Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Atividade no Portfólio
Após mais de duzentos e cinquenta anos de colonização portuguesa na América, um grupo de colonos,
sobretudo da província de Minas Gerais, planejaram uma revolta para livrarem-se do domínio português.
O planejamento dessa revolta é conhecido como Inconfidência Mineira. Sobre isso, responda as questões
a seguir:
1. Explique como se desenrolou a Inconfidência Mineira e porque ela faz parte da chamada Crise
do Antigo Sistema Colonial?
2. Quem foram os principais envolvidos na Inconfidência Mineira? Pesquise e apresente
brevemente quem foram três desses inconfidentes.
Depois de concluir suas respostas, poste-as no Portfólio.
Respostas:
De modo mais abrangente, três grandes processos históricos externos contribuem para
entendermos a Inconfidência Mineira:
1. A influência do pensamento iluminista.
2. A influência da Revoluções Americana, e Francesa por final,
3. A influência da política mercantilista do Marquês de Pombal nas colônias.
Vamos elucidar cada uma desses processos e posteriormente afunilar para um viés de
estudo mais pontual da conjuntura regional da época citando:
1. A conjuntura da capitania de Minas Gerais
2. A elite entranhada no poder
3. Os conflitos de interesses entre as facções desta elite
Isto mostra que a partir da segunda metade do séc. 18, o ouro começa a escassear,
indicando uma mudança na economia da região. A ascensão do crescimento na região sul da
capitania e o declínio de Vila Rica, demonstram a ascensão das atividades pastoris e a crise do
setor mineiro6.
Outra questão era a peculiaridade da capitania, que não tinha acesso ao litoral. Maxwell
escreve:
“A Junta da Fazenda de Minas, desde o decênio de 1760, vinha sendo a única
responsável pela arrematação dos contratos de maior importância, e nenhum contrato
local era arrematado por empresários metropolitanos, embora nas capitanias do litoral
houvesse ainda contratos arrematados em Lisboa. Tais fatores faziam da Junta da
Fazenda de Minas um órgão no qual eram centralizados os mais poderosos interesses
econômicos locais. O resultado era que as preocupações vitais de um homem de
negócios português, imigrante, como João Rodrigues de Macedo, ficavam
profundamente enraizadas e inseparáveis do ambiente local, de um modo inimaginável
por um agente de cidade portuária ou um empresário importador - exportador da Bahia
ou do Rio de Janeiro”.
5 Texto digital: MAXWELL, Kenneth – Conjuração Mineira – Novos aspectos, 10 de maio de 1989, Instituto
de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. p. 9.
6 Idem op. cit. p.10.
História do Brasil 4
pode verificar, as dívidas não são coisa da nova história do Brasil. Uma causa destas
enormes dívidas, particularmente no caso das entradas, foi a recessão provocada pelo
declínio da produção aurífera. Os contratos foram negociados com a esperança de
enormes lucros dentro de uma situação de expansão econômica e, em tais
circunstâncias, os longos prazos contratados com preço fixado teriam sido a vantagem
dos contratadores; mas com a economia em contração, as somas prometidas à Fazenda
Real pelos contratadores foram se tornando cada ano mais difíceis de se realizarem7.”.
Com esses fatos, aumentando a tensão na colônia, agrava-se com a nomeação de Luís
António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro, 6 o Visconde de Barbacena, com
ordens expressas para aplicar uma reforma no sistema tributário, até então corrupto, insistindo
na imposição de aplicar a “derrama”, são fatos importantes para se mencionar e montar o
cenário que levaria a Inconfidência. Maxwell (1989)8, escreve:
As palavras do novo governador caíram como uma bomba. O atraso com a Fazenda
Real na quota de 100 arrobas anuais chegava ao montante de 538 arrobas deouro, ou
seja, três bilhões e meio de réis. As dívidas nos contratos de dízimos e entradas
representavam dois bilhões e meio de réis.
