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Ricardo Piovan

O LIVRO DO LÍDER COMPLETO

Introdução
1. O novo paradigma da liderança
2. Conhecendo a si mesmo
3. Conhecendo seu liderado
4. Os estilos de liderança
5. Auto coaching e team coaching com a Roda de Gestão
Conclusão

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Introdução

Nos dias de hoje, a liderança é vista como uma função de muita


responsabilidade. Afinal, conduzir pessoas não é nada fácil, ainda mais quando
estamos falando de pessoas tão diferentes entre si - e é lidar com essas diferenças
o maior desafio.

Para tanto, os líderes devem conhecer as pessoas de sua equipe e sobretudo


conhecer a si próprios. Mas, na prática, o que encontramos são lideranças que
não têm autoconhecimento suficiente, não sabem se estão desempenhando bem
ou mal sua função, nem têm conhecimento de seus comportamentos limitantes
que passam despercebidos. A maior parte dos líderes acomoda-se no cargo e não
busca novos conhecimentos para sua atualização, o que os faz ficarem
estagnados e correndo o risco de terem suas carreiras prejudicadas.

Você verá nas próximas páginas o que é importante para o líder e seus
liderados. Entenderá o conceito de liderança servidora e a quebra de paradigmas
que ela representa. Mergulhará no autoconhecimento por meio de testes que o
ajudarão a identificar comportamentos positivos e limitantes e, com essas
informações, saberá como é possível fazer a mudança comportamental para uma
liderança mais assertiva.

Acredito que o livro levará muitas pessoas à melhor compreensão de si


mesmo, com isso, será mais fácil compreender o próximo. Solicito que você
inicie a leitura com a mente aberta e disposto a aprender. As informações aqui
disponibilizadas são resultado de muitos anos de trabalho, dedicação e estudo.

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Faça desta leitura uma oportunidade para agregar à sua vida mais
conhecimento e sabedoria. Seja valente e busque novas oportunidades todos os
dias. Boa leitura.

"O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, é o inatingível. Para os


temerosos, o desconhecido. Para os valentes, a oportunidade." - Victor Hugo

-1–

O NOVO PARADIGMA DA LIDERANÇA

Foi-se o tempo em que ser líder era algo tão simples quando a definição do
Dicionário Aurélio para a palavra: “chefe, guia”. Ou mesmo do Dicionário
Houaiss: “indivíduo que tem autoridade para comandar ou coordenar outros”.

Essas definições refletem o modelo de liderança aprendido por aqueles de


nós que têm mais de quarenta anos. Um modelo que nos foi apresentado na
infância pelos pais, a quem chamávamos de senhor e senhora, temíamos
desobedecer e não nos atrevíamos a questionar. Modelo que encontramos
também no relacionamento com os professores e, mais tarde, com os gestores
que tivemos no começo da carreira. Por tudo isso, para nós, liderança tornou-se
algo que poderia ser traduzido como “manda quem pode, obedece quem tem
juízo”.

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De fato, a figura do líder que se impõe pela autoridade está muito presente
para as chamadas “geração baby-boomer” e “geração X”. Na primeira incluem-
se os que nasceram nas décadas de 40 e 50*, quando o mundo experimentou uma
extraordinária explosão populacional (baby boom, ou explosão de bebês). Os
baby boomers foram educados por pais bastante autoritários, cujo modelo de
liderança inspirava medo. As coisas foram um pouquinho melhores para a
geração X, dos nascidos nas décadas de 60 e 70*. Criados ainda de modo
autoritário, os X cresceram numa época de contestação dos padrões sociais e
busca de liberdade individual.

Mas foi de 1980 para cá que o mundo mudou mais dramaticamente com os
extraordinários avanços tecnológicos, a globalização da economia, a
liberalização dos costumes e comportamentos, o amplo acesso à informação e
tudo mais. Na ebulição dessas mudanças, entrou em cena a “geração Y”, dos
nascidos a partir da década de 80. Antes de aprender a falar, eles já sabiam
apertar teclas. Foram educados com mais liberdade, menos limites e maior
acesso à informação do que as gerações anteriores.

