Você está na página 1de 33

LUIZ RODRIGO GROCHOCKI

RODRIGO BARBOSA E SILVA


Robótica Educacional
ROBÓTICA EDUCACIONAL
http://www.roboticaeducacional.com.br
Barbosa e Silva & Grochocki Ltda
Av Sebastião de Camargo Ribas, 1302, Bonsucesso
CEP 85055-000 – Guarapuava - PR
(42) 3629-3623
(42) 8411-0263

A vida tem mais imaginação do que


carregamos dentro dos nossos sonhos.
Atribuída a Cristóvão Colombo.
Robótica Educacional

Índice

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3
1. USO DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO ......................................................................... 5
2. A ROBÓTICA EDUCACIONAL .......................................................................................... 7
2.1. Conceito ......................................................................................................................... 7
2.2. Objetivo da robótica educacional ................................................................................ 8
2.3. Metodologia utilizada ................................................................................................... 9
2.3.1. A robótica educacional na sala de aula .................................................................. 10
2.3.2. Benefícios para os alunos ...................................................................................... 10
2.4. A robótica educacional e os parâmetros curriculares nacionais ............................ 12
2.5. Participação da oficina de robótica nos eventos da SEED/Pr ................................ 15
3. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO ....................................................................................... 23
3.1. Implantação em estabelecimento com laboratório de informática ........................ 23
3.2. Curso de capacitação .................................................................................................. 23
3.3. Informações Técnicas ................................................................................................. 24
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 27
ANEXO I – Página da NASA com publicação de trabalhos dos alunos participantes do
FERA ....................................................................................................................................... 28
ANEXO II – Prefeitura Municipal de Apucarana anuncia o projeto de Robótica
Educacional ............................................................................................................................. 29
ANEXO III – Alunos da rede pública aprendem robótica no I Educação ComCiência ...... 29
ANEXO IV – Inspetoria Salesiana São Pio X anuncia curso de Robótica Educacional em
Guarapuava ............................................................................................................................. 30
ANEXO V – Prefeitura de Guarapuava anuncia curso de Robótica Educacional em 2009 32

2|Página
Robótica Educacional

INTRODUÇÃO

A inserção da tecnologia como forma de auxílio na educação é um


dos grandes debates abertos no Brasil. Em países de primeiro mundo esse
assunto já foi superado, pois a maioria da população já tem acesso a
recursos tecnológicos como computador, internet e programas educativos
na escola e até na própria residência. Por outro lado, a realidade brasileira
aponta para o uso intenso de soluções livres, abrindo assim um campo
interessante para disseminação de tecnologia de baixo custo para
governos e entidades.
Os educadores têm procurados caminhos para prover ao cidadão
em fase escolar melhores condições de competitividade no mundo
globalizado. O conceito de analfabeto, atualmente, inclui o analfabetismo
tecnológico, que ocorre quando a pessoa não tem acesso e/ou não domina
os recursos em voga nessa Era da Informação. É correto afirmar que, ao
mesmo tempo em que gera oportunidades, a tecnologia pode expelir uma
pessoa de sua carreira profissional ou pode dificultar a ascensão social
através da carreira almejada durante a fase escolar. Por isso, diferentes
esferas sociais procuram meios de oportunizar acesso à internet e ao
computador valendo-se da expansão e implantação de laboratórios nas
escolas. Também a expansão nos lares brasileiros começa a ter
incentivos, como por exemplo o abatimento de alguns impostos na
produção de computadores ―populares‖.
Iniciativas como essas são louváveis, mas não completam a
formação de um cidadão plenamente consciente do uso da tecnologia na
resolução de problemas cotidianos. Atualmente, o computador é usado
como ferramenta de captação de informações, ou seja, uma biblioteca
mais fácil, rápida e atrativa do que bibliotecas tradicionais. Entretanto,
aliar o computador a programas específicos para o ensino e dotar os

3|Página
Robótica Educacional

laboratórios de estrutura de ponta, como a robótica, é um salto de


qualidade evidente.
O objetivo do documento é apresentar o uso da robótica como
instrumento de auxílio na educação de jovens e crianças. Nas próximas
páginas, é discorrido sobre o uso da robótica na educação e sua
adaptação aos Parâmetro Curriculares Nacionais, além de outras
informações importantes sobre sua adoção.

4|Página
Robótica Educacional

1. USO DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

Iniciativas governamentais e privadas em várias esferas têm


levado ao cidadão o acesso à tecnologia. Há diversas iniciativas de
sucesso em governança eletrônica que auxiliam governo e cidadão a
manterem, aprimorarem e, em alguns casos, estabelecerem um
relacionamento mais confiável e participativo. Talvez a iniciativa mais
famosa no campo seja da Receita Federal do Brasil que, em pouco tempo,
conseguiu praticamente eliminar o grande volume de papéis outrora
necessários para o relacionamento dos contribuinte com o fisco.

Outra vertente perseguida pelos governos é a educação


tecnológica. Outrora apenas uma necessidade acessória, a tecnologia em
sala de aula é hoje componente fundamental na educação da sociedade
moderna. Um aluno sem acesso à tecnologia é como uma analfabeto de
outros tempos: terá imensas dificuldades de crescimento profissional.
Para combater a exclusão digital de amplas camadas populacionais, os
governos têm implementado ações para construção de laboratórios nas
escolas e acesso público à internet em bibliotecas e pontos específicos.

