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1-Introdução
Quando a viga é flexionada, não há somente uma flecha em cada ponto ao longo
do eixo, mas também uma rotação. O ângulo de rotação (θ) do eixo da viga é o ângulo
entre o eixo x e a tangente à curva deformada, como mostrado para o ponto m1, na
Figura 2b.
O ângulo de rotação no ponto m2 é θ+dθ, em que dθ é o aumento no ângulo
conforme andamos do ponto m1 para o ponto m2. Construindo-se linhas normais às
tangentes, o ângulo entre essas normais é dθ e, o ponto de interseção dessas normais é o
centro de curvatura O’ (Figura 2a). A distância do centro de curvatura à curva é
chamado de raio de curvatura ρ. Da Figura 2a, vemos que:
ρ.dθ = ds
dx dv
cos θ = (3a) senθ = (3b)
ds ds
ds ≅ dx
Assim, da equação 1:
1 dθ
κ= = (4)
ρ dx
Uma vez que θ ≅ θ quando θ é pequeno, podemos fazer a seguinte aproximação
para a equação 2:
dv
θ ≅ tan θ = (5)
dx
Assim, se as rotações de uma viga são pequenas, podemos assumir que o ângulo
de rotação θ e a inclinação dv/dx são iguais.
Tomando a derivada de θ com relação à x na equação (5), obtemos:
dθ d 2 v
= (6)
dx dx 2
Combinando (6) com (4), obtemos uma relação entre a curvatura de uma viga e
sua flecha:
1 d2v
κ = = 2 (7)
ρ dx
Essa equação é válida para uma viga de qualquer material, com a condição de
que as rotações sejam pequenas.
Se o material de uma viga é elástico linear e segue a lei de Hooke, a curvatura é:
1 M
κ= = (8)
ρ EI
Em que M é o momento fletor e EI é a rigidez de flexão da viga. Combinando a
equação (7) com (8), obtém-se a equação diferencial do eixo deformado de uma viga:
d2v M
= (9)
dx 2 EI
Essa equação pode ser integrada em cada caso particular para encontrar a flecha
v, com a condição de que o momento fletor M e a rigidez EI sejam conhecidos como
funções de x.
Convenções de sinal:
a)os eixos x e y são positivos para a direita e para cima, respectivamente;
b)a flecha v é positiva para cima;
c)a inclinação dv/dx e o ângulo de rotação θ são positivos quando anti-horários
com relação ao eixo x positivo;
d)a curvatura κ é positiva quando a viga é fletida côncava para cima;
e)o momento fletor M é positivo quando produz tração na parte inferior da viga.
Sabemos que:
dV dM
= −q = V (10)
dx dx
As convenções de sinal para o carregamento distribuído q e para o esforço V são
mostrados na Figura 4.
Figura 4 – Convenção de sinal para q e V
e)Condições de simetria podem também ser avaliadas. Por exemplo, se uma viga
suporta uma carga uniforme em todo o seu comprimento, sabemos antecipadamente que
a inclinação da curva do eixo deformado no ponto médio precisa ser zero.
3)
4)
3)80,3GPa
4)1/320
Neste item iremos descrever outro método para encontrar flechas e ângulos de
rotação de vigas. Como o método é baseado em dois teoremas relacionados à área do
diagrama do momento fletor, é chamado de método da área do momento.
O método é válido somente para vigas elásticas lineares com pequenas
inclinações. Do ponto de vista prático, o método é limitado para encontrar flechas e
ângulos de rotação em pontos específicos no eixo de uma viga.
Para uma viga com pequenos ângulos de rotação, podemos substituir ds por dx.
Assim;
dx
dθ = (15)
ρ
Convenção de sinais:
1-os ângulos θA e θB são positivos quando no sentido anti-horário;
2-o ângulo θB/A entre as tangentes é positivo quando o ângulo θB é
algebricamente maior que θA;
3-o momento M é positivo como apresentado na Figura 4.
Desenhamos a tangente no ponto A e notamos que sua interseção com uma linha
vertical através do ponto B está no ponto B1. A distância vertical entre os pontos B e B1
é denotada por tB/A. Essa distância é referida como o desvio tangencial de B com
relação a A, ou seja, é o desvio vertical do ponto B na curva do eixo deformado da
tangente em A.
Para determinar o desvio tangencial, selecionamos dois pontos m1 e m2
separados por uma pequena distância na curva. O ângulo entre as tangentes nesses dois
pontos é dθ, e o segmento na linha BB1 entre essas tangentes é dt. Uma vez que esses
ângulos entre as tangentes e o eixo x são realmente muito pequenos, vemos que a
distância vertical dt é igual a x1.dθ, em que x1 é a distância horizontal do ponto B ao
pequeno elemento m1m2. Uma vez que dθ=M.dx/EI, obtemos:
M.dx
dt = x 1 .dθ = x 1 . (19)
EI
A expressão x1.M.dx/EI pode ser interpretada geometricamente como o primeiro
momento da área da faixa hachurada de largura dx dentro do diagrama M/EI. Esse
primeiro momento é avaliado com relação à linha vertical através do ponto B.
Integrando a equação (19) entre os pontos A e B, temos:
B B
M.dx
∫A A∫ x 1 . EI (20)
dt =
O diagrama de momento fletor é de forma triangular com momento no apoio dado por –P.L;
Uma vez que a rigidez EI é constante, o diagrama M/EI tem a mesma forma que o diagrama do
momento fletor;
Do teorema da área do momento sabemos que o ângulo θB/A entre as tangentes nos pontos B e A é
igual à área do diagrama M/EI entre esses pontos. Essa área, que iremos denotar por A1, é:
2
1 ⎛ P.L ⎞ P.L
A 1 = (L)⎜ ⎟=
2 ⎝ EI ⎠ 2EI
O ângulo de rotação relativo entre os pontos A e B, do primeiro teorema, é:
P.L2
θ B = θ B − θ A = A1 =
A 2EI
Uma vez que a tangente à curva do eixo deformado no apoio A é horizontal (θA=0),
P.L2
θB =
2EI
A flecha δB pode ser obtida a partir do segundo teorema da área do momento. Nesse caso, o desvio
tangencial tB/A do ponto B da tangente em A é igual à própria flecha δB. O primeiro momento de área
do diagrama M/EI, avaliado com relação ao ponto é:
_
⎛ P.L2 ⎞⎛ 2L ⎞ PL3
Q1 = A 1 . x = ⎜⎜ ⎟⎟⎜ ⎟=
⎝ 2EI ⎠⎝ 3 ⎠ 3EI
Estamos desprezando os sinais e usando somente valores absolutos.
Do segundo teorema da área do momento, sabemos que a flecha δB é igual ao primeiro momento Q1.
Assim,
_
PL3
δB =
3EI
A C B
L/2 L/2
Respostas:
Pab Pa 2 b 2
1- θ A = (L + b); δ D = ;
6LEI 3LEI
7qL3 41qL4
2- θ B = ;δB =
48EI 384EI