Como não poderia deixar de ser, as mudanças a que assistimos nos últimos
anos repercutem no mundo corporativo. As empresas precisam ser muito mais
competitivas, inovadoras e eficientes do que eram no passado, o que só é
possível com colaboradores tecnicamente competentes, motivados para o
trabalho e comprometidos com os objetivos da organização. E como se lidera
essas pessoas? Certamente que não é à moda antiga, limitando-se a coordenar
tarefas, distribuir ordens e cobrar seu cumprimento – ainda mais quando entre
essas pessoas há cada vez mais representantes da intrépida “geração Y”, que
questiona ordens e não tem medo de cara feia. Embora haja momentos em que
um líder tenha de usar de autoridade, seu papel é hoje mais complexo, como
sugere a definição de liderança que utilizo em minhas palestras e treinamentos:

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“Liderança é a capacidade de inspirar, causar motivação
e ampliar competências, movimentando pessoas
a atingirem objetivos em comum.”

Mais adiante neste capítulo, vamos discutir os conceitos “chave” dessa


definição. No momento, desejo frisar a mudança no paradigma da liderança que
ela representa. Só para alinhar conceitos, entendo paradigma como modelo ou
padrão consagrado, uma coisa que “sempre foi assim” ou “sempre funcionou
desse jeito” e está ancorada nas crenças das pessoas. A meu ver, um bom
exemplo de quebra de paradigma é a eleição de Barack Obama à presidência dos
Estados Unidos. Quando ele anunciou sua pretensão de se tornar candidato, a
maioria das pessoas não o levou muito a sério. O paradigma existente é que
aquele país, que até a poucas décadas tinha leis de segregação racial, jamais
elegeria um presidente negro. Para completar, Obama, filho de um muçulmano,
foi criado de acordo com os preceitos do Islã – assim como os Talebãs, os
militantes do Hammas e os seguidores do Hezbolah, com quem os americanos
têm tantas diferenças. Um presidente negro que conhece os versos do Corão. Ah,
essa não. Bem, todos conhecem o final dessa história. Os americanos
surpreenderam o mundo, e acredito que também a si próprios, elegendo Barack
Obama como seu presidente e quebrando um paradigma que parecia intocável.

Voltando agora ao novo paradigma de liderança, vamos ver algumas


diferenças de atitude entre o líder à moda antiga (que chamaremos aqui de
gerente) e o líder de que as empresas precisam hoje:

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 O gerente coordena, diz a cada pessoa o que ela deve fazer, controla
prazos, verifica os resultados. O líder também faz isso, mas vai além: inspira
as pessoas, mostrando a elas que fazem parte de algo maior, que o sentido de
estarem ali é mais amplo.

 O gerente não desafia a visão de seus superiores: recebe uma missão


e a cumpre. Já o líder questiona seus superiores quando acha pertinente e
busca fazer seu trabalho melhor do que o esperado.

 O gerente manda e não aceita contestação dos colaboradores. O líder


delega e dá ouvidos à contestação – na verdade, os grandes líderes adoram ser
contestados, porque sabem que é por meio da contestação que se cria algo
novo e surge a inovação na empresa.

 O gerente visa só seu departamento, trabalha com foco em seus


processos e nada mais. O líder tem uma visão mais abrangente da empresa,
pois sabe a interdependência que há entre seus diversos setores. Ele se
interessa pelos outros departamentos e contribui com a solução dos problemas
alheios.

 O gerente acha que gestão de pessoas é um trabalho do setor de


Recursos Humanos. Se há um conflito na equipe, passa o “pepino” para o
RH. O líder assume os problemas da equipe como de sua responsabilidade:
adota iniciativas para elevar as competências dos colaboradores, motiva-os e
busca soluções para os conflitos.

