Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
do Professor
Apresentação ........................................................................................................................... 6
Estrutura da obra .................................................................................................................... 6
Os autores
ESTRUTURA DA OBRA
Para a abordagem dos conteúdos e dos principais e a globalização — analisa a expansão do capitalismo as-
temas de atualidade do espaço natural, socioeconômi- sociada à evolução técnica e científica e situa o(a) estu-
co e político mundial e brasileiro o livro-texto da obra dante na atual realidade mundial (desintegração dos pa-
foi dividido em duas partes. A primeira trata de temas íses socialistas, nova ordem mundial, globalização).
relativos à Geografia Geral e é complementada pela se- A Unidade III — O espaço natural e o espaço modi-
gunda parte que aborda temas de Geografia do Brasil. ficado pela humanidade — visa ao reconhecimento mais
Os conteúdos específicos de Geografia do Brasil foram detalhado das características essenciais do espaço natu-
desenvolvidos em total conexão e interagem com a par- ral mundial e à compreensão do desenvolvimento da so-
te de Geografia Geral. ciedade como um processo de relações com os espaços
A primeira parte do livro compreende seis unida- físicos e com as paisagens. Analisa o desenvolvimento de
des e a segunda, quatro unidades: meios técnicos e científicos e suas intervenções na natu-
reza e a relação entre a utilização, a aceleração dos pro-
cessos de degradação e a preservação ambiental.
Parte 1 — Geografia Geral
A globalização, o processo contínuo de inovações
Na Unidade I — A organização e a representação tecnológicas e a modernização do processo produtivo
do espaço — caracterizamos os diferentes tipos de espa- serão assuntos da Unidade IV — Espaço mundial da
ço e sua organização e a origem e a evolução dos Estados produção.
nacionais. A representação do espaço e o desenvolvimento A Unidade V — O comércio, as comunicações e os
da Cartografia também fazem parte desta unidade, pois transportes no mundo — analisa o espaço mundial da pro-
esse estudo será necessário para a análise e compreen- dução, da circulação, do comércio e das comunicações sob
são espacializada das informações. o prisma da tecnologia e da globalização, além de identi-
A Unidade II — A organização do espaço geográfi- ficar o papel da tecnologia nos processos econômicos,
co no capitalismo e no socialismo, a nova ordem mundial sociais e culturais.
UNIDADE A ORGANIZAÇÃO
E A REPRESENTAÇÃO
I
DO ESPAÇO
Nesta unidade colocamos o foco no papel da humanidade na organização e transformação do espa-
ço, buscando identificar, no espaço geográfico atual, os processos históricos ocorridos em diferentes tem-
pos, que deram origem aos atuais países.
Abordamos a arte de construir mapas e cartas, como fruto da necessidade humana de representação
do espaço, e o rápido desenvolvimento da Cartografia a partir das Grandes Navegações dos séculos XV e
XVI, culminando no uso de satélites artificiais, sensoriamento remoto e outras tecnologias.
10
11
12
monopolizaram o comércio; os bancos matéria e o nome do jornalista (se este dado estiver dis-
ponível), analisar a foto e descrever costumes regionais e
adquiriram cada vez mais importância;
globalizados nela presentes, e, como conclusão, respon-
o capital financeiro passou a dominar e a der às seguintes questões:
controlar a economia dos países; domínio • Os padrões culturais do povo analisado foram
das transnacionais. totalmente uniformizados ou prevalece uma cul-
tura regional?
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
nica sob a crosta continental. tes camadas da Terra: litosfera, manto e núcleo.
(p. 100)
Complementação e orientação didática • O que são dorsais submarinas? Cite um exemplo.
