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ABR 1992 NBR 11863


Carga para extintor de incêndio à base
de espuma química e carga líquida
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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Especificação

Origem: Projeto 00:001.03-069/1991


CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio
CE-24:302.03 - Comissão de Estudo de Extintores de Incêndio à Base de Espuma
Química e Carga
NBR 11863 - Fire protection - Fire extinguishing media - Chemical foam - Specification
Copyright © 1992,
Descriptor: Fire extinguisher
ABNT–AssociaçãoBrasileirade Reimpressão da EB-2163, de OUT 1991
NormasTécnicas
Printed in Brazil/
ImpressonoBrasil Palavras-chave: Extintor de incêndio. Carga para extintor 8 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO NBR 9444 - Extintor de incêndio classe B - Ensaio de


1 Objetivo fogo em líquido inflamável - Método de ensaio
2 Documentos complementares
3 Definições NBR 9696 - Pó para extinção de incêndio - Análise
4 Condições gerais granulométrica - Método de ensaio
5 Condições específicas
6 Inspeção 3 Definições
7 Aceitação e rejeição
ANEXO A - Extintor-padrão Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
ANEXO B - Recipiente para coleta de 3.1 a 3.4.

3.1 Carga de extintor


1 Objetivo
3.1.1 Soluto A
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para agentes
extintores formados por reação química entre duas so- Componente da carga que consiste em bicarbonato de
luções aquosas (bicarbonato de sódio e sulfato de alumí- sódio com ou sem adição de agente estabilizador.
nio), com ou sem a presença de estabilizador.
3.1.2 Soluto B
1.2 Esta Norma se aplica às cargas tipo espuma química
ou líquida utilizadas em extintores de incêndio portáteis ou Componente da carga que consiste em sulfato de alumínio.
sobre rodas, cujo agente extintor é expelido por dióxido de
carbono gerado por reação química no momento de sua 3.1.3 Carga de espuma química
operação.
Par formado pelo soluto A com agente estabilizador e so-
2 Documentos complementares luto B.

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: 3.1.4 Carga líquida

NBR 9443 - Extintor de incêndio classe A - Ensaio de Par formado pelo soluto A sem agente estabilizador e so-
fogo em engradado de madeira - Método de ensaio luto B.
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3.1.5 Solução A deve permitir sua preparação e atender os requisitos desta


Norma, desde que obedecidas as instruções de armazena-
Soluto A dissolvido num determinado volume de água po- mento do fabricante e mantida sua embalagem original.
tável.
4.3.2 A carga deve permitir o funcionamento do extintor
3.1.6 Solução B durante um intervalo de tempo mínimo de um ano, contado
a partir de sua data de preparação, quando preparada
Soluto B dissolvido num determinado volume de água po- conforme as instruções do fabricante e respeitado o dis-
tável. posto em 4.3.1.

3.2 Capacidade nominal 4.4 Armazenamento após preparação

Volume total, em litros, da solução A e solução B para um Recomenda-se que a carga de espuma química e a carga
determinado extintor. líquida, preparadas conforme as instruções do fabricante,
sejam armazenadas a uma temperatura compreendida
3.3 Unidade de ensaio entre (15° e 35°)C.

Carga líquida ou de espuma química com capacidade no- 5 Condições específicas


minal de 10 L.
5.1 Matérias-primas
3.4 Lote de fabricação
5.1.1 O bicarbonato de sódio utilizado deve possuir as se-
Para cargas com capacidade nominal de 10 L, 75 L e guintes características:
150 L, considera-se, respectivamente, 500, 50 e 20, car-
gas produzidas. a) teor: 99% mínimo;

4 Condições gerais b) granulometria: retenção zero na malha nº 50;

4.1 Embalagem c) umidade: 0,5% máxima.

Os solutos A e B devem ser individualmente embalados 5.1.2 O sulfato de alumínio utilizado deve ser na forma de
em recipientes plásticos adequados. pó isento de ferro e possuir as seguintes características:

