Você está na página 1de 39

Resolução RDC Nº 31

11 de agosto de 2010

Principais Alterações em Relação a RE 310/2004

Coordenação de Equivalência Farmacêutica


Agosto de 2010

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Histórico

Equivalência Farmacêutica e
Revisão da Norma

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
1999 Lei Nº 9787: Resolução RDC

2000

2002
Resolução RE
estabelece o Nº 41: Critérios
medicamento genérico, mínimos para
Nº 476: Critérios
dispõe sobre a para a realização
utilização de nomes
aceitação das
genéricos em produtos unidades que de estudos de
farmacêuticos e dá realizariam os EQFAR
outras providências. ensaios de
- EQFAR e BD/BE
Equivalência
solicitados como Farmacêutica e Resolução RE
requisitos técnicos BD/BE Nº 483: Critérios
para a comprovação - Início das para a realização
da qualidade, habilitações desses de estudos de
segurança e eficácia. laboratórios pela Perfil de
Resolução Nº 391: ANVISA
(GGLAS). Dissolução
Regulamento técnico
para medicamentos
genéricos.
Definição de
“equivalentes
farmacêuticos”.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Resolução RE Nº Resolução RE Portaria Nº

2009 e 2010
2003

2004 e 2005
900: Critérios para 310/2004: Critérios 207/ANVISA, de 4
a realização de para a realização de março de 2009:
estudos de de estudos de Criação da
EQFAR. EQFAR e Perfil de Coordenação de
Dissolução (Em Equivalência
atualização). (CEFAR).
Resolução RE Nº
901: Critérios para Publicação da
a realização de Em 2005, a Consulta Pública
estudos de Perfil de atribuição de Nº 55/2009
Dissolução. habilitação dos
centros passa a ser Resolução RDC
atribuição da Nº 31/2010: dispõe
Resolução RDC GGMED (CIBIO).
Nº 134: Adequação sobre a realização
de medicamentos dos estudos de
similares. Equivalência
Farmacêutica e
Perfil de
Dissolução
Comparativo
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
2007 e 2008 12 a 14/11/07 – 13/03/09 – 12/08/10 –

2010
2009
Encontro Nacional Término da publicação da
com os Centros de Revisão pelo grupo Resolução RDC
Equivalência de trabalho. Nº 31/2010: dispõe
Farmacêutica. sobre a realização
18/01/08 – dos estudos de
Formação do grupo 23/07/09 – Equivalência
de trabalho. Publicação da Farmacêutica e
Consulta Pública Perfil de
13/03/08 – Reunião
com a Dra
Nº 55/2009. Dissolução
Margareth e Prof Dr Comparativo.
Humberto.
31/03/08 – Reunião
com o Prof. Dr.
Gérson Pianetti.
07/04/08 – evento
com representantes
de 28 Centros de
Equivalência
Farmacêutica.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Art. 2º Definições:
II - Alta Solubilidade: é considerada altamente solúvel a substância
ativa cuja quantidade correspondente a sua maior dose posológica
disponível no mercado nacional é solúvel em 250mL ou menos de
meio aquoso em uma escala de pH de 1,2-6,8 em uma temperatura de
37 ± 1ºC;

• Conceito retirado do Guia da OMS e será utilizado para fins de


comparação entre perfis de dissolução.

VIII - Dissolução muito rápida: dissolução média


de no mínimo 85% da substância ativa em até 15
minutos;
• Conceito relevante para a comparação de perfis de dissolução, em
conformidade com o futuro guia de bioisenção.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
IX - Dissolução rápida: dissolução média de no
mínimo 85% da substância ativa em até 30
minutos;

• Conceito relevante para a comparação de perfis de dissolução,


em conformidade com o futuro guia de bioisenção

X - Ensaios informativos: ensaios analíticos preconizados na


monografia individual ou nos métodos gerais de compêndios oficiais
ou, ainda, em normas e regulamentos aprovados/referendados pela
Anvisa, para os quais não exista especificação definida, cujos
resultados não devem ser utilizados para fins de comparação entre os
Medicamentos Teste e de Referência/Comparador no Estudo de
Equivalência Farmacêutica. Para tais ensaios, o medicamento teste
deve cumprir com suas próprias especificações

