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ABNT NBR ISO/IEC 17025

: 2017
Requisitos gerais para a
competência de laboratórios
de ensaio e calibração
Formação de auditores
internos
Eduardo Ferreira Garcia

www.remesp.org.br

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Formação de Auditores Internos segundo ABNT NBR
ISO/IEC 17025 : 2017 -Eduardo Ferreira Garcia

1 - Objetivo :

Capacitar profissionais de laboratórios, com funções técnicas ou de gestão


para realizarem auditorias internas com base na norma ABNT NBR ISO/IEC
17025 : 2017
2 - Requisitos ABNT NBR ISO/IEC 17025 : 2017
A norma apresenta com os “Requisitos Gerais para Competência de
Laboratórios de Ensaio e Calibração”, apresenta os itens 4 a 8 para serem
auditados, sendo :
- 4. Requisitos Gerais :
4.1 – Imparcialidade;
4.2 – Confidencialidade;
- 5. Requisitos de estrutura;
- 6. Requisitos de recursos :
6.1 – Generalidades;
6.2 – Pessoal;
6.3 – Instalações e condições ambientais;
6.4 – Equipamentos;
6.5 – Rastreabilidade metrológico;

6.6 – Produtos e serviços providos externamente;

- 7. Requisitos de processo :

7.1 – Análise crítica de pedidos, propostas e contratos;

7.2 – Seleção, verificação e validação de métodos;

7.2.1 – Seleção e verificação de métodos;

7.2.2 – Validação de métodos;

7.3 – Amostragem;

7.4 – Manuseio de itens de ensaio ou calibração;

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7.5 – Registros técnicos;

7.6 – Avaliação da incerteza de medição;

7.7 – Garantia da validade de resultados;

7.8 – Relato de resultados;

7.8.1 – Generalidades;

7.8.2 – Requisitos comuns para relatórios (ensaios, calibração ou


amostragem);

7.8.3 – Requisitos específicos para relatórios de ensaio;

7.8.4 – Requisitos específicos para certificados de calibração;

7.8.5 – Relato da amostragem;

7.8.6 – Relato de declarações de conformidades;

7.8.7 – Relato de opiniões e interpretações;

7.8.8 – Emendas aos relatórios;

7.9 – Reclamações;

7.10 – Trabalho não conforme;

7.11 – Controle de dados e gestão da informação;

- 8. Requisitos do sistema de gestão :

8.1- Opções;

8.1.1 – Generalidades;

8.1.2 – Opção A;

8.1.3 – Opção B;

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8.2 – Documentação do sistema de gestão (Opção A);

8.3 – Controle de documentos (Opção A );

8.4 – Controle de registros (Opção A);

8.5 – Ações para abordar riscos e oportunidades (Opção A);

8.6 – Melhoria (Opção A);

8.7 – Ações corretivas (Opção A);

8.8 – Auditorias internas (Opção A);

8.9 – Análises críticas pela gerência (Opção A);

Anexo A – Rastreabilidade metrológica;

Anexo B – Opções para o sistema de gestão

Obs : Outros documentos também são considerados, como por exemplo:


NIT-DICLA-026 – requisitos para participação em ensaios de proficiência, NIT-
DICLA-030 – Rastreabilidade Metrológica; NIT-DICLA-031 – Regulamento para
acreditação, NIE-CGCRE-009 – Uso da marca, entre outros específicos,
mesmo considerando a condição do laboratório como acreditado, postulante à
acreditação ou não acreditado. Caso o laboratório não tenha a pretensão de
ser acreditado, os documentos normativos da Cgcre não devem ser aplicados.

8.8 Auditorias internas (Opção A)

8.8.1 O laboratório deve conduzir auditorias internas a intervalos planejados


para prover informações sobre se o sistema de gestão:

a) está conforme com:

— os requisitos do próprio laboratório para o seu sistema de gestão, incluindo


as atividades de laboratório;

— os requisitos deste documento;

 b) está implementado e mantido eficazmente.

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8.8.2 O laboratório deve:  

a) planejar, estabelecer, implementar e manter um programa de auditoria,


incluindo a frequência, métodos, responsabilidades, requisitos para planejar e o
relato, que deve levar em consideração a importância das atividades de
laboratório concernentes, mudanças que afetam o laboratório e os resultados
de auditorias anteriores;

 b) definir os critérios de auditoria e o escopo para cada auditoria;

 c) assegurar que os resultados das auditorias sejam relatados à gerência


pertinente;

 d) implementar correção e ações corretivas apropriadas sem demora indevida;

 e) reter registros como evidência da implementação do programa de auditoria e


dos resultados de auditoria.

NOTA : A ABNT NBR ISO 19011 fornece orientação sobre auditorias internas.

8.8 – Auditoria Interna :

Intervalos planejados;

 Requisitos da norma;

 Requisitos adicionais (ex : documentos Cgcre);

 Requisitos do laboratório;

 O laboratório deve :

 planejar, estabelecer, implementar,, manter um programa de auditoria,


incluindo frequência, métodos, responsabilidades, requisitos para planejar eu
relato, mudanças que afetam o laboratório e resultados de auditorias
anteriores;

 definir critérios de auditoria;

 escopo de cada auditoria;

 resultados relatados à gerência;

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 Implementar correção e ações corretivas sem demora indevida;

 reter registros de auditoria.

