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Mecânica: Potência de dez – ordem de grandeza. Algarismos significativos – precisão de uma medida.
Grandezas escalares e vetoriais – operações elementares. .............................................................. 1
Aceleração – movimento retilíneo uniformemente variado – movimentos retilíneo uniforme da partícula
e circular uniforme. ...................................................................................................................... 10
Composição de forças – 1ª Lei de Newton – equilíbrio de uma partícula – peso de um corpo – força de
atrito. .......................................................................................................................................... 26
Composição de velocidade – independência de movimentos – movimento de um projétil. ............. 41
Equilíbrio dos fluídos – densidade – pressão – pressão atmosférica – princípio de Arquimedes. .... 41
Força e aceleração – massa – 2ª Lei de Newton. Forças de ação e reação – 3ª Lei de Newton. Trabalho
de uma força – Potência. Energia potencial gravitacional e elástica – conservação da energia mecânica.
Quantidade de movimento linear de uma partícula (conservação). ................................................... 53
Gravitação – Leis de Kepler e Lei de Newton. ............................................................................ 54
Termodinâmica: Temperatura – escalas termométricas – dilatação (sólido / líquido). Quantidade de
calor sensível e latente. Gases ideais – transformações isotérmica, isobárica, isovolumétrica e adiabática.
Equivalente mecânico da caloria – calor específico – energia interna. Trabalho em uma transformação
gasosa. 1ª Lei da termodinâmica. Mudanças de fase. 2ª Lei da termodinâmica – transformação de energia
térmica em outras formas de energia. ........................................................................................... 59
Vibrações e ondas: Movimento harmônico simples. Ondas elásticas: propagação – superposição –
reflexão e refração – noções sobre a interferência, difração e ressonância. Som. ............................. 78
Ótica: Propagação e reflexão da luz – espelhos planos e esféricos de pequena abertura. Refração da
luz – dispersão e espectros – lentes esféricas, delgadas e instrumentos óticos. Ondas luminosas –
reflexão e refração da luz sob o ponto de vista ondulatório – interferência e difração, cor de um
objeto. ......................................................................................................................................... 99
Eletricidade: Carga elétrica – Lei de Coulomb “eletrizacao”. Campo eletrico – campo de cargas
pontuais – campo de uma carga esférica – movimento de uma carga em um campo uniforme, condutores
eletrizados. Corrente elétrica, diferença de potencial, resistência elétrica. Lei de Ohm – Efeito Joule.
Associação de resistências em série e em paralelo. Geradores de corrente contínua: força eletromotriz e
resistência interna – circuitos elétricos. Experiência de Oersted – campo magnético de uma carga em
movimento – indução magnética. Força exercida por um campo magnético sobre uma carga elétrica e
sobre condutor retilíneo. Força eletromotriz induzida – Lei de Faraday – Lei de Lenz – ondas
eletromagnéticas. ...................................................................................................................... 118
Física moderna: Quantização de energia – efeito fotoelétrico. A estrutura do átomo: experiência de
espalhamento de Rutherford – espectros atômicos. O núcleo atômico – radioatividade – reações
nucleares. ................................................................................................................................. 167
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom
desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar
em contato, informe:
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- Qual a dúvida.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O
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Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br
Ordem de grandeza
A ordem de grandeza de um número é a potência de dez mais próxima deste número. Ordem de
grandeza é uma forma de avaliação rápida, do intervalo de valores em que o resultado deverá ser
esperado. Para se determinar com facilidade a ordem de grandeza, deve-se escrever o número em
notação científica (isto é, na forma de produto N.10n) e verificar se N é maior ou menor que (10)1/2.
a) se N > 3,16 , a ordem de grandeza do número é 10n+1.
b) se N < 3,16, a ordem de grandeza do número é 10n.
onde (10)1/2 = 3,16
Exemplo 1 - Se formos medir a massa de um homem, é razoável esperarmos que a massa se encontre
mais próximo de 100 (102) kg do que de 10 (101) kg ou 1000 (103) kg.
Exemplo 2 - Qual a ordem de grandeza do número de segundos existentes em um século?
Solução: 1 hora = 60 x 60 = 3600 s
1 dia = 24 x 3600 = 86.400 = 8,64 x 104 s
1 ano = 365 x 8,64 x 104 = 3,1436 x 107 s
1 século = 100 x 3,1536 x 107 = 109 s
Algarismos significativos
Supondo que você realizou medidas com uma régua milimetrada determinando um espaço S, você
colocou duas casas decimais. É correto o que você fez? Sim, porque você considerou os algarismos
significativos. O que são os algarismos significativos? Quando você mediu o valor de S = 5,81 cm com a
régua milimetrada você teve certeza sobre os algarismos 5 e 8, que são os algarismos corretos (divisões
inteiras da régua), sendo o algarismo 1 avaliado denominado duvidoso. Consideramos algarismos
significativos de uma medida os algarismos corretos mais o primeiro duvidoso.
Sempre que apresentamos o resultado de uma medida, este será representado pelos algarismos
significativos. Veja que as duas medidas 5,81cm e 5,83m não são fundamentalmente diferentes, porque
diferem apenas no algarismo duvidoso.
Observação: Para as medidas de espaço obtidas a partir da trajetória do PUCK serão considerados
apenas os algarismos corretos: não há necessidade de considerar o algarismo duvidoso já que não
estamos calculando os desvios. Os zeros à esquerda não são considerados algarismos significativos com
no exemplo: 0,000123 contém apenas três algarismos significativos.
Adição e Subtração
Vamos supor que você queira fazer a seguinte adição: 250,657 + 0,0648 + 53,6 ?
Para tal veja qual parcela apresenta o menor número de algarismos significativos. No caso 53,6 que
apresenta apenas uma casa decimal. Esta parcela será mantida e as demais serão aproximadas para
uma casa decimal. Você tem que observar as regras de arredondamento que resumidamente são: Ao
abandonarmos algarismos em um número, o último algarismo mantido será acrescido de uma unidade
se o primeiro algarismo abandonado for superior a 5; quando o primeiro algarismo abandonado for inferior
a 5, o último algarismo permanece invariável, e quando o primeiro algarismo abandonado for exatamente
igual a 5, é indiferente acrescentar ou não uma unidade ao último algarismo mantido.
Multiplicação e Divisão
Vamos multiplicar 6,78 por 3,5 normalmente:
6,78 x 3,5 = 23,73
Aparece no produto algarismos que não são significativos. A seguinte regra é adotada:
Verificar qual o fator que apresenta o menor número de algarismos significativos e apresentar no
resultado apenas a quantidade de algarismo igual a deste fator, observando as regras de arredon-
damento.
6,78 x 3,5 = 23,7
Observação: As regras para operar com algarismos significativos não são rígidas. Poderia ser mantido
perfeitamente um algarismo a mais no produto. Os dois resultados são aceitáveis: 6,78 x 3,5 = 23,73 ou
6,78 x 3,5 = 23,7.
Vetores
Para representar as grandezas vetoriais, são utilizados os vetores: entes matemáticos abstratos
caracterizados por um módulo, por uma direção e por um sentido. Representação de um vetor –
Graficamente, um vetor é representado por um segmento orientado de reta:
Elementos de um vetor:
Direção – Dada pela reta suporte (r) do vetor.
Módulo – Dado pelo comprimento do vetor.
Sentido – Dado pela orientação do segmento.
No caso das grandezas escalares: por meio de um número (sua magnitude) mais uma referência
(sua unidade de medida);
No caso das grandezas vetoriais: por meio de um número (sua magnitude), de uma referência (sua
unidade de medida), de uma direção e de um sentido.
A partir dessa definição podemos, por exemplo, dizer que o comprimento, a quantidade de matéria e
a energia são grandezas físicas, enquanto as notas de uma prova, o preço de um objeto e a intensidade
de um sentimento não são.
Existem inúmeros tipos de grandezas físicas, cada qual associada a um diferente tipo de unidade de
medida. Uma unidade de medida tem um tamanho unitário arbitrariamente definido, e é por meio de um
processo de comparação quantitativa (medição) com esse padrão unitário que se determina a magnitude
de uma grandeza física. Isto é, quantas vezes o tamanho unitário está contido na medida em que está
sendo feita. Podem, também, existir diferentes unidades de medida para um mesmo tipo de grandeza
Grandeza escalar - é aquela que fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número
ou um número e uma unidade. A massa é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada
quando conhecemos um número e uma unidade. A massa de uma pessoa é 57 kg. A temperatura é uma
grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número e uma
unidade. A temperatura da sala de aula é 27ºC. O volume é uma grandeza escalar porque fica
perfeitamente caracterizado quando conhecemos um número e uma unidade. O volume de uma caixa de
leite é um litro. O intervalo de tempo é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado
quando conhecemos um número e uma unidade. A sessão de cinema durou 2 horas. O índice de refração
absoluto de um material é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado apenas por um
número. Quando afirmamos que o índice de refração absoluto do acrílico vale 2,0 esta grandeza fica
perfeitamente caracterizada.
Grandeza Vetorial - é aquela que somente fica caracterizada quando conhecemos, pelo menos, uma
direção, um sentido, um número e uma unidade. O deslocamento de uma pessoa entre dois pontos é
uma grandeza vetorial. Para caracterizarmos perfeitamente o deslocamento entre a sua casa e a sua
escola precisamos conhecer direção (Leste-Oeste), um sentido (indo para Oeste), um número e uma
unidade (10 km).
Desse modo, um segmento de reta não pode representar uma grandeza vetorial porque falta-lhe
sentido. Não esqueça que um segmento de reta não tem sentido, isto é, o segmento AB é igual ao
segmento BA. Se colocarmos um sentido em um segmento de reta, obteremos um vetor que é um
segmento de reta orientado e pode ser utilizado para representar graficamente uma grandeza vetorial.
Vetor Soma
João e Maria estão juntos no centro de um campo de futebol. Maria anda 4,0m para leste e 3,0m para
o norte, como mostra a figura abaixo.
João deseja percorre a menor distância possível para reencontrar a sua amada. Como fazer? A figura
abaixo mostra o caminho de João para reencontrar Maria.
Método Gráfico
Desejamos somar os vetores da figura abaixo.
Devemos definir uma origem (ponto O). A seguir vamos transportar o vetor a→ de modo que sua
origem coincida com o ponto O.
Isso feito, vamos transportar o vetor b→ de modo que sua origem coincida com a extremidade do
vetor a→.
Para isso devemos traçar pela extremidade do vetor a→ uma reta paralela ao eixo y.
Essa reta vai encontrar o eixo x no ponto P. A projeção do vetor a→ sobre o eixo x (a→x) é obtida
ligando-se a origem do sistema de eixos ao ponto P.
Subtração
Para subtrairmos dois vetores, vamos utilizar o conceito de soma.
Como já foi dito na soma de vetores, o segundo vetor é sempre ligado na extremidade do primeiro.
Se temos dois vetores 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.
E se fizermos 𝑎⃗ + (−𝑏⃗⃗)?
Então, a subtração nada mais é que somarmos um vetor de mesma direção, mas sentido oposto.
Portanto, 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.
Cinemática Vetorial
Na Cinemática Escalar, estudamos a descrição de um movimento em trajetória conhecida, utilizando
as grandezas escalares. Agora, veremos como obter e correlacionar às grandezas vetoriais descritivas
de um movimento, mesmo que não sejam conhecidas previamente as trajetórias.
Grandezas Escalares – Ficam perfeitamente definidas por seus valores numéricos acompanhados
das respectivas unidades de medida. Exemplos: massa, temperatura, volume, densidade, comprimento,
etc.
Grandezas vetoriais – Exigem, além do valor numérico e da unidade de medida, uma direção e um
sentido para que fiquem completamente determinadas. Exemplos: deslocamento, velocidade, aceleração,
força, etc.
Regra do Paralelogramo – Os vetores são dispostos de modo que suas origens coincidam. Traçando-
se um paralelogramo, que tenha e como lados, a resultante será dada pela diagonal que parte da
origem comum dos dois vetores.
Questões
01. (ETAM – Técnico de projetos navais – BIO-RIO/2015) Sultan Kosen, um turco de 31 anos que
mede 2,51 metros, está no livro dos recordes como o homem mais alto do mundo. A ordem de
grandeza, em cm, da altura de Sultan é:
(A) 100
(B) 101
(C) 10²
(D) 10³
(A) 9mm
(B) 9,50mm
(C) 12,6 cm.
(D) 12,60cm
05. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Qual dos itens abaixo está
representando corretamente uma resistência elétrica no SI?
(A) 6W
(B) 6
(C) 6Hz
(D) 6N
(E) 6T
06. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Existem sete unidades básicas
no sistema internacional de unidades (SI) e que geram as unidades derivadas de medida. Das
alternativas indicadas, a única que não é uma unidade do SI é
(A) metro
(B) ampère
(C) mol
(D) polegada
(E) grama
07. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – Júnior – CESGRANRIO) A chuva de vento ocorre quando
as gotas da água da chuva sofrem ação do vento enquanto caem. Em um determinado instante, uma das
gotas de uma chuva de vento possui componentes horizontal e vertical da sua velocidade iguais a 1,50
m/s e 2,00 m/s, respectivamente. Qual é, aproximadamente, em m/s, o módulo do vetor velocidade dessa
gota?
(A) 6,25
(B) 5,50
(C) 3,50
(D) 2,50
(E) 1,75
(A)
(B)
(C)
(D)
Respostas
01. Resposta: C.
2,51 m=251 cm
Portanto, a ordem de grandeza é de 10².
02.Resposta: C.
03. Resposta: D.
Como tem que ser algarismos para a régua e um a mais que consegue identificar, ficamos com
12,60cm.
04. Resposta: B.
Tempo é em segundos
Comprimento: metro
Temperatura: ºC
Área: m²
05. Resposta: B.
A resistência elétrica é dada em ohm()
06. Resposta: D.
Polegada é uma unidade de medida de comprimento, mas não do SI que é o metro.
V²=2²+1,5²
V²=4+2,25
V²=6,25
V=2,5 m/s
08. Resposta: B.
Cinemática-Movimento
Para qualquer um dos problemas de cinemática, devemos estar a par das seguintes variáveis:
- Deslocamento (ΔS)
- Velocidade ( V )
- Tempo (Δt)
- Aceleração ( a )
VELOCIDADE
A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado
tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.
A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e Velocidade
Instantânea. É considerada uma grandeza vetorial, ou seja, tem um módulo (valor numérico), uma direção
(Ex.: vertical, horizontal,) e um sentido (Ex.: para frente, para cima, ...). Porém, para problemas
elementares, onde há deslocamento apenas em uma direção, o chamado movimento unidimensional,
convém tratá-la como um grandeza escalar (com apenar valor numérico).
As unidades de velocidade comumente adotadas são:
m/s (metro por segundo);
km/h (quilômetro por hora);
No Sistema Internacional (SI), a unidade de velocidade é metro por segundo (m/s). É também muito
comum o emprego da unidade quilômetro por hora (km/h). Pode-se demonstrar que 1m/s é equivalente
a 3,6 km/h. Assim temos:
∆𝑆 200 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 50 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 4ℎ
Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.
2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.
Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?
∆𝑆 85 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 85 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1ℎ
Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?
Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.
2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.
Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?
Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?
∆𝑆 115 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 69 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1,66ℎ
Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em
um movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma velocidade
constante em trajetória reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a velocidade
instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá variação na velocidade em
nenhum momento do percurso.
A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade média.
∆𝑆
𝑉 = 𝑉𝑚 =
∆𝑡
Isolando o S, teremos:
S=.t
Então
Sfinal = Sinicial + v.t
Exemplos:
1) O gráfico a seguir representa a função horária do espaço de um móvel em trajetória retilínea e em
movimento uniforme.
Com base nele, determine a velocidade e a função horária do espaço deste móvel.
v = Δs/Δt
v = (250 – 50)/(10 - 0)
v = 200/10
v = 20m/s – velocidade
x = xo+ v.t
x = 50 + 20.t
2) Um móvel em M.R.U gasta 10h para percorrer 1100 km com velocidade constante. Qual a distância
percorrida após 3 horas da partida?
V = S/t
V = 1100/10
V = 110km/h
110 = S/3
S = 330 km.
Para que você compreenda melhor o assunto, segue abaixo um exercícios que envolve fatores
importantes a serem determinados no movimento uniforme.
Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S=20+5t (no SI). Determine:
(a) a posição inicial;
(b) a velocidade;
(c) a posição no instante 4s;
(d) o espaço percorrido após 8s;
(e) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
(f) o instante em que o carro passa pela posição 20m.
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 12
RESOLUÇÃO:
Comparando com a função padrão: Sfinal+ Sinicial + v.t
(c) S= 20+5t
S= 20+5.4
S= 40m
(d) S= 20+5.8
S= 60m
S= S-S0
S=60-20=40m
Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido que coincide com a
orientação da trajetória, ou seja, para frente, então ele terá uma v > 0 e um ∆𝑠 > 0 e este movimento será
chamado movimento progressivo. Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao sentido
de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então ele terá uma v < 0 e um ∆𝑠 < 0, e ao movimento será
dado o nome de movimento retrógrado.
Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação
de velocidade em um intervalo de tempo , e esta média será dada pela razão:
∆𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡
Isolando-se o 𝑣:
𝑣 = 𝑎. 𝑡
Mas sabemos que:
𝑣 = 𝑣 − 𝑣0
Então:
𝑣 − 𝑣0 = 𝑎. 𝑡
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
Entretanto, se considerarmos , teremos a função horária da velocidade do Movimento
Uniformemente Variado, que descreve a velocidade em função do tempo [v=f(t)]:
EXEMPLOS:
1) Um móvel, partindo do repouso com uma aceleração constante igual 1m/s² se desloca durante 5
minutos. Ao final deste tempo, qual é a velocidade por ele adquirida?
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
V= 0+1(5.60)
V=300m/s
2). Um automóvel encontra-se parado diante de um semáforo. Logo quando o sinal abre, ele arranca
com aceleração 5m/s², enquanto isso, um caminhão passa por ele com velocidade constante igual a
10m/s.
(a) Depois de quanto tempo o carro alcança o caminhão?
(b) Qual a distância percorrida até o encontro.
Escreve-se as equações do MUV para o carro e do mu para o caminhão:
Carro:
𝟏
S=S0+v0.t+𝟐 𝒂 𝒕𝟐
𝟏
𝑺 = 𝟎 + 𝟎 + . 𝟓𝒕𝟐
𝟐
𝟓
S= 𝟐 𝒕𝟐
Caminhão:
S=S0+vt
S=0+10t
S=10t
10.2
t= 0s e t= 5
=4 s
𝟏 𝒂 𝒕𝟐
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 𝒕 +
𝟐
𝟏 𝒂 𝟓𝟐
𝑺=𝟎 + 𝟎+
𝟐
𝟓𝒕𝟐
S= 𝟐
Caminhão:
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝒕
𝑺 = 𝟎 + 𝟏𝟎𝒕
S= 10 t
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 14
Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:
𝟓𝒕𝟐
S= = 10 t
𝟐
𝟏𝟎.𝟐
t=0 s e t= 𝟓 = 4s
(b) Sabendo o momento do encontro, só é necessário aplicá-lo em uma das duas funções (do
caminhão ou do carro).
S= 10 t, sendo t = 4s
S= 40 m
Logo o carro encontra o caminhão 4 segundos após a sinaleira abrir, a uma distância de 40 m.
3) Uma motocicleta se desloca com velocidade constante igual a 30m/s. Quando o motociclista vê
uma pessoa atravessar a rua freia a moto até parar. Sabendo que a aceleração máxima para frear a moto
tem valor absoluto igual a 8m/s², e que a pessoa se encontra 50m distante da motocicleta. O motociclista
conseguirá frear totalmente a motocicleta antes de alcançar a pessoa?
Como a aceleração utilizada para frear a moto se opõe ao movimento, tem valor negativo, então:
𝑣 2 = 𝑣02 + 2aS
0= (30)2+ 2aS
-900=-16 S
56,25=(S-S0)
56,25 m=S
A motocicleta não irá parar antes de atingir a pessoa.
MOVIMENTO VERTICAL
Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes
ao chão.
Por isso, pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos
a pedra e a pena em um tubo sem ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo
para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa
ou formato, cairão com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade.
Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então, sujeito à gravidade, que é orientada
sempre na vertical, em direção ao centro do planeta.
O valor da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos
de curta duração, é tomado como constante e seu valor médio no nível do mar é:
g=9,80665m/s²
No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:
g=10m/s²
Observação: As definições sobre o movimento vertical são feitas desconsiderando a resistência do
ar.
Funções Horárias do Movimento Vertical
Como os movimentos verticais são uniformemente variados, as funções horárias que os descrevem
são iguais às do MUV. Vejamos no esquema abaixo:
𝟏 𝟐
S-S0 +Vot +𝟐 𝒂𝒕
v=v0+at
V2=Vo2+2aS
Vale ressaltar que “a” = “g”, uma vez que se trata da aceleração da gravidade. O sinal de g, como foi
dito acima, independe de o corpo subir ou descer, estabelecendo relação com a orientação da trajetória.
Orientação para cima: g é negativo; orientação para baixo: g é positivo
Exemplos:
1) Em uma brincadeira chamada "Stop" o jogador deve lançar a bola verticalmente para cima e gritar
o nome de alguma pessoa que esteja na brincadeira. Quando a bola retornar ao chão, o jogador chamado
deve segurar a bola e gritar: "Stop", e todos os outros devem parar, assim a pessoa chamada deve "caçar"
V0=20m/s
t = 30
10
t = 3s
O tempo em que o projétil permanece no ar:
t = 3 + 1 = 4s
MOVIMENTO OBLÍQUO
Um movimento oblíquo é um movimento parte vertical e parte horizontal. Por exemplo, o movimento
de uma pedra sendo arremessada em um certo ângulo com a horizontal, ou uma bola sendo chutada
formando um ângulo com a horizontal.
