha


Este tipo de gancho oferece segurança absoluta. Você poderá utilizá-lo para levantar e transportar
peças sem suportes de fixação ou de apoio, tais como tubos, vigas, eixos, rodas, engrenagens.
Permite maior rapidez na confecção das laçadas, principalmente nas do tipo “forca”, conforme
será apresentado na seção seguinte.

Faça assim...
• Modo de laçar

Solte as sapatilhas dos laços (fig. 2).

Faça duas laçadas em volta da peça (fig. 3).

Em seguida, faça o engate das sapatilhas com os laços (fig. 4).

48 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4

Gancho giratório
Este tipo de gancho garante máxima segurança. Você poderá usá-lo para levantar, girar, transportar
e alinhar peças. É de fácil manejo para engate em partes fixas de transformadores, máquinas,
motores e carga em geral.

Para o uso deste acessório, é necessário a colocação de manilha, anel, olhal, argola, estropo de
aço, corda de cânhamo, nylon ou corrente.
estropo – dispositivo de cabo,
corrente ou lona com que se
envolve um peso para içá-lo.

manilha anel argola estropo de aço corrente

Fig. 5

SENAI-RJ – 49
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Cabos de aço (estropo)


Você encontrará cabos de aço de vários tipos e dimensões, como os apresentados abaixo.

Fig. 6

Fig. 7

Eles são usados para muitas operações industriais e, principalmente, para fazer manobra
de peso.

Na indústria , você vai observar que existe maior número de cabos de aço. Veja as razões:

• maior resistência em comparação a outros tipos de estropo;

• resistência constante quando seco ou molhado, nos trabalhos na chuva;

• comprimento constante sob qualquer condição;

• maior durabilidade.

Para garantir uma segura condição de trabalho com esses equipamentos, é necessário saber detalhes
de sua construção, ou seja, a capacidade do cabo de aço, seu tipo e dimensão.

Os cabos mais comuns que você encontrará na indústria possuem entre seis e oito pernas, dispostas
ao redor do núcleo (alma), para formar o cabo complemento, e cada perna possui fios.

alma alma

fios fios

Fig. 8 Fig. 9

50 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

alma arame
arame
central

perna

cabo de
aço

Fig. 10 Fig. 11

Várias são as maneiras de utilização do cabo de aço para fazer uma manobra de peso. Vejamos,
a seguir.

Você pode fazê-lo contornar a peça, formando laçadas (lingas), conforme os desenhos apresentados
nas figuras 10 e 11, ou ainda usar acessórios a ele acoplados, que facilitarão a sua escolha, de acordo
com o tipo e o peso da peça (figuras 12, 13 e 14).

Fig. 13

Fig. 12

Fig. 14

Observe que a figura 12 mostra estropos de aço simples, que foram usados para fazer a linga.

Já a figura 13 apresenta dois estropos de aço com gancho giratório, que deverá ser usado quando
a peça já possuir linga ou manilha.

Na figura 14, você vê um estropo de aço com sapatilha e argola, o que aumenta a durabilidade do
cabo. Ele pode ser aplicado nas mesmas operações em que se emprega o cabo comum.

SENAI-RJ – 51
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Observe a seta na figura 15. O acessório que acompanha este estropo de aço é a argola,
que pode ser usada diretamente nos ganchos da caçamba, ou no transporte de peças em geral,
com a ajuda da manilha.

Fig. 15

Faça assim!
Cuidados necessários ao manuseio dos estropos de aço e seus respectivos acessórios

• Use somente quando possuir a cor do trimestre, determinada pela segurança.

• Avise ao chefe imediato qualquer anormalidade observada nos cabos, durante o seu trabalho.

• Use somente nas operações a ele adequadas.

• Evite deixá-lo exposto à chuva, ao ácido ou ao excesso de calor.

• Evite quebrá-lo em qualquer situação.

• Armazene em lugar onde não haja cabos, fios elétricos e alta temperatura.

Cordas (estropo)
Nas indústrias, em geral, a corda de cânhamo é largamente usada para manobras de peso e você
poderá encontrá-la em várias dimensões. Para usá-la é necessário que saiba, com precisão, a carga a
que ela resiste. Para isso, poderá recorrer à tabela abaixo.

Tabela de resistência de cordas de cânhamo

Diâmetro em mm Carga em kg
16 230
20 350
23 470
26 600
29 740
33 960
36 1.145
39 1.340
46 1.870
52 2.390

52 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

A aplicação da corda de cânhamo na manobra de peso é de fundamental importância.