• No texto da norma há a previsão para casos em que os ensaios


informativos passam a ser comparativos.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
XIII - Equivalentes Farmacêuticos
São medicamentos que contêm o mesmo São medicamentos que possuem mesma
fármaco, isto é, mesmo sal ou éster da forma farmacêutica, mesma via de
mesma molécula terapeuticamente ativa, administração e mesma quantidade da
na mesma quantidade e forma mesma substância ativa, isto é, mesmo sal
farmacêutica, podendo ou não conter ou éster da molécula terapêutica, podendo
excipientes idênticos. Devem cumprir ou não conter excipientes idênticos, desde
com as mesmas especificações que bem estabelecidos para a função
atualizadas da Farmacopéia Brasileira e, destinada. Devem cumprir com os mesmos
na ausência dessas, com as de outros requisitos da monografia individual da
códigos autorizados pela legislação Farmacopéia Brasileira, preferencialmente,
vigente ou, ainda, com outros padrões ou com os de outros compêndios oficiais,
aplicáveis de qualidade, relacionados à normas ou regulamentos específicos
identidade, dosagem, pureza, potência, aprovados/referendados pela Anvisa ou, na
uniformidade de conteúdo, tempo de ausência desses, com outros padrões de
desintegração e velocidade de qualidade e desempenho. Formas
dissolução, quando for o caso. (RDC 16 farmacêuticas de liberação modificada
e 17 de 2009) que requerem reservatório ou excesso
podem conter ou não a mesma
quantidade da substância ativa, desde
que liberem quantidades idênticas da
mesma substância ativa em um mesmo
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária intervalo posológico.
www.anvisa.gov.br
XVIII - Medicamento Comparador: medicamento submetido ao
Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo para fins de mudanças
pós-registro de medicamentos, conforme legislação específica, com o
qual o Medicamento Teste será comparado

• Conceito utilizado apenas para melhor apresentação dos dados


dos estudos.

XXI - Método de Dissolução Discriminativo: método capaz de


evidenciar mudanças significativas nas formulações e nos processos de
fabricação dos medicamentos testados que podem afetar o desempenho
da formulação
• Conceito utilizado para definir o que a Anvisa espera de um meio de
dissolução adequado.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
XXXI - Validação Parcial de Método Analítico: avaliação de
alguns parâmetros de validação de métodos analíticos, quando
houver transferência de metodologia do Patrocinador do Estudo
para o Centro de Equivalência Farmacêutica.

• Termo utilizado para adequação da palavra “co-validação”,


erroneamente utilizada.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Tabela 1: classificação das categorias, segundo a finalidade dos ensaios:
Categoria Ensaios
Ensaios cuja finalidade é o doseamento do(s) ativo(s) do(s)
medicamento(s) em estudo.
I
Estão incluídos nessa categoria: doseamento (teor) e uniformidade
de doses unitárias.
Ensaios para quantificação de substâncias químicas presentes em
menor quantidade nos medicamentos testados.
II
Estão incluídos nessa categoria: quantificação de impurezas e
substâncias relacionadas.
Testes de desempenho (por exemplo: dissolução, perfil de
III
dissolução, liberação do ativo).
Ensaios de identificação da substância ativa em uma formulação,
IV
não sendo necessária sua quantificação.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Tabela 2: parâmetros necessários para a validação parcial do método analítico, segundo a
categoria do ensaio:
Categoria II
Quantitativo o Categoria Categoria
Parâmetro Categoria I Ensaio
u Semi- III IV
limite
Quantitativo
Especificidade Sim* Não Não Sim* Sim*
Linearidade Sim Sim Não Sim Não
Intervalo Sim Sim Não Sim Não
Precisão
Sim Sim Não Sim Não
Repetibilidade
Intermediária Sim Sim Não Sim Não
Limite de
Não Não Sim Não Não
detecção
Limite de
Não Sim Não Não Não
quantificação
Exatidão Sim* Sim* Não Sim* Não
*O Centro deve solicitar o placebo ou adquirir cópia da documentação referente a esse parâmetro
realizado pelo patrocinador na validação do método.
* Erro de digitação.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Capítulo II
Do Estudo de Equivalência
Farmacêutica

• Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Equivalência


Farmacêutica

• Seção II: Dos Critérios para a Realização do Estudo de


Equivalência Farmacêutica

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Equivalência
Farmacêutica
RE 310/2004 RDC 31/2010
Item 3. Os estudos devem ser Art. 3º O Estudo de Equivalência
realizados em amostras com até seis Farmacêutica deve ser realizado:
meses de fabricação,
III - com lotes dentro do prazo de
preferencialmente. validade.
§1º Os medicamentos já
registrados na Anvisa devem estar
acondicionados em suas
embalagens comerciais.
§2º No caso de realização de
estudos com lotes-piloto, os
medicamentos devem estar
acondicionados, no mínimo, em
sua embalagem primária,
devidamente identificada conforme
legislação vigente, incluindo
acessório, se aplicável.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Equivalência
Farmacêutica
RE 310/2004 RDC 31/2010
Item 14. Os relatórios com os resultados e Art. 4º O Estudo de Equivalência
a avaliação do estudo de equivalência Farmacêutica pode ser realizado
farmacêutica realizado com o com medicamentos que se
medicamento que se apresente na forma
apresentem na forma de comprimido
de comprimido revestido/drágea cujo
revestido/drágea, cujo Medicamento
medicamento de referência seja
comprimido simples ou vice versa poderá de Referência seja comprimido
ser registrado como medicamento simples ou vice-versa, desde que o
genérico ou similar desde que o revestimento não controle a
revestimento não apresente função liberação da substância ativa.
gastro-protetora.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Equivalência
Farmacêutica
RE 310/2004 RDC 31/2010
Item 1.3. No caso de apresentações Art. 5º No caso de formas
em gotas (soluções e suspensões, farmacêuticas administradas como
orais, nasais, oftálmicas, entre outras) gotas, deve ser determinado o
deve ser determinado o número de número de gotas que corresponde a
gotas que corresponde a 1 mL, 1mL, indicando-se a quantidade de
indicando-se a concentração do substância ativa por gota.
fármaco por mL. O certificado de
Parágrafo único. A diferença
equivalência farmacêutica deve permitida em relação ao número
conter a intercambialidade em determinado de gotas por mililitro
mg/gotas entre o medicamento teste e do Medicamento Teste é de até
referência; mais ou menos 10% em relação ao
valor nominal declarado na bula
do Medicamento de Referência.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Equivalência
Farmacêutica
Art. 6º Não é aceito Estudo de Equivalência Farmacêutica realizado
com Medicamentos Teste e de Referência acondicionados em
embalagens primárias destinadas a dosar/conduzir/executar a
administração de suas formas farmacêuticas ou que contenham
acessórios que exijam ensaios específicos diferentes. Exemplo:
solução oral que utiliza colher de medida, que não exige ensaio de
gotejamento, não pode ser comparada com solução oral utilizando
frasco gotejador, que exige o ensaio de gotejamento.

• Esse artigo foi inserido como uma forma de solicitar que a


equivalência farmacêutica seja mantida no momento da
administração do medicamento.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Dos Critérios para a Realização do Estudo de Equivalência
Farmacêutica
RE 310/2004 RDC 31/2010
5. (...) Na falta de monografia Art. 10 Na ausência de monografia
farmacopéica oficial, o estudo deve ser descrita em compêndio oficial, normas
realizado utilizando-se método fornecido ou regulamentos específicos
pela empresa solicitante, covalidado pelo aprovados/referendados pela Anvisa,
laboratório executor do estudo, deve-se utilizar método analítico
complementando-se com os ensaios validado pelo Patrocinador do Estudo ou
descritos em métodos gerais da Centro de Equivalência Farmacêutica.
Farmacopéia Brasileira vigente. §1º No caso citado no caput desse artigo, o
Estudo de Equivalência Farmacêutica deve
ser complementado com os ensaios descritos
em métodos gerais da Farmacopéia
Brasileira e de outros compêndios oficiais,
normas ou regulamentos específicos
aprovados/referendados pela Anvisa, para a
forma farmacêutica em estudo.