Com os fundamentos do movimento vertical, sabe-se que, quando a resistência do ar é desprezada, o
corpo sofre apenas a aceleração da gravidade.
Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: “Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo”.
Composição de Movimentos.
O lançamento oblíquo estuda o movimento de corpos, lançados com velocidade inicial V0 da superfície
da Terra. Na figura a seguir vemos um exemplo típico de lançamento obliquo realizado por um jogador
de golfe.
Lançamento Horizontal
O lançamento balístico é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: "Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo".
Composição de Movimentos
O princípio da simultaneidade poderá ser verificado no Lançamento Horizontal.
Um observador no solo, (o que corresponde a nossa posição diante da tela) ao notar a queda do corpo
do helicóptero, verá a trajetória indicada na figura. A trajetória traçada pelo corpo, corresponde a um arco
de parábola, que poderá ser decomposta em dois movimentos:
(25)2
𝑋= 𝑠𝑒𝑛2 (45º)
10
625
𝑋= 𝑠𝑒𝑛 (90º)
10
X= 62,5 m
2. Um tiro de canhão é lançado formando um ângulo de 30° com a horizontal, conforme a figura abaixo:
𝑣𝑦2 =𝑣02𝑦 -2gy, mas quando a altura for máxima a velocidade final será zero:
0= (34,64 sem 30º)2-2.10.(h)
0= 300-20h
20h=300
300
h= 20
h= 15 m
Então a altura que o tiro do canhão alcança é igual a 50m+30m=80m
3. Suponha que você precise jogar um livro, do segundo andar de um prédio, para um amigo que esteja
a 10m de distância de você. Qual deve ser a velocidade inicial com que você deverá lançá-lo? Sabendo
que você vai realizar o lançamento verticalmente e que a janela de um segundo andar está a 4 metros de
altura do chão.
Propriedades e Equações
Sendo:
𝑆
= 𝑅
Por convenção:
No sentido anti-horário o deslocamento angular é positivo.
No sentido horário o deslocamento angular é negativo.
Período e Frequência
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno cíclico se repita. Sua unidade é a
unidade de tempo (segundo, minuto, hora...)
Frequência(f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade
mais comum é Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a
frequência equivale ao número de rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Para converter rotações por segundo para rad/s:
1 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜
𝑠
Sabendo que 1rotação = 2πrad,
2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝑠
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 19
Por exemplo, um objeto que tenha velocidade angular de 3,14 radianos por segundo tem período
aproximadamente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz.
O movimento circular ocorre quando em diversas situações que podem ser tomadas como exemplo:
- Uma pedra fixada a um barbante e colocada a girar por uma pessoa descreverá um movimento
circular uniforme.
- Discos de vinil rodam nas vitrolas a uma frequência de 33 ou 45 rotações por minuto, em MCU.
- Engrenagens de um relógio de ponteiros devem rodar em MCU com grande precisão, a fim de que
não se atrase ou adiante o horário mostrado.
- Uma ventoinha em movimento.
- Satélites artificiais descrevem uma trajetória aproximadamente circular em volta do nosso planeta.
- A translação aproximada, para cálculos muito pouco precisos, da Lua em torno do planeta Terra (a
excentricidade orbital da Lua é de 0,0549).
- O movimento de corpos quando da rotação da Terra, como por exemplo, um ponto no equador,
movendo-se ao redor do eixo da Terra aproximadamente a cada 24 horas.
Quando se pedala uma bicicleta, executa-se um movimento circular em uma roda dentada (coroa)
através dos pedais. Esse movimento é transmitindo através de uma corrente para outra roda dentada de
menor raio, a catraca, que está ligada à roda traseira da bicicleta.
vA = vB
ωB = ωR
As formas angulares das equações do Movimento Curvilíneo Uniformemente Variado são obtidas
quando divididas pelo raio R da trajetória a que se movimenta o corpo.
Assim:
MUV MCUV
Grandezas Grandezas
lineares angulares
v=vo+at =0+at
1 2
S-S0 +Vot +2 𝑎𝑡 1 2
=0+0t+ 𝑎𝑡
2
∆𝜔
∆𝑉 αm= ∆𝑡
am= ∆𝑡
v2=vo2=2aS
2=02 +2a
(b) O ponteiro dos minutos completa um volta (2π) em uma hora (3600s)
ωm=∆φt
ωm=2π3600=1,74∙10-3 rad/s
(c) O ponteiro dos segundos completa uma volta (2π) em um minuto (60s)
ωs=∆φt
ωs=2π60=0,105 rad/s
2. Se considerarmos um relógio, no exercício anterior, com ponteiro das horas de 10cm, dos minutos
de 15cm e dos segundos de 20cm. Qual será a aceleração centrípeta de cada um dos ponteiros?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular
(a)acp= (𝜔ℎ2 .R)
acp=(0,0000727)2.(0,1)
acp=5,28.10-10 m/s
(c ) acp= 𝜔ℎ2 .R
acp= (0,104)2.(0,2)
acp=2,19.10-3 m/s2
3. Uma roda de 1 metro de diâmetro, partindo do repouso começa a virar com aceleração angular
igual a 2rad/s². Quanto tempo ele demora para atingir uma velocidade linear de 20m/s?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular,
considerando que o raio da roda é igual a metade do diâmetro. Então:
v=R
𝑣
= 𝑅
20
= 0,5= 40 rad/s
20= 0+2t
20
t= 2
t=10s
4. Uma bola de bilhar, com raio igual a 2,5cm, após ser acertada pelo jogador, começa a girar com
velocidade angular igual a 5rad/s, e sofre uma desaceleração igual a -1rad/s² até parar, qual o espaço
percorrido pela bola?
2=02 +2α.
0=(5)2+2(-1)
2=25
25
= 2
=12,5 rad
5.Um volante circular como raio 0,4 metros gira, partindo do repouso, com aceleração angular igual a
2rad/s².
(a) Qual será a sua velocidade angular depois de 10 segundos?
(b) Qual será o ângulo descrito neste tempo?
(c) Qual será o vetor aceleração resultante?
(a) Pela função horária da velocidade angular:
=0+α.t
=0+2.10
= 20 rad/s
Questões
03. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) A polia dentada do motor de uma motocicleta em
movimento, também chamada de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a coroa, solidária com a roda traseira.
O diâmetro da coroa é de 24 cm e o diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a
seguir ilustra as partes citadas.
Use π = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do movimento de rotação seja
integralmente dirigida ao seu deslocamento linear.
A velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de
(A) 54.
(B) 72.
(C) 90.
(D) 62.
(E) 66.
04. (SEDUC/PI – Professor – Física – NUCEPE) Um avião tipo caça, voa horizontalmente a uma
altitude de 720 m, com velocidade constante, cujo módulo é 360 km/h, numa região em que a aceleração
da gravidade tem módulo g=10m/s2. Num determinado instante o piloto recebe uma ordem de soltar uma
bomba para atingir um alvo na superfície do solo e a executa imediatamente. Desprezando os efeitos da
resistência do ar e supondo a superfície do solo plana, a distância horizontal, em metros, entre o avião e
o alvo, no instante em que a bomba foi abandonada, é igual a
(A) 1000m.
(B) 1100m.
(C) 1200m.
(D) 2400m.
(E) 4320m.
08. (PUC/RS) Para responder à questão, considere o gráfico abaixo, que representa a velocidade de
um corpo em movimento retilíneo em função do tempo, e as afirmativas que seguem.
Respostas
01. Resposta: D.
Se a velocidade é constante, temos um MRU, portanto a soma das forças tem que ser nula e a
aceleração também, a força peso é sempre para baixo.
02. Resposta: D.
V=72 km/h=20 m/s
V²=Vo²-2aS
0=20²-2a40
-400=-80a
a=5 m/s²
V=Vo-at
0=20-5t
t=4s
1 minuto=60s
Portanto, 60-4=56s
03. Resposta: A.
Fpinhão =3600rpm=60hz
Dpinhão=4cm=0,04m
Rpinhão=0,02m
Dcoroa=24cm=0,24m
Rcoroa=0,12m
Droda=50cm=0,5m
Rroda=0,25m
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑣𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
04. Resposta: C.
Para a queda livre temos que v0=0
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2
S-S0=H
1
𝐻 = 𝑔𝑡 2
2
1
720 = 10𝑡 2
2
2
1440
𝑡 = = 144
10
T=12s
Na horizontal:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
360 km/h=100m/s
∆𝑆
100 =
12
S=12x100=1200m
05. Resposta: B.
Para atravessar totalmente a ponte, é como se o tivesse passado 8+12=20m.
V=36km/h=10m/s
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
20
10 =
∆𝑡
20
∆𝑡 = = 2𝑠
10
06. Resposta: C.
V²=v0²+2gH
V²=0+2.10.1,8
V²=36
V=6m/s
07. Resposta: A.
V²=v0²+2gS
V²=2.10.20
V²=400
V=20m/s
08. Resposta: A.
I-
∆𝑉 10 − 0
𝑎== = 1 𝑚/𝑠²
∆𝑡 10 − 0
II-A distância percorrida, pode ser analisada pela área do triângulo:
ℎ 10
𝐴 = 𝑏 ∙ = 10 ∙ = 50𝑚
2 2
III-A velocidade varia uniformemente, mas a distância aumenta a cada segundo
IV- aceleração é constante, mas a velocidade aumenta 1m/s a cada segundo.
FORÇAS
O termo “Dinâmica” significa “forte”. Em física, a dinâmica é um ramo da mecânica que estuda o
movimento de um corpo e as causas desse movimento. Em experiências diárias podemos observar o
movimento de um corpo a partir da interação deste com um ou mais corpos. Como por exemplo, quando
um jogador de tênis bate em uma bola, a raquete interage com ela e modifica o seu movimento. Quando
soltamos algum objeto a uma certa altura do solo e ele cai, é resultado da interação da terra com este
objeto. Esta interação é convenientemente descrita por um conceito chamado força. Os Princípios de
dinâmica foram formulados por Galileu e Newton, porém foi Newton que os enunciou da forma que
conhecemos hoje.
LEIS DE NEWTON
As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica Clássica, que
justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.
A inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem em manter a velocidade constante.
Assim, todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a
permanecer em movimento retilíneo uniforme. No cotidiano, notamos essas tendências ao observarmos
uma pessoa de pé no interior de um ônibus. Quando o ônibus arranca, o passageiro por inércia tende a
permanecer em repouso em relação ao solo terrestre. Como o ônibus vai para frente, a pessoa que não
estava se segurando cai para trás no ônibus.
Agora, se o ônibus estivesse em movimento e de repente freasse, a pessoa cairia para frente. Graças
à inércia, o passageiro exibe, nesse caso, sua vontade de continuar em movimento em relação ao solo
terrestre: o ônibus para, o passageiro não.
Ou seja: Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia sua velocidade constante.
Em resumo, podemos esquematizar o princípio da inércia assim:
Exemplos:
Sobre uma mesa horizontal lisa, uma esfera deixa de executar seu movimento circular uniforme e sai
tangente à curva, após o rompimento do fio que garantia sua circulação. Qual o tipo de movimento que a
esfera realiza após o rompimento do fio? Justifique.
Resposta
Após estar livre da força de tração do fio, que a obrigava a alterar a direção de sua velocidade, a esfera
segue por inércia em movimento retilíneo uniforme.
Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não
produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de
um corpo pela sua massa, ou seja:
A equação F = m.a é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem
possuir a mesma direção e sentido.
A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a kg.m/s² (quilograma
metro por segundo ao quadrado) e a é a aceleração adquirida (em m/s²).
Como F = m.a é uma função do 1O grau, o gráfico da intensidade (F) da força aplicada a um corpo,
em função de sua aceleração (a) é uma reta inclinada cuja inclinação ou coeficiente angular representa
a massa do corpo, que é uma constante de proporcionalidade.
Essa constante de proporcionalidade (m), que é característica de cada corpo recebe o nome de massa
inercial ou simplesmente massa e corresponde à medida da inércia do corpo, ou seja, da resistência que
o corpo oferece à variação do vetor velocidade.
Exemplo:
Quando um força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F = m.a
12 = 2a
a = 6 m/s²
Força de Tração
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível, flexível e
tem massa desprezível.
Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual
chamamos Força de Tração .
Exemplo:
1. Dada a figura
Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.
Resolução:
- Separe os blocos A e B.
- Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.
- Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;
Substituir o valor da aceleração em uma das equações acima, para que possamos calcular o valor da
força F.
F=3a
F = 3 · 4 = 12 N
Exemplo:
(A) 300N
(B) 400N
(C) 600N
(D) 750N
(E) 1050N
No homem, atuam Peso (para baixo), Normal e Tensão (para cima). Como o sistema está em equilíbrio,
N + T = Phomem.
Por outro lado, no contra peso, a tensão é igual T= mg(onde m é a massa do contrapeso)
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N
FORÇA PESO
P = mg
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.
(a) P=mg
P=10.9,8=98 N
(b)P=mg
P=10.3,724=37,24 N
FORÇA DE ATRITO
Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por
onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma
força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será
totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
É isto que caracteriza a força de atrito:
- Se opõe ao movimento;
- Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
- É proporcional à força normal de cada corpo;
- Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.
Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de uma
experiência muito simples. Tomemos uma caixa bem grande, colocada no solo, contendo madeira.
Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre.
Quando a caixa ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto no qual
conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força de atrito
Fat entre o solo e a caixa.
Várias experiências como essa levam-nos às seguintes propriedades da força de atrito (direção,
sentido e módulo):
Direção: As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos são forças tangenciais
à superfície de contato. No exemplo acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal.
Por exemplo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.
Sentido: A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato.
Assim, o sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies
Fat = µ.N
Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)
Atrito Estático
É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos.
A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um
corpo.
Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada, neste
caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático: .
Então:
Fat = µest.N
Atrito Dinâmico
É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos.
Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em
movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.
A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente
de atrito cinético:
Então:
Fat = µd.N
TRABALHO
Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja,
o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um
deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no SI é o Joule (J)
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo
cálculo da força resultante no corpo.
R = 1 + 2 + 3 + .......... + N
Força paralela ao deslocamento
Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam
ângulo entre si, calculamos o trabalho:
= F.S
Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um aceleração
de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?
FII=F cos
= FII.S
= F cos.S
Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
= FII.S
= F cos.S
=30. cos 60º.3
= 45J
Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é
paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força
é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1
Então:
P = P. h
P = m.g. h
POTÊNCIA
Dois carros saem da praia em direção a serra (h=600m). Um dos carros realiza a viagem em 1hora, o
outro demora 2horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido
desenvolveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W).
1𝐽
1W = 1𝑠
Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:
Pot M =
𝑡
Como sabemos que:
= F. S
Então:
𝑆𝐹.𝑆
Pot = 𝐹. 𝑡 = 𝐹 v m
M=
𝑡
Podemos também fazer uma relação de potência de uma força com a intensidade da força e com o
módulo da velocidade de um corpo sujeito a essa força:
Pméd = 𝑡(I)
= F.d.cos (II)
Fazendo a substituição de II em I, teremos:
Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:
Exemplo:
1. Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal com
intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi 10s?
Pot M=
𝑡
𝐹.𝑆 12.30
Pméd = 𝑡
= 10
= 36 𝑊
ENERGIA MECÂNICA
- Energia Cinética;
- Energia Potencial Gravitacional;
- Energia Potencial Elástica;
Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe
o corpo em movimento.
Sua equação é dada por:
= F.S
= m.a. S
v2=v02+2aS
v2=0+2aS
𝑣2
S=2𝑎
R=Ec= Ec - Eci
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2
Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s²
até parar?
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2
10.0 10.(10)2
R = 2
-
2
−1000
R = 2
= -500 J
Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de
ser transformada em energia cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-verso.
Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui,
perde Energia Potencial Gravitacional.
Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da área do seu
gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
A=
2
𝐾.𝑥.𝑥= 𝐾𝑥 2
Eel = 2
= 2
Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você
corre, transforma a energia química de seu corpo em energia cinética. O mesmo acontece para a
conservação de energia mecânica.
Podemos resolver vários problemas mecânicos conhecendo os princípios de conservação de energia.
Por exemplo, uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser
abandonada, a pedra tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total.
Quando a pedra chegar ao solo, sua energia cinética será total, e a energia potencial nula (já que a altura
será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia E M, inicial=
E M, final
E C, inicial + E P, inicial= E C, final+ E P, final
Exemplo:
1. Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará
ao solo?
E M, inicial= E M, final
E C, inicial + E PG, inicial= E C, final+ E PG, final
1 1
2
mv2 inicial + mgh inicial = 2 mv2 final + mgh final
1 1
m.0+m.10.3= mv2 final = mg.0
2 2
1
30m=2 mv2 final
60=v final
7,75 m/s v final
IMPULSO
Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja um interação entre
dois corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força
constante, durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:
A = F.Δt = I
Exemplo:
1. Ao dar um chute na bola, num jogo de futebol, um jogador aplica um força de intensidade 6,0 · 10²
N sobre a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5 · 10-1 s. Determine a intensidade do impulso da
força aplicada pelo jogador.
Resolução:
Dados do enunciado
F = 6,0 · 10² N
t = 1,5 · 10-1 s
I = 90 N.s
2. Dado o gráfico
Determine:
a) o módulo da força no intervalo de tempo de 0 s a 10 s.
b) a intensidade da força constante que produz o mesmo impulso que a força dada no intervalo de 0 s
a 10 s.
Resolução:
A2 = A2 = = 30 N.s
A3 = A3 = = 12 N.s
F= =5N
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente
ou parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de
movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:
- Módulo:
- Direção: a mesma da velocidade
- Sentido: a mesma da velocidade
- Unidade no SI: kg.m/s
Exemplo:
Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:
Então:
"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da
quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."
Exemplo:
1. Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg,
para que sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?
Questões
01. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Com base na segunda lei de
Newton, se a um corpo de 50 kg de massa é aplicada uma força de 1,0 kN, esse corpo é acelerado de
(A) 10 cm/s²
(B) 20 cm/s²
(C) 10 m/s²
(D) 20 m/s²
(E) 50 cm/s²
02. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO) Dois blocos A e B, de massas respectivamente
iguais a 4,0 kg e 2,0 kg, estão dispostos sobre um plano horizontal conforme a figura abaixo.
O conjunto é empurrado por uma força , de módulo 30 N, aplicada horizontalmente sobre o bloco
A. O atrito entre os blocos e o plano horizontal deve ser desprezado. A intensidade da força que o bloco
B exerce sobre o bloco A é:
(A) 10N
(B) 20N
(C) 30N
(D) 40N
03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Uma força de 2 N atua empurrando
um corpo de 4 kg. A aceleração com que esse corpo se movimenta será, portanto, em unidades do SI,
de:
(A) 1,0.
(B) 0,6.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 0,0.
Respostas
01. Resposta: D.
F=ma
1000=50a
a=20m/s²
02. Resposta: A.
𝐴: 𝐹 − 𝑓 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{
𝐵: 𝑓 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎
𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎
30 = (4+2) a
30 = 6a
a = 5 m/s²
03. Resposta: C.
F=ma
2=4a
a=0,5 m/s²
04. Resposta: C.
V²=v0²+2aS
40²=0²+2a.400
1600=800a
a=2m/s²
F=ma
F=1200.2=2400N
A Mecânica dos fluidos é a área onde são estudados os fenômenos físicos relacionados ao movimento
dos fluidos (ar, água etc).
A mecânica dos fluidos trata do comportamento dos fluidos em repouso ou em movimento e das leis
que regem este comportamento. São áreas de atuação da mecânica dos fluidos:
- Ação de fluidos sobre superfícies submersas, ex.: barragens;
- Equilíbrio de corpos flutuantes, ex.: embarcações;
- Ação do vento sobre construções civis;
-Estudos de lubrificação;
-Transporte de sólidos por via pneumática ou hidráulica, ex.: elevadores hidráulicos;
- Cálculo de instalações hidráulicas, ex.: instalação de recalque;
- Cálculo de máquinas hidráulicas, ex.: bombas e turbinas;
- Instalações de vapor, ex.: caldeiras;
- Ação de fluidos sobre veículos – Aerodinâmica
Pode-se definir fluido como uma substância que se deforma continuamente, isto é, escoa, sob ação
de uma força tangencial por menor que ele seja.
Por exemplo, se uma força de compressão fosse usada para distinguir um sólido de um fluido,
este último seria inicialmente comprimido, e a partir de um certo ponto ele se comportaria
exatamente como se fosse um sólido, isto é, seria incompressível.
Pressão
O conceito de pressão foi introduzido a partir da análise da ação de uma força sobre uma superfície;
já nos fluidos, o peso do fluido hidrostático foi desprezado e a pressão suposta tornou-se igual em todos
os pontos. Entretanto, é um fato conhecido que a pressão atmosférica diminui com a altitude e que, num
lago ou no mar, aumenta com a profundidade. Generaliza-se o conceito de pressão e se define, num
ponto qualquer, como a relação entre a força normal F, exercida sobre uma área elementar A, incluindo
o ponto, e esta área:
Exercendo a pressão. Definimos a pressão de uma força sobre uma superfície, como sendo a razão
entre a força normal e a área da superfície considerada. Então: p = F/A p = pressão A = área da superfície,
no qual F representa uma força normal à superfície. Sendo a pressão expressa pela relação P = F/A,
suas unidades serão expressas pela razão entre as unidades de força e as unidades de área, nos
sistemas conhecidos.
Exemplo:
Assume que a área de um pé de uma pessoa de 80 kg é 25 cm x 6 cm. Determine a pressão que a
pessoa exerce no chão enquanto está em pé.
SOLUÇÃO
A pressão é definida como a força por unidade de área, onde a força é o peso da pessoa W:
W = m.g = (80 kg) (9,8 m s-2) = 784 N
e a área é a área da seção transversal na qual esta força é exercida:
Apé = área de uma elipse = p (0,25 m x 0,06 m)= 0,047 m2
Desde que a pessoa normalmente fica em pé sobre os dois pés, a área total é 2 Apé = 0,094 m2. Assim,
a pressão exercida pela pessoa sobre o chão é
Uma unidade muito usual para a massa específica é o g/cm3, mas no SI a unidade é o kg/m3. A relação
entre elas é a seguinte:
Assim, para transformar uma massa específica de g/cm3 para kg/m3, devemos multiplicá-la por 1.000.