Entidades particulares de ensino também mostram avanços na


área de tecnologia, entretanto nota-se que o mau ou sub uso dos recursos
disponíveis causa perdas no desenvolvimento dos alunos. Muitas vezes, o
computador é usado como máquina de escrever ou calcular, como
videogame ou como fonte de diversão. Esquece-se de mostrar ao
educando que o computador é uma ferramenta para atingir objetivos
estabelecidos por alguma situação. Até alguns projetos de robótica
acabam por negligenciar a capacidade criativa dos alunos, pois o
educando deve seguir receitas prontas de robôs tiradas de manuais.

Outro ponto controverso é a formação dos professores e o papel

5|Página
Robótica Educacional

que os educadores devem desempenhar na sala de aula. Há duas formas


do professor agir na sala de aula de tecnologia: como repassador de
conteúdos ou como facilitador de descobertas. Atualmente a competição
não é mais entre próximos, mas entre pessoas que jamais se encontrarão
porque trabalham em locais distantes do planeta. O estímulo da
criatividade e do poder de resolução de problemas é mais importante do
que a absorção de conhecimentos a partir de esquemas montados para o
público geral. Na sociedade da interligação total, é a capacidade individual
que garante melhores posições a uma pessoa, então é lógico pensar que o
mestre deve ser o elemento de estímulo à descoberta, uma fonte de
incentivo à criatividade única de cada aluno.

É perigoso divagar como será o futuro nos próximos dez ou vinte


anos. Muitos dos conceitos sobre tecnologia e futuro emitidos nas décadas
de 1980 e 1990 foram confirmados, mas outros restaram incompletos,
incorretos ou até pouco valorizados - basta lembrar que companhias
gigantescas simplesmente ignoraram oportunidades que a Internet abriu.
Mesmo assim, pode-se afirmar que conceitos basilares das ciências
modernas continuarão válidos e terão espaço na vida profissional do
futuro.

É grande a preocupação de diversos entes educacionais com a


inclusão digital e o oferecimento de novas oportunidades à população, o
que leva a pensar em avanços nessa área tecnológica. Complementando a
gama de serviços ofertados à educação por meio de recursos tecnológicos,
podemos incentivar o aluno a construir conhecimento através de
ferramentas como robôs e computadores.

6|Página
Robótica Educacional

2. A ROBÓTICA EDUCACIONAL

2.1. Conceito

A palavra robô tem sua provável origem no francês robot, da qual


o escritor checo Karel Capek grafou robota para simbolizar ―trabalho
forçado‖. O dicionário Aurélio assim a define: ―S. m. 1. Mecanismo automático,
em geral com aspecto semelhante ao de um homem, e que realiza trabalhos e
movimentos humanos. 2.Fig. Pessoa que se comporta como robô, i. e., que executa
ordens sem pensar. No mesmo dicionário, robótica é: S. f. 1. O conjunto dos estudos e
das técnicas que permitem a utilização de robôs na automação‖.

―Executa ordens sem pensar‖ é uma boa definição de um robô.


Como não pensa, logo um humano deve ―pensar‖ toda sua programação,
algo que demanda levantamento de dados, projeto e testes. Como
definição também, a robótica é a possibilidade de controlar, através do
computador, ferramentas eletro-eletrônicas, transformando-as em
máquinas que podem interagir com o meio e executar determinadas
tarefas. No âmbito educacional, a robótica se sustenta como ferramenta
de aprendizagem, podendo reunir materiais como sucatas e kits de
montagens com peças diversas, incluindo motores e sensores, controlados
por computadores e softwares de programação.

A robótica aliada à educação propõe uma maior interação


professor/aluno, permitindo que ambos experimentem, através da busca,
um aprendizado constante. Assim, a robótica educacional transforma a
aprendizagem em uma vivência divertida e construtiva, levando para
dentro da escola os princípios da ciência e da tecnologia.

No ambiente de robótica educacional, o papel do mestre é ensinar

7|Página
Robótica Educacional

ao aluno a montagem, automação e controle de dispositivos mecânicos


que podem ser controlados pelo computador. Do ponto de vista da
engenharia mecânica, a robótica pode ser definida como sendo uma forma
da automação industrial, um conjunto de conceitos básicos - como
Mecânica, Cinemática, Automação, Hidráulica, Informática e Inteligência
Artificial - envolvidos no funcionamento de um robô. Com as ferramentas
necessárias para o desenvolvimento de dispositivos robóticos, alunos e
professores interagem entre si e produzem novos e diferentes tipos de
conhecimentos neste novo tipo de ambiente educacional ainda inexistente
em larga escala na educação formal. A adoção da robótica educacional é
mais um passo na formação do cidadão alfabetizado tecnologicamente.

A técnica pedagógica possível de ser aplicada é do


questionamento e da investigação. O aluno trabalha com conceitos da
matemática, física, química, métodos matemáticos e numéricos, teoria de
controle de sistemas de computação, conteúdos de mecânica, processos
de fabricação e materiais, além de sistemas eletrônicos, digitais,
eletrônica de potência, sistemas de aquisição de dados, ecologia, etc. As
teorias absorvidas em sala de aula são transformadas em idéias que
estimulam o aluno a sempre querer aprender mais, instiga a voracidade
em absorver novos conhecimentos e tecnologias. A robótica educacional
procura auxiliar o aluno na construção do aprendizado adquirido em sala
de aula.

