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ORGANIZACIONAL
2 A COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
2017
HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
1 Introdução
Esse ponto histórico é corroborado pelo historiador Francis Albert Cotta (2014),
que também afirma sobre a origem da polícia na França do século XVIII, demonstrando
a separação entre o exército e a polícia ostensiva de manutenção da ordem:
A ideia de polícia como força pública seria uma concepção resultante das
mudanças ocorridas na França a partir da Revolução de 1789. Nesse mesmo ano, a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em seu artigo 12º, prescrevia: “a
garantia dos Direitos Humanos e dos cidadãos requer uma força pública; esta é,
portanto, instituída em benefício de todos, e não para a utilidade particular daqueles a
quem ela é confiada”. (COTTA, 2014, p. 30)
Como não havia Quartel, os soldados, em grupos de até cinco, foram alojados
nas residências particulares, em Vila Rica.
Natureza Militar – por várias vezes esteve mobilizado para o Rio de Janeiro e
outras regiões do país.
(DE MARCO FILHO, Pe. Tem Cel Cpl QOR Luiz, História Militar da PMMG,
2005,p.9)
Diante dessa situação, como parte da reestruturação militar das Minas sob
administração do governador Dom Antônio de Noronha, surgiu no ano de 1775 o
Regimento Regular de Cavalaria de Minas, sendo seu corpo policial formado por
pessoas com fortes ligações com as Minas. “Os oficiais e soldados do RRCM¹ teriam
fortes laços com as Minas. Eles estariam inseridos em redes de parentesco, amizade e
compadrio.” (COTTA, 2014, p. 93)
A recém formada força militar das Minas tinha por natureza a proteção do
território e da pátria. Também, tinha a natureza policial de prevenção e repressão de
crimes, mantendo a população em ordem para que o ouro fosse extraído e exportado
em favor do Reino de Portugal. Fatos que podem ser percebidos no texto sobre a história
da Polícia Militar de Minas exposto do site da PMMG, onde existe o relato da seguinte
passagem histórica:
Sendo assim, Rocha (2014) relata a seguinte situação das polícias com o
surgimento da República:
Assim, Francis Albert Cotta faz o seguinte comentário sobre a década de 1950:
Com a chegada dos militares das forças armadas ao poder político no país em
1964, deparamo-nos com a Polícia Militar de Minas Gerais com a responsabilidade de
manutenção da ordem pública e exclusividade no planejamento e execução do
policiamento ostensivo, conforme previa o decreto-lei 667 de 1969.
O historiador Francis Albert Cotta (2014) cita também que durante o governo
dos militares, as polícias militares foram atreladas a Ideologia de Segurança Nacional e
controladas pela Inspetoria Geral das Polícias Militares. Era necessário controlar não
somente a população, mas também as polícias militares.
Por fim, pode-se afirmar que a Polícia Militar de Minas Gerais é uma
instituição que acompanhou toda a história do Estado de Minas Gerais, participando
efetivamente dos principais eventos sociais e políticos do Estado.
Sua história começa na época do Brasil colônia e chega até nossos dias,
envolvendo significativamente em diversos acontecimentos sociais e políticos do Estado
e do País. A Polícia Militar de Minas Gerais é uma instituição militar bicentenária que
tem seus pilares na hierarquia e na disciplina, sempre com intuito de policiar o Estado
de Minas. Adaptando seus militares para a realidade de cada tempo histórico e
trabalhando para a prevenção e manutenção da ordem pública.
2.1 Contextualização
No ano de 1989 ocorreu a criação definitiva dos Núcleos de Comunicação Social nos
batalhões operacionais e nos grupamentos de incêndio da PMMG. Em 1990, foi
publicado o Manual de Comunicação Social, que apresentou novos conceitos sobre o
relacionamento dos policiais militares da Instituição com a sociedade. No ano de 1998,
foi editada a Diretriz 08/98-CG. O destaque da nova norma foi a ênfase dada ao
atendimento das demandas do destinatário final dos serviços da Instituição: o cidadão.
Incluiu, também, a atividade de cerimonial na área de responsabilidade da Assessoria
de Comunicação Social (EMPM5).
Código: O código é formado por um conjunto de sinais em que cada um dos elementos
tem significado em relação com os demais. Pode ser a língua oral ou escrita, gestos,
entre outros, e deve ser de conhecimento do emissor e do destinatário.
