Você está na página 1de 1

Quando pensamos em sonhos nos reportamos ao imaginário popular e, de

algum modo, uma avalanche de significados emerge para justificar o tema sonhado.
Tal fato, se dá desde que o mundo existe nas variadas organizações sociais.
Dos tempos mais remotos, herdamos os significados e as significações que
ao sonho se tem atribuído. E não raro, os tradutores do sonho ganham notoriedade
nos espaçoes sociais, momento em que decisões são tomadas a partir das
significações que se faz dos sonhos.
Então, nos resta uma pergunta: o que é o sonho? – Tem ele significação que
justifique atenção especial? Será ele, um mecanismo premonitório? Seus tradutores,
ou melhor, seus interpretadores são portadores de dons divinos que os habilita na
arte de desvendar os mistérios dos sonhos? Seria então fruto das desarranjos
biológicos ou produto do nosso inconsciente, como afirma Freud?
Sem que tais questões sejam resolvidas, nos propomos discutir de forma bem
simples, sem muita pretensão de exclarecimentos específicos, ou mesmo científicos,
uma vez que, o que desejamos comentar, é tão somente, aspectos da visão
neurocientífica que corroboram a visão psicanalítica dos sonhos.
Para que tais questões possam ser postas em prática, devemos antes, dizer
que a psicanálise versus a psiquiatria, quando pensamos o “inconsciente versus o
cérebro”, essa velha controvérsia, na forma de uma oposição clássica, deu-se a
partir do início dos anos de 1960, diga-se da publicação do Manual diagnóstico e
estatistico de transtornos mentais (DSM II) (Aquiar, 2004).

Você também pode gostar