Ela é também a mais aconselhada para uso em peças lisas, circulares e de pouca resistência.

Você ainda encontrará corda de nylon, que geralmente é usada na atracação de navios (figuras 16
e 17) e que exige alguns cuidados especiais, o que será apresentado na seção seguinte.

Fig. 16
Fig. 17

Faça assim!

Cuidados necessários ao manuseio dos estropos de aço e seus respectivos acessórios.

• Use somente quando possuir a cor do trimestre, determinada pela segurança.

• Avise ao chefe imediato qualquer anormalidade observada nos cabos, durante o seu trabalho.

• Use somente nas operações a ele adequadas.

• Evite deixá-lo exposto à chuva, ácido ou excesso de calor.

• Evite quebrá-lo em qualquer situação.

• Armazene em lugar onde não tenha cabos, fios elétricos e alta temperatura.

Correntes
Na manobra de peso, existirão casos em que você, ao invés de usar estropo para suspender peças,
poderá usar corrente de aço.

Fig. 18

SENAI-RJ – 53
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Na corrente, você poderá acoplar o gancho (gato), a patola , o grampo ou a manilha . Observe
as figuras 19, 20, 21 e 22.

patola - na indústria naval, gato especial


de escape, fortemente preso ao convés, e
destinado a alocar a amarra da âncora e
libertá-la rapidamente, quando necessário.

manilha - na indústria naval, acessório


constituído por um vergalhão metálico em
forma de U com um pino (cavirão) atravessado
entre as duas extremidades e que se emprega
para unir quartéis de amarrar cabos de aço.

Fig. 19 Fig. 20

Fig. 21 Fig. 22

Seu funcionamento é ilustrado pelas figuras abaixo.

Fig. 23 Fig. 24

Fig. 25

54 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Talha de corrente manual


Esse tipo de talha é muito versátil.

Antes de usá-la saiba com certeza o peso


da peça a ser levantada, e verifique se ela é
apropriada para este peso.

Fig. 26

freio magnético
do motor
Talha elétrica
A talha elétrica requer menos esforço do
motor engrenagens
operador, o que lhe possibilita dedicar maior
operatrizes
atenção à carga. Você poderá utilizá-la em
quase todas as operações em oficina. tambor limite desarmador
ranhurado

comando

Fig. 27

Talha de ar comprimido
Tem a mesma finalidade das talhas de corrente e elétrica. O transporte efetuado com este tipo de
acessório é de fácil manejo, por ser mais leve, suportando peças de 500kg até 100kg.

tambor

mangueira de ar

comando de subida e
descida do gato

rede de ar comprimido

Fig. 28

SENAI-RJ – 55
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Talha tifor
Este tipo de talha é de grande utilidade. Com ela, você poderá levantar, puxar, alinhar e fixar
peças a serem montadas. Por exemplo: antepara, convés, jazente e outras. Para obter um perfeito
funcionamento desse acessório que esteja em bom estado de conservação, a sua manutenção deve ser
executada periodicamente.

Na seção seguinte, você encontra as orientações necessárias para o manuseio correto e seguro
desse tipo de talha. Leia com atenção.

Faça assim!
Modo de usar o talha tifor (figura 29):

• desenrole o cabo de aço e em seguida puxe a trava para cima;

• introduza a ponta do cabo de aço no ferro existente no tifor, empurrando-o até que a ponta
apareça;

• coloque o gato do cabo de aço no olhal soldado na peça móvel;

• coloque o gato fixado ao tifor no olhal soldado na peça fixa;

• pegue a alavanca e encaixe ao pino de aperto localizado no tifor e faça o movimento vai e vem
até que o cabo fique tenso.

peça fixa
peça móvel

Fig. 29

56 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

A realização de qualquer tarefa com uso de talhas é sempre arriscada. Por isso, não deixe de pôr
em prática as normas de segurança apresentadas a seguir.

Evite riscos!

No uso de talhas deverão ser observadas as seguintes normas de segurança:

a) Toda e qualquer talha deverá possuir uma placa de identificação contendo a capacidade
de carga.

b) Se a placa de identificação se perder ou tornar-se ilegível, devolvê-la à sala de ferramentas


para correção.

c) Lubrificar mensalmente o aparelho.

d) Escolher a talha de capacidade adequada ao peso a suspender.

e) Verificar se a talha está em boas condições de uso.

f) Não se deve arrastar o aparelho ou jogá-lo ao chão.

g) A movimentação da corrente de operação deverá ser feita por uma única pessoa. Se a carga
for demasiadamente pesada para uma só pessoa, trocar a talha por outra de capacidade maior.

h) A carga não deve ser deixada suspensa na talha por muito tempo, para não causar aperto
demasiado no freio.

i) O uso do aparelho com grandes inclinações deve ser sempre evitado.