Na tabela a seguir estão relacionadas às massas específicas de algumas substâncias.
Substância
Água 1,0 1.000
Gelo 0,92 920
Álcool 0,79 790
Ferro 7,8 7.800
Chumbo 11,2 11.200
Mercúrio 13,6 13.600
Observação: É comum encontrarmos o termo densidade (d) em lugar de massa específica (m). Usa-
se “densidade” para representar a razão entre a massa e o volume de objetos sólidos (ocos ou maciços),
e “massa específica” para líquidos e substâncias.
A densidade absoluta de uma substância é definida como a relação entre a sua massa e o seu volume.
A densidade relativa é a relação entre a densidade absoluta de um material e a densidade absoluta de
uma substância estabelecida como padrão.
A massa específica (m) de uma substância é a razão entre a massa (m) de uma quantidade da
substância e o volume (V) correspondente, ou seja, é representado pelo mesmo cálculo da densidade.
Obviamente, é comum o termo densidade (d) em lugar de massa específica (m)... Uma explicação que
encontrei seria que se usaria “densidade” para representar a razão entre a massa e o volume de objetos
sólidos (ocos ou maciços), e “massa específica” para líquidos e soluções. Mas se assim fosse, não
poderíamos falar densidade da água, mas somente massa específica. Curiosamente já encontrei também
massa específica se referindo a solo, que não é líquido. Em termos gerais, a principal diferença observada
que densidade é um conceito mais usado na química e massa específica na física (hidrostática).
Definições:
Pressão: força sobre uma área
𝐹
𝑃=
𝐴
Pressão Atmosférica: pressão exercida pela atmosfera terrestre e varia de acordo com a altitude,
quanto maior altitude menor a pressão.
Pressão Manométrica: pressão que se acrescenta a pressão atmosférica.
Pressão Absoluta: soma da pressão atmosférica e manométrica.
Instrumentos para medir pressão
Barômetro: utilizado para medir pressão atmosférica.
Manômetro:
Fonte: www.solucoesindustriais.com.br
Princípio de Arquimedes
Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em equilíbrio, sofre a ação de uma força vertical,
para cima, aplicada pelo fluido. Essa força é denominada empuxo, cuja intensidade é igual ao peso do
fluido deslocado pelo corpo.
Assim, quando um barco está flutuando na água, em equilíbrio, ele está recebendo um empuxo cujo
valor é igual ao seu próprio peso, isto é, o peso do barco está sendo equilibrado pelo empuxo que ele
recebe da água: E = P.
Aplicação
Um mergulhador e seu equipamento têm massa total de 80kg. Qual deve ser o volume total do
mergulhador para que o conjunto permaneça em equilíbrio imerso na água?
Solução: Dados: g = 10m/s2; dágua = 103kg/m3; m = 80kg. Como o conjunto deve estar imerso na água,
o volume de líquido deslocado (Vld) é igual ao volume do conjunto (V).
Condição de equilíbrio:
E=P
d . Vld . g = m . g
103 x V x 10 = 80 x 10
V = 8 x 10-2 m3
Princípio de Pascal
Dois recipientes ligados pela base são preenchidos por um líquido (geralmente óleo) em equilíbrio.
Sobre a superfície livre do líquido são colocados êmbolos de áreas S1 e S2. Ao aplicar uma força F1 ao
êmbolo de área menor, o êmbolo maior ficará sujeito a uma força F2, em razão da transmissão do
acréscimo de pressão p. Segundo o Princípio de Pascal:
∆𝑝1 = ∆𝑝2
Quando um corpo emerge na superfície da água, ele passa a deslocar um menor volume de água. De
acordo com o Princípio de Arquimedes, seu empuxo (que antes era maior do que seu peso) diminui. O
bloco ficará em equilíbrio de flutuação na superfície da água quando a força de empuxo for exatamente
igual ao peso. Dizemos que o corpo ficará flutuando em equilíbrio estático.
Ocasionalmente, algumas embarcações ou navios podem ser modificadas, introduzindo-se mastros
maiores ou canhões mais pesados; nestes casos, eles se tornam mais pesados e tendem a emborcar em
mares mais agitados. Os "icebergs" muitas vezes também viram quando derretem parcialmente. Estes
fatos sugerem que, além das forças, os torques destas forças também são importantes para o estudo do
equilíbrio de flutuação.
Quando um corpo está flutuando em um líquido, ele está sujeito à ação de duas forças de mesma
intensidade, mesma direção (vertical) e sentidos opostos: a força-peso e o empuxo. Os pontos de
aplicação dessas forças são, respectivamente, o centro de gravidade do corpo G e o centro de empuxo
C, que corresponde ao centro de gravidade do líquido deslocado ou centro de empuxo.
Se o centro de gravidade G coincide com o centro de empuxo C, situação mais comum quando o corpo
está totalmente mergulhado, o equilíbrio é indiferente, isto é, o corpo permanece na posição em que for
colocado.
Quando um corpo flutua parcialmente imerso no fluido e se inclina num pequeno ângulo, o volume da
parte da água deslocada se altera e, portanto, o centro de empuxo muda de posição. Para que um objeto
flutuante permaneça em equilíbrio estável, seu centro de empuxo deve ser deslocado de tal modo que a
Quando o centro de gravidade G estiver acima do centro de empuxo C, o equilíbrio pode ser estável
ou não. Vai depender de como se desloca o centro de empuxo em virtude da mudança na força do volume
de líquido deslocado. As figuras mostram essa situação, onde o centro de gravidade G está acima do
centro de empuxo, mas, ao deslocar o corpo da posição inicial, o centro de empuxo muda, de modo que
o torque resultante faz com que o corpo volte para sua posição inicial de equilíbrio.
Obs.: A diferença conceitual entre centro de empuxo e centro de gravidade é que a posição do centro
de gravidade não se altera em relação ao corpo, a menos que ele seja deformado. Mas o centro de
empuxo do corpo flutuante muda de acordo com a forma do líquido deslocado porque o centro de empuxo
está localizado no centro de gravidade do líquido deslocado pelo corpo.
As figuras abaixo mostram o equilíbrio chamado instável. Movimentando o corpo (oscilando) de sua
posição inicial, o deslocamento do centro de empuxo faz com que o torque resultante vire o corpo. A
tarefa de um engenheiro naval consiste em projetar os navios de modo que isto não ocorra.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Como existe uma atmosfera sobre a superfície da Terra e como esta atmosfera é um fluido, segue que
cada ponto no interior da atmosfera terrestre está sob ação de uma pressão, chamada de pressão
atmosférica, que diminui a medida que a altura em relação a superfície terrestre aumenta.
Como o ar não pode ser considerado um fluido incompressível em extensões muito elevadas, a relação
de Stevin não se aplica diretamente no caso da atmosfera, embora seja sempre possível se determinar
facilmente a pressão atmosférica em qualquer ponto.
Em 1643 Evangelista Torricelli (1608 – 1647) idealizou um experimento prático para a determinação
da pressão atmosférica, que foi realizado por Vicenzo Viviani. Ele usou um tubo de 1 metro de
comprimento, completamente cheio de mercúrio (Hg) e com uma extremidade tampada, como mostra
figura 1 (a). Depois colocou o tubo em pé tapando a outra extremidade e colocando esta extremidade
dentro de um recipiente contendo também mercúrio, como mostra a figura 1 (b). Finalmente, após
destampar o tubo, mediu a altura da coluna de mercúrio existente no tubo que, por construção, continha
vácuo na parte superior, como mostra a figura 1 (c).
Como um ponto A na superfície livre do mercúrio está à mesma pressão que um ponto B na mesma
altura no interior do tubo e como a pressão no ponto B é dada por pB=ρg.h, pode-se determinar facilmente
a pressão atmosférica, pois a densidade do mercúrio é conhecida e dada por 13,6 g/cm³.
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 46
Repetindo-se o experimento de Torricelli num local onde a gravidade tem seu valor normal, obtém-se
que a coluna de mercúrio sobe por uma altura de h = 0,76m. Sendo, por definição, a pressão num local
onde a gravidade tem valor normal à pressão de 1 atm (uma atmosfera), pode-se obter que:
1 atm = 101,3 kPa = 76 cmHg = 760 mmHg
É fácil entender por que a pressão varia com a profundidade num fluido. A pressão varia como
resultado da força peso (por unidade de área) exercida pela parte do fluido que está acima. À medida que
mergulhamos aumentamos a quantidade de fluido acima de nós e, consequentemente, a pressão.
Verifique como a pressão no fluido varia em função da profundidade admitindo que o fluido tenha uma
densidade constante.
Sejam dois pontos 1 e 2 dentro do fluido. Imaginemos uma coluna de fluido de altura h e área A.
Logo, a pressão num ponto a uma altura h abaixo de 1 será dada por: P2 = P1 + rgh, onde P1 é a
pressão no ponto 1.
Este resultado vale para todos os pontos localizados a uma mesma altura dentro do fluido.
Suponhamos um vaso comunicante, no qual colocamos dois líquidos imiscíveis, por exemplo, água e
óleo.
Vamos calcular essas pressões. Temos, como nível de referência, a linha que passa pela superfície
de separação dos dois fluidos.
Observe a figura b. As pressões, nos pontos
A e B são, respectivamente:
PA = Patm + µ0h0g O = óleo
PB = Patm + µAhAg A = água
Já sabemos que PA e PB são iguais, pois representam pressões aplicadas no mesmo nível de um
líquido em equilíbrio, então:
PA = PB
Patm = µ0h0g = Patm + µAhAg
µ0h0g = µAhAg
µ h
µ0h0 = µAhA ou µ0 = h𝐴
𝐴 0
Com esta expressão, podemos calcular a densidade absoluta do óleo de qualquer outro não miscível.
TIPOS DE ESCOAMENTO
O óleo, a água e o ar são chamados de fluidos porque são capazes de escoar, mas possuem
propriedades muito diferentes. A água escoa c m mais facilidade que o óleo e o escoamento doar se torna
turbulento. O escoamento dos fluidos depende das forças que agem sobre o fluido e da forma que as
superfícies solidas com as quais o fluido entra em contato. O escoamento de fluidos está presente em
muitas situações do dia a dia. As observações mostram que o tipo de escoamento pode variar com o
tempo e com o local. Assim, por exemplo,
A fumaça que sai de uma chaminé pode se mover por algum tempo como um todo compacto antes de
se misturar com o ar.
O óleo despejado de um recipiente pode respingar ou não, dependendo do modo que é despejado.
A água escoa suavemente ao passar pelos pilares de uma ponte, mas pode firmar turbilhões atrás dos
pilares.
Alguns líquidos escoam com muito mais facilidade que outros. Os gases escoam com mais facilidade
que os líquidos. No escoamento dos fluidos, em geral, diferentes partes do fluido se movem com
velocidades diferentes. Em um fluido que escoa com facilidades, as camadas passam uma pelas outras
quase sem atrito. Quando mexemos uma xícara de chá, por exemplo, o líquido continua a circular por um
Se tivermos num condutor um fluido em escoamento uniforme, isto é, o fluido escoando com
velocidade constante, a vazão poderá ser calculada multiplicando-se a velocidade (v) do fluido, em dada
seção do condutor, pela área
(A) da seção considerada, ou seja:
Q = Av
Para demonstrar, suponhamos um condutor de seção constante.
Sistema
Em um sistema, existe uma quantidade de massa fixa, e esta é separada do ambiente pelas fronteiras
do mesmo. Ou seja, não é possível adicionar ou subtrair massa do mesmo, não importando se as
fronteiras são fixas ou móveis, a massa é separada do ambiente, mantendo-se constante.
Existe a transferência de calor e trabalho através das fronteiras do sistema, mas não é transferida
massa.
Volume de Controle
Um volume de controle, de forma oposta ao sistema, é um volume definido no espaço. O escoamento
do fluído se dá neste volume definido. O que define o volume em questão é a superfície de controle, ela
pode ser física ou definida apenas conceitualmente.
Por exemplo: deseja-se analisar um fluído dentro de uma mangueira de 20m, mas analisar-se-á
apenas 30 cm da mangueira. Neste caso, 20m é a superfície de controle física, mas a que será utilizada
para fins de cálculo é a superfície de controle conceitual, imaginária, definida na análise da questão.
A maioria dos problemas na mecânica dos fluidos não podem ser resolvidos com procedimentos
analíticos, apenas utilizando procedimentos experimentais;
Muitos problemas são resolvidos utilizando abordagem experimental e analítica;
Um objetivo de qualquer experimento é obter resultados amplamente aplicáveis (medidas obtidas
num sistema em laboratório podem ser utilizadas para descrever o comportamento de um sistema similar);
O desenvolvimento da Mecânica dos Fluidos depende de: análise teórica e resultados experimentais
(numéricos e/ou de laboratório)
Em certas situações são conhecidas as variáveis envolvidas no fenômeno físico, mas não a
relação funcional entre elas.
A análise dimensional permite associar variáveis em grupos adimensionais.
Quando o teste experimental em um protótipo em tamanho real é impossível ou caro, utiliza-se
modelos reduzidos representativos.
Pelo procedimento chamado análise dimensional, o fenômeno pode ser formulado como uma relação
entre um conjunto de grupos adimensionais das variáveis.
Quando se realiza um trabalho de laboratório, desejamos: o maior número de informações e o menor
número de ensaios.
VASOS COMUNICANTES
Um sistema de vasos comunicantes é um conjunto de vasos abertos à atmosfera, que são postos em
comunicação entre si de maneira que ao colocarmos um líquido em um dos vasos do conjunto, o líquido
se distribuirá por todos os demais vasos do conjunto. Como todos os pontos do liquido colocado nos
vasos comunicantes em contato com a atmosfera estarão a mesma pressão, segue que eles deverão
estar à mesma altura, ou seja, o líquido subirá em todos os ramos à mesma altura h, sendo então como
mostra a figura 1 a seguir:
Na figura 1, através de vasos comunicantes é possível perceber que a pressão depende apenas da
profundidade e não de outras características, como a forma do vaso.
Por exemplo, se o óleo e a água forem colocados com cuidado num recipiente, o óleo fica na parte
superior porque é menos denso que a água, que permanece na parte inferior. Caso os líquidos imiscíveis
sejam colocados num sistema constituídos por vasos comunicantes, como um tubo em U (Figura 2), eles
se dispõem de modo que as alturas das colunas líquidas, medidas a partir da superfície de separação,
sejam proporcionais às respectivas densidades.
d1h1 = d2h2
Questões
(A) 1,0
(B) 1,5
(C) 2,0
(D) 2,5
(E) 4,0
Considere que o balão, durante a decolagem, esteja sob ação exclusiva das forças peso e em
empuxo, cujos módulos são, respectivamente, P e E. A relação correta entre os módulos destas forças
para que o balão descreva um movimento vertical, para cima e com velocidade crescente, durante a
decolagem, é:
(A) E<P
(B) E=P
(C) E>P
(D) E+P=0
Sendo a massa de um corpo colocado sobre o pistão de A1 igual a 80kg, desprezando-se os pesos
dos pistões e considerando que o sistema está em equilíbrio estático, a massa do corpo colocado sobre
o pistão de A2 deverá ser, em kg, de
(A) 80
(B) 55
(C) 36
(D) 48
(E) 18
05. Uma placa circular com diâmetro igual a 0,5m possui um peso de 200N, determine em Pa a pressão
exercida por essa placa quando a mesma estiver apoiada sobre o solo.
Respostas
01. Resposta: D.
P=gh
25000=1000x10xh
H=2,5 m
02. Resposta: C.
Dado que o balão sobe, o Empuxo tem que ser maior que o peso.
03. Resposta: D.
F2=24000/50=480N
F=mg
480=m.10
M=48kg
04. Resposta:
05.Resposta
Prezado (a) Candidato (a), o tópico referente a Força e aceleração – massa – 2ª Lei de Newton.
Forças de ação e reação – 3ª Lei de Newton. Trabalho de uma força – Potência. Energia potencial
gravitacional e elástica – conservação da energia mecânica. Quantidade de movimento linear de
uma partícula (conservação), foi previamente trabalhado juntamente com o tópico Composição de
forças – 1ª Lei de Newton – equilíbrio de uma partícula – peso de um corpo – força de atrito.
Portanto evitando repetições e redundância este tópico não será trabalhado novamente. Em caso de
dúvidas nossa equipe de tutores está sempre a disposição.
Aceleração Gravitacional
Segundo Galileu Galilei (1564-1642) se deixarmos cair objetos de pesos diferentes do alto de uma
torre, eles irão cair com a mesma velocidade. Isto é, cairão com a mesma aceleração, que é uma medida
da variação da velocidade em relação ao tempo que passa. Existe ao redor da terra uma região conhecida
como campo gravitacional, que atrai os corpos para o centro da Terra, essa atração ocorre por influência
de uma força conhecida como, força gravitacional.
Todos os corpos sofrem influência desta força, segundo Newton o peso dos corpos estão sempre no
sentido do centro da Terra. Quando o campo gravitacional age sobre os corpos faz com que eles sofram
variação em sua velocidade, adquirindo aceleração da gravidade. A trajetória de um corpo em queda livre
(exceto nos polos) não é uma reta que aponta para o centro da Terra, uma vez que a aceleração da
gravidade não é a resultante, há também a aceleração de Coriolis, a qual “empurra” o corpo no para leste
ou oeste, dependendo da posição de queda sobre a Terra. Todos os corpos que estão na superfície
terrestre sofrem influência da força peso, direcionando para o centro da Terra. Está força é representada
pela equação:
Onde:
P = peso do corpo
m = massa do corpo
g = aceleração da gravidade
Temos que considerar também a Teoria de Newton que diz que a força de atração gravitacional que
existe entre a Terra e o corpo é dada pela equação:
Onde:
F = força gravitacional entre dois objetos
m = massa do primeiro objeto
M = massa do segundo objeto
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação
Para calcularmos a aceleração da gravidade de corpos que estão entorno dos planetas, como a nossa
Lua, por exemplo, utilizamos a seguinte equação matemática:
Onde:
F = força gravitacional
M = massa do objeto
h = altura entre o objeto e a superfície do planeta
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação
Vale apena lembrar que a aceleração da gravidade em corpos externos só existe devido à força
centrípeta que age sobre os corpos, dando lhes velocidade, o que ocasiona uma trajetória circular,
fazendo com que o corpo entre em órbita.
Dedução Matemática
Esta aceleração pode ser obtida matematicamente através da Lei da Gravitação Universal e da
Segunda Lei de Newton. Pela Lei da Gravitação Universal, a força gravitacional é proporcional ao produto
das massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância. Já pela Segunda Lei de Newton,
quando a aceleração é constante, a força é igual ao produto da massa pela aceleração. Nas proximidades
da Terra, ou de qualquer outro planeta, a distância é desprezível comparada com a massa do planeta,
tornando assim, a aceleração aproximadamente constante.
A gravitação universal é uma força fundamental de atração que age entre todos os objetos por causa
de suas massas, isto é, a quantidade de matéria de que são constituídos. A gravitação mantém o universo
unido. Por exemplo, ela mantém juntos os gases quentes no sol e faz os planetas permanecerem em
suas órbitas. A gravidade da Lua causa as marés oceânicas na terra. Por causa da gravitação, os objetos
sobre a terra são atraídos em seu sentido. A atração física que um planeta exerce sobre os objetos
próximos é denominada força da gravidade.
A lei da gravitação universal foi formulada pelo físico inglês Sir Isaac Newton em sua obra Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica, publicada em 1687, que descreve a lei da gravitação universal e as Leis
de Newton - as três leis dos corpos em movimento que se assentaram como fundamento da mecânica
clássica.
Dois corpos puntiformes m1 e m2 atraem-se exercendo entre si forças de mesma intensidade F1 e F2,
proporcionais ao produto das duas massas e inversamente proporcionais ao quadrado da distância (r) entre elas.
G é a constante gravitacional.
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 55
A lei da gravitação universal diz que dois objetos quaisquer se atraem gravitacionalmente por meio de
uma força que depende das massas desses objetos e da distância que há entre eles. Dados dois corpos
de massa m1 e m2, a uma distância r entre si, esses dois corpos se atraem mutuamente com uma força
que é proporcional à massa de cada um deles e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
separa esses corpos. Matematicamente, essa lei pode ser escrita assim:
Onde
- F1 (F2) é a força, sentida pelo corpo 1 (2) devido ao corpo 2 (1), medida em newtons;
- é constante gravitacional universal, que determina a intensidade da força,
- m 1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas em quilogramas; e
- r é a distância entre os dois corpos, medida em metros;
- o versor do vetor que liga o corpo 1 ao corpo 2.
A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta da
lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados
muito antes. Tomando como exemplo a massa de próton e um elétron, a força da gravidade será de 3,6
× 10−8 N (Newtons) ou 36 nN. O estabelecimento de uma lei de gravitação, que unifica todos os
fenômenos terrestres e celestes de atração entre os corpos, teve enorme importância para a evolução da
ciência moderna.
Contudo, podemos aprimorar a lei da gravitação universal adicionando sinais (+ ou -) à resposta,
quando estivermos considerando “massas de luz” ou “fótons”. A lei da gravitação universal assume o sinal
(-) quando ocorre o deslocamento de fótons “massas de luz” de uma fonte luminosa (Sol), ou melhor,
assumindo característica de repulsão e não de atração. Por outro lado, a lei da gravitação universal
reassume o sinal (+) quando ocorre o deslocamento de fótons para locais de atração desta “massas de
luz”, locais conhecidos como “Buracos Negros”.
Leis de Kepler
Quando o ser humano iniciou a agricultura, ele necessitou de uma referência para identificar as épocas
de plantio e colheita. Ao observar o céu, os nossos ancestrais perceberam que alguns astros descrevem
um movimento regular, o que propiciou a eles obter uma noção de tempo e de épocas do ano.