2.2. Objetivo da robótica educacional

O objetivo mestre da robótica educacional é promover ao


educando o estudo de conceitos multidisciplinares, como física,
matemática, geografia, entre outros. Há variações no modo de aplicação e
interação entre os alunos, estimulando a criatividade e a inteligência e

8|Página
Robótica Educacional

promovendo a interdisciplinaridade. Usando ferramentas adequadas para


realização de projetos, é possível explorar alguns aspectos de pesquisa,
construção e automação.

2.3. Metodologia utilizada

A idéia principal é montar um projeto em forma de maquete e


levar o aluno a interagir com colegas na criação e execução, ensinando-o
a respeitar, exigir, conceder, compreender e ter disciplina na descoberta de
soluções para os problemas propostos. Os objetivos educacionais são
alcançados com a descoberta do conhecimento do aluno e do grupo.
A robótica educacional é um meio moderno e eficiente de aplicar a
teoria piagetiana em sala de aula. O aluno é levado a pensar na essência
do problema, assimilando-o para, posteriormente, acomodá-lo em seu
conhecimento. O professor também deixa de ser o único e exclusivo
provedor de informações para tornar-se o parceiro no processo de
aprendizagem.

À primeira análise, robótica educacional parece somente cobrir os


aspectos tecnológicos da escola. Uma reflexão mais profunda mostra que
o estabelecimento de relações humanas do aluno com seus colegas e
professores é estimulado com o trabalho em grupo. Diferentemente da
experiência, muitas vezes solitária, de navegar na internet ou utilizar
aplicativos diversos, a robótica demanda forte integração entre as pessoas
presentes em uma sala de aula porque cobre vários campos do
conhecimento humano e demanda a participação de diferentes
competências pessoais para a resolução dos problemas propostos.
Portanto, a robótica educacional é uma experiência em grupo que valoriza
e estimula as potencialidades individuais.

9|Página
Robótica Educacional

2.3.1. A robótica educacional na sala de aula


A robótica educacional visa levar o aluno a questionar, pensar e
procurar soluções, a sair da teoria para a prática usando ensinamentos
obtidos em sala de aula, na vivência cotidiana, nos relacionamentos, nos
conceitos e valores. Possibilita que a criança, como ser humano concebido
capaz de interagir com a realidade, desenvolva capacidade para formular
e equacionar problemas. Nesse ponto, a robótica educacional mais uma
vez segue Piaget, para quem o objetivo da educação intelectual não é
saber repetir verdades acabadas, mas aprender por si próprio. Na teoria
construtivista, o conhecimento é entendido como ação do sujeito com a
realidade. Em ambientes de robótica educacional os alunos constroem
sistemas compostos por modelos e programas que os controlam para que
eles funcionem de uma determinada forma.
Há forte necessidade de interação com o grupo. Não é impossível,
mas um trabalho de robótica educacional levado a cabo apenas por um
aluno terá grande chance de insucesso, portanto a colaboração é
indispensável. O grupo deve pensar em um problema e chegar à solução
usando conceitos básicos de engenharia, componentes eletrônicos e
programação de computadores. A robótica educacional vale-se de um
sistema de exploração do conhecimento tradicional, pois sugere que o
grupo conceba um projeto, levante hipóteses e faça levantamento de
campo, bibliográfico e experimental, para depois confirmar ou refutar as
hipóteses através da construção de um dispositivo robótico.

2.3.2. Benefícios para os alunos


 Aplicar conhecimentos de outras disciplinas, como Física,
Matemática, Desenho Geométrico, Computação, etc;
 gerar o hábito de se estabelecer um plano de trabalho;
 garantir que o próprio aluno seja capaz de avaliar seu
desempenho;

10 | P á g i n a
Robótica Educacional

 utilizar conceitos aprendidos em outras áreas do conhecimento


para o desenvolvimento de seus projetos;
 promover atividades que gerem a cooperação em trabalhos de
grupo;
 estimular o crescimento individual através da troca de projetos e
idéias;
 levar o aluno a reconhecer que os erros podem gerar um
processo de reflexão o que permitirá sua correção e garantirá
maior segurança na resolução de problemas;
 desenvolver o senso de responsabilidade e despertar a
curiosidade;
 desenvolver a confiança e auto-estima;
 oportunizar um novo ambiente de aprendizagem capaz de
integrar conceitos de diversas áreas de conhecimento;
 reconhecer a contribuição pessoal de cada um dos integrantes
das equipes;
 aprimorar a motricidade, através da execução de trabalhos
manuais;
 desenvolver diversas habilidades, ao apresentar situações que
desafiam o raciocínio;
 trabalhar de maneira cooperativa;
 ter responsabilidade com materiais de uso comum;
 enfrentar situações que exigem tomada de decisões;
 desenvolver o senso estético;
 socializar o conhecimento;
 planejar atividades, desenvolvê-las e avaliar o resultado final;
 refletir sobre o erro e perder o medo de errar;
 praticar a reciclagem de materiais;
 aprender a aprender;
 passar de sujeito passivo para sujeito ativo;
 desenvolver auto-suficiência na busca e obtenção de

11 | P á g i n a
Robótica Educacional

conhecimentos;
 aprender a trabalhar com diferentes materiais;
 aprender a trabalhar com diferentes ferramentas (martelo,
soldas, etc.);
 promover um ambiente que propicia projetos participativos e
aprendizagem cooperativa.