2.2.2 Marketing
O marketing foi definido pela Associação Americana de Marketing (AMA) como sendo
uma função organizacional e um conjunto de processos para a criação, comunicação e
entrega de valores aos clientes, bem como para a administração de relacionamentos
com os clientes, de modo que beneficie a organização e todos que com ela tenham
relação.
Por definir as ações estratégicas para atingir um objetivo final em relação ao cliente, o
marketing utiliza de todas as atividades da comunicação, como a publicidade, a
propaganda, o cerimonial, a música, as redes virtuais, a marca, entre outros.
Por fim, o último aspecto trata de “auxiliar outros esforços da empresa”. Consiste na
conscientização de que a propaganda é uma vertente da atividade de comunicação e
de marketing e deve, por isso, auxiliar os demais setores. É preciso que seja
consolidada a ideia de que a propaganda é um serviço de apoio operacional na PMMG,
pois realiza a “pré-venda” do serviço policial, antecedendo o contato pessoal.
2.2.5 Merchandising
Dessa forma, são alguns exemplos de merchandising: uma viatura bem localizada, a
logomarca institucional como fundo da apresentação de resultados de operações à
imprensa, prisões de cidadãos infratores, drogas ou materiais apreendidos. No mesmo
viés, a inscrição da logomarca da PMMG em faixas, sua citação em spots para rádio ou
VT para televisão, colocação de placas com o objetivo de informar e orientar o público
alvo, representam outros exemplos de merchandising. Essas ações, como se pode
concluir, não são ações de publicidade e propaganda, ou seja, ações de divulgação
direta de uma mensagem ao público alvo, mas sim, um posicionamento padronizado e
de reafirmação na mente das pessoas quanto à marca, e o reconhecimento imediato da
PMMG pela sociedade.
2.2.7 Endomarketing
Palavra criada e patenteada em 1995, por Saul Faingaus Bekin. Pode ser definida pelas
ações de marketing voltadas aos funcionários buscando tornar comum entre o público
interno as metas da Instituição e os resultados alcançados e esperados. Tem como
veículos os instrumentos de comunicação interna. É o mesmo que marketing interno.
2.3.1Comunicação Interna
A Comunicação Interna constitui-se de uma “via de mão dupla”, que deve ser
estruturada, proativa e dinâmica, com capacidade de difundir as informações que sejam
de interesse da Instituição e de seu público interno direto e indireto.
Para que o público interno se sinta parte integrante da Instituição, e busque em conjunto
a consecução dos objetivos estratégicos, é necessário estabelecer canais e ações de
comunicação e integração, para divulgação de informações que estejam ao alcance de
todos. Assim, alinhando o entendimento, todos compreenderão o quê e porquê fazer.
A comunicação deve ser clara e transparente, o que é vital para o estabelecimento e
para a solidez das relações, que serão baseadas na confiança entre a Instituição e o
público interno. O voltar as atenções para o público interno da Instituição se mostra
essencial nesta Era do Conhecimento, pois este constitui recurso importante, já que
materializa, por meio da inovação e da criatividade, a produção do conhecimento.
Fazer segurança através da música, torna-se, portanto, um grande desafio, pois essa
atividade também deve facilitar a aproximação da comunidade com a Instituição. Mais
que fazer música para alegrar um ambiente, a Atividade Musical deve ser utilizada como
instrumento de integração social.
Não basta que o policial militar receba a informação. Ele deve entendê-la de fato,
perceber seu significado e suas implicações, a fim de que possa lhe ser despertada uma
disposição afetiva.
b) Jornal Eletrônico Cinco Ponto Cinco É o instrumento institucional através do qual são
publicadas matérias acerca de ações desenvolvidas pelas unidades, datas festivas,
comemorações diversas, poesias de autoria dos integrantes da Instituição, fotos, etc.