Primeiramente, foi concluído que o Sol e os demais planetas observados giravam em torno da Terra. Mas
este modelo, chamado de Modelo Geocêntrico, apresentava diversas falhas, que incentivaram o estudo
deste sistema por milhares de anos.
Por volta do século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou um modelo Heliocêntrico, em que
o Sol estava no centro do universo, e os planetas descreviam órbitas circulares ao seu redor. No século
XVII, Johanes Kepler (1571-1630) enunciou as leis que regem o movimento planetário, utilizando
anotações do astrônomo Tycho Brahe (1546-1601). Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas
como Leis de Kepler.
Tendo em vista que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que este demora
para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o planeta estiver do
Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será o “seu ano”.
Questões
1
http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-1007-6488-,00.html
Sabe-se que Vênus está bem mais perto do Sol que a Terra. Comparados com a Terra, o período de
revolução de Vênus em torno do Sol é……………….e sua velocidade orbital é………………………. . As
lacunas são corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) menor; menor
b) menor; igual
c) maior; menor
d) maior; maior
e) menor; maior
03. (UEMG-MG) Em seu movimento em torno do Sol, a Terra descreve uma trajetória elíptica, como
na figura, a seguir:
04. (MACKENZIE-SP) Dois satélites de um planeta tem períodos de revolução de 32 dias e 256 dias,
respectivamente. Se o raio de órbita do primeiro satélite vale 1 unidade, então o raio de órbita do segundo
terá quantas unidades?
05. (PUC-SP) A intensidade da força gravitacional com que a Terra atrai a Lua é F. Se fossem
duplicadas a massa da Terra e da Lua e se a distância que as separa fosse reduzida à metade, a nova
força seria:
(A) 16F
(B) 8F
(C) 4F
(D) 2F
(E) F
Respostas
01. Resposta: C.
Lembrando que a fórmula é dada por:
𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹=
𝑅𝐴2
Como a distância é elevada ao quadrado, a mudança sempre vai fazer maior diferença.
02. Resposta: Uma vez que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que
este demora para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o
planeta estiver do Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será
o “seu ano”.
03. Resposta: C
1. Falsa. Quando a Terra vai do afélio para o periélio, aumenta-se o módulo da velocidade, e quando
vai do periélio para o afélio, diminui o módulo da velocidade.
2. Verdadeira. De acordo com o princípio da ação-reação (3ª lei de Newton), ação e reação têm sempre
a mesma intensidade.
05. Resposta. A
F = G MT ml / r²
d = r/2, M = 2MT e m=2ml
F' = G . 2MT . 2Ml / (r/2)2
F' = 4 . G . MT . Ml/ r²/4
F' = 16 G . MT . ml/ r²
F' = 16F
Calorimetria
A calorimetria é o ramo da física que se ocupa dos fenômenos decorrentes da transferência dessa
forma de energia chamada calor.
CALOR
Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, podemos observar que a
temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que
ambos os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia
térmica do corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que
chamamos calor.
Calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperaturas diferentes.
A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI seja o joule (J). Uma
caloria equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água
pura, sob pressão normal, de 14,5 °C para 15,5 °C.
A relação entre a caloria e o joule é dada por:
1 cal = 4,186J
Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de três simples
Onde:
Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
c = calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou J/kg°C).
m = massa do corpo (g ou kg).
Δθ = variação de temperatura (°C).
Quando:
Q>0: o corpo ganha calor.
Q<0: o corpo perde calor.
Exemplo:
Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer uma barra de ferro de 2kg de 20°C para
200 °C? Dado: calor específico do ferro = 0,119cal/g°C.
2 kg = 2000 g
Q= c.m.ϴ
Q= 0,119.2000.(200-20)
Q= 0,119.2000.180
Q=42840 cal=42,84 Kcal
Calor latente
Nem toda a troca de calor existente na natureza se detém a modificar a temperatura dos corpos. Em
alguns casos há mudança de estado físico destes corpos. Neste caso, chamamos a quantidade de calor
calculada de calor latente.
A quantidade de calor latente (Q) é igual ao produto da massa do corpo (m) e de uma constante de
proporcionalidade (L).
Assim:
QL= m.L
Exemplo:
Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade da
água=1g/cm³ e calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.
1 litro= 1 dm3=103cm3
d=𝑚
𝑉
m=d.V
m= d.V
m= 103g
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 60
Assim:
QL= m.Lv
QL= 103.540
QL= 540000 cal=540 Kcal
Curva de aquecimento
Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de
temperatura. Assim podemos elaborar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor
absorvida. Chamamos este gráfico de Curva de Aquecimento:
2
MUDANÇAS DE FASE
As fases ou estados físicos da matéria são três: sólido, líquido e gasoso.
A Fase sólida caracteriza-se por apresentar uma grande força de atração entre as partículas, força essa
de origem elétrica, o que implica em uma forma e volume definidos (exemplo: gelo).
Na Fase líquida, a força entre as partículas é menor do que as do estado sólido, o que implica em um
volume definido e uma forma variável (exemplo: água num copo).
Já na Fase gasosa, a força entre as partículas é quase inexistente, o que corresponde a volume e formas
variáveis (exemplo: vapor da água).
A pressão e a temperatura, que são as variáveis de estado, influenciam no estado físico em que uma
substância se encontra e ao receber ou perder certa quantidade de calor ela pode sofrer uma
mudança/transição desse estado. A figura 1 mostra o nome que se dá às transições de fase:
Fusão: passagem da fase sólida para a líquida. Exemplo: o gelo derretendo e se transformando em água
líquida.
Vaporização: passagem da fase líquida para a gasosa. Exemplo: a água fervendo e se transformando
em vapor de água, como a vaporização dos rios, lagos e mares.
Solidificação: passagem da fase líquida para a sólida. Exemplo: água líquida colocada no congelador
para formar gelo.
Condensação: passagem da fase gasosa para a líquida. Exemplo: o vapor da água se transformando
em gotículas de água quando sua temperatura fica abaixo de 100 ºC.
Sublimação: passagem que se dá de forma direta, da fase sólida para a gasosa ou da fase gasosa para
a sólida; como acontece com a naftalina, por exemplo.
2 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/mudanca-estado-fisico.htm
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 61
Observação: a condensação também pode ser chamada de liquefação.
Como dito acima, tanto a pressão quanto a temperatura influenciam no estado físico que se encontra
determinada substância. A água, por exemplo, em condições normais de pressão, 1 atm, está na fase
sólida a temperaturas abaixo de 0 ºC; na fase líquida em temperaturas entre 0 ºC e 100 ºC e no estado
gasoso para temperaturas acima de 100 ºC.
TROCAS DE CALOR
Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um
aparelho chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o
ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os
corpos não trocam calor com o calorímetro e nem com o meio em que se encontram, toda a energia
térmica passa de um corpo ao outro.
Como calor é energia, o Princípio da Conservação da Energia garante que a energia total envolvida
nesse processo é constante. Além disso, se um corpo cede calor e não muda de fase, a sua temperatura
final (t) torna-se menor que a inicial (t0). Portanto, a variação de temperatura (Δt = t – t0) e a quantidade
de calor cedida (Qc) são negativas. Por raciocínio análogo, quando o corpo recebe calor, a variação da
temperatura e a quantidade de calor recebida (Qr) são positivas. Veja o esquema:
Assim, se o sistema for isolado e houver apenas trocas de calor entre os seus constituintes, a soma
algébrica das quantidades de calor cedidas (ΣQc) e recebidas (ΣQr) deve ser nula:
Como, ao absorver calor Q>0 e ao transmitir calor Q<0, a soma de todas as energias térmicas é nula,
ou seja:
ΣQ=0
(lê-se que somatório de todas as quantidades de calor é igual a zero)
Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto sensível como latente.
Exemplo:
Qual a temperatura de equilíbrio entre uma bloco de alumínio de 200g à 20°C mergulhado em um litro
de água à 80°C? Dados calor específico: água=1cal/g°C e alumínio = 0,219cal/g°C.
CAPACIDADE TÉRMICA
É a quantidade de calor que um corpo necessita receber ou ceder para que sua temperatura varie uma
unidade.
Então, pode-se expressar esta relação por:
Exemplo:
Ao fornecer 300 calorias de calor para um corpo, verifica-se como consequência uma variação de
temperatura igual a 50 ºC. Determine a capacidade térmica desse corpo.
Calculando a capacidade térmica
𝑄
C=
∆𝑇
300
C=
50
C= 6 cal/ºC
PROPAGAÇÃO DO CALOR
A propagação do calor entre dois sistemas pode ocorrer através de três processos diferentes: a
condução, a convecção e a irradiação.
A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto.
Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre
átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia
cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das
substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são
melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais
são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor.
Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato
com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o
menos significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos.
A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um
fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através
de radiação ou condução é mais frequentemente transferido por convecção. A convecção ocorre como
consequência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície relativamente
quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso
que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar
mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido.
Desta forma, a circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para
a troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os polos. O calor
é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos convectivos horizontais,
conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito à transferência vertical de calor na
atmosfera.
Sendo a unidade adotada para fluxo de calor, no sistema internacional, o Watt (W), que corresponde
a Joule por segundo, embora também sejam muito usada a unidade caloria/segundo (cal/s) e seus
múltiplos: caloria/minuto (cal/min) e quilocaloria/segundo (kcal/s).
Exemplo:
Uma fonte de potência constante igual a 100W é utilizada para aumentar a temperatura 100g de
mercúrio 30°C. Sendo o calor específico do mercúrio 0,033cal/g.°C e 1cal=4,186J, quanto tempo a fonte
demora para realizar este aquecimento?
TERMOLOGIA
Temperatura
Chamamos de Termologia a parte da física que estuda os fenômenos relativos ao , aquecimento,
resfriamento, mudanças de estado físico, mudanças de temperatura, etc.
Temperatura é a grandeza que caracteriza o estado térmico de um corpo ou sistema.
Fisicamente o conceito dado a quente e frio é um pouco diferente do que costumamos usar no nosso
cotidiano. Podemos definir como quente um corpo que tem suas moléculas agitando-se muito, ou seja,
com alta energia cinética. Analogamente, um corpo frio, é aquele que tem baixa agitação das suas
moléculas.
Ao aumentar a temperatura de um corpo ou sistema pode-se dizer que está se aumentando o estado
de agitação de suas moléculas.
Ao tirarmos uma garrafa de água mineral da geladeira ou ao retirar um bolo de um forno, percebemos
que após algum tempo, ambas tendem a chegar à temperatura do ambiente. Ou seja, a água "esquenta"
e o bolo "esfria". Quando dois corpos ou sistemas atingem o mesma temperatura, dizemos que estes
corpos ou sistemas estão em equilíbrio térmico.
• Dividimos em partes iguais o intervalo delimitado entre as anotações e associamos valores numéricos
arbitrários. Cada parte em que fica dividido o intervalo é denominada grau de escala, e é sua unidade.
São 3 as escalas termométricas mais comuns:
- Escala Celsius
- Escala Fahrenheit
- Escala Kelvin
Para que seja possível medir a temperatura de um corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado
termômetro.
O termômetro mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com um bulbo de
paredes finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo capilar.
Quando a temperatura do termômetro aumenta, as moléculas de mercúrio aumentam sua agitação
fazendo com que este se dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada altura atingida pelo mercúrio está
associada uma temperatura.
A escala de cada termômetro corresponde a este valor de altura atingida.
Escala Celsius
É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo astrônomo e físico
sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a temperatura de
congelamento da água sob pressão normal (0 °C) e a temperatura de ebulição da água sob pressão
normal (100 °C).
Escala Fahrenheit
Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa, criada em 1708 pelo físico
alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a temperatura de uma mistura de
gelo e cloreto de amônia (0 °F) e a temperatura do corpo humano (100 °F).
Em comparação com a escala Celsius:
0 °C = 32 °F
100 °C = 212 °F
CONVERSÕES
Para que seja possível expressar temperaturas dadas em uma certa escala para outra qualquer deve-
se estabelecer uma convenção geométrica de semelhança.
Por exemplo, convertendo uma temperatura qualquer dada em escala Fahrenheit para escala Celsius:
Exemplo:
Qual a temperatura correspondente em escala Celsius para a temperatura 100 °F?
Para uma melhor compreensão sobre escalas termométricas, segue abaixo um quadro com as
fórmulas, mais importantes a serem utilizadas.
Escalas termométricas
Escala Fahrenheit
Escala Kelvin
TERMODINÂMICA
TRABALHO DE UM GÁS
Considere um gás de massa m contido em um cilindro com área de base A, provido de um êmbolo.
Ao ser fornecida uma quantidade de calor Q ao sistema, este sofrerá uma expansão, sob pressão
constante, como é garantido pela Lei de Gay-Lussac, e o êmbolo será deslocado.
Assim como para os sistemas mecânicos, o trabalho do sistema será dado pelo produto da força
aplicada no êmbolo com o deslocamento do êmbolo no cilindro:
Exemplo:
(1) Um gás ideal de volume 12m³ sofre uma transformação, permanecendo sob pressão constante
igual a 250Pa. Qual é o volume do gás quando o trabalho realizado por ele for 2kJ?
De modo geral, na termodinâmica, o trabalho pode ser determinado através de um método gráfico.
Considere um gráfico de pressão por volume, como mostrado na figura abaixo.
Essa relação matemática mostra que a energia interna e a temperatura estão relacionadas de maneira
direta: para que ocorra uma variação de energia interna é necessário que ocorra uma variação de
temperatura do sistema. Resumindo:
1ª LEI DA TERMODINÂMICA
Exemplo:
(1) Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo que
a Energia interna do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o
recebimento?
2ª LEI DA TERMODINÂMICA
Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de
máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.
Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de
Clausius e Kelvin-Planck:
Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo
de temperatura mais alta.
Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a
mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho
sobre este sistema.
Enunciado de Kelvin-Planck:
É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda
a quantidade de calor recebido em trabalho.
Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%,
ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho
efetivo.
CICLO DE CARNOT
Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal,
que seria capaz de transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total
(100%).
Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma
máquina térmica teórica que se comportava como uma máquina de rendimento total, estabelecendo um
ciclo de rendimento máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot.
Este ciclo seria composto de quatro processos, independente da substância:
e
Logo:
Sendo:
= temperatura absoluta da fonte de resfriamento
= temperatura absoluta da fonte de aquecimento
Com isto se conclui que para que haja 100% de rendimento, todo o calor vindo da fonte de
aquecimento deverá ser transformado em trabalho, pois a temperatura absoluta da fonte de resfriamento
deverá ser 0K.
Partindo daí conclui-se que o zero absoluto não é possível para um sistema físico.
Exemplo:
Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a 560ºC e abandona o
ciclo a 200ºC?
Transformações reversíveis: são aquelas que se realizam em ambos os sentidos, podendo voltar ao
estado inicial, passando pelas mesmas situações intermediárias, sem influências do meio externo. Isso
ocorre geralmente em transformações mecânicas sem atrito.
.
Observe que no deslocamento entre A e B e o retorno entre B e A, a transformação produzida não
teve nenhuma influência do meio exterior (corpos circundantes) e, assim, ela é uma transformação
reversível.
Transformações irreversíveis: observe no exemplo anterior que, se houver atrito, o corpo sofre perda
de energia e, portanto não poderia, espontaneamente, voltar à posição inicial. Nesse caso, essa é uma
transformação irreversível, onde sua inversa só pode ocorrer com influência do meio externo ou de corpos
circundantes, que devem fornecer energia ao corpo para que ele retorne à posição inicial (ponto A)
Na realidade, na natureza todas as transformações espontâneas são irreversíveis. No exemplo acima
é muito improvável que você elimine totalmente o atrito e, devido ao choque com as moléculas de ar e
outros atritos, o bloco, depois de certo tempo irá parar. A energia do bloco se converteu em energia
térmica. O contrário não ocorre, ou seja, é impossível na natureza, que as moléculas se reorganizem e
empurrem o bloco fazendo-o retornar à posição inicial. É por esse motivo que surgiu o Princípio da
Degradação da Energia que afirma que é impossível converter totalmente calor em trabalho
Exemplo:
Uma pedra de gelo colocada em um copo com água a temperatura ambiente recebe calor da água e
derrete, mas jamais cederá calor para a água, pois, o gelo não ficará mais frio e nem a água mais quente,
o que violaria a Segunda Lei da termodinâmica. Contudo, não viola a Primeira Lei, pois a conservação de
energia seria mantida de qualquer modo.
Assim podemos dizer que a conservação de energia ocorre em toda transformação, porém essas
transformações ocorrem espontaneamente em um só sentido por isso os processos termodinâmicos são
ditos irreversíveis.
Questões
01. (UFTM) Dona Joana é cozinheira e precisa de água a 80 ºC para sua receita. Como não tem um
termômetro, decide misturar água fria, que obtém de seu filtro, a 25 ºC, com água fervente. Só não sabe
em que proporção deve fazer a mistura. Resolve, então, pedir ajuda a seu filho, um excelente aluno em
física. Após alguns cálculos, em que levou em conta o fato de morarem no litoral, e em que desprezou
todas as possíveis perdas de calor, ele orienta sua mãe a misturar um copo de 200 mL de água do filtro
com uma quantidade de água fervente, em mL, igual a
(A)800.
(B)750.
(C)625
(D) 600
(E) 550
02(Puc-RJ) Um cubo de gelo dentro de um copo com água resfria o seu conteúdo. Se o cubo tem 10
g e o copo com água tem 200 ml e suas respectivas temperaturas iniciais são 0 °C e 24 °C, quantos cubos
de gelo devem ser colocados para baixar a temperatura da água para 20 °C? (Considere que o calor
específico da água é ca = 1,0 cal/(g °C), o calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g, e a densidade da
água, d = 1 g/ml)
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5
(A)80
(B)75.
(C)70
(D) 60
(E) 55
04. Em uma cozinha, uma chaleira com 1L de água ferve. Para que ela pare, são adicionados 500mL
de água à 10°C. Qual a temperatura do equilíbrio do sistema?
(A)70
(B)65.
(C)90
(D)80
(E)35
(A) 32
(B) 40
(C) 72
(D) 104
(A) 36 ºF e 370 K.
(B) 24 ºF e 174 K.
(C) –20 ºF e 273 K.
(D) –36 ºF e 370 K.
(E) –40 ºF e 372 K.
Assim, para se obter a temperatura de 160°C, deve-se ajustar esse botão na posição:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8
(A) 10
(B) 20
(C) 30
(D) 40
(E) 50
11. Qual a energia interna de 1,5 mols de um gás perfeito na temperatura de 20°C? Considere R=8,31
J/mol.K.
(A)8,31
(B)5,47
(C)3,0
(D)293
(E)55
12.Quando são colocados 12 moles de um gás em um recipiente com êmbolo que mantém a pressão
igual a da atmosfera, inicialmente ocupando 2m³. Ao empurrar-se o êmbolo, o volume ocupado passa a
ser 1m³. Considerando a pressão atmosférica igual a 100000N/m², qual é o trabalho realizado sob o gás?
(A)1000
(B)20000
(C)240
(D)-1000
(E)100
14. (UNIVALI - SC) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturas de
500K e 300K, recebendo 2 000J de calor da fonte quente. O calor rejeitado para a fonte fria e o trabalho
realizado pela máquina, em joules, são, respectivamente:
(A) 500 e 1 500
(B) 700 e 1 300
(C) 1 000 e 1 000
(D) 1 200 e 800
(E) 1 400 e 600
15.Faz-se um sistema passar de um certo estado A para um outro estado B por meio de dois processos
distintos, I e II, conforme mostra o gráfico "pressão x volume".
Respostas
01 Resposta: E
O somatório dos calores trocados é nulo.
Q1+Q2=0 m1cT1+ m2cT2=0
200(80-25)+m2 (80-100)=0
20 m2=11000
m2=550 g
03 Resposta: D
04 Resposta: A
Qualquer quantidade de água que esteja fervendo encontra-se à temperatura de 100°C, se a
temperatura for superior a esta, não haverá água líquida, apenas vapor.
05 Resposta: C
O calor é uma energia em trânsito que flui de um corpo com maior temperatura para um de menor
temperatura.
06.Resposta: D.
𝜃𝑐 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
40 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
𝜃𝐹 − 32 = 72
𝜃𝐹 = 72 + 32 = 104
07.Resposta: D.
A temperatura de fusão é de 0ºC, portanto, quando o gelo começar a entrar na fase líquida, ele vi estar
a 0ºC.
08. Resposta: E.
𝐶 𝐹 − 32
=
5 9
40 𝐹 − 32
− =
5 9
5F-160=-360
5F=-360+160
5F=-200
F=-40 ºF
K=99+273=372K
10. Resposta: A.
100 − 0 80 − 30
=
𝜃𝐶 − 0 40 − 30
100 50
=
𝜃𝐶 10
1000
𝜃𝐶 = = 20
50
11. Resposta: B
Primeiramente deve-se converter a temperatura da escala Celsius para Kelvin:
12. Resposta: D
Sabemos que o trabalho de um gás perfeito em uma transformação isobárica é dado por:
O sinal negativo no trabalho indica que este é realizado sob o gás e não por ele.
13.Resposta: C
O trabalho realizado pelo gás é igual a área sob a curva do gráfico, ou seja a área do trapézio azul.
Sendo a área do trapézio dado por:
15. Resposta
Como os estados iniciais e finais dos dois processos são respectivamente iguais, a variação de energia
interna será a mesma nos dois.
Pela 1ª Lei da Termodinâmica, temos Q=W+U. Como a variação de U é igual em I e II, haverá mais
calor absorvido onde o trabalho realizado for maior. O trabalho no diagrama p-V é representado pela área
sob o gráfico do processo. Assim sendo, vê-se que o trabalho e, consequentemente, o calor trocado é
maior em II.
