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1.

O narrador é onisciente, pois ele sabe tudo e revela sobre o enredo dos personagens, assim
como seus pensamentos íntimos, detalhando os sentimentos que até os mesmos não sabem
que possuem. Está presente em todas as partes, observando e desenrolando os acontecimentos
em diversos locais.

2. A ordem narrativa é cronológica, pois segue uma ordem de acontecimentos, como por
exemplo, os dias de aguardo pela viagem de Xisto até o momento de sua partida e o
desenrolar de suas aventuras sequenciadas de acordo com esta viagem.

3. As digressões se mostram quando a narrativa apresenta alguns momentos sobre o que Xisto
utilizava de recursos como, por exemplo, sua pílula contra o medo e a descrição dos niveanos.
Não há flashbacks, pautando-se a narrativa em somente citar os acontecimentos referentes ao
momento relatado.

4. A narrativa tem em sua maioria, o predomínio da ação dos personagens e obtendo poucos
momentos de reflexão. Um momento de reflexão se dá no instante em que receberam a
mensagem de Rutus e nela denominava-se “o que não tem sangue”, refletindo sobre os
questionamentos do personagem: “Sangue... [...] Como poderia alguém viver sem ele? Que
espécie de substância teria então nas veias o diabólico e misterioso ser?” (p.9).
Quanto às situações, mostravam-se imprevisíveis, pois a história do personagem principal
parte para algo desconhecido demonstrado na narrativa.

5. A narrativa é dada pela imprevisibilidade, pois na viagem ao desconhecido, Xisto e seu fiel
escudeiro são sempre surpreendidos por situações as quais não se podem prever suas ações e
resultados.

6. Há uma maior utilização da linguagem coloquial nas falas do personagem principal, com
uso de gírias da época, para uma determinada aproximação do leitor jovem. Porém, o
personagem Van-Van, é um sábio que usa uma variante linguística não entendida pelos outros
personagens, a exemplo do que ocorre com pessoas que optam pelo uso de um registro mais
culto e vocabulário incomum, sendo que Protônius possuía um dicionário para a interpretação
da fala do sábio:
Van-Van fala: “Entretanto [...] apesar disso, os selvagíneos seres obviamente estarão nos
primórdios da evolução espiritual. Esse tal de Rutus é um nauseabundo, ainda que humano
conglomerado cósmico!” (p. 10). “Alijai do substractum de vosso ego tão lúridas conjectura!
[...] Saiba, ó formidolosa criatura, que tal providência foi determinada após consultas a
incunábulos de fotossíntese, verdadeiros ergástulos do humano saber!” (p.13).

7. Em sua descrição de categoria infanto-juvenil e juvenil, a classificação etária ideal para esta
narrativa seria a juvenil, pois a explicação cientifica que se seguem, mesmo quando dizem
respeito às lutas entre o herói e os vilões, as explicações desenvolvidas necessitam de
determinados conhecimentos específicos do período de escolaridade e em função das
atualidades informativo-jornalísticas que aparecem no texto. Um exemplo se dá nas leis da
Física e da Química apresentadas, discutindo as mutações em todo o Universo, assim como o
processo de formação de moléculas.

8. Há um final feliz, onde Xisto derrota Rutus e salvando toda a forma de vida terrena e
deixando uma mensagem de harmonia pela igualdade onde os seres interplanetários iriam
futuramente, ajudando-se mutuamente na compreensão de serem todos irmãos.

9. O livro demonstra uma narrativa cheia de aventuras, mistérios e imprevisibilidades em todo


o decorrer de sua história, fazendo o leitor envolver e querer descobrir o desenrolar deste
percurso trilhado. Sua linguagem é coloquial, porém, utiliza-se de termos científicos, muitas
vezes desconhecidos pela faixa etária infanto-juvenil. Para a utilização didática desta leitura,
cabe ao educador ter a apropriação do conhecimento que os educandos possuem. Caso sejam
desconhecidos os conhecimentos referentes à Química e Física pela faixa etária infanto-
juvenil, pode-se realizar um trabalho multidisciplinar entre estas áreas, porém, para uma
melhor adequação e compreensão destes termos dar-se-á a categoria juvenil, por já
“teoricamente” possuírem tais conhecimentos.

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