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Associacionismo
Origem: filho do empirismo britânico, se desenvolveu a partir do princípio da contigüidade,
isto é, se duas coisas são vizinhas no tempo é provável que se associem entre si. Influências
Antecedentes: Aristóteles (384/322 a.C.) – Leis do Associacionismo: Contigüidade,
Semelhança, Contraste.Fundador: David Hartley (1749). Promotores: Thomas Brown
(1778/1820), primeiro a propor a química mental, para ele tudo se recombina; James Mill
(1773/1836), defensor da mecênica mental; John Stuart Mill (1806/1873), defensor da química
mental, para ele as idéias complexas perdem sua identidade original; Alexander Bain
(1818/1903), deu maior ênfase aos fenômenos sensoriais; Hermann Ebbinghaus (1850/1909),
estudou a memória; Ivan Petrovich Pavlov (1849/1930), fisiologista (reflexo condicionado);
Vladimir Bechterev (1857/1927), psiquiatra (condiconamento motor); Edward Lee Thorndike
(1874/1949), aprendizado animal; Edwin Guthrie (1886/1959). Definição: "Estudo das
associações de idéias, palavras ou conexões de estímulo-reação". Método: Buscavam as leis da
associação e analisavam a vida psíquica. Contribuições: Thorndike deixou valiosa contribuição
em favor da psicologia através de sua grande obra bibliográfica. Durante 50 anos, dedicou-se à
pesquisa de laboratório sobre a aprendizagem animal; elaborou a primeira teoria da
aprendizagem em termos associacionistas; efetuou exaustiva análise da aprendizagem
humana; tornou-se líder em testes mentais e práticas educacionais e deixou estudos que
ajudaram no desenvolvimento no campo da lexicografia. Data de Aparecimento: Surgiu em
1749 e atingiu o seu ápice nas duas primeiras décadas deste século. Críticas: o caráter
elementar de suas posições; a ênfase dada à aprendizagem, como um processo de ensaio e
erro; a suficiência dos atos de exercícios; a Lei do Efeito de Thorndike; o determinismo
mecanicista que, segundo os opositores do sistema, destrói os valores humanos.
Albert Bandura
Bandura é considerado teórico da aprendizagem social, pois se interessou pela
aprendizagem decorrente do contato entre duas pessoas. Para ele, psicólogo
behaviorista contemporâneo, a pessoa aprende muito por imitação. Durante
interações sociais, o indivíduo pode modificar seu comportamento, como resultado
da observação de como as outras pessoas do grupo reagem. Embora reconheça a
importância do condicionamento de Skinner, Bandura insisti em dizer que nem
toda aprendizagem ocorre como resultado do reforçamento direto de respostas. A
oposição de Bandura é decorrente das experiências feitas por ele, as quais
provaram que para a ocorrência de uma ação não é necessário oferecer uma
recompensa. Bandura faz várias criticas as pesquisas individualizadas e com
animais. Como é característico do ser humano a socialização, são raros os casos de
isolamento social. Por isso, segundo ele, as pesquisas devem ser feitas com grupos.
E não se deve utilizar animais nas experiências, uma vez que a aplicação será nos
humanos e estes possuem sentimentos, são racionais, diferentemente dos animais.
Seus princípios de aprendizagem social também podem ser aplicados na
modificação de comportamentos agressivos. Estes são adquiridos através do
exemplo, da experiência direta e da interação com fatores estruturais. Bandura
ainda demonstra algumas maneiras de se reduzir a agressão. Também tem sido muito
utilizadas suas terapias comportamentais em várias situações.
Biografia
Albert Bandura nasceu em 04/12/1925 na cidadezinha de Mundare ao norte de
Alberta, no Canadá. Estudou em uma escola do ensino fundamental e ensino
médio de poucos recursos. Depois trabalhou durante um verão preenchendo
buracos sobre o Alaska Higway em Yukou. Formou-se em bacharel em psicologia
pela Universidade da Colúmbia Inglesa em 1949, e recebeu o título de doutor pela
Universidade do Estado de Iowa, em 1952, onde foi influenciado pela tradição do
behaviorismo e pela teoria da aprendizagem. Começou a ensinar a Universidade de
Stanford em 1953, e com a ajuda de um dos seus primeiros alunos formados,
Richard Walters, escreveu seu primeiro livro "Adolescent Aggression", em 1959.
