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A psicologia é uma das disciplinas acadêmicas mais antigas e ao mesmo tempo mais
modernas
Suas raízes remontam ao século V a.C. - lida com as mesmas questões sobre a mente humana que
os filósofos gregos (como Sócrates, Platão e Aristóteles) tentaram responder.
A psicologia emerge quando a filosofia e a fisiologia, a partir do século XVIII, se unem para
responder a essas mesmas perguntas e incluem a experimentação e os métodos empíricos nas
pesquisas.
No século XIX, o campo desenvolveu seus próprios métodos e tornou-se uma disciplina
independente.
A implantação do primeiro laboratório de psicologia em 1879, na Universidade de Leipzig, na
Alemanha, por Wilhelm Maximilian Wundt (1832-1920).
O contexto histórico exerceu grande influência sobre a formação do campo da psicologia,
influenciando o que foi o foco da psicologia em determinado momento.
Exemplo: durante as guerras mundiais, as áreas ligadas aos testes psicológicos, à seleção de
pessoal e a psicologia aplicada à engenharia foram enfatizadas.
O papel do Preconceito
A discriminação de mulheres - muitas vezes não eram autorizadas a fazer pós-graduação; quando
conseguiam, depois do término tinham dificuldade em encontrar trabalho, principalmente, se fossem
casadas.
Exemplo: Eleanor Gibson, que mais tarde ganhou inúmeros prêmios profissionais por seu
trabalho sobre aprendizagem e desenvolvimento perceptivo, ficou restrita a certos cursos e
áreas na universidade Yale.
A discriminação de judeus – muitas faculdades e universidades americanas tinham políticas
explícitas para rejeitar os alunos judeus.
Exemplo: um estudo realizado nas universidades Harvard, Yale e Princeton, descobriu que os
judeus eram excluídos da admissão; os que conseguiam ser admitidos nas faculdades eram,
frequentemente, segregados.
A discriminação de negros - quando alunos negros conseguiam frequentar as universidades onde
predominavam alunos brancos, muitas vezes não podiam morar no campus nem se misturar
socialmente com eles.
Exemplo: por cerca de trezentos anos o paradigma na Física foi a estrutura galileana-
newtoniana.
Os paradigmas podem mudar em função de uma revolução científica.
Exemplo: o modelo de física de Einstein tornou-se um paradigma.
- As escolas de psicologia
Psicologia experimental de Wundt - utiliza o método experimental das ciências naturais para o
estudo dos aspectos subjetivos da experiência, a experiência consciente imediata, investigando
como um sujeito apreende sensações e sentimentos (conteúdos mentais básicos da experiência
imediata).
Gestaltismo – afirma que não se pode conhecer o todo através das partes, mas sim as partes por
meio do conjunto, que tem suas próprias leis, que coordenam seus elementos; assim o cérebro
percebe, interpreta e incorpora uma imagem ou uma ideia.
Psicologia humanista - busca conhecer o ser humano a partir de sua experiência consciente,
acreditando que todo ser humano possui no seu interior um potencial de autorrealização, baseada no
livre arbítrio, na espontaneidade e no poder criativo.
- Focos atuais:
Psicologia evolutiva - busca explicar as ações dos seres humanos, procurando reconstruir os
problemas com os quais nossos ancestrais se defrontaram em seus ambientes primitivos e os
comportamentos de solução de problemas que criaram para resolver esses desafios específicos. A
partir da reconstrução dessas adaptações de solução de problemas, tenta estabelecer as origens
comuns de nossos comportamentos ancestrais e como essas origens comportamentais se
manifestam atualmente em diferentes culturas.
Psicologia positiva – estuda as experiências positivas subjetivas (com foco nos traços positivos dos
seres humanos e das instituições) que permitem a experiência e a manifestação destes traços
positivos, através da verificação dos potenciais, das motivações e das capacidades dos indivíduos,
para compreender eventos psicológicos como o otimismo, o altruísmo, a esperança, a alegria, a
satifação e o bem-estar subjetivo.
A filosofia Mecanicista
Representada pelas máquinas - a ideia de que todos os processos naturais podem ser explicados
com base nas leis mecânicas, principalmente, da física e da química.
Reducionismo
Acreditava-se que o universo, ao ser operado sob as mesmas leis mecânicas dos relógios, pudesse
ser reduzido a seus elementos básicos.
A ideia de que é possível simplificar fenômenos complexos a elementos mais simples.
Determinismo
Defendia-se também que o universo era previsível, assim como os relógios, e que,
consequentemente, se poderia constatar a causa e o efeito de todas as suas ações.
A ideia de que os atos são determinados pelos eventos passados.
O comportamento humano pode ser previsto – se todos os movimentos (efeitos) ocorrem devido a
causas antecedentes, ao se conhecer a causa, pode se predizer os efeitos.
Esse pensamento deu relevância ao funcionamento do organismo e permitiu que este se tornasse
um objeto passível de investigação científica.
Influenciado pelo espírito mecanicista, Descartes acreditava que o corpo poderia ser explicado de
modo mecânico.
Tentando explicar a relação entre mente e corpo, observou que no cérebro as estruturas são
duplicadas em cada hemisfério, exceto a glândula pineal ou conarium – considerou essa estrutura
como responsável pela interação entre a mente e o corpo.
Defendeu que:
Os nervos são tubos ocos, através dos quais flui essências animais, que produzem uma impressão
no conarium e, a partir desta impressão, a mente produz uma sensação.
Uma quantidade de movimento (o fluxo das essências animais) produz uma qualidade puramente
mental (uma sensação); o inverso também ocorre, ou seja, a mente pode, de algum modo, deixar
uma impressão no conarium que, inclinando-se para uma ou outra direção, influencia a direção do
fluxo de essências animais para os músculos, do que resulta um movimento; logo, uma qualidade
mental pode influenciar o movimento, uma propriedade do corpo.
Foi um precursor da teoria da ação reflexa - acreditava que alguns movimentos não eram regidos
pela experiência consciente, mas por um estímulo externo ao corpo que provocava uma resposta
involuntária.
Positivismo: Auguste Comte (1798-1857) reconhece somente os fenômenos naturais ou fatos que
são objetivamente observáveis.
Materialismo - descrição dos fatos do universo em termos físicos e da sua explicação por meio das
propriedades da matéria e da energia.
Empirismo – todo o conhecimento é derivado da experiência sensorial.
O Empirismo e o Associacionismo
John Locke (1632-1704)
Ao nascer, a mente humana é uma tabula rasa (uma folha em branco), onde o conhecimento é
inscrito; assim, adquirimos o conhecimento por meio de nossas experiências.
Tipos de experiências:
Sensação – tem origem em estímulos sensoriais diretos.
Reflexão - interpretação de sensações para elaborar o pensamento de nível superior.
Essas experiências se combinam para formar as ideias.
Ideias:
Simples - vêm da sensação e da reflexão e não podem ser mais divididas.
Complexas - combinações das ideias simples.
Tentando distinguir entre o que é subjetivo e o que é objetivo, destacou a importância da percepção
humana - as sensações que temos dos objetos no espaço.
Esses objetos têm duas qualidades:
Primárias - existem no objeto, quer o percebamos ou não (o tamanho e a forma).
Secundárias – não estão contidas no objeto, mas dependem da nossa percepção do objeto (cor,
odor, som e sabor).
E sugeriu que os nervos eram sólidos (e não vazios, como Descartes pensava) e vibravam para
transmitir mensagens.
Como Locke e Berkeley já haviam proposto, a observação de um objeto é subjetiva e pode não
corresponder às propriedades do objeto.
Método dos Estímulos elétricos – Gustav Theodor Fritsch (1838-1927) e Eduard Hitzig (1839-
1907)
Técnica de exploração do córtex cerebral, pela estimulação elétrica de partes específicas do cérebro,
para observação das pespostas motoras.
Santiago Ramón y Cajal (1852-1934) – descobriu a direção seguida pelos impulsos nervosos no
cérebro e na medula espinhal.
Outros pesquisadores descobriram que as fibras nervosas são compostas de estruturas separadas -
os neurônios -, que se conectam em pontos específicos – as sinapses.
Essa proporção mudava quando as pessoas levantavam os pesos, em comparação com quando os
pesos eram colocados nas mãos delas.
Tanto Helmholtz quanto Weber demostraram que não há correspondência direta entre um estímulo
físico e a percepção que temos dele.
Após determinar se o estímulo está presente ou ausente, se foi sentido ou não, passou a medir a
intensidade do estímulo na qual a pessoa relata a primeira sensação:
Método do Limiar Absoluto - o ponto de sensibilidade abaixo do qual nenhuma sensação pode ser
detectada e acima do qual as sensações podem ser percebidas.
A Psicofísica de Fechner
Estudo científico das relações entre os processos mental e físico.
Método do Erro Médio (do Ajuste) – o indivíduo ajusta o estímulo variável até sentir que ele é igual a
um estímulo padrão constante; após realizadas várias tentativas, o valor médio das diferenças entre
o estímulo padrão e o ajuste feito pelo indivíduo no estímulo variável representa o erro de
observação.