§2º Os Medicamentos Teste e de Referência


devem cumprir com as mesmas
especificações e os resultados dos ensaios
não informativos do Medicamento Teste
devem ser comparativos aos do Medicamento
Agência Nacional de Referência.
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Dos Critérios para a Realização do Estudo de Equivalência
Farmacêutica
RE 310/2004 RDC 31/2010
5. (...) Na falta de monografia Art. 11 Quando o método analítico
farmacopéica oficial, o estudo deve ser for transferido pelo Patrocinador do
realizado utilizando-se método fornecido Estudo, o Centro de Equivalência
pela empresa solicitante, covalidado pelo
Farmacêutica deve realizar a
laboratório executor do estudo,
validação parcial desse método,
complementando-se com os ensaios
descritos em métodos gerais da previamente ao Estudo de
Farmacopéia Brasileira vigente. Equivalência Farmacêutica.
Parágrafo único. A validação
parcial deve cumprir com os
requisitos dispostos no anexo I
desta Resolução e seus parâmetros
devem observar as normas e
regulamentos específicos
aprovados/referendados pela
Anvisa.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Dos Critérios para a Realização do Estudo de
Equivalência Farmacêutica
Art. 12 Não é aceito Estudo de Equivalência Farmacêutica em que
se utilizem métodos e especificações de monografias de diversos
compêndios oficiais para um mesmo estudo.
Parágrafo único. Quando a Farmacopéia Brasileira ou outro
compêndio oficial apresenta monografia para determinado
medicamento em que não estão contemplados todos os ensaios
necessários para a comprovação de equivalência farmacêutica, o
estudo deve ser complementado por ensaios de outro compêndio
oficial, normas ou regulamentos aprovados/referendados pela
Anvisa ou de outros padrões de qualidade aplicáveis utilizando
método validado.

• Artigo inserido para deixar claro o posicionamento da Anvisa


durante a análise técnica e contemplar os possíveis avanços dos
métodos analíticos.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Dos Critérios para a Realização do Estudo de
Equivalência Farmacêutica
Art. 13 São considerados ensaios informativos para fins de
equivalência farmacêutica: (I) aspecto; (II) viscosidade; (III)
densidade; (IV) valor do peso médio; ou (V) valor do volume médio.
§1º As variações do peso médio e do volume médio para cada
medicamento testado não são informativas e as especificações
farmacopéicas devem ser cumpridas.
§2º Os ensaios mencionados nesse artigo não são tratados como
informativos quando forem importantes para a determinação da
qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos ou
apresentarem especificações descritas em compêndios oficiais,
normas ou regulamentos aprovados/referendados pela Anvisa.

• Artigo inserido para esclarecer quais ensaios poderão não estar


diretamente relacionados à equivalência farmacêutica.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Dos Critérios para a Realização do Estudo de Equivalência
Farmacêutica
RE 310/2004 RDC 31/2010
Item 13 (...) No caso da inexistência de Art. 14 Na ausência de método de
método de dissolução farmacopéico, os dissolução descrito em compêndio
perfis de dissolução devem ser realizados oficial, normas ou regulamentos
em, pelo menos, três meios de dissolução
específicos aprovados/referendados
diferentes, dentro da faixa de pH
pela Anvisa, é de responsabilidade
fisiológico. Os três meios devem ser
validados. (...) do Patrocinador do Estudo o
relatório de desenvolvimento e
validação do método de dissolução
que deve ser realizado conforme
preconizado em guias nacionais e
internacionais e conter dados que
demonstrem que o método é
discriminativo

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
III - o relatório de desenvolvimento de
dissolução deve conter, no mínimo, as
seguintes informações:

a) avaliação quantitativa da solubilidade da substância


ativa: pH fisiológico (1,2 a 6,8); temperatura de 37°C ±
1°C; ex.: método de diagrama em fase.