ABNT NBR ISO 19011 : 2018

3 . Diferentes tipos de auditoria:

Auditoria de 1ª parte Auditoria de 2ª parte Auditoria de 3ª parte

Auditoria interna Auditoria de fornecedor Auditoria de certificação


externo e/ou acreditação
Outra auditoria de parte Auditoria estatutária,
interessada externa regulamentar e similar

4. Definições :

Auditoria : processo sistemático, independente e documentado para obter


evidência objetiva e avaliá-la objetivamente, para determinar e extensão na
qual os critérios de auditoria são atendidos;

Auditoria combinada : auditoria realizada em um único auditado, em dois ou


mais sistemas de gestão;

Auditoria conjunta : auditoria realizada em um único auditado, por duas ou


mais organizações;
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Programa de auditoria : arranjos para um conjunto de uma ou mais auditorias,


planejado para um período de tempo específico e direcionado a um propósito
específico;

Escopo da auditoria : abrangência e limites de uma auditoria;

Plano de auditoria : descrição das atividades e arranjos para uma auditoria;


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Critérios de auditoria : conjunto de requisitos usados como referência com a


qual a evidência objetiva é comparada;

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Evidência objetiva : dados que apoiam a existência ou veracidade de alguma


coisa;

Evidência de auditoria : registros, apresentação de fatos ou informações


pertinentes aos critérios de auditoria e verificáveis;
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Constatações de auditoria : resultados da avaliação de evidência coletada,


comparada com os critérios de auditoria;

Conclusão da auditoria : resultado de uma auditoria, após levar em


consideração os objetivos de auditoria e todas as constatações de auditoria;

Cliente de auditoria : organização ou pessoa que solicita uma auditoria;


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Auditado : organização como um todo ou suas partes, que está sendo


auditada;

Equipe de auditoria : uma ou mais pessoas que realizam uma auditoria,


apoiadas, se necessário, por especialistas;

Auditor : pessoa que realiza uma auditoria;


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Especialista : pessoa que provê conhecimento ou experiência específicos para


a equipe auditora (não atua como auditor);

Observador : pessoa que acompanha a equipe auditora, mas não atua como
auditor;
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Sistema de gestão : conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos


de uma organização, para estabelecer políticas, objetivos e processos para
alcançar estes objetivos;

Risco : efeito da incerteza;

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Conformidade : atendimento de um requisito;

Não Conformidade : não atendimento de um requisito;


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Competência : capacidade de aplicar conhecimento e habilidades para


alcançar resultados pretendidos;

Requisito : necessidade ou expectativa que é declarada, geralmente implícita


ou obrigatória;

Processo : conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que utilizam


entradas para entregar um resultado pretendido;

Desempenho : resultado mensurável;

Eficácia : extensão na qual atividades planejadas são realizadas e resultados


planejados são alcançados.
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5. Princípios de auditoria :

 Caracterizada pela confiança em diversos princípios;

 Deve ser eficaz e confiável em apoio às políticas e controles de gestão;

 Fornecer informações para a organização melhorar seu desempenho;

 Conclusões de uma auditoria permitam que auditores trabalhem de


forma independente entre si, chegando a conclusões similares em
circunstâncias similares.

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Sete princípios da auditoria :

a) Integridade – o fundamento do profissionalismo (ética, honestidade,


responsabilidade, competência, imparcialidade, sensibilidade e justiça);

b) Apresentação justa – reportar com veracidade e exatidão;

c) Devido cuidado profissional : a aplicação de diligência e julgamento


em auditoria (fazer julgamentos ponderados em todas as situações da
auditoria);

d) Confidencialidade – segurança de informação;

e) Independência – base para a imparcialidade da auditoria e


objetividade das conclusões de auditoria (independência da atividade
que está sendo auditada);

f) Abordagem baseada em evidência – o método racional para alcançar


conclusões de auditoria confiáveis e reprodutíveis em um processo sistemático
de auditoria;

g) Abordagem baseada em risco – uma abordagem de auditoria que


considera riscos e oportunidades (convém que a abordagem baseada em
risco influencie substancialmente o planejamento, a condução e o relato de
auditorias, para assegurar que as auditorias sejam focadas em assuntos que
sejam significativos para o cliente de auditoria e para alcançar os objetivos do
programa de auditoria.
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6. Gerenciando um programa de auditoria

Programa de auditoria podem abordar uma ou mais normas de sistema de


gestão ou outros requisitos;

 Programa de auditoria baseado no tamanho, natureza, funcionalidade,


complexidade, tipos de riscos e oportunidades e nível de maturidade do
sistema de gestão auditado;

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 Necessário prestar especial atenção ao local onde as decisões mais


importantes são tomadas e ao que constitui a “Alta Direção” do sistema de
gestão;

 Convém que o programa inclua as seguintes informações :

a) Objetivos para o programa de auditoria;

b) Riscos e oportunidades associadas ao programa de auditoria e ações


para abordá-los;

c) Escopo de cada auditoria no programa de auditoria;

d) Agendamento das auditorias;

e) Tipos de auditoria, como interna ou externa;

f) Critérios de auditoria;

g) Métodos de auditoria a serem empregados;

h) Critérios para selecionar membros da equipe auditora;

i) Informação documentada pertinente.