Método do Estímulo Constante - um estímulo cuja intensidade era constante era comparado a um
segundo grupo de estímulos variantes, com o objetivo de medir a diferença de estímulo necessária
para produzir uma proporção específica de julgamentos corretos.
Método dos Limites - dois estímulos são apresentados à pessoa e, em seguida, um estímulo é
gradualmente aumentado ou diminuído até que seja detectada uma diferença.
Embora o trabalho científico de Fechner tenha surgido primeiro, Wundt, deliberadamente, fundou a
disciplina e promoveu a ideia de experimentação sistemática, da psicologia experimental como uma
disciplina separada da filosofia para a comunidade científica.
Por outro lado, a criação de uma ciência - envolve um conjunto de atores e suas realizações, que vão
se consolidando e se estabelecendo paulatinamente ao longo dos tempos.
Partilhava a opinião de John Stuart Mill, segundo a qual a consciência era ativa na organização do
seu próprio conteúdo, ou seja, tinha uma capacidade auto-organizadora.
Portanto, o estudo dos elementos, do conteúdo ou da estrutura da consciência, feito isoladamente,
só forneceria o começo da compreensão de processos psicológicos.
A maioria dos estudos de Wundt se baseava em medidas objetivas que envolviam sofisticados
equipamentos de laboratório.
Muitas dessas medidas se referiam a tempos de reação, que podem ser registrados
quantitativamente.
A partir dessas medidas objetivas, Wundt inferia informações acerca de elementos e processos
conscientes.
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - Resumo da Aulas
Referência do livro-texto: SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage
Learning, 2014.
Os objetivos da psicologia
l) Analisar os processos conscientes, até chegar aos seus elementos básicos.
2) Descobrir como esses elementos são sintetizados ou organizados
3) Determinar as leis de conexão que governam a sua organização.
Sensações - são suscitadas sempre que um órgão sensorial é estimulado e os impulsos resultantes
chegam ao cérebro.
Classificou as sensações de acordo com a modalidade de sentido envolvida (visão, audição etc.),
com a intensidade e com a duração.
Por sua orientação fisiológica, Wundt supôs a existência de uma correspondência direta entre a
excitação do córtex cerebral e a experiência sensorial correspondente.
Ele considerava a mente e o corpo como sistemas paralelos, mas não interatuantes.
Como a mente não depende do corpo, é possível estudá-la eficazmente em si mesma.
Sentimentos – são os complementos subjetivos das sensações, mas não surgem diretamente de um
órgão dos sentidos.
As sensações são acompanhadas por certas qualidades de sentimento e, quando se combinam para
formar um estado mais complexo, geram uma qualidade de sentimento.
Exemplo: trabalhando com um metrônomo (um artefato que produz "cliques" audíveis a
intervalos regulares), ele relatou que, ao final de uma série de cliques, alguns padrões
rítmicos lhe pareceram mais agradáveis ou aprazíveis que outros. Chegou à conclusão de
que parte da experiência de qualquer padrão desses é um sentimento subjetivo de prazer ou
desprazer.
Detectou um segundo tipo de sentimento enquanto ouvia o padrão de cliques, relatando ter
sentido, enquanto esperava cada som sucessivo, uma ligeira tensão que era seguida por um
alívio após a ocorrência esperada do dique. A partir disso, concluiu que, além de um contínuo
prazer-desprazer, seus sentimentos tinham uma dimensão de tensão-alívio.
Também relatou um ligeiro sentimento de excitação quando a velocidade de cliques era
aumentada e um sentimento mais calmo quando ela era reduzida.
Para a medida básica da aprendizagem, adaptou uma técnica que destacava o princípio da
frequência de associações como condição da recordação.
A dificuldade do material de aprendizagem poderia ser medida pela contagem do numero de
repetições necessárias para que se conseguisse uma perfeita reprodução desse material.
Como material a ser aprendido usou listas de sílabas semelhantes, mas não idênticas.
Repetia a tarefa frequentemente para ter certeza da precisão dos resultados.
Assim, podia cancelar erros variáveis de tentativa para tentativa e tirar a média.
Em alguns experimentos, o material a ser aprendido era uma série de sílabas sem sentido, para
determinar a influência de várias condições sobre a aprendizagem e a retenção.
Um desses estudos investigou a diferença entre a velocidade de memorizar as listas de sílabas sem
sentido e a velocidade de memorizar materiais mais significativos.
Concluiu que o material sem sentido ou desprovido de associações apresenta uma dificuldade nove
vezes maior de aprendizagem do que o material significativo.
Estudou o efeito da extensão do material a ser aprendido sobre o número de repetições necessário
para uma perfeita reprodução.
Concluiu que o material mais extenso requer mais repetições e, em consequência, mais tempo de
aprendizagem.
Descobriu que o tempo médio necessário à memorização de uma sílaba aumentava quando era
aumentado o número de sílabas a serem aprendidas.
Psicologia do ato - o objeto de estudo da psicologia é a atividade mental (exemplo: o ato mental de
ver) em vez do conteúdo mental (exemplo: aquilo que é visto).
Se concentra mais nas atividades mentais
O ato da experiência - é o verdadeiro objeto de estudo da psicologia.
Estabeleceu uma distinção entre a experiência como estrutura e a experiência como atividade.
Exemplo: o conteúdo sensorial do vermelho é distinto da atividade de perceber o vermelho.
Uma cor não é uma qualidade mental, mas estritamente uma qualidade física. O ato de ver a
cor, no entanto, é mental. Como um ato sempre envolve um objeto, um conteúdo sempre está
presente, porque o ato de ver é sem sentido se não houver algo para ser visto.
Fenomenologia - tipo de percepção que refere-se ao exame da experiência não distorcida, isto é, a
experiência tal como ocorre, sem tentar reduzí-la aos seus componentes elementares.
Baseada numa descrição imparcial da experiência imediata conforme ela ocorre, e não analisada ou
reduzida aos seus elementos.
Tinha como alvo a investigação do que se passava na mente do sujeito durante uma experiência
consciente.
Pensamento sem imagens - o significado pode ocorrer no pensamento sem qualquer componente
sensorial ou imagético.
Henry Jackson Watt (1879-1925) - demonstrou que, numa tarefa de associação de palavras (em
que se pedia ao sujeito que reagisse a uma palavra-estímulo), o sujeito tinha poucas informações
relevantes para contar sobre seu processo consciente de julgamento.
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - Resumo da Aulas
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Karl Bühler (1879-1963) – estudo que envolvia a apresentação ao sujeito de uma questão que
exigia certa reflexão antes de poder ser respondida.
Os resultados reforçaram a noção dos elementos não sensoriais da experiência.
Afirmou que esses elementos estruturais são vitais para o processo de pensamento.
CAPÍTULO 5. ESTRUTURALISMO
Exemplo: comete o erro de estímulo o observador que vê uma maçã e a descreve como
maçã, quando deveria falar da tonalidade de cor, do brilho e das características espaciais que
percebe.
O objeto da observação não deve ser descrito com a linguagem cotidiana, mas, sim, em termos do
conteúdo consciente da experiência.
Consciência X Mente
Consciência - a soma das experiências do sujeito num dado momento de tempo
Mente - a soma das experiências do sujeito acumuladas ao longo da vida.
Buscava uma análise da experiência consciente complexa em termos de suas partes componentes,
com o objetivo de descobrir os átomos da mente.
As finalidades da psicologia
l) reduzir os processos conscientes aos seus componentes mais simples/básicos;
2) determinar as leis mediante as quais esses elementos se associam;
3) conectar esses elementos às suas condições fisiológicas.
Titchener apresentou uma relação dos elementos da sensação, que incluía mais de 44.000
qualidades de sensação
32.820 visuais
11.600 auditivas
Acreditava que cada elemento era consciente e diferente de todos os outros
E que podiam se combinar para formar percepções e ideias.
Considerava esses quatro atributos como as características básicas de todas as sensações que
estão presentes, em algum grau, em toda experiência.
Revisões do Estruturalismo
Perto do final da vida, Titchener começou a alterar seu sistema em muitos aspectos.
Já em 1918, tinha desistido de falar do conceito de elementos mentais em suas aulas.
Começou a alegar que a psicologia deveria estudar não os elementos, mas as dimensões ou
processos mais amplos da vida mental (qualidade, intensidade, duração, nitidez e extensão).
Críticas ao Estruturalismo
A dificuldade de Titchener de definir introspecção com o grau necessário de rigor, tentando relacioná-
la com condições experimentais particulares ("Introspecção um termo genérico que cobre um grupo
indefinidamente amplo de procedimentos metodológicos específicos").
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - Resumo da Aulas
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Afirmava-se que a introspecção era, na realidade, retrospecção, visto passar algum tempo entre a
experiência e o relato dela.
O Protesto Funcionalista
Primeiro sistema exclusivamente americano de psicologia, o funcionalismo foi um protesto deliberado
contra a psicologia de Wundt e o estruturalismo de Titchener.