Ondas
A definição de onda é qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra
jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se
propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até
ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as o Também existem ondas que não podemos observar
a olho nu, como, por exemplo, ondas de rádio, ondas de televisão, ondas ultravioleta e micro-ondas.
Além destas, existem alguns tipos de ondas que conhecemos bem, mas que não identificamos
normalmente, como a luz e o som.
Mas o que elas têm em comum é que todas são energias propagadas através de um meio, e este meio
não acompanha a propagação.
Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que se encontram, podendo propagar-se no vácuo e em determinados meios
materiais. Alguns exemplos são as ondas de rádio, de radar, os raios x e as micro-ondas.
Unidimensionais: que se propagam em apenas uma direção, como as ondas em cordas e molas
esticadas;
Bidimensionais: são aquelas que se propagam por uma superfície, como as água em um lago quando
se joga uma pedra;
Tridimensionais: são capazes de se propagar em todas as dimensões, como a luz e o som.
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. 78
Quanto à direção da vibração as ondas podem ser classificadas como:
Transversais: são as que são causadas por vibrações perpendiculares à propagação da onda, como,
por exemplo, em uma corda:
Longitudinais: são ondas causadas por vibrações com mesma direção da propagação, como as ondas
sonoras.
frente de onda: é a fronteira da região ainda não atingida pela onda com a região já atingida;
raio de onda: é possível definir como o raio de onda a linha que parte da fonte e é perpendicular às
frentes de onda, indicando a direção e o sentido de propagação.
1
𝑇=
𝑓
1
𝜆 = 𝜈.
𝑓
= 𝜆. 𝑓
Sendo esta a equação fundamental da Ondulatória, já que é válida para todos os tipos de onda.
É comum utilizar-se frequências na ordem de kHz (1quilohertz = 1000Hz) e de MHz (1megahertz =
1000000Hz)
Exemplo:
(1) Qual a frequência de ondas, se a velocidade desta onde é de 195m/s, e o seu comprimento de
onda é de 1cm?
1cm=0,01m
= 𝜆. 𝑓
𝜈
𝑓=
𝜆
195
𝑓= = 19500 𝐻𝑧
0,01
𝐹 = 19,5 𝐻𝑧
REFLEXÃO DE ONDAS
É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de
propagação, mantendo as características da onda incidente. Independentemente do tipo de onda, o
módulo da sua velocidade permanece inalterado após a reflexão, já que ela continua propagando-se no
mesmo meio.
Reflexão em ondas unidimensionais
Esta análise deve ser dividida oscilações com extremidade fixa e com extremidade livre:
Para este caso costuma-se dizer que há inversão de fase já que o pulso refletido executa o movimento
contrário ao do pulso incidente.
Para estes casos não há inversão de fase, já que o pulso refletido executa o mesmo movimento do
pulso incidente, apenas com sentido contrário.
É possível obter-se a extremidade livre, amarrando-se a corda a um barbante muito leve, flexível e
inextensível.
REFRAÇÃO DE ONDAS
É o fenômeno que ocorre quando uma onda passa de um meio para outro de características distintas,
tendo sua direção desviada.
Independente de cada onda, sua frequência não é alterada na refração, no entanto, a velocidade e o
comprimento de onda podem se modificar.
Através da refração é possíveis explicar inúmeros efeitos, como o arco-íris, a cor do céu no pôr-do-sol
e a construção de aparelhos astronômicos.
A refração de ondas obedece duas leis que são:
1ª Lei da Refração: O raio incidente, a reta perpendicular à fronteira no ponto de incidência e o raio
refratado estão contidos no mesmo plano.
Lei de Snell: Esta lei relaciona os ângulos, as velocidades e os comprimentos de onda de incidência
𝑠𝑖𝑛𝜃1 𝑣1 1
de refração, sendo matematicamente expressa por: 𝑠𝑖𝑛𝜃2=𝑣2 = 2
ONDE:
1= ângulo de raio incidente à reta perpendicular
2= ângulo de raio refratado à reta perpendicular
1=velocidade da onda incidente
2=velocidade da onda refratada
1= comprimento da onda incidente
2= comprimento da onda refratada
Como exemplos da refração, podem ser usadas ondas propagando-se na superfície de um líquido e
passando por duas regiões distintas. É possível verificar experimentalmente que a velocidade de
propagação nas superfícies de líquidos pode ser alterada modificando-se a profundidade deste local. As
ondas diminuem o módulo de velocidade ao se diminuir a profundidade.
SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS
A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre quando
duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica das perturbações
de cada onda.
No momento em que os pulsos se encontram, suas elongações em cada ponto da corda se somam
algebricamente, sendo sua amplitude (elongação máxima) a soma das duas amplitudes:
Numericamente:
A= A1+A2
X= x1+x2
Após este encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais
conservadas.
Este tipo de superposição é chamado interferência construtiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente aumentada e m módulo.
Novamente, ao se encontrarem as ondas, suas amplitudes serão somadas, mas podemos observar
que o sentido da onda de amplitude A1 é negativo em relação ao eixo vertical, portanto A1<0. Logo, o
pulso resultante terá amplitude igual a diferença entre as duas amplitudes:
Este tipo de superposição é chamado interferência destrutiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente reduzida em módulo.
Os principais exemplos de ondas sobrepostas são os fenômenos ondulatórios de batimento e ondas
estacionárias.
Batimento: Ocorre quando duas ondas periódicas de frequência diferente e mesma amplitude são
sobrepostas, resultando em uma onda com variadas amplitudes dependentes do soma de amplitudes em
cada crista resultante.
Ondas estacionárias: É o fenômeno que ocorre quando são sobrepostas duas ondas com mesma
frequência, velocidade e comprimento de onda, na mesma direção, mas em sentidos opostos.
RESSONÂNCIA
A ressonância acontece quando a frequência de uma fonte de oscilação coincide com a frequência de
oscilação natural de um corpo.
Imagine que esta é uma ponte construída no estilo pênsil, e que sua frequência de oscilação natural é
dada por:
A amplitude de oscilação da ponte passará a ser dada pela superposição das duas ondas:
Se a ponte não tiver uma resistência que suporte a amplitude do movimento, esta sofrerá danos
podendo até ser destruída.
Para um considerado instante, cada ponto da frente de onda comporta-se como fonte das ondas
elementares de Huygens.
A partir deste princípio, é possível concluir que, em um meio homogêneo e com as mesmas
características físicas em toda sua extensão, a frente de onda se desloca mantendo sua forma, desde
que não haja obstáculos.
Desta forma:
DIFRAÇÃO DE ONDAS
O fenômeno chamado difração é o encurvamento sofrido pelos raios de onda quando esta encontra
obstáculos à propagação.
Imagine a situação em que uma onda se propaga em um meio, até onde encontra uma fenda posta
em uma barreira.
EXPERIÊNCIA DE YOUNG
Na experiência realizada por Young, são utilizados três anteparos, sendo o primeiro composto por um
orifício, onde ocorre difração da luz incidida, o segundo, com dois orifícios, postos lado a lado, causando
novas difrações. No último, são projetadas as manchas causadas pela interferência das ondas resultantes
da segunda difração.
Ao substituir-se estes orifícios por fendas muito estreitas, as manchas tornam-se franjas, facilitando a
visualização de regiões mais bem iluminadas (máximos) e regiões mal iluminadas (mínimos).
Luz proveniente de uma fonte F passa por um pequeno orifício S e incide sobre duas fendas paralelas
estreitas S1 e S2 separadas por uma distância h. Um anteparo colocado após as fendas mostrará listas
claras e escuras, definindo assim o padrão de interferência que estamos interessados em encontrar. Note
que o orifício S é de fundamental importância pois é ele que fornece a coerência espacial necessária
entre a radiação vinda das duas fendas.
ACUSTICA
É o estudo das ondas sonoras e de sua percepção pelo sistema auditivo. Logo, para que possamos
iniciar nosso estudo, precisamos entender o que é som.
A audição humana considerada normal consegue captar frequências de onda sonoras que variam
entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São denominadas ondas de infrassom, as ondas que tem
frequência menor que 20Hz, e as de ultrassom as que possuem frequência acima de 20000Hz.
De maneira que:
Exemplo:
Sabendo que à 15°C o som se propaga à 340m/s, qual será sua velocidade de propagação à 100°C?
Lembrando que:
15° = 288K
100° = 373K
V15º=K.T15º e V100º=K.T100º
340=K.288 e V100º=K.373
Dividindo-se uma equação pela outra:
340 288
= √
𝑣100 373
340
𝑣100 =
√288
373
INTERVALO ACÚSTICO
A audição humana é capaz de diferenciar algumas características do som como a sua altura, intervalo e
timbre.
A altura do som depende apenas de sua frequência, sendo definida como a diferenciação entre grave e
agudo.
Um tom de maior frequência é agudo e um de menor é grave.
Os intervalos entre dois sons são dados pelo quociente entre suas frequências. Ou seja:
𝑓1
𝑖=
𝑓2
INTENSIDADE SONORA
A intensidade do som é a qualidade que nos permite caracterizar se um som é forte ou fraco e depende
da energia que a onda sonora transfere.
A intensidade sonora (I) é definida fisicamente como a potência sonora recebida por unidade de área
de uma superfície, ou seja:
𝑃
𝐼=
𝐴
Mas como a potência pode ser definida pela relação de energia por unidade de tempo:
𝐸
𝑃=
∆𝑡
𝐸
𝐼=
𝐴. ∆𝑡
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 86
As unidades mais usadas para a intensidade são J/m² e W/m².
É chamada mínima intensidade física, ou limiar de audibilidade, o menor valor da intensidade sonora
ainda audível: Io=10-12 W/m2
É chamada máxima intensidade física, ou limiar de dor, o maior valor da intensidade sonora suportável
pelo ouvido: Imáx=1 W/m2
Conforme um observador se afasta de uma fonte sonora, a intensidade sonora ou nível sonoro
(β)diminui logaritmicamente, sendo representado pela equação:
𝐼
𝛽 = 𝑙𝑜𝑔
𝐼0
A unidade utilizada para o nível sonoro é o Bel (B), mas como esta unidade é grande comparada com
a maioria dos valores de nível sonoro utilizados no cotidiano, seu múltiplo usual é o decibel (dB), de
maneira que 1B=10dB.
REFLEXÃO DO SOM
Assim como para qualquer outra onda, as ondas sonoras, ao atingirem um obstáculo fixo, como uma
parede, são refletidas.
A reflexão do som acontece com inversão de fase, mas mantém a mesma velocidade de propagação,
mesma frequência e o mesmo comprimento de onda do som incidente.
Um efeito muito conhecido causado pela reflexão do som é o efeito de eco. Que consiste na reflexão
do som que bate em uma parede afastada.
Quando uma pessoa emite um som em direção a um obstáculo, este som é ouvido no momento da
emissão, chamado som direto, e no momento em que o som refletido pelo obstáculo retorna a ele.
Sabemos que a velocidade é dada pela distância percorrida pelo som em um determinado tempo, esta
distância é dada por duas vezes a distância ao obstáculo refletor, já que o som vai e volta. Assim:
2𝑑
𝑣=
𝑡
E a velocidade é a de propagação do som no ar.
Ao receber um som, este "permanece" em nós por aproximadamente 0,1s, sendo este intervalo
conhecido como persistência acústica.
Pela relação da velocidade:
2𝑑
𝑡 =
𝑣
Se este intervalo de tempo for inferior à persistência acústica (t < 0,1s), o som ouvido após ser refletido
parecerá apenas um prolongamento do som direto. A este efeito dá-se o nome de reverberação. Para
intervalos maiores que a persistência acústica (t > 0,1s) é instintivo perceber que esta reflexão será ouvida
como eco.
Os outros fenômenos acontecem da mesma forma que para as outras ondas estudadas. Tendo uma
utilização bastante conhecida a de interferência do som, onde é possível aplicar uma frequência
antirruído, a fim de suavizar o som do ambiente.
TUBOS SONOROS3
Ao soprar um tubo sonoro a coluna de ar vibra, havendo assim a produção de som.
Vejamos agora os tipos de tubos sonoros:
A) Abertos: os tubos abertos possuem uma extremidade oposta à embocadura, ou seja, a entrada do
ar aberta. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo aberto ressoa.
Nas duas extremidades do tubo, ou seja, na embocadura e na extremidade aberta, há uma formação
de ventres, isto é, uma interferência construtiva.
3 http://www.colegioweb.com.br/acustica/tubos-sonoros.html#ixzz42R41y85z
A) Tubos Abertos
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo aberto que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 3º
harmônico.
Vejamos:
Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:
B) Tubos fechados
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo fechado que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 5º
harmônico.
Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:
EFEITO DOPPLER
O efeito Doppler é a alteração da frequência sonora percebida pelo observador em virtude do
movimento relativo de aproximação ou afastamento entre a fonte e o observador.
Para ondas sonoras, o efeito Doppler constitui o fenômeno pelo qual um observador percebe
frequências diferentes das emitidas por uma fonte e acontece devido à velocidade relativa entre o a onda
sonora e o movimento relativo entre o observador e/ou a fonte.
Considerando:
f0= frequência aparente percebida pelo observador
f=frequência real emitida
v0= velocidade do observador
vf= velocidade da fonte
v= velocidade da onda sonora
Podemos determinar uma fórmula geral para calcular a frequência percebida pelo observador, ou seja,
a frequência aparente.
Supondo que o observador esteja em repouso e a fonte se movimente:
Para o caso onde a fonte se aproxima do observador, há um encurtamento do comprimento da onda,
relacionado à velocidade relativa, e a frequência real será menor que a observada, ou seja:
𝑣
𝑓0 =
1
Mas, como a fonte se movimenta, sua velocidade também deve ser considerada, de modo que:
Substituindo no cálculo da frequência observada:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 − 𝑣
𝑓
𝑓𝑓
Ou seja:
Então:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 + 𝑣
𝑓
𝑓𝑓
Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde a fonte se desloque e o observador fique
parado, se utilizarmos:
Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a
fonte se afasta.
No caso em que o observador se afasta da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
menor número de frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser
menor que a frequência emitida pela fonte. A dedução do cálculo da frequência observada será análoga
ao caso anterior, no entanto a velocidade de propagação é ligeiramente reduzida.
𝑣
𝑓0= 2
Mas:
𝑣
𝑣2=𝑣−𝑣0 e =
𝑓𝑓
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
𝑣 − 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:
Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte
se afasta.
Qualidade do Som
É a qualidade que permite diferenciar sons graves de sons agudos. A altura de um som se relaciona
com sua frequência. Quanto maior a frequência de uma som mais agudo ele será e, quanto menor a
frequência mais grave será.
OBS.: A voz masculina é grave e a feminina é aguda. A diferença é decorrente da densidade das
pregas vocais. As pregas vocais masculinas são mais densas (grossas), produzindo um som grave. Já
as pregas vocais feminina são mais finas ocasionando a produção de um som agudo.
c) Timbre:
É a qualidade que permite diferenciar sons de mesma altura emitidos por fontes diferentes. O timbre
depende da forma da onda (desenho da onda), como mostrado na figura ao lado. Esse desenho da onda
e comumente denominado de harmônico. Na figura verifica-se que cada instrumento produz ondas com
formas diferentes, isso faz com que o aparelho auditivo do ser humano reconheça o instrumento que o
envia.
Intensidade A intensidade de um som é dada pela razão entre a sua potência e a área por ele
atravessa. Conforme a equação abaixo
𝑃
𝐼=
𝐴
Unidade no SI: w/m2
Notas
01.A menor intensidade de som audível é denominada de limiar de audição e seu valor é Io = 10-
12 w/m2. Quanto a intensidade do som começa a produzir desconforto auditivo, como início da sensação
dolorosa, ela passa a ser denominada de limiar de dor e seu valor é de I = 1 w/m2
02. A onda sonora e tridimensional, por isso considera-se ao se propagar no ar assume a configuração
espacial de uma esfera.
Nível Sonoro
É a grandeza física que responsável pela medida da sensação auditiva do ser humano.
Na prática usa-se decibel (dB), para converter de Bell, para decibell (dB), basta multiplicar o resultado
encontrado por 10.
Questões
01. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES) A mudança na direção de uma onda, ao atravessar a
fronteira entre dois meios, e a modificação da velocidade de propagação e o comprimento de onda,
mantendo uma proporção direta, são características de uma
(A) reflexão de ondas.
(B) refração de ondas.
(C) superposição de ondas.
(D) dispersão de ondas.
(E) difração de ondas.
A figura acima, mostra, esquematicamente, as linhas de campo magnético terrestre. Ocm referência a
essa figura e a fenômenos eletromagnéticos, julgue o item
Ondas eletromagnéticas são ondas longitudinais e necessitam de meio físico para se propagar.
( ) certo ( ) errado
(A) maior do que o de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(B) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(C) maior do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
(D) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
05. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE) Com relação às propriedades das ondas sonoras e
eletromagnéticas, julgue os itens a seguir Tanto as ondas sonoras quanto as ondas eletromagnéticas
requerem um meio para sua propagação.
( ) certo ( ) errado
(A) amplitude
(B) frequência
(C) velocidade de propagação
(D) potência transmitida
(E) comprimento de onda
07. (SEDUC/RJ – Professor Docente I – Ciências – CEPERJ) Se houvesse uma explosão no Sol
certamente não ouviríamos aqui na Terra. Isso aconteceria por que:
09. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – FAB) A hélice de um determinado avião
gira a 1800 rpm (rotações por minuto). Qual a frequência, em hertz, dessa hélice?
(A) 30
(B) 60
(C) 90
(D) 180
11.Um homem anda paralelamente a uma linha férrea com velocidade de 1,5 m/s, um trem se desloca
em sua direção com velocidade de 20 m/s, o homem ouve o apito do trem com frequência de 683 Hz.
Sendo a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, qual a frequência do apito emitido pelo trem? Esquema
do problema
Adotando-se um sistema de referência orientado do observador (homem) para a fonte sonora (trem)
temos que o homem tem velocidade positiva (v O > 0) e a velocidade do trem é negativa (v F < 0). Dados
do problema • velocidade da fonte: v F = −20 m/s; • velocidade do observador: v O = 1,5 m/s; • frequência
ouvida pelo observador: f O = 683 Hz; • velocidade do som no ar: v = 340 m/s.
12.Um trem bala passa apitando pela plataforma de uma estação. Uma pessoa que está parada na
plataforma ouve o silvo com frequência de 450Hz. Após a passagem do trem, a frequência do apito parece
cair para 300Hz. Qual a velocidade com que o trem bala anda? Considera velocidade do som igual a
340m/s.
13. (UFSM) Ondas ultrassônicas são emitidas por uma fonte em repouso em relação ao paciente, com
uma frequência determinada. Essas ondas são refletidas por células do sangue que se .......... de um
detector de frequências em repouso, em relação ao mesmo paciente. Ao analisar essas ondas refletidas,
o detector medirá frequências .......... que as emitidas pela fonte. Esse fenômeno é conhecido como ..........
.
Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
(A) afastam - menores - efeito Joule
(B) afastam - maiores - efeito Doppler
(C) aproximam - maiores - efeito Joule
(D) afastam - menores - efeito Doppler
(E) aproximam - menores - efeito Tyndal
14. (UnB-DF) Um indivíduo percebe que o som da buzina de um carro muda de tom à medida que o
veículo se aproxima ou se afasta dele. Na aproximação, a sensação é de que o som é mais agudo, no
afastamento, mais grave. Esse fenômeno é conhecido em Física como efeito Doppler. Considerando a
situação descrita, julgue os itens que se seguem.
(1) As variações na totalidade do som da buzina percebidas pelo indivíduo devem-se a variações da
frequência da fonte sonora.
(2) Quando o automóvel se afasta, o número de cristas de onda por segundo que chegam ao ouvido
do indivíduo é maior.
(3) Se uma pessoa estiver se movendo com o mesmo vetor velocidade do automóvel, não mais terá a
sensação de que o som muda de totalidade.
(4) Observa-se o efeito Doppler apenas para ondas que se propagam em meios materiais.
Respostas
01. Resposta: B.
Como mantém proporção, podemos dizer que as frequências são iguais, portanto, ocorre refração de
ondas.
02. Resposta: E.
Lembrando que ondas mecânicas são todas as ondas que precisam de um meio material para se
propagar.
04. Resposta: A.
A frequência de onda da voz de Marina é maior, pois é som mais agudo, ou seja o comprimento de
onda deve ser menor, pois a velocidade das ondas devem ser iguais por estarem no mesmo meio.
06. Resposta: C.
Se as ondas estão no mesmo meio (vácuo), elas terão a mesma velocidade de propagação.
07. Resposta: A.
O som é uma onda que precisa de um meio material para ser ouvido.
08. Resposta: C.
09. Resposta: A.
Hertz =rotações por segundo, portanto vamos dividir por 60.
1800/60=30 Hz.
12.Resposta:
Utilizando a equação generalizada do efeito Doppler:
Para encontramos a velocidade do trem podemos isolar a frequência do som emitido pelo apito e
resolver a equação, ou podemos dividir uma equação pela outra:
14. Resposta:
FFVF
(1) Falsa --- a frequência da fonte é a mesma
(2) Falsa
(3) Verdadeira --- a distância fonte-observador é a mesma
(4) Falsa --- vale também para a luz que não necessita de um meio material para se propagar.
15. Resposta: B.
Tubos fechados só emitem harmônicos ímpares
fn=nV/4L
f1=1X340/4X0,5
f1=11770Hz
f3=3X340/4X0,5
f3=510Hz
OPTICA
A óptica é um ramo da Física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética,
visível ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e difração, a interação entre a luz e o
meio, entre outras coisas. Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível,
infravermelha, e ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda eletromagnética, fenômenos
análogos acontecem com os raios X, micro-ondas, ondas de rádio, e outras formas de radiação
eletromagnética. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdisciplina do eletromagnetismo.
Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a
mecânica quântica. Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se entre os seguintes ramos, por
ordem crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado pela seguinte):
- Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio de Fermat. Utiliza-
se no estudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração.
- Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda plana, tendo em conta sua frequência e
comprimento de onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
- Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma onda eletromagnética, explicando assim a
reflexão e transmissão, e os fenômenos de polarização e anisotrópicos.
- Óptica quântica ou óptica física: Estudo quântico da interação entre as ondas eletromagnéticas e a
matéria, no que a dualidade onda-corpúsculo joga um papel crucial.
4
Universidade federal do Rio grande do Sul. Disponível em: http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/n25_Alvarenga/teoria_corpuscular.htm
Fonte: www.profcordella.com.br
Divisões da Óptica
Óptica Física: estuda os fenômenos ópticos que exigem uma teoria sobre a natureza das ondas
eletromagnéticas.
Conceitos básicos
Raios de luz: são a representação geométrica da trajetória da luz, indicando sua direção e o sentido
da sua propagação. Por exemplo, em uma fonte puntiforme são emitidos infinitos raios de luz, embora
apenas alguns deles cheguem a um observador. Representa-se um raio de luz por um segmento de reta
orientado no sentido da propagação.
Feixe de luz: é um conjunto de infinitos raios de luz; um feixe luminoso pode ser:
Fontes de luz
Tudo o que pode ser detectado por nossos olhos, e por outros instrumentos de fixação de imagens
como câmeras fotográficas, é a luz de corpos luminosos que é refletida de forma difusa pelos corpos que
nos cercam. Fonte de luz são todos os corpos dos quais se podem receber luz, podendo ser fontes
primárias ou secundárias.
Fontes primárias: Também chamadas de corpos luminosos, são corpos que emitem luz própria, como
por exemplo, o Sol, as estrelas, a chama de uma vela, uma lâmpada acesa.
Fontes secundárias: Também chamadas de corpos iluminados, são os corpos que enviam a luz que
recebem de outras fontes, como por exemplo, a Lua, os planetas, as nuvens, os objetos visíveis que não
têm luz própria.
Pontual ou puntiforme: uma fonte sem dimensões consideráveis que emite infinitos raios de luz.
Os diferentes meios materiais comportam-se de forma diferente ao serem atravessados pelos raios de
luz, por isso são classificados em:
Meio transparente: é um meio óptico que permite a propagação regular da luz, ou seja, o observador
vê um objeto com nitidez através do meio. Exemplos: ar, vidro comum, papel celofane, etc.
Meio translúcido: é um meio óptico que permite apenas uma propagação irregular da luz, ou seja, o
observador vê o objeto através do meio, mas sem nitidez.
Meio opaco: é um meio óptico que não permite que a luz se propague, ou seja, não é possível ver um
objeto através do meio.
Reflexão regular: a luz que incide na superfície e retorna ao mesmo meio, regularmente, ou seja, os
raios incidentes e refletidos são paralelos. Ocorre em superfícies metálicas bem polidas, como espelhos.
Reflexão difusa: a luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular, ou seja,
os raios incidentes são paralelos, mas os refletidos são irregulares. Ocorre em superfícies rugosas, e é
responsável pela visibilidade dos objetos.
Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio. Ambos os
raios (incidentes e refratados) são paralelos, no entanto, os raios refratados seguem uma trajetória
inclinada em relação aos incididos. Ocorre quando a superfície separa dois meios transparentes.
Absorção: a luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem refratada, sendo absorvida pelo
corpo, e aquecendo-o. Ocorre em corpos de superfície escura.
Quando os raios de luz se cruzam, estes seguem independentemente, cada um a sua trajetória.
Um meio ordinário é aquele que é, ao mesmo tempo, transparente, homogêneo e isótropo, como por
exemplo, o vácuo.
Reversibilidade dos Raios de Luz: Se revertermos o sentido de propagação de um raio de luz ele
continua a percorrer a mesma trajetória, em sentido contrário.
O terceiro princípio pode ser verificado, por exemplo, na situação em que um motorista de táxi e seu
passageiro, este último no banco de trás, conversam, um olhando para o outro através do espelho central
retrovisor.
O domínio de validade da óptica geométrica é o de a escala em estudo ser muito maior do que o
comprimento de onda da luz considerada e em que as fases das diversas fontes luminosas não têm
qualquer correlação entre si. Assim, por exemplo é legítimo utilizar a óptica geométrica para explicar a
refração mas não a difração. Todos os três princípios podem ser derivados do Princípio de Fermat, de
Pierre de Fermat, que diz que quando a luz vai de um ponto a outro, ela segue a trajetória que minimiza
Reflexão
Há muitos séculos, curiosos gregos como Heron de Alexandria tentavam desvendar os mistérios da
natureza, em especial a ele a reflexão luminosa. Atualmente os conhecimentos adquiridos sobre este
campo culminaram, em parte, na contemporânea mecânica quântica, cientistas como Niels Bohr (com
seu modelo atômico mais complexo) perpassaram por estudos na área da reflexão, quando um de seus
postulados dizia que fótons poderiam interagir com os elétrons da camada mais exterior da eletrosfera de
um átomo, excitando-os e proporcionando-os a estes os chamados saltos quânticos que resultariam na
"devolução" da radiação(pacote destes fótons) incidente. A reflexão, no entanto, não vale só para as
ondas luminosas e sim para todas as ondas, ou seja, acústica, do mar, etc. Tomando como exemplo
ondas originadas de inúmeras perturbações superficiais (pulsos) periódicas em um balde largo e comprido
de água inerte (parada), percebe-se que as ondas se propagam no meio "batem" nas paredes do
recipiente e "voltam" sem sofrerem perdas consideráveis de energia, esse fenômeno é chamado de
reflexão. Os estudos do grego Alexandria resultaram na conclusão de que as ondas luminosas, natureza
de onda estudada por ele, incidiam sobre um espelho e eram refletidas, e ainda que o ângulo de incidência
é igual ao de reflexão. Esta teoria, aceita até os dias atuais, é válida para todas as naturezas de onda,
com exceção à acústica, por se propagar em todas as direções (tridimensional).
Fonte: osfundamentosdafisica.blogspot.com
Difração
Uma onda quando perpassa um obstáculo que possui a mesma ordem de grandeza de seu
comprimento de onda, apresenta um fenômeno denominado difração, modificando sua direção de
propagação e contornando um obstáculo. Esse fenômeno foi estudado pelo físico Thomas Young e
representado em sua experiência junto ao de interferência - utilizado pra provar a característica
ondulatória da luz. Se uma pessoa tentar se comunicar com outra, sendo estes separados por uma parede
espessa e relativamente alta, os dois se ouvirão em uma conversa, isso é possível graças ao fenômeno
de difração, pois como a onda sonora possui um comprimento de onda na escala métrica, esta contornar
a parede e atingir os ouvidos dos indivíduos. A luz não poderia contornar a parede, pois possui um
comprimento de onda na escala manométrica o que faz os indivíduos não se verem apenas se escutarem.
Absorção
No fenômeno de Absorção a luz incidente em um corpo não se reflete e nem se refrata. A luz, que é
uma forma de energia radiante, é absorvida em S, aquecendo-a. Ocorre, por exemplo, nos corpos de
superfície preta (corpos negros).
Interferência
É quando duas ondas, simultaneamente, se propagam no mesmo meio. Denomina-se então uma
superposição de ondas. Quando ocorre o encontro entre duas cristas ambas aumentam sua amplitude.
Quando dois vales se encontram sua amplitude é igualmente aumentada e os dois abaixam naquele
ponto. Quando um vale e uma crista encontram-se, ambos irão querer puxar cada elevação para o seu
lado. Se as amplitudes forem iguais elas se cancelam (a=0). Se as amplitudes foram diferentes elas se
subtraem.
Polarização
A polarização é um fenômeno que pode ocorrer apenas com ondas transversais, aquelas em que a
direção de vibração é perpendicular à de propagação, como a produzida em uma corda esticada. A onda
é chamada polarizada quando a vibração ocorre em uma única direção. Polarizar uma onda significa
orientá-la em uma única direção ou plano.
É todo o sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes. Quando esta separação
acontece em um meio plano, chamamos então, dioptro plano.
A figura acima representa um dioptro plano, na separação entre a água e o ar, que são dois meios
homogêneos e transparentes.
𝐻 𝑛2
=
ℎ 𝑛1
Onde n é o índice de refração
Prisma
Um prisma é um sólido geométrico formado por uma face superior e uma face inferior paralelas e
congruentes (também chamadas de bases) ligadas por arestas. As laterais de um prisma são
paralelogramos. No entanto, para o contexto da óptica, é chamado prisma o elemento óptico transparente
com superfícies retas e polidas que é capaz de refratar a luz nele incidida. O formato mais usual de um
prisma óptico é o de pirâmide com base quadrangular e lados triangulares.
A aplicação usual dos prismas ópticos é seu uso para separar a luz branca policromática nas sete
cores monocromáticas do espectro visível, além de que, em algumas situações poder refletir tais luzes.
Funcionamento do prisma
Quando a luz branca incide sobre a superfície do prima, sua velocidade é alterada, no entanto, cada
cor da luz branca tem um índice de refração diferente, e logo ângulos de refração diferentes, chegando à
outra extremidade do prima separadas.
- Prismas dispersivos são usados para separar a luz em suas cores de espectro.
Efeito Fotoelétrico5
O efeito fotoelétrico ocorre quando uma placa metálica é exposta a uma radiação eletromagnética de
frequência alta, por exemplo, um feixe de luz, e este arranca elétrons da placa metálica.
efeito fotoelétrico parece simples, mas intrigou bastantes cientistas, só em 1905 Einstein explicou
devidamente este efeito e com isso ganhou o Prêmio Nobel.
Uma das dúvidas que se tinha a respeito era que quanto mais se diminuía a intensidade do feixe de
luz o efeito ia desaparecendo e a respeito da frequência da fonte luminosa também intrigava muito os
cientistas, pois ao reduzir a frequência da fonte abaixo de um certo valor o efeito desaparecia (chamado
de frequência de corte), ou seja, para frequências abaixo deste valor independentemente de qualquer
que fosse a intensidade, não implicava na saída de nenhum único elétron que fosse da placa metálica.
Mais tarde Einstein com a teoria dos fótons explicou que, a intensidade de luz é proporcional ao número
de fótons e que como consequência determina o número de elétrons a serem arrancados da superfície
da placa metálica e, quanto maior a frequência maior é a energia adquirida pelos elétrons assim eles
saem da placa e abaixo da frequência de corte, os elétrons não recebem nenhum tipo de energia, assim
não saem da placa.
Placa metálica incidida por luz e perdendo elétrons devido o efeito fotoelétrico.
Espelhos Planos
Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem:
-mesma distância que o objeto
-mesma altura
-direita (mesmo sentido que o objeto)
-inversa
-virtual
5
https://www.infoescola.com/fisica/efeito-fotoeletrico/
-Espelhos Côncavos: É toda e qualquer superfície espelhada (refletora), na forma de uma calota
esférica. O espelho esférico pode ser côncavo ou convexo, dependendo da face onde se encontra a
superfície refletora.
Se a parte espelhada for interna, o espelho chama-se côncavo.
Se a parte espelhada for externa, então o espelho é convexo.
Vejamos como devem ser feitos os raios de luz para a formação da imagem:
Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem
-invertida
-depois do centro de curvatura
-maior que o objeto
-real
Características da imagem
-entre o centro de curvatura e o foco
-menor que o objeto
-invertida
-real
Características da imagem:
-Real
-invertida
-imagem no centro de curvatura
-mesmo tamanho do objeto
Características da imagem:
-virtual
-direita
-maior que o objeto
-Espelhos Convexos
Proporcionam um amplo campo de visão
Fonte:www.infoescola.com
- Em uma lente esférica com comportamento convergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que convergem a um único ponto.
- Tanto lentes de bordas finas como de bordas espessas podem ser convergentes, dependendo do
seu índice de refração em relação ao do meio externo.
- O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração do meio
externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente biconvexa
(com bordas finas):
Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente bicôncava (com bordas
espessas):
Em uma lente esférica com comportamento divergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que divergem a partir de um único ponto. Tanto lentes de bordas espessas
como de bordas finas podem ser divergentes, dependendo do seu índice de refração em relação ao do
meio externo. O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração
do meio externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente
bicôncava (com bordas espessas):
Fonte: www.brasilescola.com
Física - Óptica da Visão
Na Física, o estudo do comportamento dos raios luminosos em relação ao globo ocular é conhecido
como óptica da visão. Para entender a óptica da visão será necessário estudar, anteriormente, a estrutura
do olho humano.
Nossos olhos são constituídos de vários meios transparentes que levam os raios luminosos até a retina
(onde se formam as imagens).
Observe a figura abaixo:
Na óptica da visão é importante entender a função das partes mais importantes na formação de
imagens no globo ocular. Vamos ver estas partes e suas funções:
O cristalino funciona como uma lente convergente biconvexa.
A pupila funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho.
Os músculos ciliares alteram a distância focal do cristalino, comprimindo-o.
A retina é a parte do olho sensível à luz. É nesta região que se formam as imagens.
Para que o olho consiga formar uma imagem com nitidez, um objeto é focalizado variando-se a forma
do cristalino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos ciliares, através de uma
maior ou menor compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é chamado de acomodação visual.
O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem real e invertida no fundo do olho, mais
precisamente na retina. Como esta região é sensível à luz, as informações luminosas são transformadas
em sinais elétricos que escoam pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). O cérebro
trata de decodificar estes sinais elétricos e nos mostrar a imagem do objeto focalizado.
Pela figura acima, nota-se que as pessoas que possuem miopia, tem um olho mais longo, formando a
imagem antes e com a lente divergente, forma a imagem no foco.
As pessoas que tem hipermetropia, tem olhos longos, formando a imagem depois do foco e com a
lente convergente a imagem fica correta.
E o astigmatismo torna a imagem distorcida.
Adaptação visual
Acomodação visual
As pessoas que tem visão considerada normal, emétropes, têm a capacidade de acomodar objetos
de distâncias de 25 cm em média, até distâncias no infinito visual.
Ponto próximo
A primeira distância (25cm) corresponde ao ponto próximo, que é a mínima distância que um pessoa
pode enxergar corretamente. O que caracteriza esta situação é que os músculos ciliares encontram-se
totalmente contraídos.
Neste caso, pela equação de Gauss:
1 1 1
𝑓
= 𝑝+𝑝′
Considerando o olho com distância entre a lente e a retina de 15mm, ou seja, p'=15mm:
1 1 1
= +
𝑓 250 15
1
= 0,0766
𝑓
𝑓 = 14,1 𝑚𝑚
Quanto à distância infinita, corresponde ao ponto remoto, que a distância máxima alcançada para
uma imagem focada. Nesta situação os músculos ciliares encontram-se totalmente relaxados.
Da mesma forma que para o ponto próximo, podemos utilizar a equação de Gauss, para determinar o
foco da imagem.
Muitas vezes não temos muitos dados no exercício, fala simplesmente em ampliação. Ex: o objeto foi
aumentado em 2 vezes.
Para isso, utilizamos a fórmula:
𝑖 𝑝′ 𝑓
𝐴= =− =
𝑜 𝑝 𝑓−𝑝
Onde:
I=tamanho da imagem
O=tamanho do objeto
P’=distância da imagem até o vértice
P=distância do objeto até o vértice
F=distância focal
Ilusão de Óptica
Ilusão de óptica são imagens que enganam momentaneamente o cérebro deixando o inconsciente
confuso e fazendo com que este capte ideias falsas, preenchendo espaços que não ficam claros à
primeira vista. Podem ser fisiológicas quando surgem naturalmente ou cognitivas quando se cria com
artifícios visuais. Uma das mais famosas imagens, que causa ilusão de óptica, foi criada em 1915 pelo
cartunista W. E. Hill. Nesta figura duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de
perfil olhando para longe, a outra é o rosto de uma senhora idosa que olha para o chão.
Instrumentos Ópticos6
Lupa
É o instrumento óptico de ampliação mais simples que existe. Sua principal finalidade é a obtenção de
imagens ampliadas, de tal maneira que seus menores detalhes possam ser observados com perfeição.
A lupa, também é chamada de microscópio simples e consiste em uma lente convergente, logo, cria
imagens virtuais. Em linhas gerais, qualquer lente de aumento pode ser considerada como uma lupa. Há
tipos que constam de um suporte contendo a lente, uma armação articulada, onde é colocada a lâmina
que contém o objeto a ser observado e um espelho convergente (o condensador) para concentrar os raios
luminosos sobre o objeto. Este deve ser colocado a uma distância da lente, menor que a distância focal
da mesma. Há uma condição para que a imagem formada seja nítida. De acordo com o foco objeto da
lente usada como lupa, temos uma distância mínima de visão nítida. Se a lente for colocado próximo a
um objeto numa distância menor que a sua distância mínima de visão nítida, a imagem não será visível.
6
Por ZILZ, Denis
Microscópio
Câmera Fotográfica
A câmera fotográfica como um instrumento óptico de projeção, se baseia no princípio de que um objeto
visto através de uma lente convergente, a uma distância maior que a distância da mesma, produz uma
imagem real e invertida, e mais ainda: seu tamanho é inversamente proporcional à distância foco objeto.
A lente ou sistema de lente empregada recebe o nome de objetiva. É importante que a imagem seja
projetada sobre o filme, se a mesma se formar antes ou depois do filme teremos uma foto fora de foco.
Por isso, ajusta-se as lentes objetivas a fim de que obtenha-se uma imagem nítida. Quando em foco, a
imagem que formada no filme fotográfico é real e invertida.
É um instrumento de óptica, com lentes, que possibilitam um grande alcance da visão. É composto por
um par de tubos, interligados por um sistema articulado, sendo que cada tubo possui igualmente uma
lente objetiva (que fica na extremidade do binóculos, mais próxima do objeto a ser visto) e uma lente
ocular (que fica mais próxima dos olhos) e entre elas, um sistema de prismas. Há ainda um sistema de
foco, situado entre os tubos do binóculo.
Há dois tipos de prisma, que definem a qualidade da imagem e o preço do binóculo. O prisma Roof é
o tipo mais complexo e é mais caro. Os binóculos que possuem este sistema, tem os tubos retos, como
os telescópios. O prisma Porro é mais simples, mas tem melhor percepção da profundidade, isto porque
as objetivas não estão alinhadas com as oculares. Elas ficam mais afastadas entre si.
O binóculo primitivo era de uma objetiva com uma lente convergente no meio de duas lentes
divergentes e uma lente ocular de sentido inverso. Atualmente é constituído de uma lente ocular e de
outra objetiva baseada nas lunetas astronômicas, onde é utilizado o método poli prisma. Esse
equipamento é adequado para visualização terrestre, marítima e, em alguns casos, astronômica. Como
é utilizada a visão dos dois olhos em simultâneo, ao olhar-se por um binóculo tem-se uma percepção da
profundidade da cena, ou seja, visão tridimensional: pode-se notar a largura, altura e profundidade. As
lunetas e telescópios não tem essa capacidade.
- A qualidade da imagem de um binóculo depende de cinco fatores:
- Alinhamento da ótica
- Qualidade das lentes
- Qualidade dos prismas
- Tratamento dado às superfícies dos óticos
- Estabilidade mecânica do corpo e do mecanismo de focalização.
Os binóculos possuem dois números impressos em seu corpo, do tipo: 7x50, 12x60, 20x70. O primeiro
número significa a magnificação (ou aumento) e o segundo, o tamanho (em milímetros) da objetiva.
Quanto maior a objetiva, mais luz entra e melhor será a visualização das imagens. Os modelos que
possuem lentes coloridas (vermelhas) recebem esse acabamento para diminuir a reflexão, sendo um
tratamento antirreflexo, permitindo diminuir as aberrações cromáticas. No máximo, apenas ajudam a
"quebrar" o excesso de luz em ambientes como praia ou montanhas com neve.
Questões
03. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB) Afigura a seguir mostra um raio de luz incidindo
sobre um espelho plano. Qual o valor do ângulo de reflexão desse raio?
(A) 60°
(B) 25°
(C) 37°
(D) 45°
(E) 53°
04. (SECU/PI – Professor – Física – NUCEPE/2015) Sobre a refração e reflexão da luz considere
as seguintes proposições:
I - Quando a transmissão da luz de um meio para outro é acompanhada de mudança de
velocidade, dizemos que houve refração da luz.
II - A primeira lei da refração diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de
incidência, estão contidos no mesmo plano.
III - Reflexão é o fenômeno óptico que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de
origem, após incidir sobre um objeto ou superfície.
Responda mediante o código:
(A) se somente I for correta.
(B) se somente II for correta.
(C) se somente III for correta.
(D) se somente I e III forem corretas.
(E) se I, II e III forem corretas.
07. (UFAL) A figura representa um feixe de raios paralelos incidentes numa superfície S e os
correspondentes raios emergentes.
08. A distância média entre a Terra e o Sol é de 150.000 km. Quanto tempo a luz demora para
chegar à Terra? (Considerando c = 300.000 km/s).
09. (Ufg) Têm-se a sua disposição, em um ambiente escuro, uma vela acesa, um instrumento de
medida de comprimento, uma lente convergente, um anteparo e uma mesa.
a) Descreva, de maneira sucinta, um procedimento experimental para se obter a distância focal
da lente, através da visualização da imagem da chama da vela no anteparo.
10. Uma pessoa coloca diante de um espelho plano uma placa onde está escrita a palavra
VESTIBULAR, Como a pessoa vê a imagem desta palavra conjugada no espelho?
Respostas
01. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, o espelho convexo tem a imagem virtual, direita e menor.
02. Resposta: A.
𝑝′
𝐴=−
𝑝
𝑝′
2,5 = −
3
P’=-7,5cm
1 1 1
= +
𝑓 𝑝 𝑝′
1 1 1
= −
𝑓 3 7,5
1 2,5 − 1
=
𝑓 7,5
7,5
𝑓= = 5𝑐𝑚
1,5
04. Resposta: E.
Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio.
Os raios incidente, refratado e a normalmente são coplanares, ou seja, estão no mesmo plano.