Entretanto, Walters morreu jovem em um acidente de carro. A partir dos anos 60,
ele propôs uma versão do comportamentalismo inicialmente definida como
abordagem sócio comportamentalista, mas depois denominada teoria cognitiva
social (Bandura, 1986). O professor Bandura foi presidente da associação
Americana de Psicologia em 1974 e recebeu desta o prêmio por Ilustres
Contribuições Científicas em 1980. Ele entrou para a Universidade de Stanford em
1953, onde trabalha até os dias de hoje.
Principais Interesses
Bandura fez treinamento em psicologia clínica e ao longo dos anos, tem
demonstrado inovações na área da aprendizagem, observando problemas
motivacionais sutis, relacionados à agressão e, ultimamente, tem olhado para a
agressão definida em termos de moralidade e de códigos morais. Também
formulou uma versão do comportamentalismo denominada teoria cognitiva social.
Agressão
Primeiramente, Bandura começou estudando a agressão em crianças. Juntamente
com Dick Walters, fizeram um estudo de campo sobre antecedentes familiares na
agressão, e descobriram que os melhores precursores eram o estilo de vida que as
famílias exemplificavam e reforçavam. O comportamento que os pais mostravam e
as atitudes que eles exibiam quanto a expressão da agressão, tanto em casa como
fora dela, emergiram como determinantes de importância. Começou, então, a
desenvolver estudos de laboratório e também paradigmas de modelagem, para
examinar sistematicamente os efeitos da exposição a modelos agressivos sobre o
comportamento das crianças. Os estudos experimentais em que foram utilizadas
metodologias rigorosas, demonstraram que, a curto prazo, a exposição a modelos
agressivos na televisão conduz a comportamentos agressivos nas crianças
expectadoras, o que confirma a posição teórica de Bandura a respeito do fator
modelo na aquisição e manutenção de comportamentos. Ou seja, o comportamento
agressivo se adquiri através do exemplo, através da experiência direta e também
da interação com fatores estruturais. As pessoas são instigadas à agressão por
influências modeladoras, vendo outros agredirem. E através de experiências
adversativas – insultos pessoais, ataques físicos, oposição ao comportamento
dirigido a uma meta, reduções adversas na qualidade da vida.
A agressão é mantida por vários fatores. É mantida por conseqüências externas –
recompensas materiais, recompensas sociais e status. Ela é também reforçada
quando as pessoas aliviam o tratamento primitivo através de recursos defensivos.
O desempenho da agressão é afetado pelas recompensas ou punições observadas –
reforço substitutivo. Uma das melhores maneiras de reduzir a agressão é através
do fortalecimento de outras respostas que tenham valor funcional. Por exemplo,
verifica-se que pessoas que recorrem à agressão física para resolver seus conflitos
interpessoais geralmente têm baixa habilidade verbal (daí uma ocorrência maior
de agressão física na classe social baixa). Se aprenderem a resolver verbalmente
este tipo de conflito, o comportamento de agressão decresce. Outra maneira de
modificar o comportamento agressivo é através da apresentação de modelos que
exibam respostas socialmente aceitas (por exemplo, cooperação). No livro sobre
agressão, Bandura destaca quatro formas diferentes para tentar reduzir a
modelagem comercial da violência na televisão. Uma delas refere-se ao controle
pelo Congresso. É através da proibição daquilo que não tem valor que as
mudanças de comportamento são bem estabelecidas. A segunda abordagem é o
autocontrole da produção. Como o gênero ação-aventura é econômico, os
programas violentos tornaram-se predominantes na televisão. Outra abordagem é
o desenvolvimento de um sistema para monitorar o nível de violência e por último,
o desenvolvimento de uma programação alternativa, fora dos meios comerciais,
através da qual influenciaria a televisão comercial.
Terapia
A forma de terapia comportamental de Bandura é famosa e tem sido utilizada em
diversos estudos experimentais. Ela tem se mostrado eficaz na eliminação de fobias
com relação a cobras, espaços fechados, espaços abertos e lugares altos, e no seu
tratamento de distúrbios obsessivo-compulsivos, disfunções sexuais e algumas
formas de ansiedade. Também se mostrou útil no aumento da auto-eficácia, sendo
aplicada amplamente em situações da sala de aula e na indústria.
Terapia do Auto-Controle
Os fundamentos da Auto-eficácia são incorporados às técnicas de terapia chamada
Terapia do Auto-Controle. Ela tem apresentado sucesso na solução de problemas
de hábitos como fumar, comer muito ou problemas com estudo.