Sua oposição voltava-se para as definições anteriores de psicologia que desconsideravam as
funções utilitárias e práticas da mente, as atividades ou operações conscientes em andamento.
A psicologia funcional interessa-se pela mente tal como esta funciona ou é usada na adaptação do
organismo ao seu ambiente.
Existiram várias psicologias funcionais que, embora diferindo entre si de algum modo, partilhavam o
interesse pelas funções da consciência.
Devido a ênfase no funcionamento do organismo em seu ambiente, o movimento funcionalista
concentrou-se numa questão prática:
O que os processos mentais realizam?
Os funcionalistas estudavam a mente como um conglomerado de funções ou processos que levam a
consequências práticas no mundo real.
Enfatizou os testes, a aprendizagem, a percepção e outros processos funcionais que ajudam a nossa
adaptação e o nosso ajustamento ao ambiente.
A Revolução da Evolução
Thomas Robert Malthus (1766-1834) – só os mais vigorosos e espertos sobreviverão.
Charles Lyell (1797-1875) - geólogo britânico que, em meados da década de 1800, introduziu a
noção de evolução na teoria geológica, afirmando que a Terra tinha passado por vários estágios de
desenvolvimento até alcançar sua atual estrutura.
Jean Baptiste Lamarck (1744-1829) - naturalista francês que, em 1809, formulou uma teoria
comportamental da evolução.
Acentuava a modificação da forma corporal de um animal a partir dos seus esforços de adaptação ao
ambiente.
As mudanças de forma produzidas pela experiência no decorrer da vida de um animal podem ser
transmitidas a gerações subsequentes.
Não era mais possível considerar as formas vivas como constantes e imutáveis desde o começo dos
tempos - elas estavam sujeitas a modificação.
O impacto da mudança contínua podia ser observado tanto no domínio intelectual e cientifico como
na vida cotidiana.
A sociedade estava sendo transformada pelas forças da Revolução Industrial.
Valores, relações sociais e normas culturais que tinham se mantido constantes durante gerações
estavam sendo alteradas com a migração de numerosos contingentes vindos das áreas rurais e
cidades pequenas para os gigantescos centros urbanos fabris.
On the Origin of Species by Means of Natural Selection (A Origem das Espécies por meio da Seleção
Natural), publicado em 1859.
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Darwin estendeu o princípio de Malthus (só os mais vigorosos e espertos sobreviverão) a todos os
organismos vivos.
Seleção natural
As formas orgânicas que sobrevivem à luta e alcançam a maturidade tendem a transmitir à sua prole
as habilidades ou vantagens que lhes permitiram vencer.
Com a variação (uma lei geral da hereditariedade), os descendentes mostrarão variações entre si.
Alguns vão possuir as qualidades vantajosas desenvolvidas num grau superior ao dos pais.
Essas qualidades tendem a se manter e, no curso de muitas gerações, podem ocorrer grandes
mudanças de forma.
Essas mudanças podem ser tão amplas que explicam as diferenças entre espécies hoje existentes.
The Expression of the Emotions in Man and Animals (A Expressão das Emoções no Homem e nos
Animais), publicado em 1872.
Abrangente estudo das expressões emocionais nos homens e nos animais.
Sugeriu que as mudanças de gestos e posturas que caracterizam as principais emoções podiam ser
interpretadas em termos evolutivos.
O comportamento emocional e as expressões emocionais dos humanos resultam da herança do
comportamento que um dia serviu para alguma função prática, mas que deixou de ter relevância.
O foco nas diferenças individuais, já que a variação era um importante conceito da teoria evolutiva.
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A psicologia funcionalista se dedicou à busca dos modos pelos quais as mentes individuais diferiam
e das técnicas para medir essas diferenças.
As Diferenças Individuais
Francis Galton (1822-1911)
Aplicou à psicologia as ideias da teoria da evolução, trabalhando sobre os problemas da herança
mental e das diferenças individuais nas capacidades humanas.
A Herança Mental
Hereditary Genius (Gênio Hereditário), publicado em 1869.
Procurou demonstrar que a grandeza individual ou gênio ocorria com uma frequência demasiada
grande no interior de famílias para ser explicada apenas por influências ambientais.
Concluiu que “homens eminentes têm filhos eminentes”.
A ciência da eugenia - trata dos fatores capazes de aprimorar as qualidades hereditárias da raça
humana.
Afirmando que os seres humanos, assim como os animais, podiam ser aperfeiçoados por seleção
artificial, objetivou encorajar o nascimento de indivíduos mais eminentes ou capazes, e desencorajar
o nascimento dos incapazes.
Acreditava que, se homens e mulheres de talento considerável fossem selecionados e acasalados
por sucessivas gerações, seria produzida uma raça de pessoas altamente dotadas.
Os Métodos Estatísticos
Adolph Quetelet (1796-1874) - estatístico belga, o primeiro a aplicar métodos estatísticos e a curva
normal de probabilidade a dados biológicos e sociais.
A curva normal fora usada em trabalhos sobre a distribuição de medidas e erros na observação
científica, mas o princípio da distribuição normal só veio a ser aplicado à variabilidade humana
quando Quetelet demonstrou que medidas antropométricas de amostras aleatórias de pessoas
geravam tipicamente uma curva normal.
Demostrou que o conjunto de medidas da estatura de dez mil sujeitos se aproximava da curva
normal de distribuição e passou a usar a expressão L'homme moyen (o homem médio):
A maioria dos indivíduos se aglomera em tomo da média ou centro da distribuição e um número cada
vez menor vai sendo encontrado à medida que nos aproximamos dos extremos.
Propôs que um grande conjunto de medidas ou valores de características humanas poderia ser
significativamente definido e resumido por dois números:
O valor médio da distribuição (a média)
A dispersão ou variação em tomo desse valor médio (o desvio-padrão).
Os Testes Mentais
Galton supôs que a inteligência podia ser medida em termos das capacidades sensoriais da pessoa.
Ou seja, quanto maior a inteligência, tanto maior o nível de discriminação sensorial.
Também obtinha informações sobre a altura, o peso, a capacidade torácica, a força de impulsão e de
compressão, a rapidez de sopro, a audição, a visão e o sentido cromático.
Esses dados forneciam informações úteis sobre tendências de desenvolvimento durante a infância, a
adolescência e a maturidade da população testada.
A Associação
Galton trabalhou em dois problemas na área da associação:
A diversidade das associações de idéias
O tempo necessário à produção de associações.
Voltou-se para os experimentos do tempo de reação e para determinar a origem dessas
associações.
Exemplo: descobriu que cerca de 40% das associações remontava a eventos da infância e
adolescência - que pode ser considerada uma das primeiras demonstrações da influência das
experiências infantis na personalidade adulta.
As Imagens Mentais
Galton foi o primeiro a usar o questionário psicológico no estudo sobre as imagens mentais. Pedia ao
sujeito que se recordasse de uma cena (como a da mesa do almoço) e tentasse evocar imagens
dela.
Era instruído a indicar se as imagens eram tênues ou nítidas, claras ou escuras, coloridas ou não
coloridas etc.
Lei da parcimônia (Cânone de Lloyd Morgan) – o comportamento de um animal não deve ser
interpretado como resultante de um processo mental superior se puder ser explicado em termos de
um processo mental inferior.
Acreditava que a maior parte dos comportamentos animais podia ser vista como resultado de
aprendizagem ou associação baseadas na experiência sensorial, sendo essa aprendizagem um
processo de nível mais baixo do que o pensamento racional ou a ideação.
Darwinismo social
Aplicação da ideia de evolução à natureza humana e à sociedade.
Se apenas os melhores sobrevivem, a perfeição humana é inevitável, desde que nada interferisse na
ordem natural das coisas.
Filosofia Sintética
(a palavra sintética é usada no sentido de sintetizar ou combinar)
Fundamentada na aplicação dos princípios evolutivos a todo o conhecimento e toda a experiência do
ser humano.
O desenvolvimento de todos os aspectos do universo - envolve dois processos:
Diferenciação - toda coisa que se desenvolve ou cresce é, no início, homogênea e simples,
composta de partes distintas.
Integração - num estágio ulterior, essas partes ímpares se juntam ou se combinam num novo todo
funcional.
A sequência diferenciação-integração é evolutiva – a partir dela todas as coisas vão da
homogeneidade para a heterogeneidade.
Definição de psicologia - é a ciência da vida mental, tanto dos seus fenômenos como de suas
condições.
Objetos de estudo:
Fenômenos - presentes na experiência imediata.
Condições - do corpo, em particular do cérebro, para a vida mental.
A consciência - desde o dia em que nascemos, exibe uma multiplicidade de objetos e relações.
A vida mental é uma unidade, uma experiência total que muda.
Podemos pensar num objeto em mais de uma ocasião; mas, cada vez que isso acontece, fazemo-lo
de maneira diferente, devido ao efeito de experiências intervenientes.
Portanto, a consciência é cumulativa, e não repetitiva.