“O grupo de Vila Rica não era o único círculo de homens inteligentes e depensamentos
afins que se encontravam regular e informalmente para discutir poesia, filosofia e os
acontecimentos da Europa e das Américas. Grupos semelhantes de advogados e
escritores reuniam-se em São João d'El Rei e por toda a parte da capitania para
conversar ou jogar cartas 18 . Os membros do círculo de Vila Rica, pela qualidade de
sua poesia e por sua posição, influência e riqueza, situavam-se na cúpula da sociedade
de Minas, tendo laços familiares, de amizade ou de interesses econômicos a vinculá-los
com uma rede de homens do mesmo nível, embora menos organizados em toda a
capitania. Em sua qualidade de advogados, juízes, fazendeiros, comerciantes,
emprestadores de dinheiro e membros de poderosas irmandade s leigas, eles tipificavam
os interesses diversificados, mas intensamente brasileiros da plutocracia mineira. 10“
7 Texto digital: MAXWELL, Kenneth – Conjuração Mineira – Novos aspectos, 10 de maio de 1989, Instituto
de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. p. 15.
8 Idem op. cit.
9 ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013.
Unidade 5.
10 Texto digital: MAXWELL, Kenneth – Conjuração Mineira – Novos aspectos, 10 de maio de 1989, Instituto
de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. p. 14.
História do Brasil 5
entranhado e articulado nas agências do poder local, conhecedor dos canais de representação,
capaz de mobilizar sem demora seus beneficiados, utilizava-se dos postos que ocupava para
garantir vantagens pessoais a si próprio e a seus amigos e parentes”.18
18 Artigo Digital disponível para download em: AZEVEDO, Edeílson Matias <anais.anpuh.org/wp-
content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S23.0282.pdf>, ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE
HISTÓRIA – Londrina, 2005, Acesso em: 14/10/2014.
19 Artigo Digital disponível para download em: AZEVEDO, Edeílson Matias <anais.anpuh.org/wp-
content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S23.0282.pdf>, ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE
HISTÓRIA – Londrina, 2005, Acesso em: 14/10/2014.
20 Revista Digital MEMÓRIA CULT, Ouro Preto MG, No 3 – 21 de abril de 2011, p. 24.
21 Idem op. cit.
22 Texto digital: MAXWELL, Kenneth – Conjuração Mineira – Novos aspectos, 10 de maio de 1989, Instituto
de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. p. 13.
23 Texto digital: MAXWELL, Kenneth – Conjuração Mineira – Novos aspectos, 10 de maio de 1989, Instituto
de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. p. 13.
24 Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_Ant%C3%B4nio_Gonzaga> acesso em
12/10/2016.
25 Idem op. cit.
História do Brasil 7
Em 1793, casa-se com Juliana Souza Mascarenhas, filha deste comerciante e com ela
tem 2 filhos. Em 1799 é publicada a segunda parte de “Marília de Dirceu”. Morre em 1810
aos 66 anos de idade em Moçambique sem ter voltado ao Brasil.
Nasce na fazenda Pombal, de propriedade da família26, perto do distrito de São João d'El
Rei, hoje cidade de Ritápolis, morre no Rio de Janeiro, enforcado, em vez de uma morte cruel,
pela intersecção de uma carta de misericórdia aos inconfidentes, pela Rainha Maria I, em 21
de abril de 179227.
Era filho de Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e de Maria Paula Encarnação
Xavier.
É batizado tardiamente em 12 de novembro de 1746. Sua mãe morre quando tinha 9
anos, e seu pai 2 anos após. Com a morte dos pais, os irmãos perdem as propriedades da
família, a Fazenda Pombal, com 35 escravos, várias datas de mineração, “não era desprezível
para os padrões da capitania para época”28 e Joaquim José, fica sob a tutela de seu padrinho
Sebastião Ferreira Leitão, cirurgião dentista, onde aprende o ofício que lhe levaria a alcunha
de “tiradentes”29.
Teve experiência em vários trabalhos, como minerador, mascate, sócio em uma botica
de assistência a necessitados, práticas farmacêuticas e dentista 30. Alista-se me 178031 na tropa
dos dragões na Capitania de Minas Gerais32. Entre 1780 e 1781, fica no comando do Quartel
de Sete Lagoas, entreposto de abastecimento para as áreas de mineração da capitania e centro
de arrecadação de impostos da capitania33.