(p. 103)
Professor(a), um tema de pesquisa possível é o ano
bissexto, que dura 366 dias e ocorre a cada quatro anos. • Explique a expansão do fundo marinho e as con-
O ano bissexto foi criado pelos romanos, em virtude da seqüências desse movimento da crosta. (p. 103)
incompatibilidade existente entre a duração do ano civil • Cite exemplos de áreas geologicamente instáveis
egípcio (365 dias) e a duração do movimento de transla- na crosta terrestre e explique as causas dessa ins-
ção da Terra (365 dias e 6 horas). Os romanos decidiram tabilidade. (p. 103)
juntar (somar) as 6 horas que “sobravam” a cada ano (24 • O que são bacias sedimentares? Qual tipo está
horas ou 1 dia no final de quatro anos) e criar mais 1 dia, associado à ocorrência de combustíveis fósseis?
que foi acrescentado ao mês de fevereiro. (p. 105)
Com relação ao tempo geológico, é sempre con-
veniente o(a) professor(a) comparar a escala temporal • O que são crátons, escudos cristalinos e platafor-
que caracteriza a evolução dos fenômenos geológicos mas? (p. 105-106)
com o ritmo de tempo da humanidade ou até com aquele • Explique a formação dos dobramentos modernos
a que estamos acostumados em nosso dia-a-dia. As- e cite um relevo resultante desse processo. (p. 106)
sim, por exemplo, podemos pedir aos alunos uma des-
crição dos acontecimentos importantes de suas vidas,
marcando o tempo decorrido entre eles, e compará- Capítulo 10 O relevo terrestre,
los com aqueles descritos na escala de tempo geológi-
co da página 99 do livro-texto. Pedir aos alunos que
seus agentes e os solos
observem, grosso modo, o tempo decorrido entre o apa- no mundo
recimento dos peixes e o dos mamíferos, ou o tempo
entre uma era e outra. Trabalhar também o mapa da 1. Objetivos
figura 5 (p. 102 “A divisão da Pangéia”) e verificar o Este capítulo busca levar os alunos à percepção de
espaço de tempo que foi necessário para os continen- que as diferentes configurações da superfície terrestre (o
tes se separarem. Com relação à história da Terra, es- relevo) resultam da atuação de agentes internos e exter-
tamos falando de bilhões ou de milhões de anos. É ne- nos da Terra e à identificação das principais formas de
cessário deixar claro que toda a história das socieda- relevo terrestre.
des humanas corresponde a uma pequena fração de Nesse percurso propomos os passos que permitam
tempo da história geológica. aos alunos:
Outro aspecto importante a ser reconhecido pe-
• distinguir os agentes internos da Terra e a forma
los alunos são as limitações, o poder e as conseqüên-
como atuam;
cias da atuação da humanidade no processo de trans-
formação da natureza. Pode-se fazer uma lista a partir • identificar os principais tipos de vulcões, sua lo-
de algumas perguntas: quais transformações naturais calização geográfica e o relevo resultante dessa
você presenciou ou de que teve conhecimento que te- atividade;
nha influenciado a vida humana? Quais transformações • conhecer as forças que provocam os abalos sís-
provocadas pelos seres humanos interferiram no rit- micos, terremotos e maremotos e as conseqüên-
mo natural? cias desses movimentos;
23
24
25
osiç
dep
o clima mundial
por
1. Objetivos
ans
o, tr
26
27
28
29
30
31
32
mento de exportação (ZPEs) — áreas industriais mi- • Aponte três fatores que possibilitaram a indus-
nimamente regulamentadas que produzem bens trialização canadense. (p. 175-176)
para o comércio global — vêm multiplicando-se ao
• Quais são as principais indústrias canadenses? (p.
longo das últimas três décadas, em resposta à de-
176)
manda por mão-de-obra barata e ao desejo de in-
• Cite duas dificuldades que teve a Alemanha para
crementar exportações. Das 79 ZPEs em 25 países
reorganizar sua indústria após a Segunda Guer-
em 1975, houve um aumento para cerca de 3.000
ra Mundial. (p. 177)
em 116 nações em 2002, com as zonas empregan-
do cerca de 43 milhões de trabalhadores na mon- • Fale sobre a modernização do parque industrial
tagem de tênis, brinquedos, vestuário e outros bens alemão e a dispersão atual das indústrias. (p. 178)
por muito menos do que custariam nos países in- • Fale sobre a localização das indústrias inglesas
dustrializados. As zonas aumentam a disponibili- na Primeira e Segunda Revolução Industrial. (p.
