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FLUC – Estudos Artísticos 1º Ciclo “O Meu Caso” – José Régio 1957 Ana Rodrigues

César Jesus
João Pereirinha

DIAPOSITIVOS:

O MEU CASO
José Régio
27 de Outubro de 1957
O AUTOR
_ Vila do Conde, 17 de Setembro de 1901
_ José Maria dos Reis Pereira
_ 1919 – 1925 Coimbra
_ 10 de Março de 1927: Presença
_ 1969 – Vida Política
_ Vila do Conde, 22 de Dezembro de 1969
OS MOTIVOS
_ Romance, Teatro, Poesia e Ensaio
_ Deus/Homem; Individuo/Sociedade; Relações/Solidão; Metafísica
_ Angelismo ; Redenção no sofrimento
_ Diálogo entre diferentes níveis da consciência
_ Crítica Social
_ Camões, Raul Brandão e Florbela Espanca
A OBRA : PUBLICAÇÕES
_ Poesia – Teatro – Ficção – Ensaio
_ Literatura moderna literatura portuguesa
_ 1961 – Prémio Diário de Notícias
_ 1970 – Prémio Nacional de Poesia
_ Gosto pelas artes plásticas
O MEU CASO
_ O Meu Caso é, justamente, O Meu Caso, o dele Régio, o teu, o meu o
nosso caso. O de cada um de nós e o de nós todos. Do mundo e do
seu futuro, do nosso futuro. Do nosso devir. De todas as coisas e de
coisa nenhuma em particular. Do «Tudo. Nada».
Manoel de Oliveira, «O Meu Caso no caso de Régio»
A ACÇÃO
_ 10 Encenações
_ Um só acto
_ Uma farsa
_ Um ciclo vicioso
_ Suspense nunca revelado
_ Diálogo directo com o público
DEBATE
Ler
Filme
FIM

1
FLUC – Estudos Artísticos 1º Ciclo “O Meu Caso” – José Régio 1957 Ana Rodrigues
César Jesus
João Pereirinha

ALINHAMENTO DA APRESENTAÇÃO: O MEU CASO – JOSÉ RÉGIO

Autor:

Escritor português, natural de Vila do Conde, onde viveu até completar o quinto ano do liceu, após o que
continuou a estudar no Porto.

José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, publicou, em Vila do Conde, nos jornais O
Democrático e República, os seus primeiros versos.

Aos 18 anos, foi para Coimbra, onde se licenciou em Filologia Românica (1925), com a tese «As
Correntes e As Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa». Esta foi pouco apreciada, sobretudo
pela valorização que nela fazia de dois poetas então quase desconhecidos, Mário de Sá-Carneiro e
Fernando Pessoa. Esta tese, refundida, veio a ser publicada com o título Pequena História da Moderna
Poesia Portuguesa (1941).

Com Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões fundou, em 1927, a revista Presença (cujo primeiro
número saiu a 10 de Março, vindo a publicar-se, embora sem regularidade, durante treze anos), que
marcou o segundo modernismo português e de que Régio foi o principal impulsionador e ideólogo. Para
além da sua colaboração assídua nesta revista, deixou também textos dispersos por publicações como a
Seara Nova, Ler, O Comércio do Porto e o Diário de Notícias. No mesmo ano iniciou a sua vida
profissional como professor de liceu, primeiro no Porto (apenas alguns meses) e, a partir de 1928, em
Portalegre, onde permaneceu mais de trinta anos. Só em 1967 regressou a Vila do Conde, onde morreu
dois anos mais tarde.

Participou activamente na vida pública, fazendo parte da comissão concelhia de Vila do Conde do
Movimento de Unidade Democrática (MUD), apoiando o general Nórton de Matos na sua candidatura à
Presidência da República e, mais tarde, a candidatura do general Humberto Delgado. Integrou ainda a
Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), nas eleições de 1969.

Motivos:

Como escritor, José Régio dedicou-se ao romance, ao teatro, à poesia e ao ensaio.

Centrais, na sua obra, são as problemáticas do conflito entre Deus e o Homem, o indivíduo e a
sociedade, numa análise crítica das relações humanas e da solidão, do dilaceramento interior perante a
relação entre o espírito e a carne e a ânsia humana do absoluto.

Levando a cabo uma auto-análise e uma introspecção constantes, a sua obra é fortemente marcada
pelo tom psicologista e, simultaneamente, por um misticismo inquieto que se revela em motivos como o
angelismo1 ou a redenção no sofrimento.

A sua poesia, de grande tensão lírica e dramática, apresenta-se frequentemente como uma espécie de
diálogo entre diferentes níveis da consciência.