SILVEIRA SANTOS (2011), em artigo34 escreve:
“Nesse período, Tiradentes manteve intensa troca de correspondência com seu
26 Artigo digital: DOLCI, Mariana e TORRÃO FILHO, Amilcar – A figura de Tiradentes nos livros didáticos
de História – Biblioteca Digital – Disponível para download em:
<www.pucsp.br/iniciacaocientifica/.../MARIANA_DE_CARVALHO_DOLCI.pdf> Acesso em: 14/10/2016.
27 Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes> Acesso em: 14/10/2016.
28 Artigo digital: DOLCI, Mariana e TORRÃO FILHO, Amilcar – A figura de Tiradentes nos livros didáticos
de História – Biblioteca Digital – Disponível para download em:
<www.pucsp.br/iniciacaocientifica/.../MARIANA_DE_CARVALHO_DOLCI.pdf> Acesso em: 14/10/2016.
29 Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes> acesso em 14/10/2016.
30 Idem op. cit.
31 Nosso material cita Maxwell que data de 1755 a entrada de Joaquim José, no posto de Alferes.
32 Idem op. cit.
33 Revista Digital MEMÓRIA CULT, Ouro Preto MG, No 3 – 21 de abril de 2011, p. 34.
34 Idem op. cit.
História do Brasil 8
Começa a ficar insatisfeito, na medida que não é promovido, e preterido por outros,
mesmo tendo uma boa atuação no comando, segundo sua própria opinião, quando da captura
de um bando de salteadores que assolava a região. Diz-se que era de temperamento “enérgico
e voluntarioso, o que levou por exemplo a construir um quartel sem a autorização do
Governo, e a mandar uma carta a Rainha Maria I, quando se viu em dificuldades para comprar
milho para os cavalos de sua guarda” (teria sido por ter construído o quartel?) 35. Fatos assim
descritos, talvez sejam um indício de porquê não foi promovido.
Em 1781, é transferido e tem a missão de construir o “Caminho dos Menezes”, na Serra
da Mantiqueira. Como tem consigo um grupo de escravos, solicita ao comandante da área
que queria minerar alguns locais. Segundo o historiador André Rodrigues Figueiredo36:
“No despacho, com data de 22 de setembro de 1781, o escrivão Antônio Tavares da
Silva confirmou-lhe a concessão e a medição de 43 pontos de mineração, localizados no
porto do Meneses e nos córregos da Vargem e do Convento. No dia 24 daquele mesmo
mês, o comandante do distrito, o tenente-coronel Manuel do Vale Amado confirmou-lhe
as datas minerais, entregando-lhe a “posse corporal e atual e individual” das terras”.
Peculiaridades e picuinhas a parte, curiosidades dos rodapés dos livros que descrevem e
escrevem sobre Joaquim José, diz-se que foi um “homem de seu tempo, apreciador dos
prazeres da carne, frequentador de bordéis, língua frouxa até demais, contraditório muitas
vezes, tinha escravos, por conta da gravidez de Antônia, doou escravos e uma casa”41.
Em 15 de março de 1789, ocorreram as prisões dos envolvidos, após a delação de
Silvério dos Reis, que diga-se de passagem não foi o único 42. Em troca do perdão de suas
dívidas, o tenente-coronel Basílio de Brito Malheiro do Lago e o luso açoriano Inácio Correia
Pamplona, também delataram os inconfidentes43. Dolci escreve citando Furtado:
“Tiradentes, cujo envolvimento mais propriamente político era o de ter maior
conhecimento público, foi inquirido três vezes em maio de 1789 e depois, durante sete
meses, amargou o mais obscuro esquecimento na cadeia. Ao longo de todo o resto desse
mesmo ano ele não foi convocado sequer para acareações, até ser de novo inquirido em
janeiro de 1790, quando já eram conhecidas algumas das radicais turbulências sociais e
políticas da França. Só nessa última ocasião ele tomou para si toda a responsabilidade
do levante e, desde então, foi inquirido mais sete vezes, concentrando-se, nos anos de
1790 e 1791, 73% do volume total de suas inquirições (FURTADO, 2002:65)44”.