2.4. A robótica educacional e os parâmetros curriculares nacionais


Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam como objetivos que
alunos do ensino fundamental sejam capazes de1:
a. compreender a cidadania como participação social e política,
assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e
sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade,
cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e
exigindo para si o mesmo respeito;
b. posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas
diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de
mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
c. conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões
sociais, materiais e culturais como meio para construir
progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o
sentimento de pertinência ao País;
d. conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural
brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e
nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada
em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo,
de etnia ou outras características individuais e sociais;
e. perceber-se integrante, dependente e agente transformador do
ambiente, identificando seus elementos e as interações entre
eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio
ambiente;
f. desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o
sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física,

1
In Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências Naturais, pág 7.

12 | P á g i n a
Robótica Educacional

cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção


social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e
no exercício da cidadania;
g. conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando
hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade
de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde
e à saúde coletiva;
h. utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica,
plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e
comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções
culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a
diferentes intenções e situações de comunicação;
i. saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
j. questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de
resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a
criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica,
selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
Em uma rápida análise sobre as habilidades que são desejadas
para um aluno, vemos que os itens a, b, e, f, h, i e j encontram estímulo
a partir do ensino de robótica. Os dois primeiros itens encontram forte
associação com o trabalho em grupo requerido para uma experiência de
robótica educacional. O item e refere-se, em robótica educacional, à
necessidade de os alunos observarem o meio em que vivem e os materiais
que o compõem, levando à reflexão sobre forma de interação,
modificação, reaproveitamento e ação dos diferentes componentes que
fazem parte desse meio. Em f mostra-se novamente a importância do
trabalho em grupo e da assimilação do problema proposto, além do
desenvolvimento de habilidades que levem à resolução da questão
colocada aos alunos. No item h está expressa a possibilidade de
representar o mundo virtual projetado pelos alunos em diferentes formas
de linguagem, como: verbal, que pressupõe o treinamento da
comunicação para entender o fazer-se entendido; matemática, já que nos
programas de computador encontram-se manifestações vivas da ciência
exata; gráfica, seja no programa que controla a experiência, no projeto
que a concebeu ou na mostra de resultados; plástica, que mostra a
habilidade em representar com facilidade conceitos refletidos em um

13 | P á g i n a
Robótica Educacional

projeto que envolve linguagem de programação e materiais físicos; e, por


fim, corporal, que é a forma de comunicação básica do ser humano na
interação com semelhantes e com situações do dia-a-dia. A capacidade
central estimulada pela robótica educacional é expressa pelo item i, pois o
objetivo do projeto é que os alunos percebam que há diferentes fontes de
informações e vários recursos tecnológicos que podem ser utilizados para
a construção do conhecimento que cada indivíduo busca durante toda a
vida. Por fim, o item j mostra a habilidade que o aluno demonstra em face
à compreensão, modificação e melhoria do mundo real através do uso de
pensamento lógico, de criatividade, de intuição e de análise crítica,
conceitos esses treinados em todos os ciclos de experiências de robótica
educacional.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, na apresentação relativa a
ciências naturais, a Secretaria de Ensino Fundamental do Ministério da
Educação constata que ―a formação de um cidadão crítico exige sua
inserção numa sociedade em que o conhecimento científico e tecnológico
é cada vez mais valorizado‖2. Acerta a Secretaria ao afirmar que o
conhecimento cientifico e tecnológico é cada vez mais valorizado na vida
cotidiana porque o mundo mostra a necessidade de absorção permanente
de conhecimentos tecnológicos, com a realidade atual apontando para um
crescente uso de recursos de natureza tecnológica em todos os setores da
vida humana. A robótica gradativamente aumentará sua participação no
mercado de trabalho, na casa e na educação das pessoas. A tecnologia -
com seus diferentes ramos - afetará as relações empresariais,
interpessoais, comerciais e nacionais de uma forma jamais vista
anteriormente.
Também nos Parâmetros, afirma-se que ―é importante reiterar
que, sendo atividades humanas, a Ciência e a Tecnologia são fortemente
associadas às questões sociais e políticas. Motivações aparentemente
singelas, como a curiosidade ou o prazer de conhecer são importantes na
busca de conhecimento para o indivíduo que investiga a natureza. Mas
freqüentemente interesses econômicos e políticos conduzem a produção
científica ou tecnológica. Não há, portanto, neutralidade nos interesses
científicos das nações, das instituições, nem dos grupos de pesquisa que

2
Pág 15.

14 | P á g i n a
Robótica Educacional

promovem e interferem na produção do conhecimento‖3. Então, vê-se que


interesses governamentais estimulam ou, em muitos casos, desestimulam
o desenvolvimento da tecnologia de uma comunidade. Há exemplos de
nações que desenvolveram seu povo, como a Coréia do Sul, através da
educação tecnológica, além do famoso caso de competição entre Estados
Unidos e Japão na década de 80, onde o fator decisivo para manutenção
da hegemonia americana foi o grande investimento feito nas áreas de alta
tecnologia daquele país para contrastar com o avanço japonês.
Aulas de robótica educacional no ensino fundamental e médio
serão um forte aliado à construção do conhecimento do aluno, pois a
observação o levará à experimentação, que propiciará a análise dos
resultados e dos erros obtidos. É importante salientar a importância do
erro, pois o aluno terá a oportunidade de refletir sobre a estratégia usada
para resolver o problema e remodelá-la quando necessário.