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 O gerente é servido pelos liderados, enquanto o líder é que serve os
liderados. Para mim, essa é a diferença de atitude que melhor caracteriza a
mudança de paradigma da liderança. Por isso, daqui para frente, refiro-me ao
novo estilo de liderança como “liderança servidora”, expressão criada pelo
americano James Hunter, autor do best-seller O Monge e o Executivo, um
marco na revisão do conceito de liderança para os tempos atuais.

“Aos 25 anos, deixei o trabalho como empregado para abrir uma


consultoria de administração com um amigo 15 anos mais velho que eu. Ele era
muito competente, idealizava grandes projetos e encontrava solução para tudo...
Mas, como líder, era autoritário e arrogante. Tinha um temperamento difícil,
gritava com as pessoas, até comigo. Com o passar do tempo, comecei a ficar
incomodado com isso e saí da empresa. Abri outros negócios e, no papel de
líder, tinha as mesmas atitudes que meu ex-sócio: centralizava decisões, era
autoritário, gritava com as pessoas... Além de ter uma personalidade forte, eu
não conhecia outra maneira de liderar que não fosse aquela. Tinha consciência
de que agir daquela maneira não era bom, mas não sabia fazer as coisas de
outro jeito. Passei por uma fase em que meus negócios não iam bem e resolvi
dar um corte em minha vida: mudei para o Japão e fui trabalhar como operário.
Foi lá que conheci um modelo de liderança diferente, em que o chefe estava
muito próximo dos colaboradores e empenhava-se em facilitar o trabalho da
equipe. As empresas japonesas valorizam seus funcionários, e os líderes
ascendem na medida em que conseguem fazer seus colaboradores produzirem
mais e melhor. Isso me fez repensar minhas atitudes como chefe e voltei para o
Brasil com outra visão sobre liderança.” Alberto Abe

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Liderar é inspirar

Na definição de liderança que utilizo neste livro, um dos conceitos-chave é


inspirar, ou seja, provocar entusiasmo na pessoa para que ela realize algo.
Entusiasmo, por sua vez, é uma palavra de origem grega que significa “ter Deus
dentro de si”. Quando uso essa definição em meus cursos, as pessoas me
questionam: “Mas Ricardo, tenho que colocar Deus dentro dos meus
colaboradores?!” Veja bem, isso não tem uma conotação religiosa. Emprego o
conceito “Deus” no sentido de força, vontade, determinação e fé em si mesmo.

A pessoa entusiasmada tem o que costumamos chamar de brilho nos olhos,


e infelizmente é isso que falta a muitos de nossos colaboradores. Na cultura
brasileira é muito forte a ideia de que o trabalho é um fardo, e é bastante comum
as pessoas trabalharem simplesmente porque precisam sobreviver, sem ver um
propósito maior no que fazem.

Mas como se inspira as pessoas? Como se acende o entusiasmo delas pelos


objetivos da equipe ou da empresa? Bem, a única maneira que vejo para isso é
motivá-las a fazer o que tem de ser feito não apenas pela empresa, mas por si
mesmas.

O líder deve conhecer os sonhos de seus liderados, o que desejam para suas
vidas, e a partir desse conhecimento conectar a realização dos sonhos ao
trabalho, pois é através do trabalho que a realização dos sonhos se torna possível.

Um bom exemplo disso se passou comigo quando fui dono de uma empresa
de tecnologia. Tive uma funcionária chamada Carla, contratada para trabalhar na
área de suporte técnico, cujo objetivo era solucionar problemas e sanar dúvidas
dos clientes. Durante o dia, ela se deparava com inúmeros problemas,

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reclamações e dúvidas. Mas mesmo com esse trabalho desgastante, Carla atendia
diversos clientes diariamente, tinha ótimo desempenho e dava bons resultados.

Com o tempo, percebi que o desempenho dela começou a cair. Notei-a


desinteressada, não era mais a mesma. Chamei-a então para conversar, pois
queria entender o que estava acontecendo e buscar um caminho para motivá-la
novamente.