b) demonstração de que o meio de dissolução é o mais


adequado à substância ativa na forma farmacêutica em
estudo: investigação de curvas de dissolução em pH
fisiológico (1,2 a 6,8); temperatura de 37°C ± 1°C;

c) demonstração de que o aparato, a rotação e os filtros


utilizados no procedimento de coleta de amostras são os
mais adequados à substância ativa e à forma farmacêutica
em estudo: apresentar resultados, testar mais de um
aparato e rotação; demonstração de que o filtro não retém
a substância ativa.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
III - o relatório de desenvolvimento de
dissolução deve conter, no mínimo, as
seguintes informações:

d) justificativa da necessidade da utilização de


âncoras, quando aplicável: as âncoras são utilizadas
para formas farmacêuticas flutuantes.

e) comprovação da necessidade de uso de tensoativos,


bem como da quantidade empregada, quando
aplicável: devem ser testadas e demonstradas
quantidades decrescentes de tensoativo no meio de
dissolução, além de testar diferentes tensoativos.

f) demonstração e justificativa da escolha do valor de Q


(quantidade de substância ativa dissolvida expressa como
porcentagem do valor rotulado da dose unitária); e
g) justificativa da necessidade da aplicação de método de
deaeração, quando aplicável
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
III - o relatório de desenvolvimento de
dissolução deve conter, no mínimo, as
seguintes informações:

§1º O relatório de desenvolvimento do método de


dissolução também pode ser adotado quando o
método de dissolução descrito em compêndio oficial,
normas ou regulamentos específicos
aprovados/referendados pela Anvisa, não é adequado
para o produto, desde que devidamente
comprovado.

§2º O pH do meio de dissolução deve contemplar a


faixa fisiológica (1,2 a 6,8). Caso seja necessária a
utilização de outra faixa de pH, essa deve ser
justificada no relatório de desenvolvimento do
método de dissolução.

§3º O Patrocinador do Estudo pode contratar Centro


de Equivalência Farmacêutica habilitado pela Anvisa
para o desenvolvimento e validação do método de
dissolução.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Dos Critérios para a Realização do Estudo de Equivalência
Farmacêutica
RE 310/2004 RDC 31/2010
Item 1.4. Para as apresentações na Art. 15 O Estudo de Equivalência
Farmacêutica de sprays e aerossóis nasais e
forma farmacêutica spray, deve ser
pulmonares deve ser realizado conforme
comprovada a concentração do compêndios oficiais, normas ou regulamentos
fármaco por dose, de acordo com o específicos aprovados/referendados pela
medicamento de referência. Anvisa.
Art. 16 Para sprays e aerossóis administrados
por via não contemplada no artigo 15, devem
ser realizados os ensaios farmacopéicos para
a forma farmacêutica em questão. Exemplo:
para solução spray administrado por via
dermatológica devem ser realizados todos os
ensaios da monografia individual e métodos
gerais preconizados para a forma
farmacêutica solução.
Parágrafo único. Quando os medicamentos
citados no caput desse artigo possuírem dose
definida em sua posologia, também deve ser
comprovada a concentração da substância ativa
por dose.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Capítulo III
Do Estudo de Perfil de Dissolução
Comparativo

• Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Perfil de


Dissolução Comparativo

• Seção II: Da Comparação de Perfis de Dissolução


• Subseção I: Do Procedimento para Comparação de Perfis de
Dissolução

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Perfil de
Dissolução Comparativo
Art. 18 Para formas farmacêuticas de liberação prolongada, a
coleta de amostra deve ser representativa do processo de dissolução
em, por exemplo, 1, 2 e 4 horas e depois a cada duas horas até que
ambos os medicamento apresentem dissolução de 80% da substância
ativa ou o platô seja alcançado.

• Artigo inserido para contemplar o que estava apenas nas


“recomendações pós-registro da Anvisa”.
• Quando houver monografia em compêndio oficial, utilizar
monografia.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Perfil de
Dissolução Comparativo
Art. 19 Para formas farmacêuticas de liberação retardada deve ser
realizada dissolução em meio HCl 0,1N durante 2 horas (etapa ácida),
seguida de dissolução em meio tampão. Após o momento em que se
coloca o medicamento no meio tampão, a coleta de amostra deve ser
representativa do processo de dissolução em, por exemplo, 15, 30, 45,
60 e 120 minutos até que ambos os medicamentos apresentem
dissolução de 80% da substância ativa ou o platô seja alcançado.