Nota: A carga de espuma química ou líquida pode ser embalada a) insolúveis: 1% máximo;
individualmente ou a granel.
b) teor de alumina (Al2O3): 16,5% mínimo;
4.2 Marcação
c) teor de ferro (como Fe2O3): 0,01% máximo.
As embalagens para os solutos A e B devem possuir de
forma indelével, no mínimo, as seguintes informações: 5.1.3 O estabilizador, quando utilizado, deve ser na forma
de pó e estar homogeneizado ao bicarbonato de sódio.
a) tipo de carga, se líquida ou de espuma química;
5.2 Carga de espuma química
b) tipo de soluto, se A ou B;
A unidade de ensaio deve atender os requisitos mínimos
c) composição; citados a seguir:

d) capacidade nominal do extintor para a qual é des- a) o volume de espuma gerado não deve ser inferior a
tinada; 68 L;

e) instruções de armazenamento, preparação e colo- b) o volume de espuma não se deve reduzir a menos
cação no extintor de incêndio; de 65% do volume original, após 15 min de coletado;

f) lote de fabricação e sua validade; c) o tempo de descarga não deve ser inferior a 70 s,
quando utilizado o bico tipo I, do Anexo A;
g) validade após preparação da solução;
d) a capacidade extintora mínima deve ser 1-A e 2-B.
h) marca comercial e razão social do fabricante;
5.3 Carga líquida
i) número desta Norma;
A unidade de ensaio deve atender os requisitos mínimos
j) outras informações de interesse do fabricante. citados a seguir:

4.3 Vida útil a) o tempo de descarga não deve ser inferior a 70 s,


quando utilizado o bico tipo II, do Anexo A;
4.3.1 A carga, durante um intervalo de tempo mínimo de
dois anos, contados a partir de sua data de fabricação, b) a capacidade extintora mínima deve ser 1-A.
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6 Inspeção - béquer de 50 mL;

6.1 Formação da amostra - balança com resolução de 0,01 g;

6.1.1 Os ensaios citados em 6.2.3.1 e 6.2.4.1 devem ser b) procedimento:


efetuados em cada lote de fabricação.
- transferir (20,00 ± 0,01) g de bicarbonato de sódio
6.1.2 Os ensaios citados em 6.2.3.2 e 6.2.4.2 devem ser ao béquer previamente tarado;
efetuados a cada 30.000 unidades de ensaio produzidas.
- colocar o béquer no dessecador por 4 h, à tempe-
6.2 Ensaios ratura de (21 ± 3)°C;

6.2.1 Bicarbonato de sódio


- retirar o béquer do dessecador e imediatamente
determinar, bem como registrar, a massa;
6.2.1.1 A determinação do teor de bicarbonato é feita de
acordo com o descrito nas alíneas a) e c) a seguir:
c) resultado:
a) aparelhagem:
- a umidade do bicarbonato é calculada pela fór-
mula:
- frasco de Erlenmeyer;
m1 - m2
- bureta; U m idade do bicarbonato (% ) = x 100
m

- balança com resolução de 0,01 g; Onde:

b) procedimento: m1 = massa do béquer com a amostra não desse-


cada, em g
- transferir (3,00 ± 0,10) g de bicarbonato de sódio
para o frasco de Erlenmeyer; m2 = massa do béquer com a amostra dessecada,
em g
- adicionar 25 mL de água destilada a três a quatro
gotas de alaranjado de metila; m = massa da amostra, em g

- titular com ácido sulfúrico 1 N fatorado e registrar 6.2.2 Sulfato de alumínio


o volume gasto até a mudança de cor do indica-
dor; 6.2.2.1 A determinação de insolúveis é feita de acordo com
o descrito nas alíneas a) a c) a seguir:
c) resultado:
a) aparelhagem:
- o teor de bicarbonato é calculado pela fórmula:
- balança com resolução de 0,01 g;
Teor de bicarbonato (expresso em NaHCO3) (%) =
V.N.f - béquer de 250 mL;
x 8,401
m
- aquecedor elétrico;
Onde:
- funil de vidro;
V = volume gasto na titulação, em mL
- balão volumétrico de 500 mL;
N = normalidade do ácido sulfúrico

f = fator de correção da concentração do ácido sul- - papel de filtração lenta;


fúrico
- estufa.
m = massa de bicarbonato de sódio, em g
b) procedimento:
6.2.1.2 A determinação da granulometria é feita conforme
MB-793. - transferir 10 g de sulfato de alumínio ao béquer;

6.2.1.3 A determinação da umidade é feita de acordo com - adicionar 100 mL de água destilada e aquecer até
o descrito nas alíneas a) a c) a seguir: a dissolução. Deixar decantar e filtrar em balão
volumétrico (1), utilizando-se o papel de filtro pre-
a) aparelhagem: viamente tarado;

- dessecador contendo sílica-gel dessecada; - lavar o resíduo com água destilada quente;