05. Resposta: C.
90-30=60º
07. Resposta: B.
A reflexão é o fenômeno em que os raios de luz atingem determinada superfície e têm a sua direção
de propagação alterada. Quando os raios refletidos (emergentes) mantêm-se paralelos, a reflexão é
chamada de regular; porém, caso a superfície seja rugosa, os raios refletidos não serão paralelos, e a
reflexão será denominada de difusa.
08. Resposta:
O primeiro passo é entender o deslocamento da luz. Como c é uma velocidade constante, o movimento
deve ser uniforme, ou seja:
T=500s
Ainda podemos expressar este tempo em minutos:
Portanto, a luz demora aproximadamente 8 minutos e 20 segundos para viajar do Sol até a Terra.
09. Resposta:
a) Posicionar a vela de modo que a lente, entre ela e o anteparo, projete neste último um ponto deluz.
A distância entre a vela e a lente é a distância focal da mesma.
b) Pontual e Real.
10. Resposta: E.
ELETROSTÁTICA
A eletrostática é a parte da Física responsável pelo estudo das cargas elétricas em repouso.
CARGAS ELÉTRICAS
Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas. Esta, por sua vez, é formada de átomos,
que são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons.
Os átomos são formados por um núcleo, onde ficam os prótons e nêutrons e uma eletrosfera, onde os
elétrons permanecem, em órbita.
Os prótons e nêutrons têm massa praticamente igual, mas os elétrons têm massa milhares de vezes
menor. Sendo m a massa dos prótons, podemos representar a massa dos elétrons como:
Ou seja, a massa dos elétrons é aproximadamente 2 mil vezes menor que a massa dos prótons.
Podemos representar um átomo, embora fora de escala, por:
A carga elétrica é uma propriedade que está intimamente associada a certas partículas elementares
que formam o átomo (prótons e elétrons). O modelo do sistema planetário é o modelo simples mais
adotado para explicar como tais partículas se distribuem no átomo. De acordo com o modelo planetário,
os prótons e nêutrons localizam-se no núcleo, já os elétrons estão em uma região denominada eletrosfera.
Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e lançá-los em direção à um
imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os elétrons a uma direção oposta a do desvio dos
prótons e os nêutrons não seriam afetados.
Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são partículas
com cargas positivas, os elétrons tem carga negativa e os nêutrons tem carga neutra.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de carga elétrica é o coulomb (C). O próton e
o elétron, em módulo, possuem a mesma quantidade de carga elétrica. O valor da carga do próton e do
elétron é denominado quantidade de carga elementar (e) e possui o valor de: e=1,6 .10-19 C
Como 1 C é uma quantidade de carga elétrica muito grande, é comum a utilização dos seus
submúltiplos:
1 mC (milicoulomb)= 10-3 C
1 μC (microcoulomb)= 10-6 C
1 nC (nanocoulomb)= 10-9 C
A quantidade de carga elétrica total (Q) será sempre um múltiplo inteiro (n) vezes o valor da carga
elementar (e). Essa quantidade de carga pode ser determinada através da seguinte expressão:
Q=n . e
ELETRIZAÇÃO
Eletrizar um corpo significa basicamente tornar diferente o número de prótons e de elétrons
(adicionando ou reduzindo o número de elétrons).
A eletrostática é basicamente descrita por dois princípios, o da atração e repulsão de cargas conforme
seu sinal (sinais iguais se repelem e sinais contrários se atraem) e a conservação de cargas elétricas, a
qual assegura que em um sistema isolado, a soma de todas as cargas existentes será sempre constante,
ou seja, não há perdas.
Processos de Eletrização
Por exemplo:
Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo neutro . Qual
é a carga em cada um deles após serem separados.
Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo condutor B com
carga , após serem separados os dois o corpo A é posto em contato com um terceiro corpo
condutor C de carga qual é a carga em cada um após serem separados?
E neste momento:
Ou seja, a carga após os contados no corpo A será +1C, no corpo B será -2C e no corpo C será +1C.
Um corpo eletrizado em contato com a terra será neutralizado, pois se ele tiver falta de elétrons, estes
serão doados pela terra e se tiver excesso de elétrons, estes serão descarregados na terra.
Quando utilizada para medidas de resistências, uma das resistências é desconhecidas (R4 = Rx, por
exemplo) e outra é variável para encontrar o ponto de equilíbrio da ponte (R3 por exemplo)
Formula 1
Quando no equilíbrio:
R4 = (R1/R2) * R3
Onde: R1, R2, R3, R4 são as resistências nos braços da ponte em ohms (?)
Exemplo de Aplicação:
Qual é o valor de R4 na ponte mostrada na figura 1 quando na condição de equilíbrio é encontrada
sendo R1 = 100 ohms, R2 =200 ohms e R3 = 300 ohms?
Usando a fórmula 1:
R4 = (100/200) * 300
R4 = 150 ohms
LEI DE BIOT-SAVART
A Lei de Biot-Savart relaciona campo magnético com a corrente que a gera. Isso ocorre de maneira
semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o geram. Encontrar o campo
magnético resultante de uma corrente envolve o produto vetorial e é inerente a um problema de cálculo
quando a distância de uma corrente para um ponto está constantemente em movimento.
Isso ocorre de maneira semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o
geram.
LEI DE COULOMB
Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração e
repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são atraídas e com
sinais iguais são repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual, independente do sentido
para onde o vetor que as descreve aponta.
O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre cargas
puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que as separa. Ou seja:
Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerarmos uma constante k, que
depende do meio onde as cargas são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando esta
interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:
Unidades no SI:
Cargas Q1 e Q2 – coulomb (C)
Distância d – metro (m)
Força elétrica F – newton (N)
Constante eletrostática k – N.m2/C2
Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o produto de suas cargas,
ou seja:
Vale notar que um campo elétrico só pode ser detectado a partir da interação do mesmo com uma
carga de prova. Caso não haja interação com a carga, podemos dizer que o campo não existe naquele
local.
Quando o campo elétrico é criado em uma carga positiva ele, por convenção, terá um sentido de
afastamento
Quando o campo elétrico é criado em uma carga negativa ele, por convenção, terá um sentido de
aproximação.
A direção do campo elétrico é a mesma da força elétrica; seu sentido dependerá do sinal da carga
q0:
• q0 > 0, o sentido do campo é o mesmo da força;
• q0< 0, o sentido do campo é contrário ao da força
POTENCIAL ELÉTRICO
Potencial elétrico é uma grandeza escalar que mede a energia potencial elétrica por unidade de carga
de prova, ou seja, é a constante de proporcionalidade na razão entre energia potencial elétrica e carga
de prova.
De forma análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser descrito como o quociente entre a energia
potencial elétrica e a carga de prova q. Ou seja:
Logo:
Uma maneira muito utilizada para se representar potenciais é através de equipotenciais, que são linhas
ou superfícies perpendiculares às linhas de força, ou seja, linhas que representam um mesmo potencial.
Considere dois pontos de um campo elétrico, A e B, cada um com um posto a uma distância diferente
da carga geradora, ou seja, com potenciais diferentes. Se quisermos saber a diferença de potenciais entre
os dois devemos considerar a distância entre cada um deles. Dessa maneira, teremos que sua tensão
ou d.d.p (diferença de potencial) será expressa por U e calculada por:
Exemplo:
Uma partícula com carga q = 2. 10-7 C se desloca do ponto A ao ponto B, que se localizam numa
região em que existe um campo elétrico. Durante esse deslocamento, a força elétrica realiza um trabalho
igual a 4. 10-3 J sobre a partícula. Determine a diferença de potencial VA – VB entre os dois pontos
considerados.
Como o trabalho realizado pela força elétrica no deslocamento é igual à carga vezes a diferença de
potencial, assim temos:
Como o exercício pede a diferença de potencial e nos fornece outros dados, temos:
01. Um corpo condutor inicialmente neutro perde 5,0.1013 elétrons . Considerando a carga elementar
e=1,6.10-19 C , qual será a carga elétrica no corpo após esta perda de elétrons?
02. Um corpo possui 5,0.1019 e 4,0.1019 . Considerando a carga elementar e=1,6.10-19 C, qual a carga
deste corpo?
03. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora
a jato de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas gotas de tinta, que podem ser eletricamente
neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas defletoras da
impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar as
letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após
atravessar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel. (O campo elétrico uniforme está
representado por apenas uma linha de força.)
04. (UNI-RIO) Três esferas idênticas, muito leves, estão penduradas por fios perfeitamente isolantes,
num ambiente seco, conforme mostra a figura. Num determinado instante, a esfera A (QA =20µ C) toca
a esfera B (QB=- 2 µC); após alguns instantes, afasta-se e toca na esfera C (QC=- 6 µC), retornando à
posição inicial.
Após os contatos descritos, as cargas das esferas A, B e C são, respectivamente, iguais a (em C):
(A) QA= 1,5 QB= 9,0 QC= 1,5
(B) QA= 1,5 QB= 11 QC = 9,0
(C) QA= 2,0 QB= -2,0 QC = -6,0
(D) QA= 9,0 QB= 9,0 QC= 9,0
(E) QA= 9,0 QB= 9,0 QC = 1,5
05. (Efoa-MG) Um sistema é constituído por um corpo de massa M, carregado positivamente com
carga Q, e por outro corpo de massa M, carregado negativamente com carga Q. Em relação a este
sistema pode-se dizer que:
(A) sua carga total é -Q e sua massa total é 2M
(B) sua carga total é nula e sua massa total é 2M
(C) sua carga total é +2Q e sua massa total é 2M
(D) sua carga total é +Q e sua massa total é nula
(E) sua carga total é nula e sua massa total é nula
02. Resposta:
Primeiramente verificamos que o corpo possui maior número de prótons do que de elétrons, portanto
o corpo está eletrizado positivamente, com carga equivalente à diferença entre a quantidade de prótons
e elétrons.
Essa carga é calculada por:
03. Resposta: C.
A gota 1 desvia-se no sentido do campo E. Logo, ela é positiva. A gota 2 não sofre desvio. Logo, ela é
neutra. A gota 3 desvia-se no sentido contrário de E. Logo, ela é negativa.
04. Resposta: A.
05. Resposta: B.
A carga total do sistema é +Q - Q =0
A massa total do sistema é M + M=2M
ELETROMAGNETISMO
ÍMÃS E MAGNETOS
Um ímã é definido com um objeto capaz de provocar um campo magnético à sua volta e pode ser
natural ou artificial.
Um ímã natural é feito de minerais com substâncias magnéticas, como por exemplo, a magnetita, e
um ímã artificial é feito de um material sem propriedades magnéticas, mas que pode adquirir permanente
ou instantaneamente características de um ímã natural.
Os ímãs artificiais também são subdivididos em: permanentes, temporais ou eletroímãs.
Um ímã permanente é feito de material capaz de manter as propriedades magnéticas mesmo após
cessar o processo de imantação, estes materiais são chamados ferromagnéticos.
Um ímã temporal tem propriedades magnéticas apenas enquanto se encontra sob ação de outro
campo magnético, os materiais que possibilitam este tipo de processo são chamados paramagnéticos.
Um eletroímã é um dispositivo composto de um condutor por onde circula corrente elétrica e um núcleo,
normalmente de ferro. Suas características dependem da passagem de corrente pelo condutor; ao cessar
a passagem de corrente cessa também a existência do campo magnético.
Polos magnéticos
São as regiões onde se intensificam as ações magnéticas. Um ímã é composto por dois polos
magnéticos, norte e sul, normalmente localizados em suas extremidades, exceto quando estas não
existirem, como em um ímã em forma de disco, por exemplo. Por esta razão são chamados dipolos
magnéticos.
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 126
Para que sejam determinados estes polos, se deve suspender o ímã pelo centro de massa e ele se
alinhará aproximadamente ao polo norte e sul geográfico recebendo nomenclatura equivalente. Desta
forma, o polo norte magnético deve apontar para o polo norte geográfico e o polo sul magnético para o
polo sul geográfico.
Ao pegarmos dois ímãs e ao aproximarmos eles uns dos outros, eles podem atrair-se ou repelir-se. O
fenômeno do atração ocorre quando aproximamos dois ímãs e eles se unem devido a eles possuem polos
de nomes diferentes, ou seja, os polos magnéticos de nomes diferentes se atraem, sendo que estes
"nomes" são os polos norte ou sul. Já o fenômeno da repulsão acontece quando aproximamos dois ímãs
com polos magnéticos de nomes iguais, ou seja polos magnéticos de mesmo nome se repelem.
Imagem7
CAMPO MAGNÉTICO
Um campo magnético é criado pela influência das correntes elétricas que estão em movimento e pelos
ímãs. Inicialmente, o magnetismo era associado apenas aos ímãs, porém com o passar dos tempos
estudiosos começaram a criar teorias sobre o assunto. James Maxwell criou a teoria do
eletromagnetismo, onde conseguiu identificar as causas da atração dos ímãs e também das correntes
elétricas, após essas descobertas ele uniu a eletricidade com o magnetismo.
As linhas de indução existem também no interior do ímã, portanto são linhas fechadas e sua orientação
interna é do polo sul ao polo norte. Assim como as linhas de força, as linhas de indução não podem se
cruzar e são mais densas onde o campo é mais intenso.
7
extraída de GUALTER; NEWTON; HELOU, Física, Vol.3, 1ªEd. São Paulo, Ed. Saraiva, 2010
A intensidade de será dada pelo produto vetorial , que para o caso particular onde e
são perpendiculares é calculado por:
A unidade adotada para a intensidade do Campo magnético é o tesla (T), que denomina , em
homenagem ao físico iugoslavo Nikola Tesla.
Consequentemente a força será calculada por:
Aplicando esta lei para os demais casos que vimos anteriormente, veremos que:
se v = 0, então F = 0
se = 0° ou 180°, então sen = 0, portanto F = 0
se = 90°, então sen = 1, portanto .
A intensidade do campo magnético gerado ao redor do fio condutor retilíneo é dada pela seguinte
equação:
Onde μ é a grandeza física que caracteriza o meio no qual o fio condutor está imerso. Essa grandeza
é chamada de permeabilidade magnética do meio. A unidade de μ, no SI, é T.m/A (tesla x
metro/ampere). Para o vácuo, a permeabilidade magnética (μo) vale, por definição:
μo = 4π.10-7T.m/A
Vejamos um exemplo:
Suponha que temos um fio percorrido por uma corrente de intensidade igual a 5 A. Determine o campo
magnético de um ponto situado a 2 cm do fio.
Calculamos o campo através da equação acima, portanto, temos que as grandezas envolvidas no
exemplo são: i = 5 A, R = 2 cm = 2 x 10-2 m. Calculemos.
EFEITO HALL
Em 1879, durante experiências feitas para se medir diretamente o sinal dos portadores de carga em
um condutor Edwin H. Hall percebeu um fenômeno peculiar.
Na época já se sabia que quando o fio percorrido por corrente elétrica era exposto a um campo
magnético as cargas presentes neste condutor eram submetidos a uma força que fazia com que seu
movimento fosse alterado.
No entanto, o que Edwin Hall descreveu foi o surgimento de regiões com carga negativa e outras com
carga positiva no condutor, criando um campo magnético perpendicular ao campo gerado pela corrente
principal.
O efeito Hall permite a obtenção de dois resultados importantes. Em primeiro lugar, é possível
determinar o sinal da carga dos portadores, bastando medir a diferença de potencial entre as superfícies
Sem alterar a posição do imã, após a secção, cada pedaço formado terá a configuração:
(A)
(B)
(C)
(D)
03(ITA-SP) Um pedaço de ferro é posto nas proximidades de um ímã, conforme o esquema abaixo.
Qual é a única afirmação correta relativa à situação em apreço?
05.Um elétron num tubo de TV está se movendo a ´ 7.2×106m/s num campo magnético de
intensidade 83 mT.
(a)Sem conhecermos a direção do campo, quais são o maior e o menor modulo da força que o
elétron pode sentir devido a este campo?
(b) Num certo ponto a aceleração do elétron ´ e´ 4.9×1014 m/s2. Qual e o ângulo entre a velocidade
do elétron e o campo magnético?
Respostas
01. Resposta: C.
Sempre que separarmos ímãs, ficará Norte e Sul no mesmo ímã.
02. Resposta: A
03. Resposta: E
04. Resposta: B
05. Resposta:
(a) As forças máxima e mínima ocorrem para ϕ =90º e ϕ = 0o , respectivamente. Portanto
Fmax = qvB sen 90o
= (1.6 × 10−19)(7.2 × 106)(83 × 10−3)= 9.56 × 10−14 N.
Fmin = qvB sen 0o= 0 N.
São quatro as características da força magnética que atuam sobre uma carga em movimento. Em
primeiro lugar, seu módulo é proporcional ao módulo da carga. Se uma carga de 1 C se move com a
mesma velocidade de uma carga de 2 C no interior de um campo magnético, a força magnética sobre a
carga de 2 C é duas vezes maior do que a força magnética que atua sobre a carga de 1 C. Em segundo
lugar, o módulo da força também é proporcional ao módulo, ou ‘intensidade’, do campo; se dobrarmos o
valor do módulo do campo (por exemplo, usando dois ímãs idênticos em vez de um) sem alterar o valor
da carga ou de sua velocidade, a força dobra. A terceira característica é que a força magnética também
depende da velocidade da partícula. Esse comportamento é bastante diferente da força elétrica, que é
sempre a mesma, independentemente de a carga estar em repouso ou em movimento. A quarta é que a
força magnética não possui a mesma direção do campo magnético 𝐵 ⃗⃗ porém atua sempre em uma direção
simultaneamente perpendicular à direção de 𝐵 ⃗⃗ e à direção da velocidade 𝑣⃗. Verifica-se que o módulo 𝐹⃗
da força é proporcional ao componente da velocidade 𝑣⃗ perpendicular ao campo; quando esse
componente for nulo (ou seja, quando 𝑣 ⃗⃗ forem paralelos ou antiparalelos), a força magnética será
⃗⃗⃗⃗e 𝐵
igual a zero.
Força Magnética (Força de Lorentz) sobre Carga Lançada em Campo Magnético
Quando uma carga puntiforme positiva q penetra com velocidade numa região do espaço onde existe
um campo magnético caracterizado pelo vetor indução magnética, fica sujeita à ação de uma força que
atua lateralmente na carga, chamada força magnética 𝐹⃗ ou força magnética de Lorentz, como mostra a
figura.
Regra do tapa: Na figura, posicionamos a mão direita para determinar o sentido da força magnética
sobre uma carga. Você deve orientar o polegar no sentido da velocidade da carga e os demais dedos
devem ficar estendidos no sentido do campo magnético. Feito isso, a palma da mão fica virada para cima,
como mostrado. O sentido da força magnética atuante na carga é obtido por meio de um tapa dado pela
Essa discussão mostra que a força sobre uma carga q que se desloca com velocidade em um
campo magnético possui módulo, direção e sentido dados por
Observação – Quando a carga q for negativa, o sentido da força magnética será oposto ao que seria
se a carga fosse positiva, conforme a figura a seguir, permanecendo inalteradas a direção e a intensidade,
qualquer que seja a regra utilizada.
Se imaginarmos um fio condutor percorrido por corrente, haverá elétrons livres se movimentando por
sua secção transversal com uma velocidade. No entanto, o sentido adotado para o vetor velocidade, neste
caso, é o sentido real da corrente (tem o mesmo sentido da corrente). Para facilitar a compreensão pode-
se imaginar que os elétrons livres são cargas positivas.
Mas se considerarmos um pequeno pedaço do fio ao invés de apenas um elétron, podemos dizer que
a interação continuará sendo regida por , onde Q é a carga total no segmento do fio,
mas como temos um comprimento percorrido por cada elétron em um determinado intervalo de tempo,
então podemos escrever a velocidade como:
Ao substituirmos este valor em teremos a força magnética no segmento, expressa pela notação
:
Quando a corrente passa pelo condutor nos segmentos onde o movimento das cargas são
perpendiculares ao vetor indução magnética há a formação de um "braço de alavanca" entre os dois
segmentos da espira, devido ao surgimento de . Nos segmentos onde o sentido da corrente é paralelo
ao vetor indução magnética não há surgimento de pois a corrente, e por consequência , tem mesma
direção do campo magnético.
Se esta espira tiver condições de girar livremente, a força magnética que é perpendicular ao sentido
da corrente e ao campo magnético causará rotação. À medida que a espira gira a intensidade da força
que atua no sentido vertical, que é responsável pelo giro, diminui, de modo que quando a espira tiver
girado 90° não haverá causando giro, fazendo com que as forças de cada lado do braço de alavanca
entrem em equilíbrio.
No entanto, o movimento da espira continua, devido à inércia, fazendo com que esta avance contra as
forças . Com isso o movimento segue até que as forças o anulem e volta a girar no sentido contrário,
passando a exercer um movimento oscilatório.
Uma forma de se aproveitar este avanço da posição de equilíbrio é inverter o sentido da corrente,
fazendo com que o giro continue no mesmo sentido. Este é o princípio de funcionamento dos motores de
corrente contínua, e a inversão de corrente é obtida através de um anel metálico condutor dividido em
duas partes.
Em uma espira circular plana, as linhas do campo magnético são circunferências perpendiculares ao
seu plano, concêntricas com o condutor. O vetor indução magnética no centro O dessa espira tem
as seguintes características:
Quando ligamos as extremidades ou pontas de um fio condutor temos uma espira. De uma forma geral,
a espira é sempre representada por uma figura plana - como um retângulo, um triângulo, uma elipse ou
um círculo.
No caso da espira circular, o campo magnético associado a ela apresenta as seguintes características
no seu centro:
Direção: perpendicular ao plano da espira.
Sentido: é obtido utilizando-se a Lei de Ampère, regra da mão direita. Aqui, consideramos cada trecho
da espira como se fosse um pedaço de fio reto e longo.
Intensidade: pode ser calculada pela expressão:
- intensidade: a intensidade do vetor no centro da espira é dada pela expressão:
Através da regra da mão direita podemos ver que o vetor B está na vertical.