Seu objetivo é evidenciar as ações das unidades da PMMG e valorizar o policial militar
e os funcionários civis que se destaquem em suas funções; abordar assuntos gerais da
Instituição e tudo o que for notícia, como forma de estimular, manter informado e
incentivar o público interno.
c) Jornal mural Espécie de jornal interno com maior visibilidade, por se tratar de um
painel afixado em local de destaque na Fração. Entre os instrumentos de
endomarketing, constitui uma das formas mais rápidas e eficientes de comunicação com
o público interno. Deve ter periodicidade pré-definida, e contar com recursos gráficos,
fotos e ilustrações, sendo organizado em editorias ou seções. Diferencia-se do quadro
de avisos (ou celotex), pois este é utilizado para divulgar escalas de trabalho,
indicadores, produtividade etc.
f) Cartilha: pode ser utilizada para informar o público-alvo sobre assuntos de seu
interesse ou assuntos normativos que envolvam a Instituição. Deve reunir informações
qualitativas e quantitativas, e ser elaborada em linguagem simples e coloquial.
c) Lazer: criar oportunidades de lazer para o público interno contribui para uma melhoria
do convívio social. Salas de jogos, de leitura, de televisão, de convivência, são exemplos
do que pode ser feito para estreitar os relacionamentos.
- Oportunidades de lazer.
e) Gestão Participativa
A gestão participativa tem efeito altamente positivo, já que objetiva distribuir “poder” a
todos os integrantes da Instituição em seus diferentes níveis de decisão e competência.
Uma vez estabelecida, quando todos os servidores participam de um processo criativo,
deixam de ser apenas “pessoas recebendo e cumprindo ordens”, para serem
participantes da construção da decisão.
2.5.2 Relacionamento com o cidadão
Os resultados das ações de publicidade são representados nas organizações pela sua
aceitação junto ao público-alvo. As informações divulgadas com respeito à organização,
seus recursos e políticas, bem como sua identidade, permitem que as pessoas se
predisponham a uma atitude mais favorável perante a organização e seus produtos.
Uma boa imagem institucional não se impõe, conquista-se.
Na Polícia Militar, compete à DCO, por meio da Seção de Eventos, emanar as diretrizes
e doutrinas para a realização dos eventos e do cerimonial, em consonância com as
políticas de comando e normas em vigor.
A execução dos eventos de caráter institucional e representando toda a PMMG,
mormente, os detalhados por força de Resolução, aprovada anualmente pelo Comando-
Geral, serão de responsabilidade exclusiva da DCO.
Cabe à P/5 requerer, caso haja necessidade, orientações e suporte técnicos à P/5 da
RPM ou UDI subordinada.
Para assuntos operacionais locais, o policial militar que atender a ocorrência poderá
conceder entrevistas, desde que ciente o comando da UEOp, atendidas as orientações
específicas constantes dos boletins técnicos.
Quando o assunto for complexo e, por suas características, impacto e repercussão, for
institucional, a competência para elaboração de notas à imprensa e releases será da
DCO, através do Centro de Jornalismo Policial.
- Direito de Resposta
Salvo determinação expressa, indicando outro nome, por parte do Comandante Geral
ou Chefe do EMPM, o porta voz da PMMG será o Chefe da Seção de Relacionamento
com a Imprensa.
- Centro de Atividades Musicais (CAM) : tem como função principal definir critérios e
procedimentos para o planejamento e execução da atividade musical na Polícia Militar.
Tem, ainda, a função de assessorar o Diretor de Comunicação Organizacional nas
questões relacionadas a essa atividade.
As agremiações musicais sediadas na Capital subordinam-se, hierárquica e
administrativamente, ao CAM. As agremiações musicais sediadas no interior
subordinam-se hierárquica e administrativamente às respectivas UDI, responsáveis pela
coordenação operacional da atividade musical, sendo subordinadas tecnicamente ao
CAM.
- Academia Musical Orquestra Show (AMOS) é uma orquestra de baile, constituída por
instrumentistas de sopro, eletrônicos, cordas, percussão e por vozes. O emprego da
AMOS se dará, por exemplo, pela participação em bailes e shows que atendam a
natureza pública. Nos eventos, a AMOS participará fardada, salvo determinação da
DCO em contrário.
- Visão
- Valores
3.1 Introdução
3.2 Moral
3.3 Ética
A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão,
é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso
ético, uma espécie de "consciência moral", estando constantemente avaliando e
julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou
injustas.
Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a ótica do
certo e errado, do bem e do mal. Embora relacionadas com o agir individual, essas
classificações sempre têm relação com as matrizes culturais que prevalecem em
determinadas sociedades e contextos históricos.
A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo
com os outros relações justas e aceitáveis. Via de regra, está fundamentada nas ideias
de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se
traduz numa existência plena e feliz.
A ética é um conjunto de valores morais e de princípios que norteiam a
conduta humana na sociedade.