(1)
Reservar a solução filtrada para a determinação descrita em 6.2.2.2.
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- secar em estufa a 100°C, por 2 h; Onde:

- determinar a massa. A = teor de alumina, em %

c) resultado: m = massa da amostra, em g

- os insolúveis são determinados pela fórmula: m1 = tara do cadinho, em g


m2 - m1
I= x 100 m2 = massa do cadinho com resíduo, em g
m
Onde: F = teor de ferro (como Fe2O3) determinado em
6.2.2.3, em %
I = insolúveis, em %
6.2.2.3 A determinação do teor de ferro (como Fe2O3) é fei-
m = massa da amostra, em g ta de acordo com o descrito nas alíneas a) a c) a seguir:

m1 = tara do papel de filtro, em g a) aparelhagem:

m2 = massa do papel de filtro com insolúveis, - balança com resolução de 0,01 g;


em g
- béquer de 250 mL;
6.2.2.2 A determinação do teor de alumina (Al2O3) é feita de
acordo com o descrito nas alíneas a) a c) a seguir: - aquecedor elétrico;

a) aparelhagem, conforme descrita em 6.2.2.1-a), - funil de vidro;


adicionando-se:
- papel de filtração lenta;
- pipeta;
- balão volumétrico de 250 mL;
- béquer de 500 mL;
- frasco de Erlenmeyer.
- papel de filtração rápida;
b) procedimento:
- cadinho de porcelana;
- transferir 25 g de sulfato de alumínio ao béquer,
adicionar 100 ml de água destilada e aquecer à
- mufla;
ebulição. Filtrar ao balão volumétrico;
- dessecador com sílica-gel dessecada. - transferir uma alíquota de 100 mL ao frasco de Er-
lenmeyer, adicionar 5 mL de ácido clorídrico P.A.
b) procedimento: e aquecer à ebulição. No início dela adicionar clo-
reto estanoso gota a gota, até tornar a solução
- avolumar e homogeneizar a solução do balão pre- incolor;
parada conforme 6.2.2.1-b), pipetar ao béquer
50 mL e adicionar 100 mL de água destilada, cin- - deixar esfriar e adicionar 10 mL de cloreto de
co gotas de alaranjado de metila e 3g a 4g de clo- mercúrio, completando com água destilada, até
reto de amônio P.A.; 300 mL;

- aquecer à ebulição, precipitando a alumina com - adicionar (20 a 25) mL de sulfato manganoso e ti-
solução 25% de hidróxido de amônio; tular com permanganato de potássio 1 N, até vira-
gem ao rosa.
- aquecer novamente e deixar decantar;
c) resultado:
- filtrar e levar o resíduo com solução de NH4NO3 a
2%; - o teor de ferro é determinado pela fórmula:

- transferir o papel de filtro ao cadinho previamente V.f.3,2


F=
tarado; m
Onde:
- calcinar a 1200°C, pelo menos por 1 h;
F = teor de ferro, em %
- resfriar no dessecador e determinar a massa.
V = volume gasto na titulação, em mL
c) resultado:
f = fator de correção da concentração de perman-
- o teor de alumina é determinado pela fórmula: ganato de potássio
m2 - m1
A= x 100 - F m = massa da amostra, em g
m
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6.2.3 Carga de espuma química - a redução do volume de espuma após 15 min é


calculada pela fórmula:
6.2.3.1 A determinação da espuma gerada, da sua redução
V1 - (1,134 x h2)
após 15 min e do tempo de descarga, é feita de acordo R= x 100
com o descrito nas alíneas a) a d) a seguir: V1
Onde:
a) aparelhagem:
R = redução do volume após 15 min, em %
- extintor de incêndio-padrão, conforme a Figura 1,
do Anexo A; h2 = altura final, em cm

- recipiente para coleta, conforme a Figura 2, do - tempo de descarga, em s.