dade de mercadorias baratas para consumidores 179)
globais, porém são freqüentemente criticadas por • Cite três fatores que contribuíram para a moder-
abusos em direitos trabalhistas e humanos. nização da indústria francesa. (p. 180)
Enquanto isso, inovações tecnológicas de • Fale sobre a industrialização dos países de indus-
todos os tipos aumentaram a eficiência industrial, trialização tardia. (p. 183)
elevando a capacidade das pessoas e das máqui-
nas na extração dos recursos. Hoje, frotas de ‘su-
pertraineiras’, por exemplo, podem processar cen-
Capítulo 16 Fontes de energia, utilização
tenas de toneladas de peixe por dia. São responsá- e impactos ambientais
veis, em parte, por declínios da ordem de 80% so-
fridos por comunidades de peixes oceânicos nos 1. Objetivos
15 anos desde o início da exploração comercial. Os Neste capítulo passamos a estudar o panorama ener-
equipamentos de minas também são mais muscu- gético mundial, começando com a classificação das fon-
losos: nos Estados Unidos, as mineradoras hoje tes de energia e passando à análise das desigualdades
dedicam-se à ‘remoção de cumes’, que pode redu- mundiais no consumo de energia, para em seguida traba-
zir a altura de uma montanha em dezenas de me- lhar individualmente com cada fonte, abordar a geração
tros. Além disso, a capacidade dos caminhões oc- das energias elétrica e nuclear, e finalmente fazer a dis-
tuplicou, aumentando de 32 para 240 toneladas entre cussão das fontes alternativas.
1960 e início dos anos 90. E a produção por minei- Ao final desse estudo, os alunos deverão estar ap-
ro americano mais que triplicou no mesmo perío- tos a:
do. Finalmente, serrarias de cavaco — instalações
• analisar a evolução das fontes de energia;
que lascam árvores inteiras em cavacos para pa-
pel e compensados — podem transformar mais de • caracterizar energia e as fontes de energia mo-
100 cargas de árvores em cavacos diariamente. Esses dernas;
avanços da capacidade humana em explorar imensas • relacionar as fontes de energia usadas com o grau
áreas de recursos naturais, e a custo baixo, aju- de desenvolvimento tecnológico das sociedades;
dam a suprir os mercados com produtos baratos — • comparar os tipos de energia;
um estímulo a maior consumo.” • classificar as fontes de energia;
Worldwatch Institute, Estado do mundo 2004. • conhecer as desigualdades mundiais no consumo
Salvador, Uma Ed., 2004. p. 14. e produção de energia;
33
34
35
36
37
38
39
40
fundamentais, como população absoluta, densidade de- Causas naturais: a Floresta Amazônica, os desertos
mográfica ou população relativa, superpovoamento, taxa (Saara, Atacama, Kalahari, Góbi), as áreas geladas de
de natalidade e de mortalidade e crescimento vegetativo, altas latitudes (Groenlândia, Sibéria, norte da América
que são fundamentais para a compreensão dos demais do Norte), as áreas de altas montanhas (Andes, Mon-
temas do capítulo. tanhas Rochosas, Alpes).
A partir desse estudo os alunos deverão ser capa- 4. As áreas em amarelo da imagem de satélite, por serem
zes de: áreas urbanas, correspondem às áreas de maior densi-
• fixar os conceitos demográficos fundamentais; dade demográfica e as escuras correspondem às de
• reconhecer a importância do recenseamento para menor densidade.
a análise e o planejamento socioeconômico de um
país; Fixando o conteúdo
• identificar países populosos, pouco populosos,
povoados e fracamente povoados; 5. O países mais populosos dos selecionados são os Esta-
• discriminar os critérios utilizados para conside- dos Unidos, o Japão e Bangladesh; os menos populo-
rar uma área superpovoada; sos são a Bélgica e Taiwan. Os mais povoados são Ban-
• discernir os fatores que explicam a distribuição gladesh e Taiwan, os menos povoados são a Austrália,
desigual da população nos territórios; a Arábia Saudita e os EUA.
• analisar a distribuição geográfica da população
no mundo.