α  30º cap. 1,2 Xp (+20%)


α  45º cap. 1,5 Xp (+50%)
“p”

Fig. 30

Em casos de mais de 45º, não utilizar talha para içar a carga.

j) As talhas devem ser inspecionadas semestralmente e assinaladas com tinta


na cor determinada pela CIPA, caso aprovadas.

l) Quando não estiverem em uso, devem ficar protegidas em local apropriado.

SENAI-RJ – 57
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Balança
A balança é um equipamento de grande utilidade na construção naval. Tem como finalidade trans-
portar chapas. Compõe-se de um travessão de madeira ou aço, corrente e patolas. O travessão serve
para manter a chapa equilibrada.

As correntes utilizadas são fixadas nas extremidades do travessão com quatro patolas, que são
colocadas na chapa a ser transportadas.

Fig. 30

Fig. 31

58 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Fig. 32

Eletroímã com balança


É movido a energia elétrica e tem como finalidade transportar chapas retas, até 12 toneladas.

Contém um alarme de segurança, que soa durante 20 minutos após a falta de energia indicando
perigo.

Fig. 33

SENAI-RJ – 59
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Miniplaca magnética
É um outro tipo de eletroímã, também movido a energia elétrica e com bateria. A bateria contém
um alarme de segurança, que soa durante 20 minutos, indicando esgotamento de energia e perigo. A
miniplaca magnética transporta chapas, tubos, etc., até 2 toneladas.

Fig. 34

O manuseio de eletroímã também apresenta riscos à segurança do operador. Por isso, você deve
pôr em prática, no seu dia-a-dia, as orientações relacionadas na seção seguinte.

Tempos atrás...

Para sua segurança, preste atenção nos seguintes cuidados, ao lidar com elementos:

• não use pulseira ou relógio;

• use luvas de segurança;

• mantenha o corpo afastado da chapa quando ajustá-la ao eletroímã;

• ao segurar a chapa, coloque os 8 dedos sobre a face e apoie os 2 dedos polegares no topo
da mesma;

• não fique entre o eletroímã e pilhas de esquifes, chapas, vigas estruturais e outros materiais.

60 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Para conhecer as cargas que podem ser levantadas pela placa magnética, consulte as duas tabelas
apresentadas a seguir.

TAMANHO MÁXIMO DE VERGALHÃO DE AÇO E TUBOS DE AÇO A SEREM LEVANTADOS

COMPRIMENTO (mm)
DIÂMETRO(mm)
VERGALHÃO TUBO

80 4000 6000

100 3500 5800

150 2000 5000

200 1400 4100

250 1250 3500

300 1100 3000

350 950 2750

400 800 2500

TAMANHO MÁXIMO DE CHAPAS DE AÇO LEVANTÁVEIS

FORMAS DE CHAPAS DE AÇO (mm)


ESPESSURA(mm)
QUADRADAS RETANGULARES
5 ~7 900x900 500x1300 1000x800

8 12 1000x1000 500x1600 1000x900

13 16 1100x1100 500x2000 1000x1100

17 40 1300x1300 500x2500 1000x1700

45 50 1500x1500 500x3500 1000x2000

75 1200x1200 500x2500 1000x1500

100 900x900 500x2000 1000x850

SENAI-RJ – 61
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

Preparação de lingas
As lingas podem ser preparadas de diversas maneiras. Antes de prepará-las, porém, você deverá
observar os seguintes detalhes:

• a condição dos instrumentos ou acessórios;

• a fixação da linga na peça;

• a distância das extremidades e

• a posição dos estropos.

Além desses detalhes, é também importante levar em consideração os dados apresentados


na tabela a seguir.

QUADRO DE CARGAS DE TRABALHO LINGAS DUPLAS

BITOLAS DA CORRENTE CARGAS DE TRABALHO

mm polegadas âng.45º âng.60º âng.90º âng.120º


8 5/16 1.350 1.250 1.000 700

9,5 3/8 2.250 2.150 1.750 1.200

12,5 1⁄2 4.000 3.800 3.100 2.200

15,9 5/8 6.700 6.350 5.200 3.700

19 3⁄4 9.150 8.650 7.100 5.100

22,2 7/8 12.400 11.700 9.600 6.900

25,4 1 15.900 15.000 12.300 8.800

28,6 11/8 20.200 19.100 15.700 11.200

31,8 1 1⁄4 26.100 24.600 20.300 14.500

Diferentes modos de preparo de lingas


• Linga feita em uma tora de madeira em estropo de cabo de aço, com 2 laços.