1
Angelismo: nome masculino; a) tendência para espiritualizar exageradamente; b) desejo de pureza absoluta; c) FILOSOFIA atitude filosófica que
considera o homem como puro espírito; d) pejorativo inocência, ingenuidade; (De angeli-+-ismo).

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A mesma intensidade psicológica, aliada a um sentido de crítica social, tem lugar na ficção.

Como ensaísta, dedicou-se ao estudo de autores como Camões, Raul Brandão e Florbela Espanca. Na
revista Presença, assinou um editorial («Literatura Viva») que constituiu uma espécie de manifesto dos
autores ligados a este órgão do segundo modernismo português, defendendo a necessidade de uma arte
viva, e não livresca, que reflectisse a profundidade e a originalidade virgens dos seus autores.

Obra – Publicações: CONSULTAR FOLHA DA CRONOLOGIA

É considerado, por alguns, como um dos vultos mais significativos da moderna literatura portuguesa.
Recebeu, em 1961, o prémio Diário de Notícias e, postumamente, em 1970, o Prémio Nacional de
Poesia, pelo conjunto da sua obra poética. As suas casas de Vila do Conde e de Portalegre são hoje
museus.

Partilhou ainda, com o irmão Júlio, o gosto pelas artes plásticas, tendo chegado a desenhar uma capa
para a Presença e feito os oito desenhos que, a partir da 5ª edição, ilustram os Poemas de Deus e do
Diabo.

O teatro de José Régio [...] funde três linhas nele destacáveis [...]: o alegorismo poético do pós-
simbolismo [...], o realismo-naturalismo *…+ e o experimentalismo das formas expressionistas [...]. Com
efeito, se Jacob e o Anjo continua a linha de António Patrício, Três Máscaras prolonga o diálogo de
Pierrot e Arlequim de Almada Negreiros, como Benilde reflecte o expressionismo e a superação do
realismo efectuada por Alfredo Cortez e por Raul Brandão (in Jorge de Sena, «Algumas notas sobre o
teatro de José Régio»).

Peça:

“O Meu Caso é, justamente, O Meu Caso, o dele Régio, o teu, o meu o nosso caso. O de cada um de nós
e o de nós todos. Do mundo e do seu futuro, do nosso futuro. Do nosso devir. De todas as coisas e de
coisa nenhuma em particular. Do «Tudo. Nada».”

Manoel de Oliveira, «O Meu Caso no caso de Régio»

Registos De Encenação:

1963 O meu caso - inexistente


27/03/1976 O meu caso + O destino morreu derepente - TAS - Teatro Animação de Setúbal
16/05/1983 O meu caso - Teatro de Portalegre = Teatro d'O Semeador
1984 O meu caso - TAS - Teatro Animação de Setúbal
03/1991 O meu caso + Doente de cisma - TIO - Teatro Independente de Oeiras 30/05/1995 O meu caso -
TEUC - Teatro dos Estudantes da Universidade de
Coimbra
05/12/1998 O meu caso - Associação Recreativa Aurora da Liberdade (Matosinhos)
23/01/1999 O meu caso + Guernica -Teatro Experimental de Lagos
19/10/2001 O meu caso - Teatro de Portalegre = Teatro d'O Semeador
18/11/2003 O caso do meu caso -Teatro do Ser (Teatro Municipal Amélia Rey Colaço- Algés - Novembro
de 2003; Festival ACTOS - Teatro de Bolso, em Coimbra - Novembro de 2003; Universidade Nova de
Lisboa - FCSH - Dezembro de 2003 Festival de Teatro da Covilhã - Janeiro de 2004)

Resumir a peça:

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Falar da descrição do espaço nas primeiras páginas.