País Densidade hab./km2
México 48,9
2. Conceitos e temas desenvolvidos Estados Unidos 29,0
Recenseamento ou censo; população absoluta; país Bélgica 332,0
populoso; país pouco populoso; densidade demográfica ou Taiwan 597,0
população relativa; país densamente povoado; país povoa- Japão 339,0
do; superpovoamento; taxa de natalidade; taxa de mortali-
Bangladesh 845,5
dade; taxa de mortalidade infantil; crescimento vegetativo
ou natural; crescimento zero; áreas ecúmenas; áreas ane- Austrália 2,4
cúmenas; fatores que favorecem ou restringem a ocupa- Arábia Saudita 8,9
ção humana dos territórios (físicos ou naturais, históricos
e socioeconômicos); distribuição geográfica da população. 6. Porque esse conhecimento permite traçar planos e es-
tratégias governamentais e fornece instrumental teó-
3. Encaminhamento das atividades e resolução rico para que sejam tomadas medidas de ordem práti-
dos exercícios ca, que variam em função de interesses políticos, eco-
nômicos e sociais.
Avalie seu aprendizado (p. 234-235) 7. a) A densidade demográfica do país A é de 348,8 hab./
km2; e a do país B é de 19,8 hab./km2.
Construindo conhecimento
b) A taxa de crescimento anual do país A é de 2,2 ‰ ou
1. Todos os continentes são visíveis na montagem feita a 0,2% ao ano; do país B é de 13,7 ‰ ou 1,3% ao ano.
partir de imagens de satélite. c) O país A é populoso e densamente povoado. O país
2. Nas áreas amarelas da imagem que são as luzes das B é populoso mas fracamente povoado (baixa den-
cidades, lugares onde existe uma grande concentração sidade demográfica).
41
42
5. a) Primeira fase: crescimento baixo com elevadas ta- poníveis, saibam como funcionam e quais as vantagens e
xas de mortalidade e natalidade. Segunda fase: na- desvantagens de cada um deles.
talidade alta e mortalidade baixa, com elevado cres- O texto a seguir é um subsídio para a discussão so-
cimento populacional. Terceira fase: baixa natali- bre o controle da natalidade, proposta na questão 3 do
dade e mortalidade e crescimento populacional Avalie seu aprendizado.
estagnado.
b) Período de grande crescimento demográfico verifi-
cado na segunda fase do ciclo demográfico.
“A reedição de Malthus
c) Na segunda fase. A imagem caótica dos grandes centros ur-
6. A taxa de fecundidade ou de fertilidade é a média de banos e a fome endêmica que atinge indistinta-
filhos por mulher em idade reprodutiva (mais ou me- mente as populações do campo e das cidades do
nos dos 15 aos 45 anos). Embora diversos países sub- Brasil têm sido usadas como argumento em fa-
desenvolvidos tenham reduzido sua taxa de fecundi- vor da necessidade de o país submeter-se ao con-
dade, em muitos deles ela chega a médias superiores a trole da natalidade. Trata-se, contudo, de um ar-
7 filhos por mulher. Nos países desenvolvidos a taxa gumento falso. É a reedição da velha tese de Tho-
de fecundidade é baixa, permanecendo em torno de 1,5 mas Malthus, formulada no final do século XVIII,
filho por mulher. Muitos países apresentam taxas infe- de que a população do mundo cresce muito mais
riores a 2,1 filhos por mulher, mantendo assim estabi- rápido do que a produção de alimentos. Malthus
lizado o tamanho de sua população. recomendava que os governos negassem às po-
7. a) e b) pulações toda e qualquer assistência (hospitais,
País Crescimento Desenvolvimento asilos etc.), para desestimular a procriação, e
propunha a abstinência sexual para diminuir a
I. 3,0% Subdesenvolvido natalidade. O neomalthusianismo dos nossos dias
II. –0,1% Desenvolvido difere da sua versão original apenas no discur-
III. 3,7% Subdesenvolvido so, mantendo a essência. Não se fala mais em
negar assistência às populações. Porém, onde se
IV. 0,2% Desenvolvido
lia abstinência sexual, lê-se esterilização em massa.
8. América Latina, Europa e África, respectivamente. A receita neomalthusiana para o problema da
9. Não somente o aumento da população mas também o fome não encontra, no entanto, nenhum fundamento
aumento do consumo agrava a pressão sobre o meio na história do desenvolvimento dos povos.”
ambiente. No caso do texto, as transformações na dinâ- Retrato do Brasil, 1984, p. 100.
mica doméstica indicam um maior consumo de energia,
eletrodomésticos, mobiliário etc. mesmo em países onde
a população total não tem um aumento significativo.