Anexo B;
6.2.3.2 A determinação do grau de capacidade extintora é
- escala graduada com comprimento total de 1 m e
feita de acordo com o descrito nas alíneas a) a d) a seguir:
resolução de 10-3m;
a) aparelhagem:
- cronômetro com resolução mínima de 0,2 s;

- recipiente graduado, não galvanizado, com capa- - extintor de incêndio padrão, conforme a Figura 1,
cidade volumétrica de 10 L e resolução de 0,1 L; do Anexo A;

- balança com capacidade mínima de 15 kg e reso- - engradado de madeira grau 1-A, conforme a
lução de 0,010 kg. NBR 9443;

b) preparação da amostra: - balança com capacidade mínima de 15 kg e reso-


lução de 0,010 kg;
- os solutos A e B, quando se tratar de cargas com
capacidade nominal de 75 L ou 150 L, devem ter - recipiente para ensaio classe 2-B, conforme a
suas massas determinadas e os valores encon- NBR 9444;
trados, reduzidos pelos fatores 7,5 ou 15,0, res-
pectivamente, a fim de se obter a unidade de en- - recipiente graduado, não galvanizado, com capa-
saio; cidade volumétrica de 10 L e resolução de 0,1 L;

c) procedimento: b) preparação da amostra:

- preparar e colocar a carga no extintor de incêndio- - conforme descrito em 6.2.3.1-b);


padrão, conforme instruções do fabricante;
c) procedimento:
- armazenar o extintor, por um período mínimo de
6 h, a (23 ± 2)°C; - preparar e colocar a carga no extintor de incêndio-
padrão conforme instruções do fabricante e en-
- descarregar completamente o extintor no recipi- saiar conforme as NBR 9443 e NBR 9444;
ente para coleta, cronometrando o tempo de des-
carga, até que o jato seja inferior ao raio do reci- d) resultado:
piente para coleta;
- registrar a ocorrência ou não da extinção.
- nivelar a superfície da espuma e introduzir a es-
cala graduada no recipiente; 6.2.4 Carga líquida

- registrar a altura inicial obtida na escala e acionar


6.2.4.1 A determinação do tempo de descarga é feita de
o cronômetro;
acordo com o descrito nas alíneas a) a d) a seguir:
- decorridos 15 min, registrar a altura final obtida na
a) aparelhagem:
escala graduada;

d) resultados: - extintor de incêndio padrão, conforme a Figura 1,


do Anexo A;
- o volume de espuma gerada é calculado pela fór-
mula: - cronômetro com resolução mínima de 0,2 s;

V1 = 1,134 x h1 - recipiente graduado, não galvanizado, com capa-


cidade volumétrica de 10 L e resolução de 0,1 L;
Onde:
- balança com capacidade mínima de 15 kg e reso-
V1 = volume de espuma gerada, em L lução de 0,010 kg;

h1 = altura inicial, em cm - trena com resolução de 10-2m;


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b) preparação da amostra; - balança com capacidade mínima de 15 kg e reso-


lução de 0,010 kg;
- conforme descrito em 6.2.3.1-b)
b) preparação da amostra;
c) procedimento:
- conforme descrito em 6.2.3.1-b);
- preparar e colocar a carga no extintor de incêndio
padrão conforme instruções do fabricante;
c) procedimento:
- armazenar o extintor, por um período mínimo de
6 h, a (23 ± 2)°C; - preparar e colocar a carga no extintor de incên-
dio padrão, conforme instruções do fabricante e
- descarregar o extintor, cronometrando o tempo ensaiar conforme a NBR 9443.
de descarga, até que o jato seja inferior a 0,2 m;
d) resultado:
d) resultado:
- registrar a ocorrência ou não da extinção.
- tempo de descarga, em s.
7 Aceitação e rejeição
6.2.4.2 A determinação do grau de capacidade extintora é
feita de acordo com o descrito nas alíneas a) a d) a seguir:
7.1 Caso ocorra qualquer resultado fora do especificado
a) aparelhagem: em 6.2.3.1 e 6.2.4.1, o ensaio deve ser repetido em duas
cargas pertencentes ao mesmo lote de fabricação. Se al-
- extintor de incêndio-padrão, conforme a Figura 1, guma das duas novas cargas apresentar resultado negati-
do Anexo A; vo, o lote deve ser rejeitado.

- recipiente graduado, não galvanizado, com capa- 7.2 Os ensaios previstos em 6.2.3.2 e 6.2.4.2 devem ser
cidade volumétrica de 10 L e resolução de 0,1 L; efetuados em três cargas pertencentes ao mesmo lote de
fabricação. Caso as duas primeiras cargas ensaiadas se-
- engradado de madeira grau 1-A, conforme a jam consideradas aprovadas, o terceiro ensaio deve ser
MB-2062; dispensado.

/ANEXOS
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ANEXO A - Extintor-padrão
Unid.: mm

Figura 1

/ANEXO B
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ANEXO B - Recipiente para coleta

Unid.: mm

Figura 2

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