A mente é contínua - ou seja, não há rupturas claras no fluxo de consciência.
Pode haver hiatos temporais.
Exemplo: como ocorre durante o sono; mas, ao acordar, não temos dificuldade para
estabelecer vínculo com o fluxo de consciência que estava em andamento antes da
interrupção.
A mente é seletiva - ela escolhe dentre os muitos estímulos a que está exposta, filtra alguns,
combina ou separa outros, seleciona ou rejeita outros ainda.
O critério de seleção é a relevância - só podemos dar atenção a uma pequena parte do mundo de
nossas experiências.
A mente seleciona estímulos relevantes para que a consciência possa operar de maneira lógica e
para que uma série de ideias possa chegar a um fim racional.
Os Métodos da Psicologia
Introspecção – investigação dos estados de consciência examinando a própria mente.
Os resultados introspectivos podem ser verificados por controles apropriados e mediante a
comparação das descobertas feitas por vários observadores.
Método experimental - embora não o usasse amplamente, acreditava que o seu emprego era outro
recurso possível do conhecimento psicológico.
Método comparativo - investigando o funcionamento psicológico de diferentes populações (como
animais, crianças, povos primitivos e pessoas mentalmente perturbadas) o psicólogo poderia
descobrir variações significativas e úteis na vida mental.
Pragmatismo - a validade de uma ideia, teoria ou conceito deve ser testada em função das suas
consequências práticas, ou seja, julgados por seus resultados.
Método pelo qual o significado dos conceitos é depurado pelos fatos, pela experiência.
James sugere que a veracidade de uma ideia deve ser considerada em um sentido instrumental,
analisando os resultados produzidos por sua adoção.
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - Resumo da Aulas
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A Fundação do Funcionalismo
A Escola de Chicago
Universidade de Chicago - o principal centro da psicologia funcional.
A escola funcionalista de Chicago deu inicio ao movimento rumo ao estudo do comportamento
manifesto e objetivo.
Os sujeitos que participavam das pesquisas - tanto animais como pessoas.
Conceito de educação progressiva - uma série de práticas traduzida numa organização do ensino-
aprendizagem oposta à do ensino tradicional baseado na transmissão de conteúdos e no
desempenho do professor.
Experience and education (Experiência e educação), publicado em 1938 – diz respeito ao trabalho
realizado com várias escolas progressivas, esclarecendo a visão que está por detrás da educação
progressiva:
A ideia de que há uma relação íntima e necessária entre os processos da experiência atual e a
educação.
Acreditava que o ensino deveria orientar-se para o aluno, e não para o assunto.
A experiência educativa deve permitir ao sujeito se identificar com a atividade, encontrando sentido
para a mesma, de forma a compreender as sucessivas tarefas como fazendo parte do contínuo de
uma mesma situação em desenvolvimento, favorecendo-se, desse modo, o alargamento da
compreensão de si mesmo e do mundo e a constituição de uma personalidade plenamente integrada
como resultado da integração das experiências.
A educação deve estar centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito crítico do
aluno.
O pensamento não existe isolado da ação; então, a educação deve servir para resolver situações da
vida e a ação educativa tem como elemento fundamental o aperfeiçoamento das relações sociais.
Dewey aplicou a psicologia a problemas da educação ao formular o programa para o movimento da
educação progressiva.
Foi o responsável pelo espírito pragmático da educação americana.
"O Conceito de Arco Reflexo em Psicologia", artigo publicado na Psychological Review em 1896 - foi
o ponto de partida da psicologia funcional.
Atacou o molecularismo, o elementarismo e o reducionismo psicológicos do arco reflexo, com sua
distinção entre estímulo e resposta.
Os proponentes do arco reflexo afirmavam que uma unidade de comportamento termina com a
resposta a um estímulo.
Exemplo, como quando uma criança afasta a mão do fogo.
Dewey contestou, dizendo que o reflexo forma mais um círculo ou circuito do que um arco, pois a
percepção que a criança tem do fogo se modifica com essa experiência, passando a ter uma função
distinta.
A chama, que de início atraía a criança, passa a repeli-la.
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A resposta altera a percepção que a criança tem do estímulo (a chama), razão por que a percepção
e o movimento (estímulo e resposta) têm de ser considerados uma unidade, e não sensações e
respostas individuais.
Logo, Dewey argumentava que o comportamento envolvido em uma resposta reflexa não pode ser
reduzido aos seus elementos sensório-motores básicos.
Dewey sofreu forte influência da teoria da evolução e sua filosofia baseava-se na noção de mudança
social - era favorável ao progresso atingido por meio da luta do intelecto humano com a realidade.
Nessa luta pela sobrevivência, a consciência e o comportamento funcionam a favor do organismo;
a consciência produz o comportamento apropriado que capacita o organismo a sobreviver e
progredir.
O comportamento - deve ser tratado em termos de sua significação para o organismo ao adaptar-se
ao ambiente, e não como uma construção científica artificial de estímulo-resposta.
O objeto de estudo da psicologia - o organismo total funcionando em seu ambiente.
A definição de psicologia funcional - é o estudo do organismo em uso.
O saber psicológico deve começar com uma investigação da natureza do estímulo e da resposta, isto
é, com eventos exteriores, objetivos.
Mas quando a psicologia, ao tentar explicar o comportamento, considera apenas o estímulo e a
resposta, deixa de lado o que talvez seja o elemento mais importante — o próprio organismo vivo.
O estímulo não é a causa completa de uma resposta particular.
O organismo, com seus níveis variáveis de energia e suas experiências presentes e passadas,
também age na determinação da resposta.
Assim, a psicologia tem de levar em conta o próprio organismo, que se interpõe entre o estímulo e a
resposta.
Fórmula do comportamento: S-O-R (Stimulus-Organism-Response)
Psicologia dinâmica (ou motivologia) - voltada para a mudança e para a interpretação dos fatores
causais da mudança, com interesse pela motivação.
O alvo da psicologia deveria ser determinar por que as pessoas se comportam como o fazem, por
que sentem e agem de certas maneiras.
Logo, seu interesse primordial estava nas forças que impelem ou ativam o organismo humano.
Woodworth deu ênfase aos eventos fisiológicos que estão na base do comportamento.
Contribuições do Funcionalismo
Pesquisas sobre o comportamento animal, estudos de bebês, crianças e retardados mentais.
Permitia que os psicólogos complementassem o método da introspecção com outras técnicas de
obtenção de dados (como a pesquisa fisiológica, os testes mentais, os questionários e as descrições
objetivas do comportamento).
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - Resumo da Aulas
Referência do livro-texto: SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage
Learning, 2014.
Estudou as diferenças individuais - com o desenvolvimento e uso de testes mentais para medir essas
diferenças.
As correlaçções dos escores dos testes com as medidas do desempenho acadêmico dos alunos se
mostraram baixas
O mesmo ocorrendo com as intercorrelações dos testes individuais.
Concluiu que testes desse tipo não serviam para prever o desempenho acadêmico ou, por
pressuposição, a capacidade intelectual.
Em 1896, abriu a primeira clínica psicológica, fundando o campo por ele denominado Psicologia
Clínica.
Acreditava que a psicologia devia ser usada para ajudar a pessoa a resolver problemas (e não para
estudar o conteúdo de sua mente).
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Concluiu que os fatores ambientais eram mais importantes do que os fatores genéticos na
determinação de muitos distúrbios de comportamento e déficits cognitivos.
Escalas de avaliação – foram desenvolvidas para o seu trabalho em seleção de pessoal com
vendedores, executivos e militares, para medir as características de pessoas já bem-sucedidas
nessas ocupações.
Testes de grupo - elaborou testes passíveis de aplicação a grupos, em vez de aplicar em cada
candidato individualmente.
Fez uma série de filmes sobre testes mentais para exibição nos cinemas.
A Psicologia Forense
Trata da relação entre a psicologia e a lei.
Temas de estudo:
Uso da hipnose no interrogatório dos suspeitos
Formas de evitar o crime
Detecção de pessoas culpadas por meio do uso de testes mentais
Caráter não confiável das testemunhas oculares
Outros fatores psicológicos que podem afetar o resultado de um julgamento, tais como:
as falsas confissões
o poder de sugestão no interrogatório de testemunhas
o uso de medidas fisiológicas (como taxa de batimentos cardíacos, pressão sanguínea, resistência
da pele) para detectar estados emocionais alterados num suspeito ou réu.
Psicoterapia - tratava os pacientes num laboratório (não numa clínica), e nunca cobrava as
consultas.
Doença mental - acreditava ser um problema de desajuste comportamental (não algo atribuível a um
conflito inconsciente profundo, como afirmava Sigmund Freud).
Tratava uma variedade de problemas: o alcoolismo, o abuso de drogas, as alucinações, os
pensamentos obsessivos, as fobias e as desordens sexuais.
Münsterberg sistematizou, desenvolveu e promoveu o campo da psicologia industrial nas áreas de:
Orientação vocacional
Publicidade
Administração de pessoal
Testes mentais
Motivação dos empregados
Efeitos da fadiga e da monotonia no desempenho da função.