Em nossa conversa descobri que Carla tinha um sonho: ser pedagoga, o que
parecia ser uma meta muito distante de alguém que dá suporte técnico em uma
empresa de tecnologia. Mas conforme conversávamos procurei fazer com que ela
enxergasse seu sonho como algo alcançável. Disse-lhe que para ser pedagoga,
ela precisaria fazer um cursinho e prestar vestibular para entrar numa faculdade;
então, depois de quatro anos, estaria apta a concretizar seu sonho. Até lá,
precisaria trabalhar, se manter, custear a faculdade e todos os gastos de anos de
estudo.

O que fiz foi descobrir o sonho de uma colaboradora, e através de uma boa
conversa conseguimos juntos transformar este sonho em uma meta alcançável.
Com isso, encontrei uma forma de inspirar Carla a trabalhar motivada e voltar a
dar resultados positivos à empresa. O atendimento de suporte técnico tornou-se o
caminho para alcançar o seu propósito. Além disso, mesmo como pedagoga, ela
iria continuar atendendo clientes – não os de minha empresa, mas seus alunos e
os pais destes. Portanto, praticar o bom atendimento em minha empresa com
certeza contribuiria com seu desenvolvimento profissional.

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Carla abraçou sua meta. Prestou vestibular, entrou na faculdade e passou
mais quatro anos trabalhando comigo. Às vezes, sua motivação caía um pouco,
mas eu a lembrava de seu sonho e ela recuperava as energias. Enfim, depois de
quatro anos eu perdi a Carla, ela formou-se e seguiu seu caminho. Mas foram
quatro anos que eu tive uma funcionária trabalhando em outro nível, motivada,
focada, consciente de que seu futuro profissional dependia de suas atitudes e de
seu trabalho.

O filme Coração Valente conta a saga de William Wallace, guerreiro,


patriota escocês e herói medieval no final do século XIII, época que seu povo
lutava contra o domínio inglês. Para expulsar os invasores de suas terras, os
escoceses se uniram e formaram um exército; este, porém, era muito menor que
o dos ingleses. No dia da batalha, companheiros de Wallace sentiram medo e
começaram a debandar, pois logo notaram que os invasores estavam em maior
número, tinham cavalos e melhores armas. O comandante escocês ordena que
seus soldados fiquem, mas, em momentos turbulentos como esses, mandar não
resolve, e a debandada continuava. Então aparece Wallace e, em vez de dar
ordens aos soldados, começa a inspirá-los fazendo com que lembrem de seus
sonhos. Transcrevo a seguir um diálogo desse trecho do filme:
“Filhos da Escócia, eu sou Willian Wallace! Vejo que um exército inteiro
de meus compatriotas está aqui desafiando a tirania. Vocês vieram lutar como
homens livres e livres vocês são! O que vocês farão com a liberdade? Vocês
lutarão”
Um soldado então responde:
“Contra aquilo não! Correremos e viveremos.”
Wallace argumenta:
“Sim, lutem e talvez morram. Corram e viverão, pelo menos por enquanto.
E morrendo em suas camas, daqui a muitos anos estariam dispostos a negociar
todos os dias daqui em diante por uma chance, apenas por uma única chance,

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para retornar aqui e dizer aos nossos inimigos que podem tirar nossas vidas,
mas nunca tirarão nossa liberdade!”

Com esse discurso, Wallace inspira seus homens a lutarem, pois sabia que
para eles não existiria vitória sem liberdade – e liberdade, naquele momento,
era o que realmente os motivaria para luta. Os escoceses então empunharam
suas armas, enfrentaram o medo da morte e venceram a batalha.

Posso não saber dos sonhos de seus liderados, se é trabalhar em outro lugar
ou em outra profissão, ter liberdade como Willian Wallace, formar seus filhos,
constituir família, ter casa e carro ou outras tantas coisas. O que eu sei é que você
precisa conhecer esses sonhos e motivar seus liderados para a realização,
mostrando que o caminho para a concretização está no trabalho bem feito.

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