O documento discute os conceitos de infraestrutura e superestrutura de acordo com Marx e como as transformações sociais ocorrem através das contradições na infraestrutura. Também explica que Marx via os modos de produção históricos como "épocas progressivas" devido ao amadurecimento das forças produtivas, e que o estado não pode existir de forma autônoma, sempre representando os interesses de uma classe dominante.
O documento discute os conceitos de infraestrutura e superestrutura de acordo com Marx e como as transformações sociais ocorrem através das contradições na infraestrutura. Também explica que Marx via os modos de produção históricos como "épocas progressivas" devido ao amadurecimento das forças produtivas, e que o estado não pode existir de forma autônoma, sempre representando os interesses de uma classe dominante.
O documento discute os conceitos de infraestrutura e superestrutura de acordo com Marx e como as transformações sociais ocorrem através das contradições na infraestrutura. Também explica que Marx via os modos de produção históricos como "épocas progressivas" devido ao amadurecimento das forças produtivas, e que o estado não pode existir de forma autônoma, sempre representando os interesses de uma classe dominante.
Luiza Renan, Juliana Santos, Bruna Barradas, Lucas de Souza, Nayara
Vilela e Raysa Frana 1. Defina, de forma qualificada, os termos infraestrutura e superestrutura. Relacione-os com a forma como Marx entende as transformaes de uma organizao social. A infraestrutura seria caracterizada, para Marx, como as condies materiais de existncia, ou seja, o conjunto das relaes materiais com o modo de produo. Assim, o desenvolvimento da produo, comrcio e consumo condicionariam a superestrutura que se ergue sobre a infraestrutura. Nesta, de acordo com Marx, os homens no podem arbitrar livremente, j que toda fora produtiva j adquirida produto de uma atividade anterior. O autor cita, de modo a corroborar sua ideia, o exemplo da Idade Mdia. O regime das corporaes e ordenanas configurou-se como infraestrutura, ou seja, como a base da qual as relaes sociais (superestrutura) se desenvolveram. A superestrutura, por sua vez, definida como os processos de vida social, poltica, intelectual e jurdica. Dessa forma, a conscincia do homem seria determinada por sua realidade social, e no o contrrio. Nesse contexto, Marx considera como sociedade civil o conjunto da infraestrutura com a superestrutura, caracterizando o Estado poltico como a expresso oficial dessa sociedade civil. As transformaes sociais, de acordo com Marx, esto intimamente relacionadas infraestrutura, ou seja, s contradies e s lutas de classes que se desenvolvem na base material da sociedade. medida que essas contradies se expressam na infraestrutura, elas do origem a determinadas formas de conscincia, e a partir desta, os homens atuam no sentido de transformar a realidade social. Essa conscincia se v expressa nas formas jurdicas, polticas, religiosas, artsticas ou filosficas, isto , na superestrutura. Observa-se ento, que para ele, a transformao social, se d na base econmica, a partir da contradio entre as foras produtivas da sociedade e as relaes de produo existentes. Dessa maneira, o processo de transformao social o processo de desenvolvimento das foras produtivas, que provocam a contradio entre os interesses das classes sociais.