Afirmava que a melhor maneira de aumentar a eficiência no trabalho e assegurar a harmonia no local
de trabalho consistia em selecionar trabalhadores para funções adequadas às suas capacidades
mentais e emocionais.
Théodore Simon (1872-1961) (Psicólogo e psicometrista francês) - em 1904, juntamente com Binet,
integrou uma comissão para estudar as capacidades de aprendizagem de crianças com dificuldades
na escola.
Juntos investigaram os tipos de tarefas intelectuais que podiam ser dominados pela maioria das
crianças em diferentes idades.
Elaboraram o primeiro teste de inteligência - Escala Binet-Simon de Medida da Inteligência.
Consistia em trinta problemas organizados em ordem ascendente de dificuldade e se concentrava
em três funções cognitivas: julgamento, compreensão e raciocínio.
Em 1908, o teste Binet-Simon foi revisto e ampliado – introduziu o conceito de idade mental.
Idade Mental - a idade em que crianças de capacidade média podem realizar certas tarefas.
Quociente de Inteligência (QI) - a razão entre a idade mental e a idade cronológica de uma pessoa.
A Psicologia Industrial/Organizacional
Também aumentou seu alcance, popularidade e expansão com a Primeira Guerra Mundial.
Década de 1920 - foco na seleção e na colocação de candidatos a empregos – “a pessoa certa
na função certa”.
Mais tarde, passou a se preocupar com problemas mais complexos, envolvendo relações humanas,
motivação e o moral.
Estudo dos efeitos do ambiente físico do trabalho (como iluminação e temperatura) sobre a eficiência
do empregado - descobriu que as condições sociais e psicológicas do ambiente de trabalho
tinham mais importância do que as condições físicas em que as funções eram realizadas.
As clínicas de psicologia usavam a abordagem de equipe (introduzida por Witmer), em que todos os
aspectos das dificuldades de um paciente eram tratados por psicólogos, psiquiatras e assistentes
sociais.
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Também as idéias de Sigmund Freud foram cruciais para o desenvolvimento da psicologia clinica.
Em 1941, quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial - o exército norte
americano instalou programas de treinamento para várias centenas de psicólogos clínicos,
necessários ao tratamento dos distúrbios emocionais dos militares.
Esses programas mudaram o tipo de pacientes tratados pelos psicólogos clínicos:
Antes da guerra eram, principalmente, crianças com problemas de delinquência e de ajustamento.
Com as necessidades dos veteranos de guerra, a maioria dos pacientes tratados passou a ser
adultos com graves problemas emocionais.
Positivismo – movimento filosófico que enfatizava o conhecimento positivo (fatos), cuja verdade não
é discutível.
O único conhecimento válido é o que tem natureza social e é objetivamente observável.
Esses critérios levaram ao abandono da introspecção, que depende da consciência individual privada
e não pode ser objetivamente observada.
O Conexionismo
Abordagem experimental da associação, criada por Thorndike.
Aprender é estabelecer conexões.
A mente é o sistema de conexões do homem.
Essa posição teve origem na noção filosófica de associação, com a diferença de que, em vez de
associações ou conexões entre ideias, Thorndike propôs conexões entre situações e respostas.
A aprendizagem não envolve reflexão consciente.
Apesar da natureza mecanicista de sua abordagem, Thorndike usava termos como "satisfação",
"contrariedade" e "desconforto" ao discutir o comportamento dos seus animais experimentais -
termos mais mentalistas do que comportamentalistas.
Seu ponto de vista era analítico e atomista - para ser estudado, o comportamento deveria ser
decomposto ou reduzido aos seus elementos mais simples: as unidades estímulo- resposta.
Essas unidades são os elementos do comportamento (e não da consciência), os blocos a partir
dos quais se compõem comportamentos mais complexos.
Caixa-Problema
Equipamento projetado por Thorndike.
O animal, colocado na caixa, tinha de aprender a operar um trinco para escapar.
Registro do número de comportamentos errados, ou seja, de atos que não levavam à fuga -
numa série de tentativas, a frequência desses comportamentos ia se reduzindo.
Registro do tempo decorrido entre o momento em que o gato era posto na caixa e a sua fuga bem-
sucedida - com a aprendizagem, esse intervalo diminuía.
Lei do Efeito
"Todo ato que, numa dada situação, produz satisfação fica associado com essa situação, de maneira
que, quando a situação se repete, o ato tem mais probabilidade de se repetir do que antes.
Inversamente, todo ato que, numa dada situação, produz desconforto se toma dissociado dessa
situação, de maneira que, quando a situação se repete, o ato tem menos probabilidade de se repetir
do que antes".
Mais tarde, reformulou a lei do efeito dando maior ênfase à recompensa do que à punição.
Um de seus estudos se relacionava com a ação das glândulas digestivas de cães e a função da
saliva na digestão.
Pavlov coletava as secreções digestivas, para poderem ser observadas, medidas e registradas.
Percebeu que a saliva podia ser involuntariamente secretada sempre que a comida era colocada na
boca do cão.
E que, às vezes, a saliva aparecia antes da comida ser dada ao animal - isto é, ocorria um fluxo
antecipatório de saliva.
O cão salivava quando via a comida ou a pessoa que costumava alimentá-lo, e até quando ouvia
seus passos.
O reflexo da secreção, com sua resposta não-aprendida de salivação tinha, de alguma maneira, se
conectado com (ou sido condicionado por) estímulos que, em ocasiões precedentes, estavam
associados ao ato da alimentação.
Esses reflexos psíquicos (nome que Pavlov lhes deu, originalmente) eram despertados no animal por
estímulos que não eram o original (o alimento).
Percebeu que isso acontecia porque esses outros estímulos (tais como a visão do assistente e os
sons que ele fazia) tinham sido com frequência associados à ingestão dos alimentos.
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - Resumo da Aulas
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Pavlov descobriu que qualquer estímulo podia produzir a resposta salivar condicionada, desde que
fosse capaz de atrair a atenção do animal sem despertar nele medo ou raiva.
Ele testou estímulos com uma sineta, uma campainha, uma lâmpada e o tiquetaque de um
metrônomo.
Pavlov demonstrou que processos mentais superiores podiam ser estudados em termos fisiológicos
com o uso de sujeitos animais, sem referência à consciência.
As técnicas de condicionamento pavlovianas deram à ciência da psicologia um elemento básico, o
átomo do comportamento - uma unidade a que o comportamento humano complexo podia ser
reduzido, servindo como objeto de estudpo experimental, em condições de laboratório.
Assim, introduziu medidas e terminologias mais precisas e objetivas no estudo da aprendizagem.
Reflexo associado - revelado pelo estudo de respostas motoras: reflexo provocado não apenas por
estímulo não condicionado, como também por estímulo que foi associado ao estímulo não
condicionado.
Verificou que um movimento reflexo (como o afastamento do dedo diante de uma fonte de choque
elétrico) poderia ser provocado não só pelo estímulo original, não condicionado (o choque elétrico),
como também por um estímulo associado ao estímulo original (uma luz ou um som apresentado na
hora do choque logo provocava o afastamento do dedo).
Exerceu um forte impacto sobre a publicidade norte-americana, graças à aplicação dos princípios de
psicologia comportamentalista.
Watson acreditava que as pessoas são como máquinas;
Seu comportamento de consumo pode ser previsto e controlado (tal como o comportamento de
outras máquinas).
Propôs o estudo científico do comportamento do consumidor em condições de laboratório;
Acentuou que as mensagens publicitárias tinham de ter como foco mais o estilo do que a substância,
devendo dar a impressão de novas formas e imagens;
O propósito era tornar os consumidores insatisfeitos com os produtos que tinham e gerar o desejo de
novos bens.
Com o objetivo de vender tudo - de automóveis a sabonetes desodorantes - foi pioneiro no uso de:
Endossos dados por celebridades aos produtos,
Manipulação dos motivos, emoções e necessidades humanas,
Recurso a necessidades e temores básicos.
Os Métodos do Behaviorismo/Comportamentalismo
A psicologia devia restringir-se aos dados obtidos como nas ciências naturais - o que podia ser
observado - o comportamento.
Só os métodos de investigação mais objetivos eram admitidos no laboratório comportamentalista.
Os métodos:
l) a observação
2) os testes
3) o relato verbal
4) o reflexo condicionado
Método da Observação
Com e sem o uso de instrumentos - a base necessária dos outros métodos.
Essa abordagem propiciava um método objetivo de análise do comportamento pela sua redução às
suas unidades elementares - os vínculos estímulo-resposta (E-R).
O Objeto de Estudo
Os dados primários, os itens do comportamento:
Movimentos musculares e secreções glandulares.
O objetivo
Mediante o estudo objetivo do comportamento:
Prever a resposta dado o estímulo,
Prever o estímulo antecedente, dada a resposta.
O alvo é:
Reduzir o comportamento a unidades de E-R.
