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GERÊNCIA DE RISCOS
TÉCNICAS DE ANÁLISE
OBSERVAÇÕES: De grande importância para novos sistemas de alta inovação. Apesar de seu
escopo básico de análise inicial, é muito útil como revisão geral de segurança em sistemas
operacionais, revelando aspectos, às vezes, despercebidos.
RISCO
*Radiação Térmica do sol
**Umidade
CAUSA
*Voar muito alto em presença de forte radiação
**Voar muito perto da superfície
EFEITO
*Calor pode derreter a cera da abelhas que une as penas. Separação e perda pode causar má
sustentação aerodinâmica. Aeronauta pode morrer no mar.
**Asas podem absorver a umidade, aumentando de peso e falhando. O poder propulsivo limitado
pode não ser adequado para compensar o aumento de peso. Resultado: perda da função e
afogamento possível do aeronauta.
CAT. RISCO
*IV
**IV
Exemplo Ilustrativo
O exemplo escolhido para ilustração da APR e bastante amigo. Conta a mitologia grega que o Rei
Minos, de Creta, mandou aprisionar Dédalo e seu filho Ícaro, na ilha de mesmo nome. Com o objetivo
de escapar para a Grécia, Dédalo idealizou fabricar asas, o que fez habilidosamente com penas, linho
e cera de abelhas. Antes da partida, Dédalo advertiu a Ícaro que tomasse cuidado quanto a seu curve:
se voasse em um nível baixo as ondas molhariam suas penas, e ele cairia no mar. Essa advertência,
uma das primeiras análises de riscos que poderíamos citar, define o que hoje chamaríamos Análise
Preliminar de Riscos.
Adotamos esta situação para a ilustração do formato para a APR, mostrado na Análise Preliminar de
Riscos. As categorias de risco usadas nesse modelo são apresentadas em seguida no quadro 1 e
foram adaptadas pelos autores da norma militar americana MIL-STD-882, que procure estimar uma
medida grosseira do risco presente. A mesma classificação de risco e usada na Análise de Modos de
Falha e Efeitos (AMFE), no
próximo tópico.
QUADRO 1
A propósito, como é de conhecimento do leitor, Ícaro voou muito alto, e pelos motivos expostos por
Dédalo, veio a cair no mar (Ícaro era um cabeça dura).
3. Determinar os riscos principais - Quais serão os riscos principais com potencialidade para causar
direta e imediatamente lesões, perda de função, danos a equipamentos, perda de material.
4. Determinar os riscos iniciais e contribuintes - Para cada risco principal detectado elaborar as series
de riscos determinando os riscos iniciais e contribuintes.
5. Revisar os meios de eliminação ou controle dos riscos - Elaborar uma revisão dos meios possíveis,
procurando as melhores opções compatíveis com as exigências do sistema.
7. Indicar quem levara a cabo as ações corretivas - Indicar claramente os responsáveis pelas ações
corretivas, designando as atividades que cada unidade devera desenvolver.
A Análise Preliminar de Riscos devera ser sucedida por análises mais detalhadas ou especificas logo
que forem possíveis. Deve ser lembrado que para os sistemas bem conhecidos, nos quais há bastante
experiência acumulada em riscos, a APR pouco adiciona. Nesses casos, a APR pode ser colocada em
by-pass, sendo imediatamente indicadas as outras técnicas. Ressalte-se, entretanto, sua reconhecida
utilidade, no seu domínio de aplicação.
Exemplo de aplicação
No quadro 2, temos um exemplo da APR a um utilidade como uma forma de revisão geral de sistema
já operacional, onde se pode ver sua riscos.
QUADRO 2
O What-if/Checklist (WIC) e uma técnica ainda pouco conhecida entre nos. Embora dedicada
basicamente as industrias de processo, sua utilidade e inegável em qualquer atividade produtiva.
O What-if/Checklist não deve ser confundido com procedimentos burocratizantes ou bitolados. Ao
contrário, sua sistemática e estruturação o tornam um instrumento capaz de ser altamente exaustivo
na detecção de riscos e excelente como ataque de primeira abordagem de qualquer situação, seja
esta operacional ou não. Sua utilização periódica traduz seu principal escopo, como um procedimento
de revisão de risco de processo.
A eficácia do WIC pode ser aquilatada pela importância que recebe em culturas empresariais que são
muito zelosas e eficientes no controle de riscos, como a Du Pont,
não só em nível internacional como no Brasil.
Aí, os procedimentos WIC estão incorporados nos estratos técnicos e as equipes de
análise produzem revisões rápida e eficientemente.
É mais uma ferramenta que se adiciona e se coloca a disposição de técnicos e empresas que buscam
maior segurança ocupacional, de processos e em relação ao melo ambiente, e a comunidade
Apresentamos uma síntese do WIC dentro da abordagem Du Pont devidamente traduzida e adaptada,
a qual se credita a gentileza de permissão de divulgação.