Fig. 35

62 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

• Linga feita em uma máquina com estropo de cabo de aço com 2 laços.

Fig. 36

• Linga feita em um cilindro com estropo de cabo de aço com 3 laços.

Fig. 37

• Linga feita em uma base de máquina com estropo com 4 laços.

Fig. 38

• Linga feita em um tubo com estropos de aço 2 laços.

Fig. 39

SENAI-RJ – 63
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

• Linga feita em uma chapa com grampo rosqueado.

Fig. 40

• Linga feita em uma chapa com 2 patolas com laços de cabos de aço.

Fig. 41

• Linga feita em uma chapa de aço com uma balança.

Fig. 42

• Linga feita com 2 laços com cabo de aço em uma peça quadrada. Observe o ponto de fixação e
use canaletas nos cantos para proteger os cabos.

Fig. 43

64 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

• Linga feita em uma chapa de aço. Lembre-se: use olhal e manilha como ponto de fixação.

Fig. 44

• Linga feita com 2 cabos de aço. Lembre-se: use madeira nos cantos para proteger os cabos.

Fig. 45

• Linga feita com gancho de aço e 1 cabo. Lembre-se: passar o cabo com 2 voltas no gato.

Fig. 46

• Linga feita com uma chapa de aço fixada por eletroímã.

Fig. 47

SENAI-RJ – 65
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Equipamentos de Lingar

• Linga feita em pedaço de chapa utilizando uma talha.

Fig. 48

• Manobra de um peso feita por um macaco hidráulico.

Fig. 49

• Manobra de um cilindro feito com auxílio de uma alavanca.

Fig. 50

66 – SENAI-RJ
Guindaste e ponte
rolante
Nesta seção...

Guindaste com lança


Mão francesa

Guindaste de pórtico

Guindastes em “cabeça de martelo”

Automotivo

Ponte rolante

5
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Guindaste e Ponte Rolante

Guindaste e ponte rolante


Os guindastes, as pontes rolantes e os autoguindastes são muito usados tanto na construção civil,
quanto na naval. Têm como finalidade levantar e transportar cargas pesadas.

Lembre-se de que no transporte e movimentação de cargas pesadas os acidentes são os


mais graves.

Você irá encontrar guindastes de vários tipos.

Guindaste com lança


Ele tem a capacidade de levantar, abaixar e mover uma carga dentro da área de um círculo ou parte
de um círculo, delimitado por um braço rotativo sobre o qual geralmente corre um trolley .

trolley - na língua inglesa, pequeno


carro descoberto, que anda sobre
trilhos e é movido pelos operários.

Fig. 1

SENAI-RJ – 69
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Guindaste e Ponte Rolante

Em sua maioria, os guindastes ficam presos à parede, colunas ou pilares. Mas você também os
encontrará montados em caminhões.

Mão francesa
É utilizada como equipamento de apoio, em manobra circular, nas áreas de difícil acesso da ponte
rolante. Sua instalação é simples, podendo ser fixada em paredes e sapatas dentro das oficinas. Tem
utilização bastante variada e encontra-se em uso, geralmente, em todas as indústrias de portes médio
e grande. Sua capacidade de peso varia de acordo com seu tamanho.

Fig. 2

Guindaste de pórtico
Faz um serviço semelhante a um guindaste de lança montado em um caminhão. Porém, apresenta
as seguintes restrições:

• áreas de ação limitada pelos trilhos permanentes;

• ausência de torre rotativa.

Ele pode ser movido por eletricidade ou por força hidráulica, e possui grande capacidade
de carga.

70 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Guindaste e Ponte Rolante

Fig. 3

Guindaste em “cabeça de martelo”


É um dos tipos mais comuns. Apresenta dois braços horizontais, sendo de máxima utilidade em
serviços de cargas e movimentação pesada, geralmente a grande altura.

Algumas torres têm capacidade de elevar uma carga a 60 metros de altura.

Fig. 4

SENAI-RJ – 71
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Guindaste e Ponte Rolante

Automotivo
Costuma ser utilizado para movimentação de cargas pesadas, que não possam ser movidas com
segurança por veículos de outros tipos. É equipado com lança, cabos, tambor e demais dispositivos
para içar. Você o encontrará instalado em veículos de tração motora a diesel ou a gasolina.