A importância da ética hoje se dá pela necessidade, por uma questão de
sobrevivência; considerando que a humanidade passa por um momento de anseio por
uma vida melhor e, acima de tudo, digna e feliz. Podemos dizer que o tema mais
ecumênico que existe atualmente é o da dignidade humana, vida com qualidade e por
fim, a felicidade. No entanto, percebemos que o mundo se tornou um caos, e o homem
como um todo se encontra perdido em meio a tanta confusão; é o verdadeiro “jogo dos
interesses”. O comportamento ético não consiste exclusivamente em fazer o bem a
outrem, mas em exemplificar em si mesmo o aprendizado recebido. É o exercício da
paciência em todos os momentos da vida, a tolerância para com as faltas alheias, a
obediência aos superiores em uma hierarquia, o silêncio ante uma ofensa recebida.
“Ética diz respeito às nossas escolhas, quando estamos diante de um
problema”. Quando optamos por um caminho para solucionar o problema, somos éticos
se a escolha que fazemos é condizente com o conjunto axiológico (moral) da sociedade
em que estamos inseridos, ou com a própria ética do indivíduo. Quem age eticamente
se preocupa com os reflexos da sua ação no outro, mas também na sua própria vida.
ÉTICA
CERTO ERRADO
RAZÃO EMOÇÃO
A força da lei A lei da força
Legalidade Abuso de autoridade
Técnica policial Violência policial
Transmitir confiança Gerar insegurança
Instituição preservada Imagem denegrida
- Formação Ética
a) o policial deve ser sujeito e parceiro - Solidarizar-se com as pessoas que têm seus
direitos negados e exercer as práticas de respeito aos direitos e à cidadania .
b) reafirmar a existência das pessoas e torná-las importantes e legítimas como qualquer
outra;
c) criar no policial o respeito, a dignidade e a proteção da lei;
d) mudanças comportamentais e compreensão da complexidade dos problemas
sociais/diferenças culturais, agindo sempre sob o manto da ação ética.
Porque a formação ética para policiais?
3.5 Deontologia
"A tarefa do deontólogo", diz Bentham, "é ensinar ao homem como dirigir
suas emoções de tal modo que as subordine, na medida do possível, a seu próprio bem-
estar".
. Nessa filosofia, a Deontologia corresponde à soma da "teoria da virtude"
ao "tratado da prática da virtude" (Jeremy Bentham).
Considera a Deontologia engajada na "aritmética dos prazeres", numa forma
de congraçamento entre a Moral e a Ética. Passou a significar, posteriormente, o código
moral das regras e procedimentos próprios a determinada categoria profissional.
A Deontologia estuda as necessidades do grupo e as responsabilidades dos
órgãos públicos e das categorias profissionais ou institucionais, para definir e codificar
os deveres imanentes ou atribuíveis a cada um de tais segmentos, conforme a
hierarquia de valores e às relações entre meios e fins.
Sob a óptica da ciranda popular, Deontologia tem feição de mero código da
ética, limitado na singela nomenclatura dos deveres de um estrato social.
A Polícia Militar, preservadora constitucional da ordem pública e promotora
da defesa social, pratica sólidos preceitos ético-morais e observa, em seu dia-a-dia, um
código de ética ajustado a seus deveres profissionais e ao cenário sociocultural.
- Código de Ética
a) Objetivo
Explicar como um determinado grupo pensa e define sua própria identidade,
política e social, que o constitui; e como estes grupos se comprometem a realizar seus
objetivos, de acordo com os princípios universais da ética.
a) Introdução
A Organização Policial existe para zelar pelo cumprimento das leis. Estas
foram instituídas com o objetivo de efetivar a garantia dos Direitos Fundamentais do ser
humano, possibilitando a todos condições básicas de sobrevivência e convivência
harmônica e pacífica, imprescindíveis ao desenvolvimento do homem na sua vida em
sociedade.
A polícia tem a obrigação de obedecer à lei, inclusive às leis promulgadas
para a promoção e proteção dos Direitos Humanos. Agindo assim, o policial estará não
somente cumprindo o seu dever legal, como também respeitando e protegendo a
dignidade da pessoa humana, mesmo que para isso tenha que fazer uso da coerção e
da força, nos casos estritamente necessários e na medida exata.