2.5. Participação da oficina de robótica nos eventos da SEED/Pr

O FERA – Festival de Artes da Rede Estudantil do Paraná – é uma


iniciativa do Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de
Estado da Educação, para estimular atividades artísticas, culturais e de
entretenimento, propiciando o enriquecimento do espaço e do tempo
escolar. Uma promoção digna de aplausos que atinge alunos e escolas de
todas as regiões do estado. Experimentos de robótica educacional foram
apresentados à população estudantil em sete etapas do projeto no ano de
2004: Cascavel, Cornélio Procópio, Umuarama, Apucarana, Pato Branco,
Paranavaí e Ponta Grossa. Em 2005, Londrina e Maringá tiveram as
oficinas de robótica educacional em suas etapas.

Em Cascavel, a mostra de robótica educacional foi um convite aos


alunos daquela região a tomarem conhecimento de trabalhos concebidos
por alunos da rede particular de Curitiba. Foram apresentados os
trabalhos ―parque de diversões‖, ―elevadores‖ e ―carro explorador de

3
Ciências Naturais. Pág. 25

15 | P á g i n a
Robótica Educacional

Marte‖. Durante a mostra em Cascavel, diversos educadores, entre


professores e dirigentes, procuraram informações sobre o projeto e
potencialidades na educação dos alunos da rede pública. Mais interessante
ainda foi notar a grande curiosidade dos alunos em relação aos trabalhos
quando visitavam o estande. A maioria, mesmo vinda de regiões de
predominância do agronegócio, não só estudava com interesse os
projetos, mas também dava sugestões de melhorias e novos inventos que
poderiam ser construídos em suas escolas. Destaca-se o exemplo de um
aluno da cidade de Tupãssi que, a partir da experiência adquirida com o
pai tratorista, sugeriu melhoramentos no sistema de tração do projeto
―carro explorador de Marte‖. Este é uma evidência de que a robótica é
viável para o aluno de cidades predominantemente urbanas e também
para os municípios onde a atividade rural é a principal. Enfim, todo
conhecimento do educando é útil para aplicações robóticas.
Em Cornélio Procópio foram oferecidas ―oficinas da hora‖ durante
o FERA - mini-curso de quatro horas somente para alunos interessados
com inscrição feita no local. Na primeira oficina, quando os alunos ainda
não tinham conhecimento do que se tratava a ―robótica educacional‖,
houve alguma resistência para inscrições. Entretanto, após a primeira
turma ter desenvolvido um pequeno projeto (um carro de propulsão a ar)
em menos de quatro horas, as oficinas seguintes inscreveram mais alunos
do que o número de vagas original permitiria. Vale ressaltar que os
materiais usados para a construção do carro foram CDs velhos, papelão
das caixas de água que a Sanepar forneceu no local, cola, tesoura, motor
retirado de drives de CDs adquiridos na usina de lixo de Curitiba, barbante
e pilhas. Ao final de quatro dias mais 200 alunos passaram pela oficina.
Em Umuarama adotou-se o modelo de oficina permanente, os
alunos foram inscritos previamente por seus Núcleos Regionais para a
oficina. Durante quatro dias, cerca de 35 alunos, incluindo alguns de
ensino superior (acadêmicos de matemática de Loanda), realizaram
trabalhos com motores, sucata e computadores. Os resultados alcançados

16 | P á g i n a
Robótica Educacional

pelos alunos foram satisfatórios, pois desenvolveram trabalhos com


propulsão a ar e direta, algumas maquetes de residências automatizadas,
além de também tomarem contato com a linguagem LOGO. Em quatro
horas eles aprenderam e aplicaram no computador os principais comandos
de controle da ―tartaruga‖ do LOGO a partir do desafio proposto de
ensinar a tartaruga a desenhar algumas formas geométricas. Assim, sem
notar, vários alunos fizeram seu primeiro programa de computador,
ensinando a tartaruga a desenhar quadrados, triângulos, retângulos,
círculos, cones, etc. Como desafio maior ainda para quem faz o primeiro
programa, reunindo as formas geométricas ensinadas ao computador,
alguns alunos esboçaram no computador o projeto de uma residência.
Na cidade de Apucarana, durante a etapa região central do Fera
entre 31 de agosto e 5 de setembro, a oficina permanente de robótica
educacional atendeu cerca de 40 alunos. Teve mais de 15 projetos
desenvolvidos, a maioria miniaturas de barcos feitos com o motor velho
de drive de CD, garrafa de plástico, barbante e cola. Alguns alunos
também projetaram robôs com formato e características inspiradas no
corpo humano, como o ―robô empregada doméstica‖.
Na etapa região sul do Fera, com sede em Pato Branco, realizada
de 11 a 16 de setembro de 2004, a oficina de robótica educacional teve
grande aceitação por parte dos alunos. No dia de abertura do festival, os
alunos assistiram à aula inaugural da oficina e deram diversas
contribuições durante a discussão da história da robótica. Com grande
satisfação, perceberam que a robótica está presente em serviços públicos
disponíveis aos lares de cada um e em outros setores e equipamentos de
uso contínuo. Durante o curso os alunos projetaram e desenvolveram um
―robô que escreve‖, projeto que os levou a refletir e pensar no
funcionamento anatômico do braço humano. Outros três projetos
interessantes foram duas maquetes de residências, com o
desenvolvimento de uma casa com sistema de iluminação e outra com
portão automático, e um ―sistema de conforto‖ em forma de sofá

17 | P á g i n a
Robótica Educacional

ajustável por motores. Dessa forma, foi possível verificar que o aluno
procura aplicar conhecimentos adquiridos com a observação do dia-a-dia.