O comportamento humano e animal pode ser eficazmente previsto, e controlado, pela sua redução
ao nível de estímulo e resposta.
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O Ato
Embora uma resposta possa ter a simplicidade de um reflexo (como o patelar), ela também pode ser
mais complexa.
Nesse caso, aplica-se o termo "ato"
Envolve a resposta do organismo em termos de movimento no espaço.
Atos de resposta incluem coisas como: ingerir alimentos, escrever um livro, jogar futebol, construir
uma casa, falar, caminhar etc.
As Respostas
l) aprendidas ou não-aprendidas (inatas)
2) explícitas ou implícitas
Então, o conjunto de repostas envolvidas num ato pode ser reduzida a resposta particulares.
Ao introduzir a noção de respostas implícitas, Watson modificou seu requisito inicial de que o objeto
de estudo da psicologia fosse concretamente observável, aceitando também que ele fosse
potencialmente observável - os movimentos ou respostas que acontecem no interior do organismo
são observáveis por meio de instrumentos.
Watson acreditava que o comportamento envolvia o organismo total (não se restringia apenas ao
sistema nervoso)
O seu foco era as unidades mais amplas de comportamento - a resposta total do organismo a uma
situação dada.
Por meio de analise dos complexos estímulo-resposta totais, em seus segmentos mais elementares
de estímulo e resposta, pode-se elaborar leis específicas do comportamento.
Aprendizagem X Instinto
Inícialmente, Watson aceitou o papel dos instintos no comportamento, mas por volta de 1925, mudou
de posição e recusou o conceito de instinto, argumentando que:
Todos os aspectos do comportamento humano que parecem instintivos são, na realidade, respostas
socialmente condicionadas.
Tomou-se um ambientalista radical a partir da concepção de que a aprendizagem é a chave para a
compreensão do desenvolvimento de todo o comportamento humano.
Também recusou-se a admitir a existência de capacidades, temperamentos ou talentos herdados de
qualquer espécie.
O que parecia herdado podia ter sua origem identificada em algum treinamento ocorrido na infância.
Enfatizou a influência irresistível do ambiente parental - a primazia das influências do ambiente sobre
os instintos.
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As Emoções
Respostas corporais a estímulos específicos.
Um estímulo (como a presença do perigo) produz mudanças corporais internas e respostas
manifestas aprendidas apropriadas.
Assim, a emoção é uma forma de comportamento implícito em que as respostas internas se tornam
evidentes como manifestações físicas (como o rubor ou aumentos na pulsação e na respiração).
As emoções podem ser entendidas simplesmente em termos da situação objetiva de estímulo, da
resposta corporal manifesta e das mudanças fisiológicas internas.
Não implica a percepção consciente da emoção ou de sensações oriundas dos órgãos internos.
Cada emoção envolve um padrão particular de mudanças no mecanismo geral do corpo, em
particular nos sistemas visceral e glandular.
Watson investigou os estímulos que produzem respostas emocionais em bebês e propôs três
emoções fundamentais: medo, raiva e amor.
Medo - produzido por sons fortes e pela perda súbita de apoio.
Raiva - gerada pelo impedimento do movimento corporal.
Amor – produzido por carícias na pele, embalos e afagos.
Descobriu padrões de reação característicos a esses estímulos.
Acreditava que essas emoções são as únicas respostas emocionais não aprendidas.
As outras respostas emocionais humanas se formam a partir dessas três, por meio do processo de
condicionamento.
Isto é, elas podem se ligar a outros estímulos que originalmente não podiam suscitá-las.
O Pensamento
Watson tentou reduzir o pensamento ao comportamento motor implícito.
O pensamento era uma espécie de comportamento sensório-motor.
O comportamento do pensamento envolve reações ou movimentos implícitos de fala.
Logo, o pensamento pode ser reduzido a uma fala subvocal, que envolve os mesmos hábitos
musculares aprendidos para a fala manifesta.
À medida que a criança cresce, esses hábitos musculares tornamse inaudíveis e invisíveis, porque
os pais e professores advertem a criança para parar de falar alto para si mesma.
Assim, o pensamento se torna uma forma de conversação silenciosa.
Grande parte desse comportamento implícito se concentra nos músculos da laringe e da língua.
Uma corroboração dessa teoria de Watson é que a maioria dos adultos admite que fala consigo
mesmo enquanto pensa.
Watson argumentou que os distúrbios emocionais da idade adulta não podem ser atribuídos apenas
a fatores sexuais (como acreditava Sigmund Freud).
Os problemas dos adultos estão vinculados a respostas condicionadas que se estabeleceram na
infância e na adolescência.
Então, se os distúrbios do adulto são uma função do condicionamento infantil deficiente, um
programa adequado de condicionamento na infância poderia prevenir a emergência de distúrbios no
adulto.
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Watson acreditava que não somos pessoalmente responsáveis pelas nossas ações.
Esssa crença tinha importantes consequências sociais, em particular no tocante ao tratamento dado
as pessoas que apresentavam uma conduta socialmente desviante – elas não deveriam ser punidas
por suas ações, mas "recondicionadas".
Teoria do Instinto
O comportamento humano é derivado de tendências inatas ao pensamento e à ação.
McDougall concordava com Watson que os dados do comportamento são necessários à ciência da
psicologia - mas alegou que os dados da consciência também são indispensáveis.
Questionou o pressuposto de Watson de que o comportamento humano é totalmente determinado -
de que tudo o que fazemos é o resultado direto da experiência passada e pode ser previsto, uma vez
conhecidos os eventos passados.
Essa psicologia não deixa espaço para o livre-arbítrio ou a liberdade de escolha.
Evolução do Behaviorismo
Primeiro estágio = behaviorismo watsoniano, de 1913 a mais ou menos 1930.
Segundo estágio = neobehaviorismo, de 1930 a 1960.
Terceiro estágio = neo-neobehaviorismo, de 1960 em diante.
A Influência do Operacionismo
Operacionismo - princípio geral que tem como propósito tornar a linguagem e a terminologia da
ciência mais objetivas e precisas, libertando-a de problemas que não sejam, concretamente,
observáveis, nem fisicamente demonstráveis (os pseudoproblemas).
A validade de uma descoberta científica depende da validade das operações empregadas na
realização dessa descoberta.
Se existe uma percepção consciente do alvo por parte do organismo, isso é um assunto particular do
interior de cada organismo, não estando disponível aos instrumentos objetivos da ciência.
Qualquer coisa interior, e que não possa ser observada fora do organismo, não faz parte do domínio
da ciência.
Com sujeitos animais o experimentador pode controlar melhor essas variáveis do que com seres
humanos.
O enunciado E-R (estímulo-resposta) passa a ser E-O-R – onde a variável interveniente é o que está
acontecendo em O (o organismo) que provoca uma resposta comportamental diante de um estímulo.
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - Resumo da Aulas
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Como a variável interveniente não pode ser, objetivamente, observada, sua utilidade para a
psicologia só se concretiza se for possível relacioná-la, claramente, com as variáveis
(independentes) experimentais e com a variável (dependente) do comportamento.
Ao realizar uma tarefa repetidas vezes o organismo fortalece a relação aprendida entre os indícios do
ambiente e as suas expectativas.
O organismo passa a conhecer o seu ambiente.
Mas cada movimento componente é aprendido depois de um único pareamento com o estímulo.
O conceito de Referencial
O comportamento envolve uma contínua interação entre o organismo e o ambiente;
Os estímulos objetivos fomecidos pelo ambiente e as respostas comportamentais objetivas do
organismo são fatos observáveis;
A interaçâo entre eles ocorre num contexto mais amplo – o referencial - que não pode ser
totalmente definido em termos observáveis de estímulo-resposta.
O referencial (ou contexto mais amplo) envolve a adaptação biológica do organismo ao seu
ambiente específico.
Assim, a sobrevivência orgânica é ajudada por essa adaptação biológica.
Método indutivo - processo de pensamento que, para chegar ao conhecimento, parte de fatos
particulares, comprovados, e tira uma conclusão genérica.
É um método baseado na indução - operação mental que consiste em se estabelecer uma verdade
universal ou uma referência geral com base no conhecimento de certo número de dados singulares.
Parte de questões particulares até chegar a conclusões generalizadas.
Método Dedutivo (silogismo) - processo de raciocínio tal que, postas duas premissas, delas, por
inferência, se tira uma terceira, chamada conclusão.
A conclusão sempre se apresenta como um caso particular da lei geral.
Se as proposições não forem validadas pelas provas experimentais, deverão ser revistas;
Se forem comprovadas e verificadas, poderão ser incluídas no corpo da ciência.
Etapas:
Identificação do problema
Formulação das hipóteses ou conjecturas
As hipóteses são afirmações que serão testadas, podendo ser refutadas ou não.
Refutação das hipóteses
Procuram-se evidências empíricas para derrubar a hipótese.
Os Impulsos
A base da motivação é a necessidade corporal decorrente de um desvio de condições biológicas
ótimas.