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Convém que a pessoa que gerencia o programa de auditoria :

a) comunique(m)-se com as partes pertinentes do programa de auditoria,


incluindo os riscos e oportunidades envolvidos, e com as partes interessadas
pertinentes e informe(m) periodicamente de seu progresso, usando canais de
comunicação externos e internos estabelecidos;

 b) especifique(m) objetivos, escopo e critérios para cada auditoria individual;

 c) selecione(m) métodos de auditoria ;

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 d) coordene(m) e agende(m) auditorias e outras atividades pertinentes ao


programa de auditoria;

 e) assegure(m) que as equipes de auditoria tenham a competência necessária


;

f) forneça(m) recursos individuais e globais necessários para as equipes de


auditoria ;

 g) assegure(m) a condução de auditorias de acordo com o programa de


auditoria, gerenciando todos os riscos operacionais, oportunidades e
questões (isto é, eventos inesperados), conforme eles surjam durante a
implantação do programa;

 h) assegure(m) que a informação documentada pertinente relativa às


atividades de auditoria seja gerenciada e mantida apropriadamente ;

 i) defina(m) e implemente(m) os controles operacionais necessários para o


monitoramento do programa de auditoria;

 j)analise(m) criticamente o programa de auditoria para identificar


oportunidades para sua melhoria .
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 Cada auditoria individual seja baseada em objetivos, escopo e critérios de


auditoria especificados, coerentes com os objetivos globais do programa de auditoria;

 Determinar métodos de auditoria ( exemplo : local, remotamente ou


combinados );

 Selecionar equipe auditora com a competência necessária. Quando


houver somente um auditor, devem ser realizadas todas as obrigações de um
líder de equipe. Auditores em treinamento somente sob a direção e orientação
de um auditor. Se houver necessidade de mudança na composição da equipe,
resolver com as partes apropriadas (líder, gerente do programa e cliente da
auditoria)

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Registros do programa de auditoria

Os registros podem incluir o seguinte:

 a) Registros relacionados ao programa de auditoria, como:


— agenda de auditoria;
— objetivos e extensão do programa de auditoria;
— aqueles que abordam riscos e oportunidades do programa de auditoria e
questões externas e internas pertinentes;
— análise crítica da eficácia do programa de auditoria.

 b) Registros relacionados a cada auditoria, como:


— planos de auditoria e relatórios de auditoria;
— evidência objetiva e constatações de auditoria;
— relatórios de não conformidades;
— relatórios de correções e ações corretivas;
— relatórios de acompanhamento de auditoria.
 c) Registros relacionados à equipe de auditoria, abrangendo tópicos como:
— avaliação de competência e desempenho dos membros da equipe de
auditoria;
— critérios para a seleção de equipes de auditoria e membros da equipe, e
formação de equipes de auditoria;
— manutenção e melhoria da competência.

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Monitoramento do programa de auditoria

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Convém que a(s) pessoa(s) que gerencia(m) o programa de auditoria


assegure(m) a avaliação de:

 a) se os agendamentos estão sendo cumpridos e se os objetivos do programa


de auditoria estão sendo alcançados;

 b) desempenho dos membros da equipe de auditoria, incluindo o líder da


equipe de auditoria e os especialistas;

 c) capacidade das equipes de auditoria de implementar o plano de auditoria;

 d) feedback para clientes de auditoria, auditados, auditores, especialistas e


outras partes interessadas pertinentes;

 e) suficiência e adequação de informação documentada em todo o processo de


auditoria.
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Analisando criticamente e melhorando o programa de auditoria

— análise crítica da implementação global do programa de auditoria;

— identificação das áreas e oportunidades para melhoria;

— operação de mudanças no programa de auditoria, se necessário;

— análise crítica do desenvolvimento profissional contínuo de auditores;


— relatos dos resultados do programa de auditoria e análise crítica com o
cliente de auditoria e partes interessadas pertinentes, conforme
apropriado.
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7. Conduzindo uma auditoria


(Responsabilidade do auditor líder)

 Estabelecendo contato com o auditado (confirmar canais de


comunicação com os representantes dos auditados, autoridade para
conduzir a auditoria, composição da equipe, arranjos específicos, etc);

 Determinando a viabilidade da auditoria (informações apropriadas,


cooperação do auditado, tempo e recursos adequados);

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 Realizando análise crítica de informação documentada (inclua, mas


não se limite a documentos e registros do sistema de gestão e relatórios
de auditorias anteriores). Contemplar também : riscos e oportunidades,
complexidade, organização, critérios e objetivos da auditoria, entre
outros.
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7.1 – Planejamento da auditoria :

 Atividade do líder da equipe (incluindo atribuições de trabalho para a


equipe de auditoria) ;

 Considerar riscos (ex : equipe de auditoria influenciando adversamente


o auditado, planejamento ineficaz,etc);

Detalhes do planejamento :

 a) objetivos de auditoria;

b) escopo da auditoria, incluindo identificação da organização e suas funções,


assim como os processos a serem auditados;

c) critérios de auditoria e qualquer informação documentada de referência;

d) locais (físicos e virtuais), datas, tempo e duração estimados das atividades


de auditoria a serem conduzidas, incluindo reuniões com a direção do
auditado;

e) necessidade de a equipe de auditoria se familiarizar com as instalações e


processos do auditado (por exemplo, conduzindo uma visita ao(s) local(is)
físico(s) ou analisando criticamente tecnologia de informação e
comunicação);

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 f) métodos de auditoria a serem usados, incluindo a extensão na qual a


amostragem de auditoria seja necessária para obter evidências suficientes
de auditoria;

 g) papéis e responsabilidades dos membros da equipe de auditoria, assim


como dos guias e observadores ou intérpretes;

 h) alocação de recursos apropriados, baseada na consideração dos riscos e


oportunidades relacionados às atividades que serão auditadas;