Seu nome completo era Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Leira Grutes. Nasceu
em Monte Real em 1756, e a data de seu assassinato em São Luis, em 17 de fevereiro de
181947.
Era coronel do regimento de cavalaria auxiliar, fazendeiro, minerador, contratador de
entradas, mas estava falido devido aos altos impostos cobrados pela Coroa Portuguesa48.
Segundo Azevedo (2009), o “ponto de partida” seria a ambição de Silvério dos Reis que
se traduzia em “amealhar riquezas e participar da elite econômica e social da capitania”49.
Para o “triênio” de “1782 a 1784”50, arrematou um contrato de Entradas.
Deste contrato, 220:423$159 não foram repassados à Junta da Real Fazenda, cujo valor
foi convertido em dívida. A cobrança de tal dívida anunciava-lhe um futuro pouco
promissor: período de aflições e tristezas51.
<www.pucsp.br/iniciacaocientifica/.../MARIANA_DE_CARVALHO_DOLCI.pdf> Acesso em: 14/10/2016.
45 Ver nota de Rodapé No 1 em: Artigo digital: DOLCI, Mariana e TORRÃO FILHO, Amilcar – A figura de
Tiradentes nos livros didáticos de História – Biblioteca Digital – Disponível para download em:
<www.pucsp.br/iniciacaocientifica/.../MARIANA_DE_CARVALHO_DOLCI.pdf> Acesso em: 14/10/2016.
46 Idem op. cit.
47 Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Silv%C3%A9rio_dos_Reis> Acesso em:
15/10/2016.
48 Idem op. cit.
49Artigo Digital, 25o Simpósio Nacional de História, AZEVEDO, Edeílson Matias – Joaquim Silvério dos Reis:
subjetividades e sentimentos na conspiração – disponível para download em:
<http://anais.anpuh.org/wpcontent/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.0207.pdf> Acesso em 15/10/2016.
50 Também estou tentando entender o porquê do autor citar isso como triênio. N. do Al.
51Artigo Digital, 25o Simpósio Nacional de História, AZEVEDO, Edeílson Matias – Joaquim Silvério dos Reis:
História do Brasil 11
A dívida de Silvério dos Reis estava correndo54. Este montante deveria ser pago,
acrescido de juros, caso contrário confiscar-se-iam os bens até a cobrança do valor. Além
disso seu regimento também foi cancelado.
E nesta situação que Silvério dos Reis se queixa para Luis Vaz de Toledo, um dos
inconfidentes e entra para o grupo dos inconfidentes. Aqui Azevedo (2009) trás uma questão
importante:
Na sociedade de Antigo Regime, a “... auto-afirmação social, ou o esforço para
melhorar a posição e o prestígio ...” (ELIAS, 2001: 75), exigia do – mais do que isso,
impunha ao – postulante determinadas obrigações. Na economia do dom (economia de
favores), baseada em relações recíprocas não espontâneas, o benfeitor e o beneficiado
entrelaçavam-se de modo que “esses atos cimentavam a natureza das relações sociais e,
a partir destas, das próprias relações políticas” (XAVIER; HESPANHA, 1998: 340).55
agraciado. Ele tinha prestígio e distinção social e um título, “aqui enriquecimento e nobreza
se completam”56. Para Silvério dos Reis, seu regimento e sua patente expressavam sua
lealdade recíproca à Coroa, segundo Azevedo (2009)57.
O Visconde de Barbacena já havia sido alertado por Martinho de Melo e Castro sobre os
mandos, desmandos e abusos dos governadores. Entre esses abusos constava a criação do
regimento de cavalaria auxiliar de Silvério dos Reis58.
“A nobreza política ou civil era o meio utilizado pelos monarcas portugueses, sobretudo
a partir da segunda metade do século XVIII, para nobilitar pessoas que não tinham
ascendência nobre (SILVA, 2005: 17-24). Talvez seja arriscado classificar a busca de
prestígio social que Silvério dos Reis tanto perseguia como uma forma de
enobrecimento. Contudo, convém ressaltar que “os auxiliares [os responsáveis pela
montagem das tropas de auxiliares] gozavam de nobreza, usufruíam de privilégios, e em
muitos casos continuavam cuidando de seus negócios” (ibidem, p. 240)”59.