• Artigo inserido para contemplar o que estava apenas nas


“recomendações pós-registro da Anvisa”.
• Quando houver monografia em compêndio oficial, utilizar
monografia.
• Quando o tempo referente à etapa for diferente de 2h, poderá ser
justificado.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Perfil de Dissolução
Comparativo
RE 310/2004 RDC 31/2010
Item 3.4. Apresentar estudo Art. 21 Quando o resultado do
comparativo dos perfis de dissolução Estudo de Perfil de Dissolução
dos dois produtos (teste e referência), Comparativo for não semelhante, a
não sendo obrigatória, entretanto, a comprovação da equivalência
demonstração da semelhança entre os terapêutica entre os Medicamentos
perfis. Teste e de Referência/Comparador
pode, a critério da Anvisa, ser
baseada no resultado do Estudo de
Biodisponibilidade
Relativa/Bioequivalência.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção I: Das Considerações Gerais do Estudo de Perfil de Dissolução
Comparativo

Art. 22 Não se aplica a realização do Estudo de Perfil de Dissolução


Comparativo para as seguintes formas farmacêuticas: (I) pós, granulados e
formas farmacêuticas efervescentes que ao serem reconstituídos tornam-se
soluções; (II) semi-sólidos, excetuando-se supositórios; (III) formas
farmacêuticas administradas como sprays ou aerossóis nasais ou
pulmonares de liberação imediata; (IV) gases; ou (V) líquidos, exceto
suspensões.
§1º Para as formas farmacêuticas citadas, quando houver metodologia de dissolução
descrita em compêndio oficial, normas ou regulamentos específicos
aprovados/referendados pela Anvisa, o Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo,
ou ensaio complementar a critério da Anvisa, deve ser realizado.
§2º Para as formas farmacêuticas não citadas, deve ser realizado o Estudo de Perfil
de Dissolução Comparativo.

• Torna-se obrigatória a realização de perfil de dissolução comparativo


para suspensões.
• Caso sejam desenvolvidos novos guias, poderá ser solicitado perfil de
dissolução.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Da Comparação de Perfis de Dissolução

RE 310/2004 RDC 31/2010


Item 1.2. Calcular os fatores f1 e f2 Art. 24
utilizando as equações apresentadas
Item I - um Método Modelo
anteriormente.
Independente Simples é aquele que
emprega um fator de diferença (F1)
e um fator de semelhança (F2). Nos
termos desta Resolução, os perfis
de dissolução comparativos são
avaliados apenas utilizando-se o
cálculo do fator de semelhança
(F2);

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Da Comparação de Perfis de Dissolução

RE 310/2004 RDC 31/2010


1.3. Critério para que dois perfis de Art. 26 Para que dois perfis de
dissolução sejam considerados dissolução sejam considerados
semelhantes: semelhantes, devem atender aos
seguintes critérios:
f1 = 0 a 15
I - os Medicamentos Teste e de
f2 = 50 a 100 Referência/Comparador devem
apresentar tipos de dissoluções
correspondentes. Por exemplo, se o
Medicamento de
Referência/Comparador apresentar
dissolução média de 85% em 30
minutos (dissolução rápida) o
Medicamento Teste deve apresentar
também dissolução rápida;
II - o valor do fator de semelhança (F2)
deve estar compreendido entre 50 a 100;
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Da Comparação de Perfis de Dissolução

RE 310/2004 RDC 31/2010


Item 1. 3 III - os tempos de coleta devem ser os
a) empregar, no mínimo, cinco pontos de mesmos para as duas formulações;
coleta;
III - o número de pontos de coleta
b) incluir apenas um ponto acima de 85%
deve ser representativo do processo de
de dissolução para ambos os produtos;
dissolução até que se obtenha platô na
curva, sendo obrigatória a
quantificação de amostras de, no
mínimo, cinco tempos de coleta;
IV - para fins de cálculo F2, utilizar,
no mínimo, os três primeiros pontos,
excluindo o tempo zero;
V - para fins de cálculo F2, incluir
apenas um ponto da curva após ambos
os medicamentos atingirem a média de
85% de dissolução;
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Pontos Utilizados no Cálculo de f2 Não será aceito!

