O capítulo discute a filosofia de Nietzsche sobre a vontade de potência, que descreve a estrutura formal de toda posição do querer na qual a vida se desenvolve através da superação contínua de estados. A vontade de potência é caracterizada como uma luta de potências antagônicas, onde diferentes centros de força se determinam através da relação com outras potências. O prazer consiste em experimentar o sentimento da própria potência.
Descrição original:
Anotações Uteis
Título original
Nietzsche Civilização e Cultura - Prof. Carlos Alberto - Trechos grifados
O capítulo discute a filosofia de Nietzsche sobre a vontade de potência, que descreve a estrutura formal de toda posição do querer na qual a vida se desenvolve através da superação contínua de estados. A vontade de potência é caracterizada como uma luta de potências antagônicas, onde diferentes centros de força se determinam através da relação com outras potências. O prazer consiste em experimentar o sentimento da própria potência.
O capítulo discute a filosofia de Nietzsche sobre a vontade de potência, que descreve a estrutura formal de toda posição do querer na qual a vida se desenvolve através da superação contínua de estados. A vontade de potência é caracterizada como uma luta de potências antagônicas, onde diferentes centros de força se determinam através da relação com outras potências. O prazer consiste em experimentar o sentimento da própria potência.
Trechos grifados Nietzsche: Civilizao e Cultura de Carlos Alberto R.
de Moura
Captulo VIII Vontade de Potncia
- Inteno da filosofia de Nietzsche: Naturalizao integral da existncia
- O que podia seduzir o objetor de Nietzsche na censura cartesiana era essa ideia de que um corpo precisaria representar o outro como meta consciente de sua ao, e meta distinta dessa prpria ao - A vontade no designa mais nenhuma faculdade, e o querer ser o nome com o qual se designar algo que no atua mais, no move o que lhe seria exterior. A meta no mais exterior a ao, no existe um sujeito que quer algo, mas a vontade sempre um querer algo, em que no se deve separar a meta do prprio ato de querer. - Potncia no designar, assim, um contedo determinado chamado de potncia, ma a configurao formal de qualquer posio de querer. A vontade de potncia descreve a estrutura formal de toda e qualquer posio do querer, na qual a vida se desenvolve. Assim, com o conceito de vontade de potncia, no se quer dizer que a vontade se dirija a potencia como seu fim. - Atravs da noo de vontade de potncia, a natureza determinada como uma unidade que, ao mesmo tempo, o princpio de sua multiplicidade, ela a forma na qual o processo natural realiza-se como um processo de diferenciao, como um vir-a-ser. - Nietzsche reconhece na vida a vontade de potncia em sua facticidade, enquanto a vida naturalmente se relaciona e, em seu relacionar-se, exprime a vontade de potncia: viver essencialmente apropriao, violao, dominao do outro e do mais fraco, ela opresso, severidade. - A potncia no nomeia propriamente nenhum estado ao qual se possa aspirar, nenhuma finalidade determinada, mas apenas um momento do prprio aspirar a saber, o momento da superao de um estado por outro mais elevado. - Como a vontade de potncia, para poder exteriorizar-se, tem como condio uma resistncia, e como resistncia s pode ser feita por outra potncia, ento toda a vida ser compreendida por Nietzsche como uma luta de potncias, em que diferentes centros de fora se determinam por sua relao a potncia antagnicas. Assim caracterizado, o contedo essencial da vontade de potncia est na ideia de superao de si. - Ora, uma vez o conceito de vontade de potncia reinstalado em sua neutralidade ontolgica, pode-se verificar que, ao contrrio de suprimir a diversidade das perspectivas, ele exatamente aquilo que est na raiz da infinidade de interpretaes. Pois, quando se leva a srio que vontade potncia no qualquer conceito ontolgico, no designa um ser ou uma
qualidade dos seres, mas apenas o movimento de superao de si, ento
pode-se verificar que exatamente por haver este superar-se que as perspectivas, os sentidos, as interpretaes so por princpio infinitos, e o dogmatismo necessariamente precisa ser rejeitado. - Da mesma forma, porque o esprito livre exprime a vontade de potncia, ele jamais se fixar em alguma certeza, superando-se perpetuamente em direo a novas opinies, novas perspectivas. porque a vontade de potncia superao de si que as convices so prises, e o esprito livre estar condenado a ser um experimentador. - Prazer consiste em experimentar o sentimento da prpria potncia - Ns nos submetemos para ganharmos sentimento de potncia - Vontade de potncia = vontade de sentimento de potncia