Técnica de Análise
NOME: What-If/Checklist.
APLICAÇÃO: Ideal como primeira abordagem na análise de riscos de processos, inclusive na fase de
projeto ou pré-operacional.
OBSERVAÇÕES: O WIC possui uma estruturação e sistemática que o torna um instrumento capaz
de ser altamente exaustivo na detecção de riscos. Excelente como primeiro ataque de qualquer
situação, seja já operacional ou não, sua utilidade não está limitada às empresas de processo.
Procedimento What-lf/Checklist
· um supervisor de operação
· um supervisor mecânico ou engenheiro de projeto
· um engenheiro ou químico do grupo técnico do processo
· um operador experiente
· o engenheiro de segurança
· consultores específicos, se necessários
· o coordenador deve ser um técnico
Deve haver um encontro prévio entre o coordenador, o relator e o provedor ("resources") para o
planejamento das atividades.
Reunião organizacional
Na primeira reunião:
Ainda nessa reunião, o supervisor operacional distribuirá um pacote de informações onde constarão:
· deve-se evitar avaliar a gravidade do risco ou a factibilidade prática de medidas corretivas (nas fases
incipientes), de forma a encorajar a identificação e o reporte de riscos
· o relator deve registrar cada questão numa folha de quadro de anotar grande, de maneira que o
formulador possa confirmar se o registro foi correto
· as questões não devem ser respondidas neste ponto, de maneira a não inibir a própria geração de
questões não existe pergunta cretina!
· o comitê não deve se limitar a iniciar cada questão com "E se...";
· após esgotar-se o levantamento de questões, o coordenador distribuíra copias do Checklist
Simplificado para Análise de Riscos, o qual será seguido ponto a ponto para o afloramento de
questões adicionais. O procedimento será repetido como o Checklist abrangente para Análise de
Riscos. Todas as questões adicionais devem ser registradas pelo relator.
Os checklists não devem ser usados como estimuladores primários de questões, e, sim, deve ser
utilizada a criatividade do comitê.
Os checklists devem ser usados exatamente como seu nome implica - como uma fonte de verificação
capaz de estimular questões que tenham sido deixadas para trás.
Na parte final deste suplemento, são apresentados trechos ilustrativos dos referidos checklists.
e) Listagem de sodas as recomendações com prazos e responsabilidades definidos para cada uma
delas. Ainda, cada recomendação deve referenciar a questão que a originou
1 ) complete (C)
3) vide recomendação
nº _____________________
QUADRO 3
Cheklist abrangente
As questões catalogadas abaixo devem ser utilizadas para estimular a identificação dos riscos
potenciais, não devendo ser respondidas com um simples sim ou não. Algumas perguntas podem não
ser apropriadas para a revisão de uma determinada operação de produção.
Nota: Considere as questões não somente em termos de operação em regime permanente, mas
também em termos de partidas, interrupções, paradas, bem como problemas de todos os tipos
possíveis.
· Que dispositivos existem para a remoção, inspeção e substituição das válvulas de alivio e discos de
ruptura, e qual o esquema de procedimento?
· Qual a necessidade existente no que diz respeito aos dispositivos de alivio de
emergência: respiros (vantagem), válvulas de alivio e disco de ruptura? Qual o fundamento para o
dimensionamento dos mesmos?
· Onde discos de ruptura descarregam de linhas ou para linhas, foi assegurado o dimensionamento
adequado das linhas em relação a dinâmica do alivio? E para prevenir vibração da ponta de descarga
da linha?
· As descargas dos respiros válvulas de alivio, discos de ruptura flares foram localizados de modo a
evitar riscos para o equipamento e para os funcionários?
· Há algum equipamento que esteja operando sob pressão, ou capaz de ter pressões internas
desenvolvidas por falhas de processo, que não esteja protegido por dispositivos de alivio? Por que
não?
Reações
Controle de Instrumentação ·
.Quais riscos irão se desenvolver, se todos os tipos de força motriz utilizados na instrumentação
falharem quase simultaneamente?
. Se todos os instrumentos falharem simultaneamente, a operarão como um todo ainda apresentara
uma configuração fail-safe?
. Que providencia é tomada para a segurança do processo quando um instrumento, que opera tanto
na segurança do processo quanto no controle do processo, é retirado do serviço para a manutenção;
quando tal instrumento permanece um certo período de tempo parado para padronização, ou quando,
por alguma razão, sua leitura não esta disponível?
O problema abordado foi um novo projeto para armazenamento de tolueno a ser descarregado,
desde caminhões-tanque, para um tanque fixo não enterrado. O local de instalação seria próximo a
um tanque existente de acido nítrico.
O grupo recebeu o lay out das instalações, fichas de segurança do produto tolueno (que reage
violentamente com o acido nítrico) e o procedimento escrito de descarregamento, a ser seguido na
operarão das instalações.