% Dissolvida % Dissolvida
Tempo (min) (% desvio) Tempo (min) (% desvio)
Referência Teste Referência Teste
0 0 0 0 0 0
5 38 (9) 35 (12) 5 38 (9) 35 (12)
10 81(5) 61 (8) 10 81(5) 61 (8)
15 83 (1) 80 (5) 15 96 (1) 80 (5)
20 87 (1) 83 (3) 20 99 (1) 95 (3)
30 95 (1) 90 (2) 30 100 (1) 90 (2)
45 101 (1) 101 (2) 45 101 (1) 101 (2)
60 101 (1) 101 (2) 60 101 (1) 101 (2)

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Da Comparação de Perfis de Dissolução

RE 310/2004 RDC 31/2010


Item 1. 3 VI - para permitir o uso de médias,
c) para permitir o uso de médias, os os coeficientes de variação para os
coeficientes de variação para os primeiros pontos de coleta não
primeiros pontos (15 minutos, por podem exceder 20%. Para os demais
exemplo) não devem exceder 20%. pontos considera-se o máximo de
Para os demais pontos considera-se o 10%. São considerados como
máximo de 10%; primeiros pontos de coleta o
correspondente a 40% do total de
pontos coletados. Por exemplo,
para um perfil de dissolução com
cinco tempos de coleta, consideram-
se primeiros pontos os dois
primeiros tempos de coleta.

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Seção II: Da Comparação de Perfis de Dissolução

RE 310/2004 RDC 31/2010


e) nos casos em que a dissolução for Parágrafo único. Quando a
muito rápida, apresentando valor substância ativa apresentar alta
igual ou superior a 85% de fármaco solubilidade e a formulação for de
dissolvido em 15 minutos, os fatores liberação imediata, apresentando
f1 e f2 perdem o seu poder dissolução muito rápida para ambos
discrimitativo e, portanto, não é os medicamentos, o fator F2 perde o
necessário calculá-los. Nesses casos, seu poder discriminativo e, portanto,
deve-se comprovar a rápida não é necessário calculá-lo. Nesses
dissolução dos produtos e mostrar a casos deve-se comprovar a
forma da curva, realizando coletas dissolução muito rápida dos
em, por exemplo: 5, 10, 15 e 20 ou 30 produtos, por meio do gráfico da
minutos. curva, realizando coletas em, por
exemplo: 5, 10, 15, 20 e 30 minutos.
O coeficiente de variação no ponto
de 15 minutos que não pode
exceder 10%.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
CAPÍTULO IV: DAS AMOSTRAS PARA A REALIZAÇÃO DOS ESTUDOS DE
EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA E DE PERFIL DE DISSOLUÇÃO
COMPARATIVO
RE 310/2004 RDC 31/2010
Item 8. Os testes de esterilidade e Art. 27 A quantidade de amostras a ser
pirogênio para o medicamento de adquirida pelo Centro deve possibilitar um
Estudo completo de Equivalência
referência na equivalência
Farmacêutica e de Perfil de Dissolução
farmacêutica podem ser dispensados Comparativo e um reteste.
em alguns casos, desde que a §1º O prazo para a retenção dos lotes deve ser
solicitação com a devida justificativa correspondente a, no mínimo, um ano após o
seja protocolada para apreciação da prazo de validade do medicamento que expire
por último.
Gerência responsável pela habilitação §2º Para as formas farmacêuticas estéreis,
dos centros de equivalência é obrigatória a realização dos ensaios de
farmacêutica na Anvisa esterilidade e endotoxina bacteriana ou
antecipadamente a execução da pirogênio no Estudo de Equivalência
Farmacêutica, tanto para o Medicamento
equivalência farmacêutica. Teste como para o Medicamento de
Referência/Comparador. As amostras de
retenção referentes a esses ensaios são
dispensadas para o Medicamento de
Referência/Comparador.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
OBRIGADA

www.anvisa.gov.br
Acessar ao sistema SAT

Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br

Você também pode gostar