O uso da força policial não deve ser indiscriminado, pois, ao contrário, pode
abalar as bases da conduta ética e legal do policial, as quais são: a obediência às leis,
o respeito à dignidade humana e a proteção dos Direitos Humanos.
Policial inibidor da tortura: Não existe nenhuma situação em que a tortura possa ser
infligida legalmente. Nenhum policial, seja qual for seu posto ou graduação, tem
justificativa ou defesa por ter cometido tortura. A tortura foi obviamente tornada ilegal
pela comunidade internacional e é definida na Convenção contra a Tortura e Outros
Tratamentos e Punições Cruéis, Desumanos e Degradantes - ONU (1984), como:
“qualquer ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico ou mental, é infligido
intencionalmente a uma pessoa, com o fim de se obter dela ou de uma terceira pessoa
informações ou confissão; de puni-la por um ato que ela ou uma terceira pessoa tenha
cometido, ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir ela ou uma terceira
pessoa; ou por qualquer razão, baseada em discriminação de qualquer espécie, quando
tal dor ou sofrimento é imposto por um funcionário público ou por outra pessoa atuando
no exercício de funções públicas, ou ainda por instigação dele ou com o seu
consentimento ou aquiescência.”
A responsabilidade do policial contra a tortura: A convenção contra a tortura estipula
que uma ordem de um policial na função de comando não pode ser invocada como
justificativa para a tortura. Tal situação é ratificada no Código de Conduta dos
Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, no qual se afirma que “nenhum
policial poderá invocar ordens superiores como justificativa para praticar tortura”. A
obediência a ordens superiores não constituirá defesa eficaz para o policial que sabia
ser ilegal uma ordem para emprego de força ou arma de fogo, causadora de morte ou
sério dano à pessoa, tendo possibilidade razoável de desobedecer a tal ordem. Tal
responsabilidade recai também no superior que emitiu a ordem ilegal. Os princípios para
uso da força e arma de fogo afirmam que “nenhuma sanção criminal ou disciplinar será
imposta àqueles policiais que, seguindo o Código de Conduta dos Policiais, se recusem
a cumprir uma ordem para usar abusivamente força ou arma de fogo, ou relatem que
há esse costume por outros policiais”.
A palavra valor pode ser definida sob vários aspectos. De acordo com Weil
(1994, p. 46-47) "valor é uma variável da mente que faz com que um ser humano decida
ou escolha se comportar numa determinada direção e dentro de determinada
importância." Assim, o homem poderá escolher se comportar entre os mais variados
valores. Os valores e as virtudes estão diretamente ligados aos atos, ao comportamento
humano.
De forma genérica, valores podem ser entendidos como princípios, normas
ou padrões aceitos socialmente ou mantidos por pessoas, classe, sociedade ou
organização. Na Polícia Militar, os valores devem ser estimulados e mantidos
independentemente de posto ou graduação.
Se o homem, em seu cotidiano não conferir uma proporção valorativa de
justiça, respeito, decência, ordem, dentre outros, consequentemente, isto refletirá em
seu comportamento, evidenciando-se a violência, indisciplina, insubordinação,
desonestidade e outros não menos desejados.
Todo profissional deve ser compromissado com os deveres para com a
carreira que abraçou e com a instituição a que serve. O policial-militar, em particular,
tem deveres para com o cidadão, com a sociedade, com o Estado e com a Pátria.
3.6.3 Virtudes
REFERÊNCIAS
DE MARCO FILHO, Pe. Ten Cel Cpl QOR Luiz. História Militar da PMMG. 7
ed. Belo Horizonte: Centro de Pesquisa e Pós-graduação da PMMG, 2005.
REFERÊNCIAS
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIOAL
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CHINEM, Rivaldo. Assessoria de Imprensa: como fazer. São Paulo: Summus, 2003.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.0.
3. ed. Curitiba: Positivo, 2005. CD-ROM.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Organização Orientada para a estratégia: como
as empresas que adotam o Balanced Scorecard prosperam no novo ambiente de
negócios. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Alinhamento. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
KAPLAN, Robert S. Strategical alignment of the Military Policy of Minas Gerais Brazil.
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por: <Ricardo Matos Calixto>. em: 01 set.
2009.
LUZ, Ricardo. Gestão do Clima Organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. 350
p.
REFERÊNCIAS
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LEI nº 14.310. Código de ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais.
Minas Gerais, 2002.