Impulso - um estímulo originado de um estado de necessidade do organismo que desperta ou ativa
o comportamento.
A força do impulso pode ser determinada empiricamente, em termos da duração da privação ou da
intensidade, força ou gasto de energia do comportamento resultante.
Hull acentuou a força da resposta – ou seja, a força do impulso é medida pela força da resposta.
Lei do reforço primário - quando uma relação estímulo-resposta é seguida por uma redução da
necessidade (recompensa/reforço), aumenta a probabilidade de que, em ocasiões subsequentes, o
mesmo estímulo evoque a mesma resposta.
Reforço primário - redução de uma necessidade primária ou de um impulso primário.
Reforço secundário - redução da intensidade do estímulo como resultado de um impulso
secundário ou aprendido.
Força do hábito - a força do vínculo E-R, que se refere à persistência do condicionamento e é uma
função do reforço.
A aprendizagem não pode acontecer na ausência de reforço, que é necessário para gerar uma
redução do impulso.
O Condicionamento Operante
No comportamento respondente - situação de condicionamento pavloviana - um estímulo
conhecido é associado com uma resposta em condições de reforço;
A resposta comportamental é suscitada por um estímulo observável específico.
Em oposição, o comportamento operante - ocorre sem nenhum estímulo externo observável;
A resposta do organismo é aparentemente espontânea - não está relacionada com nenhum estímulo
observável.
Isso não significa que não haja, de fato, um estímulo suscitando a resposta;
Significa que não se detecta nenhum estímulo quando da ocorrência da resposta.
Do ponto de vista do experimentador não há estímulo, porque ele não aplicou nenhum e não pode
ver nenhum.
Ou seja, o comportamento operante opera no ambiente do organismo.
O comportamento operante é muito mais representativo da situação de aprendizagem humana na
vida real.
A maior parte do comportamento humano é, principalmente, do tipo operante.
Caixa de Skinner
Demonstração experimental clássica de condicionamento operante envolvia o pressionar uma barra
numa caixa de Skinner, construída para eliminar estímulos externos.
Procedimento experimental: um rato privado de comida é colocado na caixa e deixado livre para
explorar o ambiente; no curso dessa exploração geral, o rato cedo ou tarde pressiona,
acidentalmente, uma barra que ativa um mecanismo que libera uma pelota de alimento (o reforço)
numa bandeja; um registrador cumulativo, ligado à caixa, acompanha momento a momento a taxa de
pressão da barra; depois do recebimento de algumas pelotas de alimento, o condicionamento
costuma ser rápido.
Lei da aquisição - a força de um comportamento operante aumenta quando ele é seguido pela
apresentação de um estimulo reforçador.
Embora a prática seja importante no estabelecimento de altas taxas de pressão da barra, a variável-
chave é o reforço.
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Programas de Reforço
No mundo real, o reforço nem sempre é consistente ou contínuo, mas, mesmo assim, a
aprendizagem ocorre e os comportamentos persistem, ainda que reforçados só intermitentemente.
Programa de reforço com intervalo fixo – no qual o animal é reforçado ao apresentar a resposta
apenas depois de um certo intervalo fixo de tempo.
Quanto menor o intervalo entre os reforços, tanto mais rápida é a resposta do animal.
Inversamente, com o aumento do intervalo entre os reforços, a taxa de resposta declina.
Os sons que o organismo humano produz na sua fala são respostas que podem ser reforçadas por
outros sons da fala ou gestos (da mesma maneira como o comportamento do rato de pressionar a
barra pode ser reforçado por comida).
Para o bebê, os sons específicos que serão reforçados dependem da cultura, mas os mecanismos
do comportamento verbal são independentes dela.
O comportamento verbal exige que duas pessoas estejam em interação - uma falando e outra
ouvindo:
O falante emite um som (resposta);
E o ouvinte, através do seu comportamento de reforçar/não reforçar/punir o falante pelo que ele
disse, pode controlar o comportamento subsequente deste.
"Um compartimento amplo, com temperatura controlada (ar condicionado), imune a germes e à prova
de som, em que o bebê pode dormir e brincar sem mantas ou quaisquer roupas além das fraldas.
Permite uma completa liberdade de movimentos e uma relativa segurança dos resfriados e
assaduras comuns".
Máquina de ensinar - tiveram amplo uso entre o final da década de1950 e o começo da de 1960,
sendo substituídas pelos métodos de instrução assistida por computador.
Modificação do Comportamento
O controle ou modificação do comportamento de pessoas e pequenos grupos - mediante o reforço
positivo.
Opera reforçando o comportamento desejado e não reforçando o indesejado;
O reforço só é aplicado a comportamentos mais agradáveis e desejáveis.
O foco é, exclusivamente, o comportamento manifesto e o reforço positivo.
Não se usa a punição.
O condicionamento e o reforço operantes têm sido aplicados no mundo dos negócios, em que são
usados, com sucesso, programas de modificação do comportamento para reduzir as faltas e o abuso
das licenças médicas e para melhorar o desempenho e a segurança no trabalho, para ensinar
habilidades ocupacionais, especialmente a trabalhadores com deficiências.
Essa capacidade para aprender pelo exemplo supõe a aptidão de antecipar e avaliar consequências
apenas observadas em outras pessoas e ainda não vivenciadas pelo sujeito.
Podemos regular e orientar o nosso comportamento visualizando ou imaginando conseqüências
ainda não vivenciadas desse comportamento e tomando uma decisão consciente de nos
comportarmos ou não da mesma maneira.
Nesse caso, não há uma ligação entre um estímulo e uma resposta ou entre um comportamento e
um reforço.
Entretanto, há um mecanismo mediador, interposto entre os dois - os processos cognitivos da
pessoa.
A modelagem ou aprendizagem observacional envolve, em grande parte, esses processos
cognitivos.
Bandura leva em consideração a influência em programas de reforço externo de processos de
pensamento como crenças, expectativas e instruções.
Para Bandura, o que tem eficácia na modificação do comportamento é aquilo que a pessoa pensa
que o programa de reforço é - e não o programa em si.
Quem controla os modelos de uma sociedade controla o comportamento.
Modelagem ≠ Imitação
Imitação - significa a duplicação exata do que o modelo faz.
Modelagem - os efeitos psicológicos da exposição ao modelo são muito mais amplos do que o
simples mimetismo da resposta.
Auto-Eficácia
O nosso sentido de auto-estima ou de valor próprio, nossa sensação de adequação e eficiência em
tratar dos problemas da vida.
Pessoas de auto-eficácia elevada - acreditam que são capazes de lidar com todos os eventos de
sua vida.
Elas esperam superar obstáculos e, como resultado, buscam desafios, perseveram e mantêm um
alto nível de confiança em sua aptidão para ter êxito.
Pessoas de auto-eficácia baixa - sentem-se impotentes e sem esperança ao lidar com os eventos
problemáricos da vida.
Acreditam ter pouca ou nenhuma capacidade de influenciar as condições ou situações que as
afetam.
Quando se deparam com problemas, é provável que desistam de tentar resolvê-los se seus esforços
iniciais fracassarem.
para elas, nada do que está em seu poder faz alguma diferença.
Essas crenças podem afetar muitos aspectos do funcionamento humano, incluindo a escolha da
carreira, a persistência em procurar o emprego certo, a excelência com que realiza seu trabalho e
muitos elementos vinculados com a saúde física e mental.
No comportamento patológico, considera que tratar o sintoma é tratar o distúrbio, pois eles são a
mesma coisa.
A modelagem é usada para modificar o comportamento, levando o sujeito a observar modelos em
situações que considera assustadoras ou causadoras de ansiedade.
Princípios cognitivos:
l) Possuímos uma expectativa subjetiva acerca do resultado do nosso comportamento em termos da
quantidade e do tipo de reforço que tem probabilidades de vir.
2) Formamos estimativas da probabilidade de que um comportamento particular leve a um certo
reforço e ajustamos nosso comportamento de acordo com isso.
3) Atribuímos diferentes graus de importância a diferentes reforços e avaliamos seu valor relativo em
diferentes situações.
4) Como cada indivíduo funciona em diferentes ambientes psicológicos, o mesmo reforço pode ter
diferentes valores para diferentes pessoas.
Logo, nossas expectativas e experiências subjetivas (estados cognitivos) determinam os efeitos que
diferentes experiências externas têm sobre nós.
Locus de Controle Interno – a pessoa acredita que o reforço depende do seu próprio
comportamento.
Pensa que está no comando de sua vida e se comporta de acordo com isso.
Acredita que pode ter controle sobre os eventos de sua vida e obter sucesso, exigindo mais de si
mesmo e se concentrando no que pode fazer por conta própria para lidar com seus problemas
atuais.
O indivíduo percebe os resultados dos acontecimentos como conseqüência de suas próprias ações.
Locus de Controle Externo – a pessoa crê que o reforço depende de forças exteriores.
Pensa que suas aptidões e respostas fazem pouca diferença em termos dos reforços que recebe,
motivo pelo qual não tenta muito melhorar ou mudar sua própria situação.