Obs : Os membros da equipe auditora coletem e analisem criticamente a


informação coletada pertinentes às suas atribuições (ex : listas de
verificação físicas ou digitais, detalhes de amostragem, informações
audiovisuais, etc).
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7.2 . Conduzindo atividades de auditoria :

 Atribuir papéis e responsabilidades para guias e observadores


(devem ter aprovação do líder da equipe e do auditado, se requerido e não
podem influenciar ou interferir na condução da auditoria);

 Reunião de abertura (apresentar equipe, confirmar o acordo de todos


os participantes com o plano de auditoria, assegurar que todas as atividades
planejadas de auditoria sejam realizadas). Convém que a direção do auditado
esteja presente. Também conveniente que haja registro de presença;

 Comunicação durante a auditoria;

 Disponibilidade e acesso de informação de auditoria (local ou


remoto);
 Analisando criticamente a informação documentada ao conduzir a
auditoria (reunir informações e determinar a conformidade do sistema);

 Coletando e verificando informação (evidência de auditoria que leve a


constatações de auditoria, devem ser registradas);

 Determinando conclusões de auditoria (reunião da equipe auditora,


preparar recomendações, discutir acompanhamento de auditoria, se aplicável,
melhorias do sistema de gestão, alcance dos objetivos e do escopo da
auditoria, etc;

 Reunião de encerramento – deve ser presidida pelo líder da equipe.


(apresentar constatações e conclusões de auditoria, registro de presença.
Comunicar : auditoria baseada em amostragem, atividades pós auditoria,
opiniões divergentes, recomendações, oportunidades de melhorias, etc)

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7.3 – Relatório de auditoria

 a) objetivos de auditoria;

 b) escopo de auditoria, particularmente a identificação da organização (o


auditado) e as funções ou processos auditados;

 c) identificação do cliente de auditoria;

 d) identificação da equipe de auditoria e de participantes do auditado na


auditoria;

 e) datas e locais onde as atividades de auditoria foram conduzidas;

 f) critérios de auditoria;

 g) constatações de auditoria e evidências relacionadas;

h) conclusões de auditoria;

 i) uma declaração sobre o grau no qual os critérios de auditoria foram


atendidos;

 j) quaisquer opiniões divergentes não resolvidas entre a equipe de auditoria e o


auditado;

 k) auditorias por natureza são um exercício de amostragem; como tal, há um


risco de que a evidência de auditoria examinada não seja representativa.
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Conforme apropriado, o relatório ainda pode conter :

— plano de auditoria, incluindo agenda;

— um resumo do processo de auditoria, incluindo quaisquer obstáculos


encontrados que possam reduzir a confiabilidade das conclusões de
auditoria;

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— confirmação de que os objetivos de auditoria foram alcançados no escopo


de auditoria de acordo com o plano de auditoria;

— quaisquer áreas no escopo da auditoria não cobertas, incluindo quaisquer


questões de disponibilidade de evidência, recursos ou confidencialidade,
com justificativas relacionadas;

— um resumo cobrindo as conclusões de auditoria e as principais constatações


de auditoria que a apoiam;

— boas práticas identificadas;

— acompanhamento de plano de ação acordado, se houver;

— uma declaração da natureza confidencial dos conteúdos;

— quaisquer implicações para o programa de auditoria ou auditorias


subsequentes.
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8. Competência e avaliação de auditores

- Avaliada regularmente por meio de um processo que considere o


comportamento pessoal e a capacidade para aplicar conhecimento e
habilidades obtidos por meio de educação, experiência de trabalho,
treinamento de auditor e experiência de auditoria.

- Convém que a avaliação seja da competência do auditor seja planejada,


implementada e documentada, preferencialmente incluindo quatro passos a
seguir :

a) determinar a competência necessária para atender às necessidades do


programa de auditoria;

 b) estabelecer os critérios de avaliação;

 c) selecionar o método apropriado de avaliação;

 d) conduzir a avaliação.


Convém que o resultado do processo de avaliação forneça uma base para o
seguinte:

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— seleção dos membros da equipe de auditoria ;

— determinação da necessidade para competência melhorada (por exemplo,


treinamento adicional);

— avaliação continuada do desempenho de auditores.

Comportamento pessoal :

 a) ético, isto é, ser justo, verdadeiro, sincero, honesto e discreto;

 b) mente aberta, isto é, estar disposto a considerar ideias ou pontos de vista
alternativos;

 c) diplomático, isto é, ser sensível ao lidar com pessoas;

 d) observador, isto é, observar ativamente o ambiente físico e as atividades;

 e) perceptivo, isto é, estar consciente e ser capaz de entender situações;

 f) versátil, isto é, ser capaz de prontamente se adaptar a diferentes situações;

 g) tenaz, isto é, ser persistente focado em alcançar objetivos;

 h) decisivo, isto é, ser capaz de alcançar conclusões em tempo hábil com base
em raciocínio lógico e análise;

 i) autoconfiante, isto é, ser capaz de agir e funcionar independentemente


enquanto interage eficazmente com outros;

 j) capaz de agir com firmeza, isto é, ser capaz de atuar responsavelmente e
eticamente, mesmo que estas ações possam não ser sempre populares e
possam algumas vezes resultar em desacordo ou confrontação;

 k) aberto a melhorias, isto é, ser disposto a aprender com situações;

 l) culturalmente sensível, isto é, ser observador e respeitoso com a cultura do


auditado;  

m) colaborativo, isto é, interagir eficazmente com outros, incluindo os membros


da equipe de auditoria e o pessoal do auditado.
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Conhecimentos e competências dos auditores :

 Conhecimento e habilidades genéricos de auditores do sistema de gestão;

 Competência de auditores em disciplina e setor específicos;

 Competência genérica de líder de equipe de auditoria;

 Conhecimento
e habilidades para auditar múltiplas disciplinas.
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9 . Recomendações para redigir não conformidades :


As não conformidades devem ser descritas com base em evidências objetivas,
sendo relatadas de modo claro e conciso, não deixando dúvidas sobre o
processo auditado e ao requisito violado, mencionando também o(s) caso(s)
ocorrido(s).