1. A Auto-Observação requer que a pessoa controle de perto seu comportamento, tanto antes
quanto depois de iniciar as mudanças. Isto pode envolver coisas tão
simples como contar quantos cigarros a pessoa fuma por dia, e até
comportamentos mais complexos. Com essas observações diárias, tem se uma idéia
da dimensão do hábito e conhecerá o que está relacionado ao hábito: fuma-se mais
após as refeições, com café, com certos amigos, em certos lugares...?
2. Começa-se a alterar o meio em que a pessoa vive: livrar-se dos cinzeiros, trocar o café pelo
chá, afastar-se do companheiro fumante. Analisa-se qual movimento e lugar é apropriado para
incentivar um bom comportamento: quando e onde a pessoa acha que estuda melhor, por
exemplo.
3. A pessoa deve recompensar-se quando seguir seu plano, e arranjar um possível castigo caso
não consiga desenvolve-lo. Estes contratos devem ser redigidos e
testemunhados (terapeuta, por exemplo), e os detalhes devem ser bem
especificados.
Terapia de modelagem
A terapia de modelagem é utilizada na modificação do comportamento, levando os
sujeitos a observarem um modelo numa situação que consideram assustadora ou
causadora de ansiedade. Por exemplo, crianças que temem cão, observam outra
criança de sua idade aproximando-se progressivamente de um cachorro; em
seguida, afagando-o através das barras de um cercado e depois entrando neste
para brincar com o cão. Como resultado desta aprendizagem observacional, o
medo da criança se reduz pronunciadamente. Também são utilizados outros
objetivos temidos como uma cobra.
Conclusão
As pesquisas de Bandura, suas teorias e aplicações foram bem aceitas na
psicologia. Foram utilizadas no estudo do comportamento em laboratório e em sua
modificação em clínica. Para ele, as pessoas aprendem muito através da imitação, o
que o levou a interessar-se pela aprendizagem pela observação e a formular sua
teoria cognitiva social, envolvendo-se com questões referentes à agressão e a auto-
eficácia. Bandura também desenvolveu terapias comportamentais que têm sido
utilizadas em várias situações na nossa atual sociedade, ou seja, uma sociedade
tecnológica, na qual a importância do fator modelo é enorme. As crianças
aprendem não apenas o que lhes é dito que devem fazer, mas principalmente o que
vêem ser feitos por outras pessoas. Enquanto antigamente os modelos eram quase
que exclusivamente os pais e membros mais próximos da família, hoje os modelos
são fornecidos geralmente pelos jornais, revistas, cinema e, especialmente, a
televisão. Pode-se destacar a grande importância da aplicação dos estudos de
Bandura nas questões educacionais, podendo ser bem estabelecidas pelas escolas,
onde bons professores podem servir de modelos a fim de incentivar ou estimular o
gosto pelo estudo, uma vez que imitação do professor, feita pelos alunos, é evidente
dentro das salas de aula.
3 Os gestaltistas explicaram o comportamento humano como sendo a resultante de processos
perceptivos. A preocupação dos gestaltistas era perceber, configurar a
dimensão humana; não podiam terapeutizar o que ainda não era globalmente percebido.
A tarefa principal consistia em erradicar a visão elementarista e organicista reinante na
conceituação psicológica. Não foi criada uma psicoterapia gestaltista.
Os gestaltistas partem dasestrutur as, das formas: nós percepcionamos
configurações, isto é, conjuntos organizados emtotalidade. A teoria da forma
considera a percepção como um todo. Primeiro percepcionam o total depois
analisam os elementos ou dos pormenores.
O todo não é a soma das partes – na realidade estas organizam-se segundo
determinadas leis. Os elementos constitutivos de uma figura são agrupados
espontaneamente. Esta organização é, segundo o gestaltismo, essencialmente
inatos. A organização das nossas percepção será estudada pelos gestaltistas que enunciam
um conjunto de leis. - Lei da proximidade – perante elementos diversos, temos tendência a
agrupar aqueles que se encontram mais próximos. - Lei da semelhança – perante elementos
diversos, temos tendência a agrupar por semelhanças. - Lei da contiguidade – perante algo
inacabado, temos tendência a acabar. Os gestaltistas criticam Watson porque este diz que
todo depende do meio e Köhler acha que as ideias são inatas. Os gestaltistas defendem que o
sujeito organiza a experiência do meio a partir das estruturas inatas. Teoria Gestaltista. O
sujeito nasce já com um conjunto de estruturas inatas que submetem às mesmas os estímulos
dos mundo externo. As coisas e as situações, por exemplo, são
percepcionadas como totalidades. Estas estruturas influenciam, segundo os gestaltistas, o
modo como percepcionados e interpretamos os diferentes elementos que as constituem.