2. O que Marx quer dizer quando afirma que os modos de
produo asitico, antigo, feudal e burgus podem ser qualificados como pocas progressivas? Para Marx, as relaes econmicas e formas de produo no so estticas, mas histricas e transitrias, j que os modos de produo contm em si mesmos o conflito que existe entre as foras produtivas sociais e as relaes de produo. Dessa maneira, em certo momento histrico, quando j esto desenvolvidas todas as foras produtivas da sociedade, elas necessariamente entraro em contradio com as relaes de produo, que tero se tornado seus entraves, ao mesmo tempo em que as prprias foras criam condies materiais para resolver esse antagonismo. O estabelecimento de uma linearidade histrico-evolutivo, de um progresso, se d medida que, de acordo com a teoria marxista, nenhuma formao social desapareceria antes que se desenvolvessem todas as foras produtivas que nela contm. Assim, seria impossvel o aparecimento de novas relaes de produo antes do amadurecimento das condies materiais para a sua existncia. Portanto, a era da revoluo social possibilita que relaes de produo novas surjam, mas nunca antes que as condies materiais para isso tenham se originado na prpria velha sociedade. Os modos de produo asitico, antigo, feudal e burgus se encaixam nessa lgica, sendo as relaes de produo burguesas a ltima forma antagnica e suas foras produtivas criadoras das condies materiais que possibilitaro o surgimento do modo de produo socialista, que seria chamado de ditadura do proletariado. Esse antagonismo explicado por Marx por meio da escravido e liberdade, que formam um antagonismo. Segundo ele, a escravido direta era uma das bases do industrialismo, medida que esta valorizou as colnias, as quais criaram o comrcio mundial, que por sua vez responsvel pela existncia da grande indstria mecanizada. A escravido, configura-se ento, como categoria da mais alta importncia econmica, por isso, para ele, observada em cada nao desde o incio da histria da humanidade. Dessa maneira, o sistema capitalista baseado na escravido carrega em si o germe da prpria destruio, definido como o antagonismo entre escravido direta versus liberdade. Ainda, Marx estabelece a existncia de leis histricas, que seriam, segundo ele, vlidas apenas para certo desenvolvimento histrico, ou seja, para determinado desenvolvimento das foras produtivas.
3. Qual o sentido do termo (...) o poder estatal no est
suspenso no ar? O que esta metfora tem a dizer sobre a possibilidade de autonomia do Estado? E como podemos associ-la a complexidade da luta de classes analisado por Marx? Diante do conceito de classe proposto por Marx e sua afirmao de luta das mesmas, com a sempre presente dominao de uma sobre a outra, no contexto da Frana onde Luis Bonaparte assume o poder passando frente da burguesia e dos camponeses e gera um aparente estado de suspenso estatal e total autonomia de poder por parte do mesmo. Porm, este aparente estado de autonomia fora das vises superficiais se mostra uma inverdade j que, o poder exercido por Bonaparte no se finda em sua prpria vontade, expressando e levando em considerao o interesse da classe mais numerosa. Essa classe mais numerosa seria formada por camponeses que possuam um carter conservador. Esse carter identificado devido ao fato de que os mesmos defendiam a manuteno de suas pequenas propriedades, sendo assim, seis ideais tinham elevado grau de consonncia com alguns ideais burgueses. Essa harmonia de ideias entre os camponeses conservadores e os burgueses tem sua base na falta de conscincia de classe dos primeiros pois, alm de se encontrarem longe fisicamente uns dos outros tambm no seriam capazes de alinhar seus interesses e percebe-los como pertencentes a uma classe consistente. Por isso, Luis Bonaparte de forma aparente equilibrava os diversos interesses de camponeses conservadores, burguesia e camponeses revoltosos aliados a trabalhadores urbanos, mas no fim acabava por manter e perpetuar os interesses da classe burguesa dentro da sociedade francesa da poca. Dessa maneira, se torna de fcil compreenso o porqu da classe burguesa ter permitido a tomada de poder por Bonaparte, j que as suas perdas caso os revolucionrios tomassem o poder seriam muito mais graves, e pelo menos o ltimo mantinha a estrutura para a permanncia do modo de vida burgus, ou seja, mesmo estes sendo por vezes prejudicados por certas decises o seu poder econmico seguia consistente. Assim Marx nos mostra que o estado de suspenso e a autonomia estatal por fim no existem, e isso corroborado pelo fato de que o detentor ou os detentores do poder sempre esto representando uma classe, que sempre conhecida como dominante. Dessa forma, sempre haver uma luta de classes enquanto houver poder ou representao de poder de uma classe sobre a outra.