Deve-se tomar o cuidado na redação, para não colocar em dúvida o processo


de auditoria e a interpretação para posterior tratamento da não conformidade
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10. Alguns pontos importantes relacionados à ABNT NBR ISO / IEC


17025 : 2017

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Todos os aspectos, requisitos e cultura verificados na auditoria são


importantes, pois podem refletir pontos fortes ou fracos do laboratório. Tudo
deve ser observado, mesmo que considerando que a auditoria é de momento e
por amostragem.

Vamos então, considerar o item, com uma ou mais observações que possam
servir de orientação no processo de auditoria, voltando a lembrar que todos são
pontos importantes e que estão interligados.

Segue breve relação :

 4. Requisitos Gerais :

 4.1 – Imparcialidade :

 4.1.1 a 4.1.3 – atividades realizadas com imparcialidade, gerencia deve


ser comprometida e o laboratório deve ser responsável pela imparcialidade;

 4.1.4 – identificar riscos à sua imparcialidade

 4.2 – Confidencialidade :

 4.2.1 a 4.2.3 – laboratório responsável (compromissos legalmente


exigíveis) por todas as informações geradas durante os trabalhos. Divulgação
de informações somente com autorização ou acordo com o cliente, exceto se
proibido por lei. Informações sobre o cliente, obtidas de outras fontes, devem
ser tratadas como confidenciais;

 4.2.4 – Todas as pessoas envolvidas devem manter confidencialidade


(comitês, contratados, etc);

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 5. Requisitos de estrutura :

 5.1 – Entidade legal;

 5.2 – Identificar a gerência;

 5.3 e 5.4 – Definir e documentar todas as suas atividades (acreditadas e


não acreditadas), excluindo atividades de laboratórios providas externamente
(instalações permanentes, móveis, temporárias ou em clientes);

 5.5 – Definir estrutura organizacional, responsabilidades, autoridades e o


inter-relacionamento de todo pessoal. Documentar seus procedimentos na
extensão necessária;

 5.6 – Pessoal com autoridade e recursos para : implementar melhorias


no sistema, identificar desvios, ações para minimizar ou evitar desvios, relatos
à gerência, garantir a eficácia das atividades do laboratório;

 5.7 – Gerência deve assegurar comunicação e integridade do sistema


de gestão.

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 6 – Requisitos de recursos :

 6.1 – Generalidades;

 6.2 – Pessoal :

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 6.2.1 – Imparcialidade, competência e trabalhar de acordo com sistema


de gestão;

 6.2.2 a 6.2.5 – Competência para cada função (requisitos de formação,


qualificação, treinamento, conhecimento técnico, habilidades e experiências.
Avaliar a importância dos desvios. Procedimentos e registros (requisitos de
competência, seleção de pessoal, treinamento de pessoal, supervisão de
pessoal, autorização de pessoal e monitoramento de competência);

 6.2.6 – Autorizar pessoal (desenvolvimento, modificação, verificação,


validação, análise de resultados, declarações, opiniões e interpretações, relato,
análise crítica e autorização de resultados).

 6.3 – Instalações e condições ambientais :

 6.3.1 a 6.3.5 – Instalações e condições ambientais adequadas a


necessidade e monitoradas – métodos e procedimentos pertinentes – controle
das instalações devem ser implementadas, monitoradas e periodicamente
analisadas criticamente. Manter requisitos em instalações fora do controle
permanente.

 6.4 – Equipamentos :

 6.4.1 – Acesso a equipamentos (instrumentos de medição, software,


padrões de medição, materiais de referência, dados de referência, reagentes,
consumíveis ou aparelhos auxiliares);

 6.4.2 – Garantir confiabilidade em equipamentos fora do controle do


laboratório;

 6.4.3 – Procedimento para transporte, manuseio, uso e manutenção


planejada;

 6.4.4 a 6.4.8 – Equipamentos em conformidade, capazes de alcançar a


exatidão de medição e incerteza requeridas, com programa de calibração
analisado criticamente e ajustado, identificando seu status de calibração;

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 6.4.9 – Equipamento com defeito deve ser identificado;

 6.4.10 – Checagens intermediárias devem seguir procedimento;

 6.4.11 – Fatores de correção sejam atualizados e implementados;

 6.4.12 – Medidas viáveis para evitar ajustes não intencionais;

 6.4.13 – Registros dos equipamentos (nome, localização, fabricante, nº


de série, plano de manutenção, etc);

 6.5 – Rastreabilidade metrológica :

 6.5.1 a 6.5.3 – Rastreabilidade metrologica através de cadeia


ininterrupta de medições, rastreáveis ao SI (sempre que possível).

