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9a. ed.
2023
São Paulo, Brasil
O Autor
9a. ed.
2023
São Paulo, Brasil
“QUOUSQUE TANDEM ABUTERE, CATILINA,
PATIENTIA NOSTRA?”
(Cicero, Oratio Prima in Catilinam, I, 1)
(*) “Stator, oris – Estator, epíteto de Júpiter (= que faz parar os que fogem)”
(cf. Francisco Torrinha, Dicionário Latino-Português, 3a. ed.; v. Stator).
(1) Plutarco, Varões Ilustres, 1944, p. 167; trad. Mário Gonçalves Viana;
Editora Educação Nacional; Porto.
(3) Obras, 1945, p. 36; trad. Barreto Feio; Editora Cultura; São Paulo.
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(4) Arlindo Ribeiro da Cunha, “In Catilinam”, 1943, p. CLIII; Livraria Cruz;
Braga.
(5) Cezar Zama, Três Grandes Oradores da Antiguidade, 1896, p. 571; Bahia.
(8) “Caveant consules… Que os cônsules tomem cuidado. Fórmula com a qual
o Senado Romano, nas grandes crises, investia os cônsules do poder ditatorial:
Caveant consules ne quid detrimenti respublica capiat. Que os cônsules tomem
cuidado para que a república não sofra algum dano” (Arthur Rezende, Frases e
Curiosidades Latinas, 1955, p. 83; Rio de Janeiro).
(9) Sílaba tônica – “(…) aquela sobre a qual recai o acento tônico da palavra,
isto é, aquela cujo tom predomina” (Napoleão Mendes de Almeida, Gramática
Metódica da Língua Portuguesa, 29a. ed., p. 50; Edição Saraiva).
(11) A prática de acentuar graficamente a sílaba tônica de palavra latina tem sido
adotada por gramáticos e filólogos de pulso, como forma de evitar constantes
solecismos prosódicos (“silabadas”).
Eis por que autores de obras latinas, por amor da exação da pronúncia, têm
optado pelo sinal de acento agudo ( ´ ) para marcar a sílaba tônica da palavra,
como fez o abalizado Júlio Comba: “Úbinam (…)” (op. cit., p. 201). E outros
mais: Mílton Valente, Gramática Latina, 82a. ed.; Ludus (Curso de Latim), 61a.
ed.; Livraria Selbach; Porto Alegre; Júlio Comba, Gramática Latina, 4a. ed.;
Programa de Latim (vols. I e II), 2003; Editora Salesiana Dom Bosco; Diurnal
Monástico (latim – português), 1962; Edições “Lumen Christi”; C. Torres
Pastorino, Latim para os Alunos, 1963; J. Ozon Editor; G. Campanini – G.
Carboni, Vocabolario Latino-Italiano, 1957; Torino; V. César da Silveira,
Dicionário de Direito Romano, 1957; 2 vols.; José Bushatsky, Editor;
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(13) Assim entende esse lugar a generalidade dos latinistas: Mílton Valente,
Gramática Latina, 82a. ed., p. 148; A. J. da Silva D’Azevedo, “Humanitas”, 4a.
ed., p. 77; Nicolau Firmino, As Catilinárias, 4a. ed., p. 67; José Cretella Júnior,
Latim para o Colégio, 1950, pp. 152-153; Vandick Londres da Nóbrega,
A Presença do Latim, 1962, vol. III, p. 44; José Pinheiro, Selecta Latina, 1960,
vol. II, p. 284, etc.
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(16) Orçava Cícero pelos 27 anos de sua idade quando defendeu Róscio
Amerino, acusado de parricídio. “Ele teve a satisfação de ver Róscio declarado
inocente” (Luiz Carlos Muniz Barreto, História das Orações de M. T. Cícero,
1772, p. 9; Lisboa).
(17) “(…) a obra-prima da sua eloquência. Como diz um velho autor, cada parte
é perfeita no seu gênero; admira-se a majestade do exórdio, a clareza da
narração, a conexão das provas, o vigor dos pensamentos; finalmente o patético
lastimoso, que é como a alma da peroração” (Arlindo Ribeiro da Cunha, “In
Catilinam”, 1943, p. CXL; Livraria Cruz; Braga).
(18) Dos primores desta oração disse tudo Plutarco, ao escrever: “Quinto
Ligário foi processado como inimigo de César, e Cícero encarregou-se de o
defender. Sabendo disto, César disse aos seus amigos: Que mal pode haver em
deixarmos falar Cícero? Há já muito tempo que não o ouvimos. O cliente dele é
um homem pérfido, é meu inimigo; já está condenado de antemão. Mas Cícero
impressionou extraordinariamente o juiz, desde o começo de seu discurso; à
medida que ia falando, excitava paixões tão contraditórias, dava à sua linguagem
uma tal doçura e encanto, que houve quem visse César mudar muitas vezes de
cor, e revelar, na fisionomia, os diversos sentimentos que lhe agitavam a alma.