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 446)
1. a) As maiores expectativas de vida encontram-se tam-
bém nas seguintes regiões: Japão; Austrália e Nova
Complementação e orientação didática Zelândia; Argentina, Uruguai e Chile.
Quando estudamos políticas demográficas, falamos b) No Japão, a maior expectativa de vida deve-se ao
sobre o planejamento familiar que engloba aspectos dos crescimento industrial acelerado, que gerou a ne-
temas transversais Educação Sexual e Saúde propostos pelo cessidade de uma revolução médico-sanitária para
MEC. Por exemplo, a gravidez não programada é uma re- assegurar a manutenção da mão-de-obra. Na Ar-
alidade presente inclusive no universo do adolescente e pode gentina, Chile, Uruguai, Austrália e Nova Zelândia,
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
• Qual a importância da ciência, tecnologia e educa- • Qual a importância da Hidrovia Tietê—Paraná para
ção para o desenvolvimento de um país? (p. 288) o Mercosul? (p. 294)
53
54
55
56
RICARDO AZOURY/PULSAR
• compreender a importância das florestas tropi- racterística do clima úmi-
cais, sua diversidade, os motivos de sua destrui- do (equatorial, no caso).
ção e as conseqüências dos desmatamentos;
• perceber o papel que desempenham as florestas no
Foto 1. Vegetação característica
ambiente e a importância de seu uso sustentável; do Sertão nordestino
• diferenciar formações florestais e arbustivas; (Sobral, CE, 1998).
• caracterizar as diversas formações vegetais bra-
sileiras (Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Mata
de Araucária, Mata dos Cocais, cerrado, campos,
caatinga e formações complexas e litorâneas),
demonstrando como esses elementos se combi-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OCTAVIO CARDOSO/KAMARA-KO-PULSAR
ticos com características diferenciadas;
• caracterizar áreas especiais ou de proteção am-
biental e distinguir as unidades de conservação
de proteção integral das de uso sustentável;
• discutir questões como a exploração dos recur-
sos naturais e a biopirataria no Brasil.
57
58
Ao final dessa trajetória, os alunos deverão ser ca- cionadas são: Recife, Salvador e Fortaleza.
pazes de:
• avaliar o processo de industrialização brasileira;
Fixando o conteúdo
• perceber as mudanças provocadas por essa ativi-
dade e identificar a sua participação na econo- 5. A desconcentração industrial é um processo em que
mia brasileira, sua estrutura e seu crescimento; as indústrias abandonam áreas tradicionais, que apre-
• relacionar a utilização de novas tecnologias e o sentam custos de produção elevados, em busca de lo-
processo de abertura dos mercados com a exigên- calizações mais vantajosas, em geral áreas que ofere-
cia de novos padrões de qualidade e com a ne- çam mão-de-obra barata, mercado consumidor expres-
cessidade de ampliação da indústria de ponta e sivo, isenções de impostos, incentivos fiscais.
dos tecnopólos no país; 6. Eixos: (A) Anchieta/Imigrantes, cidades de Santos e
• constatar as conseqüências desse processo no Cubatão; (B) Dutra, cidade de São José dos Campos;
mercado de trabalho nacional e na diminuição das (C) Anhangüera/Bandeirantes-Washington Luís, cidade
oportunidades; de Campinas; (D) Castelo Branco/Raposo Tavares, ci-
• identificar a distribuição regional da atividade dade de Sorocaba.
industrial e sua participação por regiões e por 7. a) ND; b) I; c) ND; d) C; e) ND; f) I; g) D; h) D.