Ao transportar cargas, os automotivos devem ser conduzidos em marcha lenta, com carga
suspensa a 30cm do solo.

Fig. 5

Ponte rolante
Dos meios mecânicos para a movimentação de materiais pesados ou leves e volumosos, este
equipamento é o mais utilizado nas oficinas.

A construção de uma ponte rolante é de grande importância, do ponto de vista da prevenção


de acidentes (figura 6). Mas, fique alerta: operar esse tipo de equipamento também implica risco à
segurança. Por isso, é fundamental adotar os procedimentos indicados na seção seguinte.

Fig. 6

72 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Guindaste e Ponte Rolante

Faça assim!

Cuidados necessários durante a operação com guindastes e pontes rolantes:

• mantenha-se afastado da carga e, se suspensa, esteja sempre alerta e preste atenção


aos sinais;

• permaneça na cabina e nunca suba para o topo da ponte, nem permita que outros o façam,
sem desligar, primeiramente, a chave geral e colocar um aviso ou prendê-la a cadeado;

• levante a abaixe a carga com a máquina parada;

• durante o percurso, certifique-se de que não abalroará máquinas ou materiais empilhados;

• comunique a seu chefe qualquer anormalidade ocorrida às máquinas;

• mantenha-a limpa e bem lubrificada;

• não permita que o pessoal se faça transportar nas cargas ou nos ganchos;

• não arraste as lingas, cabos ou correntes após a remoção da carga.

Além desse cuidados, você, operador de ponte rolante, também deve conhecer com mais
detalhes as normas de segurança recomendadas pelos especialistas, para evitar pôr em risco sua
vida e a dos colegas. Portanto, leia atentamente a seção seguinte e, no futuro, havendo qualquer
dúvida, volte a consultá-la.

Evite riscos

Normas de segurança para operadores de pontes rolantes

1 – A movimentação de pontes rolantes deve ser regida por sinais convencionais, transmitidos
ao operador através de bendeirola alaranjada, por sinaleiro devidamente treinado.

2 – O sinaleiro é o responsável pela adoção de práticas seguras na sua área de trabalho,


antes de iniciar a sinalização.

3 – O operador deverá guiar-se unicamente pelos sinais dados pelo sinaleiro devidamente
identificado, exceto quando a obediência pode resultar em acidente.

4 – Sempre que o operador tiver dúvida sobre um sinal, deverá aguardar sua repetição.

5 – É obrigatório o uso de luvas apropriadas por todos os empregados que trabalhem


no manuseio de carga.

6 – O pessoal que trabalha na movimentação de materiais por meios mecânicos deve


manter-se afastado da carga e, se suspensa, estar sempre alerta e prestar atenção
aos sinais.

SENAI-RJ – 73
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Guindaste e Ponte Rolante

7 – Permaneça na cabina e nunca suba para o topo da ponte, nem permita que outros o
façam, sem designar primeiramente a chave geral e colocar um aviso ou prendê-la
com cadeado.

8 – Não levante nem abaixe a carga com a máquina em movimento. Certifique-se de que não
abalroará máquinas ou materiais empilhados durante o percurso.

9 – Em nenhuma circunstância deixe que a ponte ou guindaste encoste violentamente


noutra, ou no fim do curso.

10 – Examine a sua máquina no início de cada futuro, quanto às engrenagens defeituosas,


chaves, passagens, corrimões, sineta ou sirene, sinais luminosos, cabos, etc. Comunique
as irregularidades constatadas ao supervisor. Mantenha-a limpa e lubrificada.

11 – Após o término de uma reparação, assegure-se de que as ferramentas, parafusos e


outros materiais foram removidos, para que nenhum dano causem à máquina ou caiam
quando ela for movimentada. Guarde as ferramentas, as vasilhas de óleo e outros
objetos soltos numa caixa.

12 – Não passe com a carga por cima de homens que se encontrem no piso; faça soar a
sirene, quando necessário.

13 – Não permita que o pessoal se faça transportar nas cargas ou nos ganchos.

14 – Se a energia faltar, ou cair, mova o controle para a posição “OFF” ou desligado;


recarregue-o imediatamente.

15 – Verifique se o extintor se encontra em boas condições; se for utilizado, providencie


imediatamente o seu recarregamento.

16 – O operador do guindaste ou ponte não deve operá-los quando não se sentir fisicamente
capaz, comunicando prontamente ao superior imediato.