Quando, por fim, o orador falou na batalha de Farsália, César, não podendo
dominar os nervos, começou a tremer, e deixou cair os papéis que tinha na mão.
Cícero, vencendo o ódio do julgador, obrigou-o a absolver Ligário” (Varões
Ilustres – Demóstenes e Cícero –, 1944, p. 230; trad. Mário Gonçalves Viana;
Editora Educação Nacional; Porto).
52. “Judicis est semper in causis verum sequi” (De Off., II,
10).
Nas causas, é dever do juiz procurar sempre a verdade.
53. “Nemo est tam senex qui se annum non putet posse
vivere” (De Senectute, VII).
Ninguém é tão velho que não acredite possa viver mais
um ano.
54. “Legum omnes servi sumus, ut liberi esse possimus” (Pro
Cluentio,146).
Somos todos escravos das leis, para que possamos ser
livres.
55. “Quis nescit, primam esse historiae legem, ne quid falsi
dicere audeat?” (De Orat., II, 15).
Quem ignora ser o dever da verdade a primeira lei da
história?
56. “Studia adulescentiam alunt, senectutem oblectant,
secundas res ornant, adversis perfugium ac solacium
praebent” (Pro Archia, VII).
Os estudos nutrem a juventude, recreiam a velhice,
adornam os momentos felizes e consolam nos adversos.
57. “Cibi condimentum est fames! (De Finibus, II, 28).
O melhor tempero da comida é a fome.
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Bibliografia:
voz divina e cortar essa cabeça tão ilustre e que, com salário
macabro, provocasse a morte de um tão grande cônsul,
outrora salvador da república! Pois arrebataste a Cícero
dias inquietos, anos de velhice, uma vida que teria sido mais
infeliz sob teu governo que na morte sob teu triunvirato; mas
a fama, a glória de suas ações e de seus discursos, isto não
lhe tiraste, pelo contrário aumentaste. Ele vive, ele viverá na
memória de todos os séculos. Enquanto este corpo que forma
o universo e que o acaso criou, a providência ou qualquer
outra causa, enquanto este mundo que ele, quase sozinho
entre todos os romanos, pôde contemplar com sua
inteligência, abranger com seu gênio, iluminar com sua
eloquência, subsistir, conduzirá com ele na sua eternidade a
glória de Cícero. A posteridade mais longínqua admirará o
que ele escreveu contra ti, detestará o que fizeste contra ele
e a raça dos homens desaparecerá da face da terra antes da
sua lembrança” (Veleio Patérculo, História Romana, II,
LXVI; apud Tassilo Orpheu Spalding, Pequeno Dicionário
de Literatura Latina, 1968, p. 56; Editora Cultrix Ltda.; São
Paulo).
29. “Foi (Cícero), de todos os oradores, aquele que melhor
fez sentir aos romanos o encanto que a eloquência acrescenta
às coisas honestas e o invencível poder da justiça quando
é sustentada pela força da palavra” (Plutarco, Cícero e a
Queda da República, p. 24; trad. Lobo Villela).
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Guilherme de Almeida(*)
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(*) A placa de bronze, em que estava gravado o elogio histórico de Cícero, mãos
criminosas furtaram para sempre! É bem o caso, pois, de exclamar com o excelso
Orador: “O tempora! o mores!”.
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Busto de Cícero
(Museo Capitolino, Roma)
Fig. 1
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Estátua de Cícero
(Largo do Arouche; São Paulo, Brasil;
Escultor: Galimberti Poletti)
Fig. 4
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Torre di Cicerone
Padrão histórico levantado em Arpino (Itália) para
indicar o sítio do nascimento, em 3 de janeiro de
106 a.C., do Príncipe da Eloquência Romana.
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(Tradução)
(Tradução)
Domus Ciceronis
Na colina do Palatino, sobranceira ao Forum Romanum,
situava-se a majestosa casa de Cícero, mandada arrasar,
ao tempo de seu exílio (58 a.C.), pelo tribuno Clódio,
que lhe votava ódio implacável.
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Rostrum
(Rostro ou tribuna dos oradores no Forum
Romanum). Aqui, onde tantas vezes discursara com
desconhecida eloquência, foi exposta a cabeça de
Cícero, cuja morte, em 7 de dezembro de 43 a.C., o
tribuno Marco Antônio havia decretado.
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http://www.scribd.com/Biasotti