estados no Brasil; 8. A tecnologia ocupa lugar cada vez mais importante na
• reconhecer os custos sociais e ambientais da in- produção industrial, que depende de inovações cons-
dustrialização acelerada no país. tantes e de investimentos em pesquisas científicas. Daí
a necessidade de integração entre as indústrias e os
2. Conceitos e temas desenvolvidos laboratórios de pesquisa, o que é a característica dos
centros tecnológicos. As indústrias de ponta são dinâ-
Substituição de importações; Plano de Metas; con- micas, empregam alta tecnologia, trabalho qualificado
centração industrial; desconcentração industrial ou des- e máquinas de ajuste flexível, que possibilitam modifi-
centralização industrial; incentivos fiscais; guerra fiscal; cações rápidas no processo produtivo. Desenvolvem e
tecnopólo; eixos industriais; microempresas; complexo fornecem produtos dos seguintes ramos: informática
industrial; zona industrial de livre comércio. (computadores), telecomunicações, lasers, eletroeletrô-
nicos, química fina, biotecnologia, tecnologia nuclear,
3. Encaminhamento das atividades e resolução engenharia genética, aeroespacial.
dos exercícios 9. Alguns lugares sem indústrias, mas que são afeta-
dos por elas: florestas — extração de matérias-pri-
Avalie seu aprendizado (p. 345-346) mas vegetais (madeiras); desertos — extração de pe-
tróleo; oceanos e mares — derramamento de petró-
Construindo conhecimento leo, lixo industrial; zona rural — mecanização agrí-
1. Na Região Sul: Rio Grande do Sul e Paraná. Na Região cola, pesticidas.
Sudeste: São Paulo e Rio de Janeiro. Na Região Nor-
deste: Pernambuco e Bahia (Salvador). Complementação e orientação didática
2. A Região Sudeste, em particular o estado de São Pau-
lo, apresenta forte concentração de empregos indus- Neste capítulo, em um trabalho integrado com a dis-
triais. Os fatores que explicam essa concentração in- ciplina de História, o(a) professor(a) poderá resgatar o
dustrial no estado de São Paulo são: mercado consu- processo que caracterizou o surgimento da indústria no
midor amplo, boa infra-estrutura de serviços (energia, município da escola em que leciona. Se o município em
59
1. c 2. a 3. a
4. a) Os municípios procuram atrair capitais dos setores
produtivos e de serviços, promovendo sobretudo Capítulo 7 A importância da energia no
políticas públicas de incentivos fiscais, obras de in- crescimento econômico do
fra-estrutura e doação de terrenos ou isenção de taxas Brasil
e impostos sobre esses.
b) Ford na Bahia; Volkswagen em Resende; Mercedes- 1. Objetivos
Benz em Juiz de Fora; Renault no Paraná etc.
c) Dotação de infra-estrutura básica, de redes de co- Este capítulo, destinado à detecção da importância
municação e de transporte; doação de terrenos; fle- da energia no crescimento econômico do Brasil, inclui os
xibilização de leis trabalhistas e ambientais; quan- estudos: do setor energético brasileiro; do uso preferen-
tidade e qualidade de mão-de-obra compatíveis com cial da energia elétrica obtida a partir da força da água
os diferentes tipos e modalidades de produção e corrente; da exploração e uso do petróleo e do carvão e
serviços; matérias-primas a baixos custos. suas implicações na economia brasileira; das perspecti-
5. d 6. b 7. a vas do uso de alternativas energéticas e sua grande viabi-
lidade no país, com enfoque especial no Proálcool.
4. Sugestões de questões para avaliação Os objetivos são de que, no final desse estudo, os
alunos possam:
• Até por volta da primeira metade do século XIX, • analisar as principais modificações ocasionadas
onde se concentravam as indústrias de bens de pelo processo de urbanização e industrialização
consumo no Brasil? (p. 336) na utilização de energia (substituição de fontes
• Em 1970, qual era a situação espacial das indús- tradicionais por fontes modernas) e o desenvol-
trias no país? (p. 336) vimento do setor energético no Brasil;
• De que maneira a modernização dos meios de • identificar as principais usinas hidroelétricas e
comunicação permite a desconcentração indus- as bacias hidrográficas de maior aproveitamento
trial? (p. 338) no país;
• Leia o texto do quadro “O trabalho e o futuro” (p. • discutir o processo de privatizações no setor ener-
338). Faça um resumo das principais exigências gético e identificar as crises neste setor;
do mercado na era tecnológica. • discutir problemas energéticos e ambientais e a
• O que é guerra fiscal? Que benefícios ou desvan- relação risco-benefício das diferentes fontes de
tagens pode trazer para uma região? (p. 338) energia: petróleo, carvão mineral, energia nuclear;
• Explique a migração de indústrias das capitais para • identificar as áreas de produção dos diferentes
o interior de estados do Sudeste, do Sul e do Nor- tipos de energia e as formas de transporte;
deste. (p. 338) • analisar a necessidade de reorganização da base
• Que estratégias capacitam as indústrias a um ní- produtiva de energia e a possibilidade de utili-
vel maior de competitividade? Compare o Brasil zar novos materiais e tecnologias que permitam
e o Japão nesse aspecto. (p. 339) obter formas energéticas alternativas, como a
• Explique a importância em investimentos em ci- biomassa;
ência e tecnologia (C&T). Que setor é privilegia- • identificar os problemas e as vantagens do Pro-
do com esses investimentos no Brasil? (p. 339) álcool.