17 – Não arraste as lingas, cabos ou correntes. Após a remoção da carga, não mova as
máquinas, até que os cabos ou correntes tenham sido retirado dos ganchos.

18 – Sempre que for solicitado a realizar uma operação em que o risco seja perigoso,
consulte, antes, o supervisor.

19 – Ao deixar a cabina ou ao estacionar o guindaste, desligue a chave principal e


assegure-se de que os controles estejam na posição “OFF” ou desligado, e as luzes
de segurança acesas.

20 – Somente mova a máquina ou carga quando o sinal dado pelo sinaleiro for bem entendido;
somente atenda ao sinaleiro devidamente identificado e a apenas um em cada operação.
Se por acaso não houver segurança na interpretação dos sinais, pare a ponte e chame o
supervisor até que a ordem seja restabelecida.

21 – Suspenda a operação e desligue a energia, se a máquina não reagir devidamente. Chame


o supervisor. Não tente sair da dificuldade, repetindo a operação.

74 – SENAI-RJ
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Guindaste e Ponte Rolante

22 – Não permita que a carga balance de encontro aos homens no piso; assegure-se de que
eles estão suficientemente afastados.

23 – Nunca levante uma carga de peso superior ao da capacidade do equipamento.

24 – Não permita o transporte de cilindros de oxigênio ou outro gás com eletroímã.

25 – Quando em uso de eletroímã, não dar o sinal de imantar enquanto ele não estiver
apoiado na chapa.

26 – Conheça todos os sinais e somente deles faça uso.

27 – Não permita que se use a ponte para operações de reboque ou outras operações que
obriguem os cabos a trabalharem fora de prumo.

28 – Dê os sinais com clareza e de um lugar onde o operador esteja vendo.

29 – Não permita o transporte de cargas com o peso superior à capacidade normal da


máquina.

30 – Conheça a capacidade dos cabos e correntes e os inspecione antes de mandar suspender


uma peça.

31 – Respeite o parecer dos funcionários encarregados da segurança.

32 – Sempre que uma ponte rolante estiver fora de operação, deve ser sinalizada com uma
bandeira vermelha ou luz indicadora, de modo a alertar os outros operadores, a fim de
evitar choques com a ponte em reparo.

33 – Placas com dizeres “PERIGO - HOMENS TRABALHANDO ACIMA” - devem ser


colocadas pela Seção de Manutenção, sob local onde trabalhos de reparos estejam
sendo executados.

a) É proibido jogar material de cima da ponte. Uma corda deve ser usada para
descer materiais para o piso.

b) É obrigatório o uso de cinto de segurança por todos os empregados ao


executarem trabalhos de reparo.

34 – A carga não deve ser movimentada por cima de empregados que se encontrem no piso.
Um alarme automático deve ser acoplado ao botão de partida da ponte, assinalando a
sua passagem.

35 – Devem ser dadas condições de escape rápido ao operador, em caso de incêndio.

36 – Quando a ponte estiver em movimento, as mãos e os pés devem ser afastados de


estropos e cabos.

SENAI-RJ – 75
Segurança para Operador de Ponte Rolante – Guindaste e Ponte Rolante

37 – Não se deve diminuir correntes ou estropos usando parafusos ou dando nós.

38 – Caso seja necessário diminuir ou aumentar correntes ou estropos, deve-se usar a


manilha adequada.

39 – Quando for fazer a lingada de tubos ou outras peças de grandes dimensões, os cabos
devem ser colocados a uma distância de aproximadamente 1⁄4 de suas extremidades.

40 – O auxiliar de transporte e manobra de peso deve guiar uma lingada em condições


normais, com os braços esticados, e o corpo ligeiramente inclinado para a frente,
nunca encostando a carga no peito.

41 – Ao ser preparada uma lingada, nunca devem ser colocados os dedos entre o estropo
e a carga.

42 – Os cavirões da manilha nunca devem ser substituídos por parafusos ou similares.

A perfeição será adquirida com a prática correta, diariamente, na execução de suas tarefas.

Observe os sinais.

O sinal PARE é o único que, dado por qualquer pessoa, deverá ser prontamente obedecido pelo
operador, para evitar acidentes.

76 – SENAI-RJ
FIRJAN SENAI Av. Graça Aranha, 1
Federação Serviço Nacional Centro – CEP: 20030-002
das Indústrias de Aprendizagem Rio de Janeiro – RJ
do Estado do Industrial do Tel.: (21) 2563-4526
Rio de Janeiro Rio de Janeiro Central de Atendimento:
0800-231231

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