Na etapa região norte, sediada em Paranavaí, voltou-se ao


sistema de duas turmas, a primeira entre 9h e 12h e a segunda entre
13h30min e 16h. Cerca de 80 alunos participaram das aulas em que
foram usados materiais fornecidos pela NASA para o processo de
aprendizagem de robótica. Com explicações sobre o funcionamento de um
MER (sigla em inglês de Mars Exploration Rover – veículo explorador de
Marte), os alunos conheceram elementos básicos do projeto de robôs da
Nasa. A partir da apresentação, desenvolveram vários protótipos de MER
utilizando motores, baterias e engrenagens. Três desses projetos foram
publicados no site da Nasa e um deles foi usado por aquela Agência
americana para explicar o conceito de ―robonauta‖. O fac-símile da página
da Nasa encontra-se no anexo I. Outro projeto que merece destaque é o
―sistema de secagem de café‖ desenvolvido por alunos da zona rural da
região. Esses alunos desenvolveram o protótipo de barracão para
armazenagem e secagem de grãos de café a partir da experiência
adquirida em plantações reais, onde a condição climática é crucial para a
retirada do excesso de água para processamento do produto. No sistema
usado nas lavouras, os grãos são dispostos ao chão e, quando o clima
está adverso, são cobertos manualmente por lonas. Analisando o
problema, os alunos conceberam uma abertura automática no barracão de
armazenagem que poderia ser acionada por sensores.

Na última etapa do Fera em 2004, região centro-sul, realizada em


Ponta Grossa de 23 a 28 de outubro, novamente duas turmas de alunos
assistiram à apresentação da técnicas de construção de robôs da NASA.
Uma peculiaridade foi observada: o grande número de projetos de
humanóides (robôs inspirados na aparência humana). Do total de 10
equipes das duas turmas, 7 projetos foram de humanóides, desde o ―robô
professor‖ até um pitoresco ―robô tatuador‖.

18 | P á g i n a
Robótica Educacional

Em 2005, nas cidades de Maringá e Londrina, o FERA ofertou a


oficina de robótica educacional para alunos de diversas idades. A
experiência mais interessante foi com alunos da terceira série do ensino
fundamental em Maringá. Corre-se o risco de imaginar que crianças de
nove ou dez anos teriam desempenho inferior aos alunos mais velhos na
oficina de robótica educacional, mas o resultado mostra o contrário. Os
alunos do ensino fundamental mostraram-se mais interessados e
participativos, não houve caso de apatia e descaso pelas aulas. Além
disso, a experiência educacional não ficou restrita apenas à oficina, os
alunos traziam materiais da escola ou da casa para incrementar o robô
que estavam construindo nos quatro dias do evento. Os mais novos não
se davam por satisfeitos apenas com a construção do robô, mas
buscavam colocar mais recursos em seu trabalho e entravam em uma
saudável competição com os outros grupos na construção dos
experimentos. A experiência com alunos do ensino fundamental mostrou
que a criança de hoje está mais ligada ao mundo tecnológico do que os
pais e educadores imaginam. Comprova também que recursos
tecnológicos podem ser explorados por crianças e que a sociedade toda
pode esperar excelentes resultados desse processo.

Em resumo, as etapas do FERA mostraram que há um grande


número de alunos interessados em aprender novas tecnologias e aplicar o
conhecimento cotidiano na construção de dispositivos robóticos. Por seu
lado, professores vêem que é possível aliar tecnologia ao ensino regular. A
aplicação do conhecimento adquirido em sala de aula ou na vivência do
aluno é um passo importante no desenvolvimento da educação pública do
Paraná, pois permite que o conhecimento adquirido seja objeto de
reflexão de uso pelo educando da escola pública. Também é notável o
interesse de alunos pelo computador, muitos demonstrando uma
curiosidade imensa por todas as oportunidades que essa máquina é capaz
de abrir. O mercado e os pais encaram o aprendizado de novas

19 | P á g i n a
Robótica Educacional

tecnologias como necessidade profissional nos dias atuais, entretanto,


para as crianças e jovens da atual geração, a atualização tecnológica é um
objeto de busca incansável.

O I Educação ComCiência foi realizado em 2005 em cinco cidades:


Ponta Grossa, Maringá, Cascavel, Curitiba e Londrina. A oficina de robótica
educacional, presente em todas as sedes, teve 4h de duração em cada um
dos quatro dias letivos de cada etapa. Abrigou cerca de 60 alunos por dia,
240 por etapa, 1200 ao final dos trabalhos em Londrina. Em 4h horas foi
possível trabalhar os conceitos de robótica, a sua história, importância e
aplicabilidade no mundo atual. Também três componentes foram
explorados: fontes de energia, motores e programação. Em cada etapa
era pedido que os alunos fizessem um breve projeto do trabalho
pretendido para que, após as atividades com o grupo, pudessem
comparar o resultado obtido com aquele desejado no início do processo.
Ao final da aula, os grupos interagiam com os demais através da
apresentação do trabalho realizado.