 6.6 – Produtos e serviços providos externamente

 6.6.1 e 6.6.2 – Assegurar aquisição de todos os produtos destinados às


atividades do laboratório. Deve ter procedimento e registros (analisar
criticamente e aprovar produtos e serviços. Definir critérios de avaliação,
seleção, monitoramento e reavaliação de provedores externos. Tomar ações
decorrentes de avaliações, monitoramentos e reavaliações;

 6.6.3 – Comunicar seus requisitos a provedores externos (critérios de


aceitação, competência, etc).

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 7. Requisitos de processo :

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 7.1 – Análise crítica de pedidos, propostas e contratos :

 7.1.1 – Procedimento definindo requisitos (capacidade, recursos,


métodos, etc);

 7.1.2 – Informar cliente quando o método não for apropriado ou


desatualizado;

 7.1.3 – Regras sobre declaração de conformidade devem ser claramente


definidas;

 7.1.4 a 7.1.6 – Diferenças entre pedido e contrato, devem ser resolvidas


antes do início das atividades e serem aceitos tanto pelo cliente como pelo
laboratório. Cliente deve ser informadosobre qualquer desvio. Contrato
modificado após início dos trabalhos, a análise crítica deve ser repetida;

 7.1.7 – Cooperar com os clientes e representantes;

 7.1.8 – Reter registros das análises críticas e de todas as discussões;

 7.2 – Seleção, verificação e validação de métodos :

 7.2.1 – Seleção e verificação de métodos :

 7.2.1.1 a 7.2.1.3 – Empregar métodos e procedimentos adequados,


atualizados, garantindo uso da última versão (incluir normas, manuais,
instruções, documentação de apoio, etc);

 7.2.1.4 – Se o cliente não especificar o método, o laboratório deve


selecionar e informar o cliente;

 7.2.1.5 – O laboratório deve verificar se é capaz de alcançar o


desempenho requerido. Manter registros;

 7.2.1.6 e 7.2.1.7 – Desenvolvimento de método deve ser planejado, com


análise crítica periódica. Mudanças no plano devem ser aprovadas e
autorizadas;

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 7.2.2 – Validação de métodos :

 7.2.2.1 – Métodos não normalizados, desenvolvidos pelo laboratório e


métodos normalizados empregados fora de seu escopo pretendido devem ser
validados;

 7.2.2.2 – Alteração em métodos validados, deverão passar por nova


validação;

 7.2.2.3 – Métodos validados devem atender necessidades dos clientes;

 7.2.2.4 – Procedimento e registros de validação.

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 7.3 – Amostragem :

 7.3.1 a 7.3.3 – O laboratório deve ter plano e método de amostragem,


sempre que razoável, baseado em métodos estatísticos. Reter registros de
amostragem (referência ao método, data e hora, identificação da amostra,
equipamento empregado, condições ambientais, identificação do pessoal,
diagramas, desvios, adições, etc).

 7.4 – Manuseio de itens de ensaio ou calibração :

 7.4.1 – Procedimento para transporte, recebimento, manuseio, proteção,


armazenamento, retenção e descarte ou retorno de itens. Tomar precauções
para evitar deterioração, contaminação, perda ou dano;

 7.4.2 – Sistema de identificação não ambígua. Contemplar subdivisão de


itens;

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 7.4.3 – Registrar desvios no recebimento. Consultar o cliente em caso


de dúvida sobre adequação;

 7.4.4 – Para condições ambientais especificadas para armazenamento,


monitorar e registrar.

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 7.5 – Registros técnicos :

 7.5.1 e 7.5.2 – Assegurar que os registros técnicos contenham todas as


informações necessárias (identificação de pessoal, conferência de dados,
observações e cálculos originais – tudo registrado no momento em que
ocorrem). Emendas devem ser vinculadas às versões anteriores e observações
originais, com data de alteração e pessoal responsável.

 7.6 – Avaliação da incerteza da medição :

 7.6.1 a 7.6.3 – Identificar todas as contribuições significativas.


Laboratórios de calibração deve avaliar a incerteza de medição para todas as
calibrações. Laboratórios de ensaio devem avaliar a incerteza de medição;
quando um ensaio impossibilitar uma avaliação rigorosa, deve ser feita uma
estimativa baseada em princípios teóricos do método, ou na experiência prática
do desempenho.

 7.7 – Garantia da validade dos resultados :

 7.7.1 – Procedimento para monitorar e validar resultados. Monitoramento


planejado e analisado criticamente utilizando por exemplo : materiais de

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referência, checagens, ensaios e calibrações replicadas, reensaios ou


recalibrações, comparações intralaboratoriais, etc;

 7.7.2 - Monitorar desempenho por meio de comparação com outros


laboratórios – monitoramento planejado e analisado criticamente (participação
em ensaio de proficiência e / ou participação em comparações interlaboratoriais
distintas de ensaios de ensaios de proficiência;

 7.7.3 – Analisar dados de monitoramento. Para dados fora dos critérios,


tomar ações apropriadas.