Assim que assumiu o cargo, uma das primeiras medidas do Visconde de Barbacena foi
dissolver os regimentos de cavalaria auxiliares, entre os quais estava o de Silvério dos Reis.
Na compreensão deste, cita Azevedo, era como uma quebra na relação de fidelidade. “Não
era só o regimento que foi extinto, mas seu prestígio e status social seriam arranhados”
completa60.
Porém Azevedo, cita que o que fez Silvério dos Reis aderir a conjuração, foi a questão
dos impostos. A perda de suas propriedades quando a dívida fosse cobrada. “Provavelmente
pensou nas possibilidades de se livrar da dívida que sofria”. Nas correspondências tem a
intenção de ingressar na conspiração como uma das soluções. O convite feito por um dos
inconfidentes tinha como promessa o cancelamento das dívidas e restaurar o prestígio
perdido61.
Escreve Azevedo (2009):
“Sobre a documentação utilizada, fazem parte correspondências, além de outros
documentos. Nelas, Silvério dos Reis revela-se um homem ambicioso, sentimento que
parecia guiá-lo em seus passos mais audaciosos em busca de prestígio social. E tomado
por esse sentimento se fez conspirador e delator. É essa ambivalência, cujos indícios
aparecem na documentação, que às vezes faz desse indivíduo um sujeito ambíguo em
suas atitudes”.
Na pesquisa que Azevedo faz, a partir da documentação de cartas escritas por este, e na
56Artigo Digital, 25o Simpósio Nacional de História, AZEVEDO, Edeílson Matias – Joaquim Silvério dos Reis:
subjetividades e sentimentos na conspiração – disponível para download em:
<http://anais.anpuh.org/wpcontent/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.0207.pdf> Acesso em 15/10/2016.
57 Idem op. cit.
58 Idem op. cit.
59 Idem op. cit.
60 Idem op. cit.
61 Idem op. cit.
História do Brasil 13
delação que Silvério dos Reis entra na conjuração motivado por sentimentos de mágoa, que
expressa em sua carta denúncia, mas ao mesmo tempo também racionaliza a possibilidade da
compensação em caso de delação62.
Se mostrou dissimulado e arguto, conta Azevedo, e do que poderia obter a partir da
delação. Não assumiu sua infidelidade à Coroa, mas com esta delação provou sua fidelidade,
apesar da mágoa e dos revezes que sofreu63.
Mesmo assim, ficou preso na Fortaleza da Ilha das Cobras entre os anos de 1789 e 1790.
Não há comprovação que tenha recebido algum benefício, ouro, perdão das dívidas, tesoureiro
de cargo público, mansão, pensão vitalícia, títulos, etc64.
Sofre atentados no Brasil e muda-se para Portugal. Diz-se que volta ao Brasil com a
família real em 1808. Há controvérsia na data de seu falecimento.
“Entre indas e vindas, retornou ao Brasil em definitivo quando da transferência da corte
real portuguesa para a colônia, em 1808. Há bibliografia apontando um novo retorno à
Europa em 1821. Mas a história oficial registra que teria morrido dois anos antes - esta
era a data que constava na lápide onde seus restos mortais foram enterrados, no interior
da Igreja de São João Batista, na capital maranhense, conforme está registrado à página
292 do livro de óbitos número 8, arquivado na catedral metropolitana. O túmulo foi
destruído”65.
62Artigo Digital, 25o Simpósio Nacional de História, AZEVEDO, Edeílson Matias – Joaquim Silvério dos Reis:
subjetividades e sentimentos na conspiração – disponível para download em:
<http://anais.anpuh.org/wpcontent/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.0207.pdf> Acesso em 15/10/2016.
63 Idem op. cit.
64 Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Silv%C3%A9rio_dos_Reis> Acesso em:
15/10/2016.
65 Idem op. cit.
História do Brasil 14
Referências:
4. Artigo Digital: Revista de História – A outra face do alferes – COSTA E SILVA, Paulo
– Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/a-outra-face-do-
alferes>