Percebe os acontecimentos como consequência de fatores externos, os quais passa a
responsabilizar pelo seu sucesso ou fracasso em determinada ação.
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - Resumo da Aulas
Referência do livro-texto: SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage
Learning, 2014.
Rotter sugere que o “Locus de controle” é adquirido na infância por meio do comportamento dos pais
e dos responsáveis pela educação da criança.
Pais de adultos com “Locus de controle” interno tendem a ser solidários, generosos ao elogiarem os
filhos em suas realizações (reforço positivo), apresentam coerência na disciplina e postura não-
autoritária.
Usando um taquistoscópio*, projetou luz por duas ranhuras, uma vertical e a outra a vinte ou trinta
graus da vertical;
(*) Taquistoscópio - aparelho que examina a rapidez da percepção visual e explora o seu campo.
Se a luz era mostrada primeiro por uma ranhura e depois pela outra, com um intervalo relativamente
longo (mais de 200 milissegundos), os sujeitos viam o que pareciam ser duas luzes sucessivas,
primeiro uma luz numa ranhura e, então, uma luz na outra;
Quando o intervalo entre as luzes era menor, os sujeitos viam o que pareciam ser duas luzes
contínuas;
Com um intervalo de tempo ótimo (cerca de 60 milissegundos) entre as luzes, os sujeitos viam uma
única linha de luz que parecia mover-se de uma ranhura para a outra e na direção inversa.
Acreditava que o fenômeno era tão elementar quanto uma sensação.
Fenômeno phi - existia tal como era percebido, não podendo ser reduzido a nada mais simples.
O todo (o movimento aparente da linha) diferia da soma de suas partes (as duas linhas
estacionárias).
A
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Referência do livro-texto: SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage
Learning, 2014.
Na figura A percebemos uma unidade formada por 9 elementos ou três unidades horizontais
formadas, cada uma, por três elementos.
Na figura B percebemos três unidades verticais formadas, cada uma, por três elementos.
A associação aqui não é feita necessariamente pelas características formais dos elementos (cor,
forma, tamanho).
Continuidade
Há uma tendência na nossa percepção de seguir uma direção, de vincular os elementos de uma
maneira que os faça parecer contínuos ou fluindo numa direção particular.
Apesar de estar formado por uma grande quantidade de elementos individuais (e com significação
própria), o objeto “bicicleta” é percebido como uma unidade graças à continuidade das características
formais dos elementos que o formam (cor, posição, textura visual, fluidez ao formar o objeto).
Semelhança
Partes semelhantes tendem a ser vistas juntas como se formassem um grupo.
dificulta a associação deles em unidades verticais formadas por elementos alternados “circulo
branco-circulo preto”.
Da mesma forma ocorre com a figura B, onde se dificulta a formação de unidades horizontais
formadas por elementos alternados “quadro-circulo” (relação da forma).
Graças ao Princípio de Fechamento, a figura A e a figura B são percebidas como objeto “tigre” e
“panda” respectivamente, sem necessidade de uma borda que defina seu contorno ou feche a sua
forma.
Na figura observamos, primeiramente, o que de mais simples pode ser observado, no caso, um
emaranhado de linhas formando quadrados menores e maiores.
Só depois de alguma observação percebemos que são na verdade três quadrados dispostos na
diagonal descendente.
Figura/Fundo
Tendemos a organizar percepções focalizando o objeto observado (a figura) e o segundo plano
contra o qual ele se destaca (o fundo);
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Referência do livro-texto: SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage
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O Princípio do Isomorfismo
Se relaciona com o problema dos mecanismos cerebrais envolvidos na percepção.
Os gestaltistas tentaram desenvolver urna teoria dos correlates neurológicos subjacentes de Gestalts
percebidas.
Concebiam o córtex cerebral como um sistema dinâmico em que os elementos ativos num dado
momento interagem.
Implica uma correspondência direta entre a percepção e sua contraparte neurológica.
Koffka propõe uma psicologia biológica e comportamental; entretanto, a consciência terá um papel
importante em suas formulações.
Defende que o caminho para o estudo da consciência e da mente deve partir do comportamento.
As noções de inconsciente e consciência são discutidas por Koffka à luz do conceito de campo
psicológico.
Num dos estudos, uma banana era colocada fora da jaula e um barbante amarrado nela era deixado
na jaula.
O macaco puxava a banana para a jaula com pouca hesitação.
Köhler concluiu que, nessa situação, o problema como um todo era facilmente compreendido pelo
animal.
Mas se vários barbantes fossem colocados da jaula até a direção geral da banana, o macaco não
reconhecia, no início, qual deles puxar para obter a fruta.
Isso indicou a Köhler que o problema não pôde ser compreendido claramente de imediato.
Em outro estudo, um pedaço de fruta era colocado fora da jaula, pouco além do alcance do macaco.
Quando uma vara era colocada perto das barras da jaula, diante da fruta, a vara e a fruta eram
visualizadas como parte da mesma situação e o macaco usava a vara para puxar a fruta até a jaula.
Quando a vara era colocada na parte posterior da jaula, os dois objetos (a vara e a fruta) eram vistos
de forma menos imediata como partes da mesma situação.
Nesse caso, a solução do problema requeria uma reestruturação do campo perceptivo.
Outra experiência envolvia a colocação de uma banana fora da jaula, além do alcance, e o
posicionamento de duas varas de bambu ocas dentro da jaula.
Cada vara isoladamente era demasiado curta para alcançar a banana.
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Mas para alcançá-la o animal tinha de juntar as duas varas (inserindo a extremidade de uma na
extremidade da outra) a fim de construir uma vara de comprimento suficiente.
Ou seja, para resolver o problema, alcançando a banana, o animal tinha de perceber uma nova
relação entre as varas.
Estudos como esse foram interpretados por Köhler como evidência de introvisão (insight).
Insight
A apreensão ou compreensão aparentemente espontânea e imediata de relações entre as partes de
um todo.
A Teoria de Campo
Suas características estruturais são representadas por conceitos extraídos da topologia e da teoria
dos conjuntos.
E suas características dinâmicas são representadas através de conceitos de forças psicológicas e
sociais.
Espaço vital - espécie de campo psicológico no qual ocorrem as atividades psicológicas da pessoa.
O campo total compreende todos os eventos passados, presentes e futuros que possam influenciar
uma pessoa.
Do ponto de vista psicológico, cada um desses eventos pode determinar o comportamento numa
dada situação.
O espaço vital, então, consiste na interação das necessidades do indivíduo com o ambiente
psicológico.
O espaço vital pode revelar graus variáveis de diferenciação, dependendo da quantidade e do tipo de
experiência que a pessoa acumulou.
Exemplo: um bebê, como não tem experiências, tem poucas regiões diferenciadas no espaço
vital.
Um adulto altamente educado e sofisticado revela, em função de experiências passadas, um espaço
vital complexo e bem diferenciado.
Lewin usou conceitos da topologia* para mapear/diagramar o espaço vital, a fim de mostrar, em
qualquer momento dado, os alvos possíveis da pessoa e os caminhos que levam a eles.
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Referência do livro-texto: SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage
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(*) A topologia é um ramo quantitativo da matemática que trata das relações espaciais que podem
ser estabelecidas em termos de parte e todo, cujo objetivo é a análise das propriedades das figuras
geométricas.
O conceito de Espaço Hodológico foi usado por Lewin para descrever a estrutura do espaço vital.
O comportamento é função da pessoa e do meio, considerados como parte de uma rede, de uma
matriz de fatores interdependentes.
A totalidade de todos esses fatores é o espaço vital, considerado como um campo no qual tudo o que
afeta o comportamento, independentemente de sua natureza, faz parte desse campo em dado
momento.
Topologicamente, é possível determinar várias regiões no campo e estabelecer os caminhos que as
ligam.
Para repressentar a dinâmica das situações psicológicas Lewin usou conceitos como:
Vetor - para representar a direção do movimento rumo a um alvo.
Valência - o valor positivo ou negativo dos objetos no âmbito do espaço vital.
Têm valência positiva - objetos que atraem a pessoa ou satisfazem necessidades;
Têm valência negativa - objetos ameaçadores.
Essa abordagem inclui complexos diagramas para representar os fenômenos psicológicos e as
formas de comportamento.
Efeito de Zeigarnik
No teste experimental da proposição do continuum tensão-locomoção-alívio, Bluma Zeigarnik
(1901-1988), aluna de Lewin:
Propôs aos sujeitos uma série de tarefas;
Permitiu que completassem algumas,
Mas os interrompeu antes de poderem terminar outras.
Os resultados confirmaram as previsões de Lewin:
Os sujeitos se recordaram mais das tarefas interrompidas do que das terminadas.
Treinamento da Sensibilidade
Aplicado a muitas situações no campo da educação e do mundo dos negócios.
Para reduzir os conflitos intergrupais e desenvolver o potencial individual.
Grupos T - grupos de treinamento da sensibilidade representou o começo do movimento dos Grupos
de Encontro.