60
minação do meio ambiente pelas fontes de energia tra- petroleiros aos terminais marítimos. Os oleodutos
dicionais são alguns dos motivos para o emprego de também transportam o petróleo dos campos de pro-
fontes alternativas, mais abundantes e não-poluentes. dução e dos terminais às refinarias, e os derivados
No Brasil, há grande possibilidade de usar a energia das refinarias aos centros consumidores. Os dutos
da biomassa, a solar, dos ventos e dos oceanos. são o meio mais seguro e econômico para transportar
2. A produção de cana-de-açúcar nas regiões é muito de- petróleo e seus derivados e gás natural a grandes
sigual e encontra-se altamente concentrada no estado distâncias.
de São Paulo. 10. As usinas nucleares brasileiras apresentam proble-
3. Para o solo: erosão e compactação em razão do uso mas constantes e funcionamento intermitente. Sua tec-
intensivo de máquinas agrícolas. Para os rios: conta- nologia está ultrapassada e não há solução para o
minação por agrotóxicos e poluição por despejo de problema do destino dos resíduos radioativos. Os riscos
subprodutos da fabricação do álcool. Para o ar: a prá- de acidentes oferecidos pelas usinas nucleares são altos
tica de queimadas nos canaviais provoca alta concen- e extremamente graves. O programa nuclear consu-
tração de poluentes atmosféricos nas áreas onde elas miu bilhões de dólares para uma produção limitada
se realizam e nas proximidades. de eletricidade. Por outro lado, o país ainda dispõe
4. A expansão das grandes propriedades e da monocul- de grande potencial hidráulico para ser aproveitado,
tura da cana-de-açúcar reduz o número de pequenas e o preço do quilowatt de energia nuclear é cerca de
propriedades, que são as que realizam a produção de três vezes maior que o da energia hidroelétrica.
alimentos para consumo humano.
5. Vantagens — o Brasil poderia transformar-se em um
dos principais fornecedores; é uma fonte renovável Complementação e orientação didática
de energia; permite a redução da importação e da de-
Professor(a), aqui é possível um trabalho sobre a
pendência do petróleo; o sistema sucroalcooleiro gera
importância da energia na vida cotidiana. Também pode-
milhares de empregos diretos e indiretos. Desvanta-
se orientar os alunos para uma pesquisa sobre a utiliza-
gens — impactos ambientais no solo, na água e no ar,
ção das diversas formas de energia, desde a muscular e
expansão das grandes propriedades produtoras e re-
animal, ou das rodas d’água que moviam os antigos en-
dução do número das pequenas, que produzem ali-
genhos, até o funcionamento das modernas usinas.
mentos para consumo humano; necessidade de sub-
O(A) professor(a) poderá pedir um trabalho sobre a
sídios do governo, corroendo as finanças do Estado.
construção das grandes centrais hidroelétricas para que
os alunos possam entender a importância dos rios para a
vida humana, como funcionam as turbinas, o papel dos
Fixando o conteúdo
lagos formados pelas barragens como reservatórios de
6. c. A água. energia potencial. É importante que discutam até que ponto
7. a) As duas fontes modernas de energia mais consumi- uma usina hidroelétrica representa progressos para a re-
das no Brasil são a hidroeletricidade e o petróleo. gião onde é construída, lembrando a possibilidade de cons-
b) Quanto mais desenvolvido é um país, tanto maior é trução de eclusas para a navegação e de irrigação para a
o consumo de energia. O consumo per capita de agricultura. Por outro lado, os alunos devem verificar os
energia reflete o poder aquisitivo da população. prejuízos implicados, como a remoção da população ri-
8. a) Porque o Brasil dispõe de grande potencial hidráu- beirinha, geralmente pobre, e de comunidades indígenas.