Um só acto
Uma farsa porque parece que não chega a haver de facto uma peça.
Um ciclo vicioso porque todos acabam por querer contar o seu caso e interrompem
constantemente a peça sempre que se pensa que esta irá recomeçar ou sempre que
há intentos para que tal aconteça.
Suspense nunca revelado porque o dito estranho que começa por querer contar o
seu caso nunca chega a conta-lo (parecenças com a peça O Louco e A Morte)
Diálogo directo com o público, pede-se intensamente a intervenção com o público
sendo até a última personagem a entrar em cena uma pessoa do público.
Crítica do mundano e pessoal, físico, do dia-a-dia, etc..
O facto de o último espectador também ser da peça: confirma as palavras de Manuel
de Oliveira, em que o “Meu Caso” é um caso de todos os que estão a assistir; os
dramas do dia-a-dia; as preocupações com o emprego; com a carreira; os problemas Metateatral2
monetários da sociedade e da cultura (que nunca é acessível sem custos); os
problemas familiares do individuo pós-moderno; enfim todos os problemas que a
sociedade da década de 50 (até aos dias de hoje) tem que enfrentar; (ler p.118).
A peça também tenta traduzir o egoísmo da sociedade pós-moderna, realçado na
intenção de cada protagonista apenas querer salvaguardar os interesses próprios; o
primeiro que interrompe a peça para falar do “seu” caso; o segundo para não perder
o emprego; a actriz que queria ficar famosa pela interpretação de um papel “fraco”
que ela iria transformar; o autor que queria ser reconhecido depois de anos a tentar
levar a peça a palco; o espectador que queria relaxar dos problemas do quotidiano e
rentabilizar o dinheiro investido. (ler p.90-91)
Há um tom irónico subjacente à peça, pela discussão “patética” entre as personagens
sobre que cada caso seria o “Mais” relevante no meio da embrulhada. 2
Ler: 116 - 118

Pirandello : (ler p. 80; 92 “O que é isso da Comédia”)


Luigi Pirandello (Agrigento, 28 de Junho 1867 — Roma, 10 de Dezembro 1936) foi
um dramaturgo, poeta e romancista siciliano.

2
O conceito de metateatro e a problemática da identidade tal como podemos vê-la na moderna dialéctica do “eu” e do outro” (que
frequentemente se confundem) constituem o ponto de partida desta pesquisa que propõe um estudo comparativo de algumas peças de teatro
moderno: Antes De Começar E O Público Em Cena, De Almada-Negreiros, O Meu Caso E Mário Ou Eu Próprio – O Outro, Do Presencista José Régio,
E Seis Personagens À Procura De Um Autor, O Homem Da Flor Na Boca E Sonho (Mas Talvez Não), De Luigi Pirandello.
Trabalhamos com a hipótese de que a adopção de uma metalinguagem teatral constitui denominador comum a esta produção dramatúrgica que,
rompendo com certas convenções do teatro realista, se satisfaz em expressar, temática e formalmente, o mito do “Duplo” em diferentes figurações:
na tensão entre o plano da ficção e o plano da realidade, no embate entre o ser e o parecer, no conflito entre o indivíduo e a humanidade e,
a)
enfim, num sistemático jogo de máscaras que se reflectem e se desdobram vertiginosamente.
Vanessa Sivolani Miziara
a) – Todo o diálogo de quem interrompe a peça que nos faz acreditar (ex. o desconhecido no inicio) que a sua acção é uma acção verdadeira,
mas ao mesmo tempo a sua acção é controlada pelo texto dramático – eles são mais uma personagem – confundindo o espectador que
até ao final da peça – “Fica aqui dentro! Também és da peça!” – não descobre o que realmente é realidade ou ficção.

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FLUC – Estudos Artísticos 1º Ciclo “O Meu Caso” – José Régio 1957 Ana Rodrigues
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Foi um grande renovador do teatro, com profundo sentido de humor e grande originalidade. Suas
obras mais famosas são: Seis personagens à procura de um autor, Assim é, se lhe parece, Cada um a seu
modo e os romances O falecido Matias Pascal, "Um, Nenhum e Cem Mil", "Esta Noite Improvisa-se".
Recebeu o Nobel de Literatura de 1934.
Diz que o cómico nasce de uma percepção do contrário (no livro Do teatro ao teatro, e tem um
capítulo que se chama O Humorismo). Mas essa percepção pode-se transformar num sentimento do
contrário: é quando aquele que ri procura entender as razões da piada. Portanto não existe mais o
distanciamento. Pirandello separa o cómico do humorístico, para passar da atitude cómica para a atitude
humorística, é preciso renunciar ao distanciamento e à superioridade.
Luigi Pirandello participou da campanha "coleta do ouro", organizada pelo ditador italiano Benito
Mussolini, que visava levantar fundos para o país. A campanha era uma resposta à Liga Nações que impôs
sanções económicas à Itália após esta ter invadido e declarado guerra a Etiopia (1935-36), Pirandello doou
sua medalha do Prémio Nobel.