Durante o ComCiência foi possível verificar a existência de


projetos de algumas escolas na área de robótica educacional, inclusive
com alguns trabalhos mostrados como destaques pela imprensa presente
ao evento. Mesmo com boas montagens robóticas, não se verificou o
mesmo na área de programação. Mesmo podendo ser considerados
trabalhos de robótica, nenhum deles explorou as possibilidades da
programação de computadores que a linguagem Logo trás para a
educação dos alunos. Entretanto, essas iniciativas de escolas isoladas
mostram que um suporte superior às suas atividades pode enriquecer os
trabalhos e potencializar os grupos que já pesquisam robótica
educacional.

Em todas as etapas do FERA e do ComCiência um componente


fundamental dos robôs foi explorado: a programação. Programação é a
interação do homem com o computador para produzir um comportamento

20 | P á g i n a
Robótica Educacional

– ou resultado – lógico. A programação, apesar de ser vista com algo


abstrato, é o resultado concreto de um esforço intelectual. Através das
linhas escritas por um aluno, é possível verificar suas aptidões lógicas e
matemáticas no campo tecnológico. Mais do que qualquer outro campo da
tecnologia, a programação realmente mostra as habilidades do
profissional, pois o resultado é visível durante o uso do programa.

Nas aulas de programação utilizou-se a linguagem Logo para


aplicação dos exercícios propostos. O primeiro desafio dos alunos foi
ensinar a tartaruga (que, em Logo, representa um robô) a desenhar um
quadrilátero e um triângulo na área de trabalho. O Logo aplica conceitos
de geometria intrínseca, aquela que tem por referencial o corpo e a
posição do programador. Diferentemente da geometria cartesiana, que
tem como referenciais os pontos x e y, portanto, distantes da realidade
física do aluno, a geometria intrínseca permite que o aluno resolva
determinado problema a partir de sua percepção espacial através do
controle da tartaruga do Logo. Isto porque quando o aluno comanda que a
tartaruga vá ―para frente‖ determinado número de passos (a sintaxe
correta do comando é parafrente z, onde z é o número de passos que a
tartaruga percorre), o fez depois de ter imaginado uma solução onde
entra no problema e age como se estivesse ele mesmo caminhando ―para
frente‖. Outro ponto a destacar é a pronta resposta do computador aos
comandos do aluno. Devido a ser uma linguagem interpretada o Logo
permite que, a cada vez que a criança escreve e executa um comando, o
resultado seja visível imediatamente na tela do computador. A vantagem
é que o aluno não precisa escrever dezenas ou centenas de linhas de
comandos para só depois executar o programa, mas sim o executa linha a
linha, tornando evidente o resultado a cada comando. Quando há um erro,
ou o ambiente Logo avisa que não entendeu o comando que o aluno
escreveu, ou executa uma tarefa de forma errada. Em Logo o erro é
valorizado por permitir que o aluno experimente várias formas de resolver

21 | P á g i n a
Robótica Educacional

o problema proposto.

A experiência com a programação de computadores permite duas


observações. Por um lado, nota-se que um bom número de alunos não
possui intimidade com elementos básicos da geometria, como ângulos e
cálculo de medidas. Por outro, vêem-se crianças e adolescentes com
grandes habilidades matemáticas e lógicas, permitindo uma aula de
programação muito proveitosa com alunos que sequer haviam tido
qualquer contato com computador antes da oficina de robótica. A
linguagem Logo, desenvolvida dentro dos laboratórios do MIT –
Massachussets Institute of Technology – teve base nas referências
teóricas sobre a natureza da aprendizagem desenvolvidas por Piaget e as
possibilidades abertas pela tecnologia, especialmente pela inteligência
artificial.

22 | P á g i n a
Robótica Educacional

3. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

3.1. Implantação em estabelecimento com laboratório de informática

A implantação do projeto de robótica onde exista um laboratório


de informática já montado é mais rápida, pois há a possibilidade de
adaptar os equipamentos a máquinas disponíveis. Todo o projeto lógico e
elétrico ficará a cargo da empresa; o estabelecimento deve providenciar a
estrutura de mesas, cadeiras e tomadas, entre outros detalhes
especificados após levantamento de necessidades do local.
O tempo necessário para adaptação do laboratório, treinamento
de professores, implantação dos sistemas para ensino de robótica e dos
equipamentos para controle dos dispositivos é de um mês. A partir disso,
em menos de dois bimestres já serão visíveis os avanços das turmas que
participarem das aulas de robótica, pois vários projetos estarão prontos
para uso e demonstração.

