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L.C EFA B2
- ef
A velha contrabandista
Stanislaw Ponte Preta
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que
diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela
adquirira no odontólogo e respondeu:
– É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha
saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e
dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela
montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no
outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na
lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela
levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo.
Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela
levava no saco era areia.
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa
de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
– É lambreta.
4) Explique com suas palavras qual foi o truque da velhinha para enganar o fiscal.
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Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o
tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele
não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas
tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. (…)
Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma
semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco
para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinquenta
anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele
precisou recomeçar.
Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do
abacateiro. Levou dez dias, porque não estava habituado a manejar machados, as mãos
calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado.
Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de
machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava árvore, capões, matos
atacava, limpava, deixava os montes de lenhas arrumadinhos para quem quisesse se
servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em vias de vendê-los para
fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.
E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com o seu instrumento.
Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou
uma secretária para organizar uma agenda. Depois, auxiliares. Montou uma companhia,
construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores.
Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem
cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E
trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer
que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho
eletrônico para arrasar.
E enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E
então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em
tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E enquanto
as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.
PARTE 1 – Interpretação
5) Escreve uma frase empregando o verbo apanhar em sentido diferente do que foi
usado no texto.
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( ) obsessivo
( ) destruidor
7) Responde:
a) O narrador diz que “naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico,
felizmente”. O que ele quis dar a entender com a palavra felizmente?
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b) O narrador afirma que o cérebro do personagem era diminuto e que ele demorou a
encontrar uma solução. Que relação o autor pretende estabelecer entre a destruição da
natureza e a inteligência?
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Escola Básica 2, 3 com Secundário de Santo António
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Apagão em escala planetária festejará o brilho das estrelas
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A vida do Homem
Xavier Marques
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1. O homem foi colocado na terra como:
(a) escravo das coisas
(b) dominador de tudo
(c) submisso aos irracionais
(d) indiferente a tudo e a todos
9. Segundo o texto, Deus deu ao homem o tempo de vida que os animais rejeitaram:
(a) em virtude do valor do homem
(b) para subordinar o homem à Sua vontade
(c) em respeito à vontade do próprio homem
(d) porque disso dependeria o poder do homem
10. Os noventa anos de vida que o homem recebera de Deus, encerram, na conclusão
do texto, uma realidade:
(a) insofismável
(b) possível
(c) mentirosa
(d) humorística
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Elas parecem ter ensaiado. Mas é claro que isso não acontece. Quem nunca viu ao vivo,
já observou em filme ou desenho animado aquele bando de aves voando em “V”.
Segundo os especialistas, esta característica de voo é observada com mais frequência
nos gansos, pelicanos, biguás e grous.
Há duas explicações para a escolha dessa formação de voo pelas aves. A primeira
consiste na economia de energia que ela proporciona. Atrás do corpo da ave e,
principalmente, das pontas de suas asas, a resistência do ar é menor e, portanto, é
vantajoso para as aves voar atrás da ave dianteira ou da ponta de sua asa. Ou seja: ao
voarem desta forma, as aves poupariam energia, se esforçariam menos, porque estariam
se beneficiando do deslocamento de ar causado pelas outras aves. Isso explicaria, até, a
constante substituição do líder nesse tipo de bando.
Essa é a primeira explicação para o voo em “V”. E a segunda? O que diz? Ela sustenta
que esse tipo de voo proporcionaria aos integrantes do bando um melhor controle visual
do deslocamento, pois em qualquer posição dentro do “V” uma ave só teria em seu
campo de visão outra ave, e não várias. Isso facilitaria todos os aspectos do voo. Os
aviões militares de caça, por exemplo, voam nesse mesmo tipo de formação, justamente
para ter um melhor campo de visão e poder avistar outros aviões do mesmo grupo.
Essas duas explicações não são excludentes. É bem possível que seja uma combinação
das duas o que torna o voo em “V” favorável para algumas aves.
Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, n. 150, set. 2004.
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C) podem obter melhor controle visual do deslocamento.
D) têm o instinto de sempre seguir o líder do bando em seu itinerário.
E) se acostumaram a voar assim.
5 – “Isso explicaria, até, a constante substituição do líder nesse tipo de bando.” Com
base no texto, conclui-se que o líder é substituído constantemente porque essa posição:
A) é cobiçada por todas as aves do bando.
B) é a mais importante do grupo.
C) é só para lideres.
D) proporciona melhor controle visual.
E) consome muito mais energia.
9- Dê sua opinião:
A) O título do texto é uma pergunta. Esta pergunta é respondida após a leitura do texto?
Justifique.
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Bom trabalho
Professora Sandra Marques