lico e da tecnologia necessária à implantação de Outro aspecto importante a ser considerado é o represa-
usinas hidroelétricas. mento de extensas áreas, com a submersão de ecossiste-
61
62
63
64
nico ou virtual; Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA); O(A) professor(a) poderá abordar o aspecto da qua-
Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.); política rodoviarista; lidade dos transportes urbanos, os deslocamentos de pes-
Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transpor- soas que residem em lugares distantes do trabalho, ex-
tes (DNIT); concessões; pedágios; transportes urbanos; plorando especialmente o conceito de cidadania, propondo
transporte informal ou clandestino; pólos exportadores; discussões sobre melhorias e soluções para problemas e
corredores de exportação; Infraero (Empresa Brasileira acidentes de trânsito, superlotação dos meios de trans-
de Infra-estrutura Aeroportuária); turismo no Brasil. porte urbano.
O trecho a seguir dos Parâmetros Curriculares Na-
3. Encaminhamento das atividades e resolução cionais (Brasília, Ministério da Educação e do Desporto,
1998) fornece mais subsídios ao(à) professor(a):
dos exercícios
Avalie seu aprendizado (p. 381-382) “A velocidade e a eficiência
Construindo conhecimento dos transportes e da comunicação
como novo paradigma
1. Resposta pessoal. Professor(a) ressaltar que muitas
manifestações folclóricas também estão desaparecen- da globalização
do no Brasil.
Como as ferrovias, rodovias, sistemas de na-
2. Resposta pessoal. Temas possíveis: problemas do ado-
vegação fluvial ou marítima, na busca da supera-
lescente, planejamento familiar, paz mundial, drogas,
ção das distâncias, integraram mercados e diferentes
guerras, violência e muitos outros.
economias e aceleraram o fluxo das pessoas?
3. Resposta pessoal. Professor(a) é importante que o alu-
Superar a barreira dos mais íngremes rele-
no perceba a necessidade do desenvolvimento de soci-
vos e conquistar e dominar a atmosfera com a avi-
edades culturalmente diversificadas e o papel do Esta-
ação fez com que os grandes oceanos se transfor-
do como promotor de políticas que respeitem explici-
massem em verdadeiros lagos. Todo esse progres-
tamente a diferença cultural e valorizem expressões
so técnico esteve associado aos conhecimentos da
populares que contribuem para a identificação do in-
pesquisa meteorológica, geomorfológica, hidrográ-
divíduo com sua história e tradições.
fica, oceanográfica, cartográfica, etc.
O estudo dos transportes poderá ser realiza-
Fixando o conteúdo do dentro da perspectiva de uma micro e macro-
4. A decadência do transporte ferroviário no Brasil de- escala de espaços. É possível citar como exemplo
veu-se: à concorrência do transporte rodoviário; ao fato de microescala os estudos dos diferentes módulos
de as ferrovias não integrarem as regiões (direciona- de transporte no interior do espaço das cidades,
vam-se quase sempre no sentido interior—litoral); à falta tais como automóvel, metrô, ônibus, caminhões, até
de estrutura e de investimentos para atender com ra- um simples elevador.
pidez e eficiência a nova realidade industrial do país. Nesse enfoque, pode-se procurar estabelecer
5. Rodovias Rio—Bahia e Régis Bittencourt (BR-116), que uma análise crítica das diferenças entre as políti-
interligaram as regiões Nordeste, Sudeste e Sul; Rio— cas públicas voltadas para o transporte individua-
Belo Horizonte—Brasília (BR-40); São Paulo—Belo lizado e coletivo e como se remetem ao espaço ge-
Horizonte—Brasília (Rodovia Fernão Dias, BR-50); ográfico, procurando avaliar o desempenho des-
Brasília—Belém (BR-10); Brasília—Cuiabá (BR-70) e sas ações como resposta à demanda de transpor-
outras. tes pela população.
65
66
67
68
69
70
71
72