3.2. Curso de capacitação

O principal fator de sucesso para implantação de robótica


educacional é o curso de capacitação dos professores multiplicadores.
Durante o curso, os professores terão contato com a linguagem Logo e a
interface de robótica educacional, bem como tomarão conhecimento de
como iniciar, manter e desenvolver o projeto em seus respectivos
estabelecimentos.
A grade resumida do curso é a seguinte:

Interface de robótica educacional (16 horas)


o Saídas
 Lâmpada Incandescente
 Motor Contínuo
 Motor de passo
 Eletroímã

23 | P á g i n a
Robótica Educacional

 Led
o Entradas
 Sensor de toque
 Sensor magnético
 Sensor de fim de curso
 Sensor de luz
 Sensor de temperatura
Logo (24 horas)
 Movimentação e controle da tartaruga
 Ângulos
 Figuras geométricas
 Estruturas de controle
 Programas de computadores
 Ambiente de programação
 Escrita na tela do computador
 Concepções artísticas programadas

3.3. Informações Técnicas


Laboratório ideal:
 4 bancadas - cada bancada serve a cerca de 5 alunos
 4 computadores com Logo instalado
 4 interfaces de robótica educacional
 4 kits de acessórios com:
100 lâmpadas de 12 v com rabicho
10 sensores de temperatura
20 sensores de luz
5 eletroimãs
15 motores contínuos com redução
8 motores de passo 12v
15 sensores de toque
20 sensores magnéticos redondos
20 sensores magnéticos retangulares
10 imãs redondos
10 imãs retangulares

24 | P á g i n a
Robótica Educacional

10 sensores de 3 posições.
10 sensores de fim de curso

 4 kits de ferramentas, com:


1 caixa de ferramenta plástica.
2 chaves de fenda
2 chaves phillips
1 cstilete
1 alicate com corte e ponta.
1 trena de 5 metros
1 pistola de cola quente 5mm

 1 kit de ferramenta comum


1 caixa de ferramenta
1 paquímetro
1 arco de serra
1 rebitador
500 rebites (pequena, média, grande)
10 kg de refil de cola quente
4 pistolas de cola quente 5mm (reserva)
1 martelo
1 alicate grande
10 rolos de fita isolante
1 martelo de borracha
1 tesoura
1000 parafusos diversos
10 rolos de fita crepe
1 parafusadeira a bateria
1 conjunto de serrotes
100 metros de fio flexível
A implementação em cada local deve ser feita por profissionais

25 | P á g i n a
Robótica Educacional

especializados e a escola receberá os seguintes materiais e serviços:


 Interface de robótica educacional;
 kit de ferramentas
 kits de ferramentas comum
 kits de acessórios
 instalação e configuração de software apropriado no
computador;
 manual de operação;
 exemplos de aplicação.

26 | P á g i n a
Robótica Educacional

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este documento demonstra alguns aspectos da robótica


pedagógica e sua aplicação em sala de aula, a experiência da oficina de
robótica em projetos do Governo do Estado do Paraná e possíveis
aplicações para alunos do ensino regular.
As condições de comunicação atuais do mundo permitem que os
alunos obtenham conhecimento de diferentes fontes e de forma muito
rápida, então as escolas devem preparar-se para uma torrencial
curiosidade e produtividade dos educandos. Além disso, a criança deve
entender ainda na idade de formação que a tecnologia é uma poderosa
ferramenta para melhorar a vida das pessoas e não um entrave ou
dificuldade para a profissão. Prover tecnologia de ponta para os alunos
significa preparar um futuro melhor para a geração que está crescendo. A
robótica educacional, além de oportunizar o conhecimento tecnológico,
não deixa de enfocar os valores humanos, como a construção e
conhecimento do próprio pensamento da criança.
A robótica pode ser vista como algo confinado ao campo da
informática ou da eletrônica, mas envolve diversas áreas do conhecimento
humano, desde a biologia até a psicologia. A História mostra que os
grandes avanços foram feitos a partir da curiosidade de pessoas simples,
embora gênios em formação. Com a implantação de aulas de robótica,
oportunizar-se-á às crianças que desenvolvam seu gênio interior para
efetivamente prepararem um futuro melhor para o Paraná e para o Brasil.

27 | P á g i n a
Robótica Educacional

ANEXO I – Página da NASA com publicação de trabalhos dos alunos


participantes do FERA

Três trabalhos de alunos do FERA foram publicados no site de robótica educacional da NASA. São os únicos
trabalhos fora dos EUA que tiveram esse destaque. Disponível em:
http://robotics.nasa.gov/courses/robotcooking/cool_rovers2.php

28 | P á g i n a
Robótica Educacional

ANEXO II – Prefeitura Municipal de Apucarana anuncia o projeto de


Robótica Educacional

Disponível em: http://www.apucarana.pr.gov.br/index.php?pag=2&id=1104


ANEXO III – Alunos da rede pública aprendem robótica no I Educação
ComCiência

29 | P á g i n a
Robótica Educacional

Disponível em: http://www.agenciadenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=15078

ANEXO IV – Inspetoria Salesiana São Pio X anuncia curso de Robótica


Educacional em Guarapuava

30 | P á g i n a
Robótica Educacional

Disponível em: http://www.dombosco.net/noticia_desc.php?secao=sintonia_online&menu=pr&id=335

31 | P á g i n a
Robótica Educacional

ANEXO V – Robótica Educacional na Prefeitura de Guarapuava

Disponível em http://www.guarapuava.pr.gov.br/noticia.php?idnoticia=5143

Disponível em http://www.guarapuava.pr.gov.br/noticia.php?idnoticia=5179

32 | P á g i n a

Você também pode gostar