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A PROPÓSITO DAS SUAS INFLUÊNCIAS:

Meu pai fizera em novo uma biblioteca muito heteróclita, e mais de traduções que de originais
portugueses: Júlio Verne, os grandes folhetinistas do tempo em esplêndidas edições ilustradas, (eu fiquei
para sempre com o gosto das ilustrações [...]) escritores muito diversos em colecções como, por exemplo
«Horas de Leitura», Victor Hugo e Zola, etc. Também ali havia a História de Portugal ilustrada, de Pinheiro
Chagas, e muitas obras de teatro.
[…+
Suponho terem sido Flaubert e Tolstoi (este, claro, através de traduções, portanto sobretudo
por adivinhação) que maior influência exerceram no meu estilo. Também comecei a ler Flaubert pelas
traduções de João Parreira, e só depois o li no original. Entre os nacionais, Camilo. Quanto ao fundo,
digamos, Dostoievski. O primeiro poeta português que li com alguma consciência foi João de Deus. Fiquei a
amá-lo para sempre. Pelos meus quinze ou dezasseis anos, descobri Nobre, e este exerceu sobre mim uma
verdadeira sedução. Parecia-me que às vezes era de mim que ele falava. Imitei-o em muitos e muitos versos
que depois queimei. Todos os outros poetas (ele é que era para mim o Poeta) me pareciam, então,
descoloridos e frouxos, a par dele. Quando encontrava, num escrito, o nome Nobre, estremecia
interiormente. Só lendo Cesário me pude interessar por um poeta diferente, (Cesário havia de me parecer
mais tarde um Mestre superior) e principiei a curar-me dessa espécie de exclusivismo doentio. No entanto,
Nobre sempre manteve no meu sentir uma particular magia. Outros vieram mais tarde; e de todos tenho
aproveitado, com todos tenho aprendido. Junqueiro, que várias vezes citam ligando-o ao meu nome nunca
verdadeiramente foi das minhas preferências. Gomes Leal, sim. Ouso, porém, pensar que sobretudo me
tenho vindo formando comigo mesmo, ao contacto das gentes e da vida. Sempre mais ou menos mantive
as minhas primeiras admirações, embora, depois, criticando-as, e juntando aos primeiros outros nomes:
Sobretudo Ibsen (fiquei todo o dia de cama quando li Os Espectros) Baudelaire, Stendhal, Proust. As minhas
mais recentes descobertas são Kafka e Robert Musil.
José Régio entrevistado por Jorge de Sena.

Ora José Régio não só não ignorava, como admirava certos artistas representativos do «expressionismo» ou
aparentados ao seu espírito, como o próprio Ibsen, que tanto influenciou o seu teatro, ou Grosz, de quem
cita a «Fealdade Alemã», sem falar de Goya e dos seus «Caprichos», exemplos de expressionismo
intemporal.
Eduardo Lourenço, A Nau de Ícaro

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César Jesus
João Pereirinha

CRONOLOGIA DA OBRA:
Estreou-se, em 1925, com o volume de poesia Poemas de Deus e do Diabo;
Biografia (1929, poesia);
Jogo da Cabra-Cega (1934, primeiro romance);
As Encruzilhadas de Deus (1935, livro de poesia e tido como a sua obra-prima);
Primeiro Volume de Teatro: Jacob e o Anjo e Três Máscaras (1939);
Davam Grandes Passeios aos Domingos (novela publicada em 1941 e incluída, em 1946, em Histórias
de Mulheres);
Fado (1941, livro de poesia com desenhos do irmão Júlio, principal ilustrador da sua obra);
O Príncipe Com Orelhas de Burro (1942, romance);
A Velha Casa (obra inacabada, mas de que chegaram a sair os volumes Uma Gota de Sangue, em 1945,
As Raízes do Futuro, em 1947, Os Avisos do Destino, em 1953, As Monstruosidades Vulgares, em 1960, e As
Vidas São Vidas, em 1966);
Mas Deus É Grande, (1945, poesia);
Benilde ou a Virgem-Mãe (1947, peça de teatro adaptada ao cinema, em 1974, por Manuel de
Oliveira);
Peça “El-Rei Sebastião” (1948, «poema espectacular em 3 actos»);
A Salvação do Mundo (1954, tragicomédia em três actos);
A Chaga do Lado (1954, sátiras e epigramas);
Três Peças em Um Acto: Três Máscaras, O Meu Caso e Mário ou Eu Próprio - O Outro (1957);
O Filho do Homem (1961);
Há Mais Mundos (1962, livro de contos, pelo qual recebeu o Grande Prémio de Novelística da
Sociedade Portuguesa de Escritores);
Cântico Suspenso (1968, poesia) ;
A título póstumo, Música Ligeira (1970, poesia), Colheita da Tarde (1971, poesia) e Confissão Dum
Homem Religioso (1971, obra de reflexão).
Na sua obra ensaística, destacam-se ainda os Três Ensaios Sobre Arte (1967), que reúnem textos
publicados anteriormente, e Páginas de Doutrina e Crítica da Presença, recolha feita por Alberto Serpa,
relativamente à colaboração de Régio na Presença (1977).

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