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 7.8 – Relato de resultados :

 7.8.1 – Generalidades :

 7.8.1.1 e 7.8.1.2 – Resultados fornecidos com exatidão, clareza,


objetividade, sem ambiguidade (analisados criticamente e autorizados antes da
liberação). Incluir informações acordadas com o cliente e necessárias para
interpretação dos resultados – Relatórios emitidos são registros técnicos;

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 7.8.1.3 - Resultados podem ser relatados de forma simples, após acordo


com cliente;

 7.8.2 – Requisitos comuns para relatórios (ensaio, calibração ou


amostragem) :

 7.8.2.1 – Informações que devem ser incluídas nos relatórios (título,


endereço do laboratório, método, etc)

 Obs : incorporados ou modificados alguns itens:

g) nome, informações e contato do cliente;

o) identificação da pessoa que autoriza o relatório – dispensa assinatura;

p) incorpora resultados de provedores externos.

 7.8.2.2 – Laboratório é responsável por todas as informações contidas


no relatório. Incluir informações quando o cliente fornecer dados ou for
responsável pela amostragem.

 7.8.3 – Requisitos específicos para relatórios de ensaios :

 7.8.3.1 – Além dos requisitos listados em 7.8.2, incluir quando


necessário : condições específicas de ensaio, declaração de conformidade,
incerteza – se aplicável (ex : validade e aplicação de resultados, requerido por
instrução, ou afetar a conformidade), opiniões e interpretações e informações
adicionais);

 7.8.3.2 – Quando for responsável pela amostragem, atender 7.8.5;

 7.8.4 – Requisitos específicos para certificados de calibração :

 7.8.4.1 – Além dos requisitos listados em 7.8.2, devem incluir o seguinte


: incerteza de medição na mesma unidade do mensurando, condições ( ex :
ambientais), declaração identificando como os resultados são
metrologicamente rastreáveis (Anexo A), resultados antes e depois do ajuste,
declaração de conformidade (se pertinente), opiniões e interpretações (quando
apropriado);

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 7.8.4.2 – Quando ao laboratório for responsável pela amostragem,


atender aos requisitos listados em 7.8.5;

 7.8.4.3 – Certificado ou etiqueta de calibração, não pode conter


intervalos de calibração, exceto, quando acordado com o cliente;

 7.8.5 – Relato da amostragem–Requisitos específicos :

 Quando o laboratório realizar a amostragem, além dos requisitos


listados em 7.8.2, incluir :

 a) data da amostragem

 b) identificação do item (incluir diagramas, esboços, etc)

 c) local

 d) referência ao plano ou método

 e) condições ambientais que possam afetar a interpretação dos


resultados

 f) informações requeridas para avaliar a incerteza;

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 7.8.6 – Relato de declarações de conformidade:

 7.8.6.1 – Quando fornecida declaração de conformidade, documentar a


regra de decisão e considerar o nível de risco;

 7.8.6.2 – Declaração deve identificar claramente :

 a) resultados que a declaração se aplica

 b) especificações e normas são atendidas ou não

 c) regra de decisão aplicada (a menos que seja inerente à especificação


ou norma)

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 7.8.7 – Relato de opiniões e interpretações :

 7.8.7.1 a 7.8.7.3 – Assegurar que somente pessoal autorizado emita tais


declarações. Devem ser baseadas nos resultados obtidos a partir do item
ensaiado ou calibrado. Quando a opinião ou interpretação forem comunicadas
ao cliente por diálogo, reter registro;

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 7.8.8 – Emendas aos relatórios :

 7.8.8.1 – Alteração de informações deve ser claramente identificada,


juntamente com a razão para a alteração;

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 7.8.8.2 – Emendas devem ser feitas na forma de novo documento,


incluindo a declaração “Emenda ao Relatório………….”;

 7.8.8.3 – Quando emitir novo relatório, identificar univocamente e conter


referência ao documento original substituído;

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 7.9 – Reclamações :

 7.9.1 – Processo documentado para receber, avaliar e tomar decisões


sobre reclamações;

 7.9.2 – Processo para tratar reclamações deve estar disponível. A


reclamação recebida deve ser confirmada se está relacionada às atividades de
laboratório. O laboratório deve ser responsável por todas as decisões;

 7.9.3 – O processo deve incluir: processo para receber, validar e


investigar ações, monitorar e registrar reclamações e assegurar que ações
sejam tomadas;

 7.9.4 e 7.9.5 – O laboratório deve ser responsável por coletar e verificar


informações. Acusar recebimento de recebimento de reclamação e fornecer ao
reclamante o progresso e a conclusão;

 7.9.6 – As conclusões devem ser elaboradas ou analisadas criticamente


e aprovadas por indivíduo não envolvido nas atividades do laboratório;

 7.9.7 – Notificar formalmente o reclamante sobre o término do


tratamento;

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 7.10 – Trabalho não conforme :

 7.10.1 – Procedimento assegurando : responsabilidades e autoridades,


ações, Avaliação da importância do trabalho com análise de impacto, decisão
sobre aceitabilidade do trabalho não conforme, cliente notificado e trabalho
cancelado (quando necessário), responsabilidade pela autorização da
retomada do trabalho;

 7.10.2 – Reter registros dos trabalhos não conformes;

 7.10.3 – Quando houver indicação que o trabalho não conforme pode se


repetir, implementar ação corretiva;

 7.11 – Controle de dados e gestão de registros:

 7.11.1 – Laboratório deve ter acesso aos dados e informações para as


atividades do laboratório;

 7.11.2 – Antes da implantação, o sistema de gestão da informação deve


ser validado (processamento, registro, relato, armazenamento ou recuperação
de dados). Alteração em softwares comerciais de prateleira, devem ser
autorizadas, documentadas e validadas antes da implementação;

 7.11.3 – Sistema deve : protegido contra acesso não autorizado,


adulteração ou perda, operado em ambiente adequado, integridade
assegurada, registro de falhas e ações imediatas e corretivas apropriadas;

 7.11.4 – Quando o sistema for mantido fora do laboratório, assegurara


atendimento aos requisitos necessários;

 7.11.5 – Instruções, manuais e dados de referência, devem estar


prontamente disponíveis para o pessoal;

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 7.11.6 – Cálculos e transferências devem ser submetidos a conferências


apropriadas;

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 8 – Requisitos do sistema de gestão :

 8.1 – Opções (8.1 e 8.2 – Opções A e B) ;

 8.2 – Documentação do sistema de gestão (Opção A) :

 8.2.1 a 8.2.5 – Estabelecer e manter políticas e objetivos, abordando a


competência, imparcialidade e operação do laboratório. Evidência do
comprometimento com o sistema de gestão e melhoria contínua. Toda
documentação, processos, sistemas e registros devem ser incluídos ao sistema
de gestão. Acesso às partes da documentação do sistema de gestão aplicáveis
às responsabilidades de cada pessoa envolvida;

 8.3 – Controle de documentos do sistema de gestão (Opção A) :

 8.3.1 – Controlar documentos internos e externos;

 8.3.2 – Assegurar : documentos aprovados, análise crítica periódica,


alteração e revisão identificadas, versões pertinentes nos pontos de utilização,
identificação unívoca, não utilização de documentos obsoletos ( de forma não
intencional);

 8.4 – Controle de registros (Opção A) :

 8.4.1 e 8.4.2 – Estabelecer e reter registros. Implementar controles


necessários para identificação, armazenamento, proteção, cópias de
segurança, arquivamento, recuperação, tempo de retenção e disposição de

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seus registros. Acesso a registros disponíveis e consistentes com a


confidencialidade e com a suas obrigações contratuais;

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 8.5 – Ações para abordar riscos e oportunidades (Opção A) :

 8.5.1 – Considerar riscos e oportunidades associadas as atividades do


laboratório, a fim de :

 a) assegurar que o sistema de gestão alcance seus resultados


pretendidos;

 b) aumentar as oportunidades para atingir os propósitos e objetivos do


laboratório;

 c) prevenir ou reduzir impactos indesejáveis e possíveis falhas nas


atividades de laboratório;

 d) alcançar melhoria;

 8.5.2 – O laboratório deve planejar :

 a) ações para abordar estes riscos e oportunidades;

 b) como : integrar e implementar estas ações em seu sistema de


gestão; avaliar a eficácia destas ações;

 8.5.3 – Ações devem ser proporcionais ao impacto potencial sobre a


validade dos resultados do laboratório;

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 8.6 – Melhoria (Opção A) :

 8.6.1 e 8.6.2 – Identificar e selecionar oportunidades de melhoria.


Obter retroalimentação positiva ou negativa;

 8.7 – Ações corretivas (Opção A) :

 8.7.1 – Na ocorrência de não conformidade, o laboratório deve :

a) reagir à não conformidade (tomar ação e lidar com as consequências;

b) eliminar causa (analisar criticamente, determinar causa, determinar


existência de não conformidades similares, ou se potencialmente podem
ocorrer;

c) implementar qualquer ação necessária;

d) analisar criticamente a eficácia;

e) atualizar riscos e oportunidades durante o planejamento;

f) realizar mudanças, se necessário;

8.7.2 e 8.7.3 – Ações corretivas apropriadas aos efeitos das não


conformidades. Reter registros como evidência;

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 8.8 – Auditorias internas (Opção A) :

 8.8.1 e 8.8.2 – Conduzida em intervalos planejados – planejar,


estabelecer, implementar, e manter um programa de auditoria, incluindo
frequência, métodos, responsabilidades, requisitos para planejar e relato.

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Definir critérios e escopo, assegurar que os resultados da auditoria sejam


relatados à gerência, implementar ações corretivas sem demora indevida e
reter registros da implementação do programa de auditoria e seus resultados;

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 8.9 – Análises críticas pela gerência (Opção A):

 8.9.1 – Análise crítica realizada em intervalos planejados,


assegurando contínua adequação, suficiência e eficácia, incluindo políticas e
objetivos;

 8.9.2 – Entradas :

a) mudanças em questões internas e externas que sejam pertinentes para o


laboratório;

b) atendimento aos objetivos;

c) adequação das políticas e procedimentos;

d) situação das ações decorrentes de análises críticas anteriores pela gerência;

e) conclusões das auditorias internas recentes;

f) ações corretivas;

g) avaliações realizadas por organizações externas;

h) mudanças no volume e tipo do trabalho ou em seu conjunto de atividades de


laboratório;

i) retroalimentação de clientes e do pessoal;

j) reclamações;

k) eficácia de quaisquer melhorias implementadas;

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l) suficiência de recursos;

m) resultados da identificação de riscos;

n) conclusões sobre a garantia da validade de resultados;

o) outros fatores (ex: monitoramento e treinamento);

 8.9.3 – Saídas :

a) eficácia do sistema de gestão e seus processos;

b) a provisão de recursos requeridos;

c) quaisquer necessidades de mudanças.

 Anexo A – Rastreabilidade metrológica – “informações adicionais


sobre rastreabilidade metrológica”.

 Anexo B – Opções para o sistema de gestão.

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Obrigado a todos e sucesso

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Eduardo Ferreira Garcia

edufgarcia@gmail.com

(11) 98129-5963

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