Onde:
B – é o campo magnético no interior da espira (ou bobina)
i – é a corrente elétrica
R – é o raio da espira (ou bobina)
µ – é a permeabilidade magnética
n – é o número de voltas da bobina
Resumindo: Uma espira circular percorrida por uma corrente i, cria em seu centro um campo magnético
retilíneo perpendicular ao seu plano, cuja intensidade é dada pela fórmula acima, a direção é
perpendicular ao plano da espira e o sentido é dada pela regra da mão direita.
Questões
01. (MED - ITAJUBÁ)
I. Uma carga elétrica submetida a um campo magnético sofre sempre a ação de uma força magnética.
II. Uma carga elétrica submetida a um campo elétrico sofre sempre a ação de uma força elétrica.
III. A força magnética que atua sobre uma carga elétrica em movimento dentro de um campo magnético
é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Aponte abaixo a opção correta:
(A) Somente I está correta.
(B) Somente II está correta.
(C) Somente III está correta.
(D) II e III estão corretas.
E) Todas estão corretas.
02. Qual das alternativas abaixo representa o gráfico da intensidade B do campo magnético em um
ponto do plano determinado por ele e um condutor retilíneo longo, percorrido por corrente elétrica, em
função da distância d entre o ponto e o condutor?
03. (PUC) Um elétron num tubo de raios catódicos está se movendo paralelamente ao eixo do tubo
com velocidade 107 m/s. Aplicando-se um campo de indução magnética de 2T, paralelo ao eixo do tubo,
a força magnética que atua sobre o elétron vale:
(A) 3,2 . 10-12N
(B) nula
(C) 1,6 . 10-12 N
(D) 1,6 . 10-26 N
(E) 3,2 . 10-26 N
05. (OSEC-SP) Uma espira circular de 4 cm de diâmetro é percorrida por uma corrente de 8,0 ampères
(veja figura). Seja mo = 4 π x 10-7 T.m/A. O vetor campo magnético no centro da espira é perpendicular
ao plano da figura e orientado pra:
(A) fora e de intensidade 8,0 π x 10-5 T
(B) dentro e de intensidade 8,0 π x 10-5 T
(C) fora e de intensidade 4,0 π x 10-5 T
(D) dentro e de intensidade 4,0 π x 10-5 T
Respostas
01. Resposta: D.
A afirmação I está incorreta pelo fato de a carga elétrica nem sempre sofrer ação de uma força
magnética. Para uma carga elétrica lançada paralelamente as linhas de campo a força magnética será
nula.
A afirmação II está correta, pois cargas elétricas lançadas em campos elétricos sempre sofrem a ação
de uma força elétrica.
A afirmação III está correta, pois a força magnética é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Essa comprovação pode ser realizada através da regra do tapa.
02. Resposta: D.
03. Resposta: B.
Se a direção do deslocamento da carga elétrica for paralela à direção do vetor indução magnética B,
o ângulo θ será tal que sen θ = 0, pois θ = 0º ou θ = 180º, a força magnética será igual a zero. Aplicando
a equação podemos provar:
Fmag=|q|.v.B.sen00
Fmag=0
04. Resposta: A.
Aplicando a equação de força magnética, temos:
FM = q . v . B . senα
FM = 1,6x10–19. 3x108. 8 . sen 90°
FM = 3,84 x 10 – 10 N
05. Resposta: B.
Sendo I igual a 8; R igual a 0,02 metros (Nunca esqueça de transformar de centímetros para metros);
e a constante igual a 4 π x 10-7
B= 4 π x 10-7 x8/2 x 0,02 = 800 π x 10-7 ou 8 π x 10-5.
Usando a regra da mão direita percebemos que o campo é para dentro.
INDUÇÃO MAGNÉTICA
Consiste no surgimento de uma corrente elétrica em virtude da variação do fluxo magnético nas
proximidades de um condutor. Inicialmente se conecta uma espira condutora, desconectada de uma fonte
de tensão, a um amperímetro (aparelho usado para medir corrente elétrica). Em seguida, aproxima-se
dessa espira um imã em forma de barra. O amperímetro, nesse momento, indica a passagem de uma
Na experiência de Faraday, as linhas de campo magnético do imã geram uma corrente induzida na
espira
Fluxo de indução
Para que se entenda o que é, e como se origina a indução magnética é necessário que definamos
uma grandeza física chamada fluxo de indução magnética. Esta grandeza é vetorial é simbolizada por Φ.
Então podemos escrever o fluxo de indução magnética como o produto do vetor indução magnética
(campo magnético) pela área da superfície A e pelo cosseno do ângulo θ, formado entre e uma linha
perpendicular à superfície, chamada reta normal. Assim:
A unidade adotada para se medir o fluxo de indução magnética pelo SI é o weber (Wb), em
homenagem ao físico alemão Wilhelm Webber, e caracteriza tesla por metro quadrado .
Se o vetor indução magnética e a área são valores constante e apenas o ângulo θ é livre para variar,
então podemos montar um gráfico de Φxθ, onde veremos a variação do fluxo em função da variação de
Como a equação nos mostra, o fluxo depende de três grandezas, B, A, e θ. Portanto, para que Φ varie
é necessário que pelo menos uma das três grandezas varie.
Então, se pensarmos em um ímã qualquer, este terá campo magnético mais intenso nas proximidades
de seus polos, já que as linhas de indução são mais concentradas nestes pontos. Portanto, uma forma
de fazer com que Φ varie é aproximar ou afastar a superfície da fonte magnética, variando
Toda corrente elétrica induzida é originada devido a uma variação do fluxo magnético de indução.
Não há corrente induzida se não houver variação do fluxo magnético de indução
Indução Eletromagnética
Quando uma área delimitada por um condutor sofre variação de fluxo de indução magnética é criado
entre seus terminais uma força eletromotriz (fem) ou tensão. Se os terminais estiverem ligados a um
aparelho elétrico ou a um medidor de corrente esta força eletromotriz ira gerar uma corrente,
chamada corrente induzida.
Este fenômeno é chamado de indução eletromagnética, pois é causado por um campo magnético e
gera correntes elétricas.
A corrente induzida só existe enquanto há variação do fluxo, chamado fluxo indutor.
Lei de Lenz
Segundo a lei proposta pelo físico russo Heinrich Lenz, a partir de resultados experimentais, a corrente
induzida tem sentido oposto ao sentido da variação do campo magnético que a gera.
- Se houver diminuição do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com o
mesmo sentido do fluxo;
Correntes de Foucault
Corrente elétrica induzida no interior de um condutor por meio de um campo magnético variável, ou
ainda, por radiação eletromagnética, e que pode formar pequenos vórtices.
Quando um fluxo magnético varia através de uma superfície sólida, e não apenas delimitada por um
condutor como foi visto em indução eletromagnética, há criação de uma corrente induzida sobre ele como
se toda superfície fosse composta por uma combinação de espiras muito finas justapostas.
Devido à suas dimensões consideráveis, a superfície sofre dissipação de energia por efeito Joule,
causando grande aumento de temperatura, o que torna possível utilizar estas correntes como
aquecedores, por exemplo, em um forno de indução, que têm a passagem de correntes de Foucault como
princípio de funcionamento.
Em circuitos eletrônicos, onde a dissipação por efeito Joule é altamente indesejável, pois pode danificar
seus componentes. É frequente a utilização de materiais laminados ou formados por pequenas placas
isoladas entre si, a fim de diminuir a dissipação de energia.
Uma aplicação prática para as Correntes de Foucault é no freio para teste de motores de
automóveis. Este tipo de freio é constituído por dois discos girando na frente de dois potentes
eletroímãs. Estes últimos são solidários à uma estrutura móvel cujo deslocamento é controlado por um
dispositivo de mola. O motor aciona os dois discos, excita os eletroímãs obtendo-se um fluxo magnético
fixo, que cria nos discos em rotação as correntes de Foulcault.
Lei de Faraday-Neumann
Também chamada de lei da indução magnética, esta lei, elaborada a partir de contribuições de Michael
Faraday, Franz Ernst Neumann e Heinrich Lenz entre 1831 e 1845, quantifica a indução eletromagnética.
A lei de Faraday-Neumann relaciona a força eletromotriz gerada entre os terminais de um condutor
sujeito à variação de fluxo magnético com o módulo da variação do fluxo em função de um intervalo de
tempo em que esta variação acontece, sendo expressa matematicamente por:
O sinal negativo da expressão é uma consequência da Lei de Lenz, que diz que a corrente induzida
tem um sentido que gera um fluxo induzido oposto ao fluxo indutor.
Transformadores
São equipamentos utilizados na transformação de valores de tensão e corrente, além de serem usados
na modificação de impedâncias em circuitos elétricos.
O princípio de funcionamento de um transformador é baseado nas leis de Faraday e Lenz, as leis
do eletromagnetismo e da indução eletromagnética, respectivamente.
Os transformadores de tensão, chamados normalmente de transformadores, são dispositivos capazes
de aumentar ou reduzir valores de tensão.
Um transformador é constituído por um núcleo, feito de um material altamente imantável, e duas
bobinas com número diferente de espiras isoladas entre si, chamadas primário (bobina que recebe a
tensão da rede) e secundário (bobina em que sai a tensão transformada).
O seu funcionamento é baseado na criação de uma corrente induzida no secundário, a partir da
variação de fluxo gerada pelo primário.
A tensão de entrada e de saída são proporcionais ao número de espiras em cada bobina. Sendo:
Questões
(A) o lugar geométrico dos pontos, onde a intensidade do campo magnético é constante
(B) as trajetórias descritas por cargas elétricas num campo magnético
(C) aquelas que em cada ponto tangenciam o vetor indução magnética, orientadas no seu sentido
(D) aquelas que partem do polo norte de um ímã e vão até o infinito
(E) nenhuma das anteriores é correta.
(A) nula, quando o fluxo magnético que atravessa a espira for constante
(B) inversamente proporcional à variação do fluxo magnético com o tempo
(C) no mesmo sentido da variação do fluxo magnético
(D) tanto maior quanto maior for a resistência da espira
(E) sempre a mesma, qualquer que seja a resistência da espira.
03.Um campo magnético atua perpendicularmente sobre uma espira circular de raio 10cm, gerando
um fluxo de indução magnética de 1Wb. Qual a intensidade do campo magnético?
04. (UFRN) Um certo detector de metais manual usado em aeroportos consiste de uma bobina e de
um medidor de campo magnético. Na bobina circula uma corrente elétrica que gera um campo magnético
conhecido, chamado campo de referência. Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o
campo magnético registrado no medidor torna-se diferente do campo de referência, acusando, assim, a
presença de algum metal. A explicação para o funcionamento do detector é:
(A) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(B) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.
(C) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(D) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.
Respostas
01. Resposta: C.
02. Resposta: A.
A alternativa A diz que a corrente elétrica será nula se não houver variação do fluxo magnético que
atravessa a espira. Sendo assim, de acordo com a lei de Faraday, se o fluxo magnético através da espira
não variar com o passar do tempo, então, não haverá corrente elétrica induzida na espira. Portanto, a
alternativa A está correta.
03. Resposta: A.
Sendo a área da espira:
04. Resposta: A.
Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o fluxo do campo magnético por ele gerado
cria nesse objeto uma fem induzida que, por sua vez, gera uma corrente induzida que origina um campo
magnético total diferente do campo de referência.
05. Resposta: D.
Devido ao movimento do imã haverá uma variação de fluxo magnético que irá originar fem induzida
variável no decorrer do tempo. Como os terminais A e B da bobina estão abertos, a corrente elétrica será
nula, mas entre estes haverá uma tensão variável.
ELETRODINÂMICA
Corrente Elétrica
A corrente elétrica é causada por uma diferença de potencial elétrico (d.d.p./ tensão). E ela é explicada
pelo conceito de campo elétrico, ou seja, ao considerar uma carga A positiva e outra B, negativa, então
há um campo orientado da carga A para B. Ao ligar-se um fio condutor entre as duas os elétrons livres
tendem a se deslocar no sentido da carga positiva, devido ao fato de terem cargas negativas, lembrando
que sinais opostos são atraídos.
Desta forma cria-se uma corrente elétrica no fio, com sentido oposto ao campo elétrico, e este é
chamado sentido real da corrente elétrica. Embora seja convencionado que a corrente tenha o mesmo
Considerando |Q|=n e
Resistência Elétrica
Ao aplicar-se uma tensão U, em um condutor qualquer se estabelece nele uma corrente elétrica de
intensidade i. Para a maior parte dos condutores estas duas grandezas são diretamente proporcionais,
ou seja, conforme uma aumenta o mesmo ocorre à outra.
Desta forma:
A esta constante chama-se resistência elétrica do condutor (R), que depende de fatores como a
natureza do material. Quando esta proporcionalidade é mantida de forma linear, chamamos o condutor
de ôhmico, tendo seu valor dado por:
Sendo R constante, conforme enuncia a 1ª Lei de Ohm: Para condutores ôhmicos a intensidade da
corrente elétrica é diretamente proporcional à tensão (ddp) aplicada em seus terminais.
A resistência elétrica também pode ser caracterizada como a "dificuldade" encontrada para que haja
passagem de corrente elétrica por um condutor submetido a uma determinada tensão. No SI a unidade
adotada para esta grandeza é o ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão Georg Simon Ohm
GERADOR
Gerador é um dispositivo com função de transformar ou transferir energia. Transforma qualquer tipo
de energia em energia elétrica.
Exemplos:
Usina hidrelétrica transforma energia mecânica de uma queda de água em energia elétrica através
de um gerador, que é um dispositivo que transforma energia mecânica em energia elétrica e que possui
um eixo que é movido por uma turbina.
Existem diversos tipos de geradores elétricos, que são caracterizados por seu princípio de
funcionamento, alguns deles são:
Geradores luminosos
São sistemas de geração de energia construídos de modo a transformar energia luminosa em energia
elétrica, como por exemplo, as placas solares feitas de um composto de silício que converte a energia
luminosa do sol em energia elétrica.
Geradores mecânicos
São os geradores mais comuns e com maior capacidade de criação de energia. Transformam energia
mecânica em energia elétrica, principalmente através de magnetismo. É o caso dos geradores
encontrados em usinas hidroelétricas, termoelétricas e termonucleares.
Geradores químicos
São construídos de forma capaz de converter energia potencial química em energia elétrica (contínua
apenas). Este tipo de gerador é muito encontrado como baterias e pilhas.
Geradores térmicos
São aqueles capazes de converter energia térmica em energia elétrica, diretamente.
Quando associados dois, ou mais geradores como pilhas, por exemplo, a tensão e a corrente se
comportam da mesma forma como nas associações de resistores, ou seja:
- Associação em série: corrente nominal e tensão é somada.
- Associação em paralelo: corrente é somada e tensão nominal.
Onde Pt representa a potência total gerada (recebida de forma não elétrica), Pd a potência dissipada ou
perdida no interior do gerador e Pu a potência fornecida pelo gerador ao meio exterior (potência útil).
Como a energia não se perde nem se cria, apenas se transforma, pelo princípio da conservação da
energia tem-se Pt = Pu + Pd onde, Pt = E.i Pd = r.i2 Pu = U.i Pt =Pu + Pd
E.i = U.i + r.i2 cancelando i U = E – r.i (equação do gerador)
Quando ligado a qualquer circuito, devido a sua diferença de potencial existente entre os dois pólos, o
gerador então irá ceder energia potencial elétrica para as cargas livres dos elementos do circuito, feito
isso as cargas irão percorrer todos os elementos do circuito criando assim um fluxo de cargas elétricas
que se denomina corrente elétrica.
Força eletromotriz
Chama-se força eletromotriz de um gerador ao quociente da energia que o gerador fornece ao circuito
durante certo tempo pela carga elétrica que atravessa uma secção transversal do circuito durante o
mesmo tempo.
Em geral se representa a força eletromotriz pela letra E (ou e), ou pelas iniciais f.e.m.. Sendo W a
energia que o gerador fornece ao circuito durante o tempo t, e Q a carga elétrica que passa por qualquer
secção transversal durante o mesmo tempo, temos, por definição:
Denomina-se força eletromotriz E (Ɛ) de um gerador ao quociente entre o trabalho (W) realizado no
transporte de uma carga q, contra a força do campo elétrico, e o valor absoluto dessa carga.
4 – O rendimento do gerador:
N = P/Pg
Onde: N = rendimento, dado em porcentagem
P = potência fornecida
Pg = potência total gerada
Fazendo as substituições de equações, chega-se que o rendimento de um gerador elétrico é dado por:
N = U/E
Onde: U = tensão elétrica
E = força eletromotriz
Polo do gerador
Chamamos polos do gerador aos pontos por onde o gerador é ligado ao circuito externo.
Convencionamos chamar polo positivo ao polo por onde a corrente sai do gerador; negativo ao polo por
onde a corrente entra no gerador.
Esses nomes, polo positivo e polo negativo já eram usados em Eletricidade antes de se descobrir que
nos metais a corrente é constituída por elétrons em movimento. Naquela época os físicos admitiam que
a corrente elétrica fosse constituída de partículas positivas que se deslocassem do polo positivo para o
negativo do gerador. Atualmente sabemos que nos metais acontece exatamente o contrário: a corrente é
formada por elétrons, que são partículas com carga negativa e que se deslocam do polo negativo para o
positivo. Mas apesar de sabermos que esse é o sentido verdadeiro da corrente, ainda hoje adotamos
como convenção que a corrente seja constituída por partículas positivas que se desloquem do polo
positivo para o negativo. Pois, para efeito de raciocínio é indiferente considerar-se uma carga positiva
deslocando-se num sentido ou uma negativa deslocando-se em sentido oposto (
Vale lembrar que: Se ligado a apenas um fio de resistência interna muito pequena, a tensão elétrica
existente tenderá para o valor nulo, logo criará no condutor uma corrente que seria a corrente máxima
que o gerador pode fornecer, essa corrente máxima é denominada como corrente de curto circuito e é
representada por icc.
É por isso que você não deve ligar geradores em apenas condutores de resistência baixas. Isso é
muito perigoso e pode danificar seu gerador e principalmente causar danos a sua saúde!
Corrente Contínua
A corrente contínua (CC ou DC, em inglês) é aquela que possui os dois polos, um positivo e outro
negativo. Como possui polos definidos, o sentido dos elétrons se torna definido também, ou seja, partindo
do polo positivo para o negativo por convenção, já que na realidade ocorre o contrário. Podemos encontrá-
la principalmente em pilhas e baterias, geralmente em tensões baixas. Ela não é usada em transmissões
de alta tensão e de grande distância porque como possui um sentido único, exigiria muita força pra
"empurrar" os elétrons. Isso ocasionaria grandes perdas de energia. Quando ela se alterna, fica mais
"leve" pra "empurrar". Observe no desenho abaixo como ela se comporta, e note que, nesse caso, não
há a grandeza da frequência.
Resistores
São peças utilizadas em circuitos elétricos que tem como principal função converter energia elétrica
em energia térmica, ou seja, são usados como aquecedores ou como dissipadores de eletricidade.
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso cotidiano são: o filamento de uma lâmpada
incandescente, o aquecedor de um chuveiro elétrico, os filamentos que são aquecidos em uma estufa,
entre outros.
Em circuitos elétricos teóricos costuma-se considerar toda a resistência encontrada proveniente de
resistores, ou seja, são consideradas as ligações entre eles como condutores ideais (que não apresentam
resistência), e utilizam-se as representações:
Associação em Série
Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:
Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda a
extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor irá variar conforme a resistência
deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:
Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:
Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é possível
concluir que a resistência total é:
Determine:
a) a resistência equivalente da associação
b) a intensidade da corrente elétrica em cada resistor;
c) a tensão elétrica em cada resistor.
Resolução
a) Como a associação dos resistores é em série, tem-se:
Req = R1 + R2
Req = 2 + 3
Req = 5 W
c) No resistor R1 tem-se:
U1 = R1 . i1
U1 = 2 . 4
U1 = 8 V
No resistor R2 tem-se:
U2 = R2 . i2
U2 = 3 . 4
U2 = 12 V
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
A associação em paralelo é caracterizada por ter os resistores ligados pelos seus terminais, em que,
todos possuem uma extremidade ligada em A e a outra extremidade ligada em B.
U = U1 = U2 = U3
i = i1 + i2 + i3
4- O inverso da resistência equivalente (Req) é igual à soma dos inversos das resistências parciais.
Exemplo
Qual a resistência equivalente da associação a seguir?
1º. Processo:
EFEITO JOULE
Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente elétrica, ocorre a transformação
de energia elétrica em energia térmica. Este fenômeno é conhecido como Efeito Joule.
Esse fenômeno ocorre devido o encontro dos elétrons da corrente elétrica com as partículas do
condutor. Os elétrons sofrem colisões com átomos do condutor, parte da energia cinética (energia de
movimento) do elétron é transferida para o átomo aumentando seu estado de agitação,
consequentemente sua temperatura. Assim, a energia elétrica é transformada em energia térmica (calor).
O aquecimento no fio pode ser medido pela lei de joule, que é matematicamente expressa por:
Q=i2.R.t
Onde:
i= intensidade da corrente
R= resistência do condutor
t= tempo pelo qual a corrente percorre o condutor
Esta relação é válida desde que a intensidade da corrente seja constante durante o intervalo de tempo
de ocorrência.
POTENCIA ELÉTRICA
A potência é uma grandeza física que mede a energia que está sendo transformada na unidade de
tempo, ou seja, mede o trabalho realizado por uma determinada máquina na unidade de tempo. Assim,
temos:
Portanto;
Logo,
Em muitos exercícios deve calcular a potência elétrica dissipada em resistores, para resolver estes
exercícios deve-se utilizar a primeira lei de Ohm.
U= R. i
Aplicando a equação de potência elétrica e a equação da primeira lei de Ohm, temos duas equações
para a potência elétrica dissipada em um resistor.
Primeira equação: P = U . i sendo i = U / R
Temos,
P = U2 / R
Exemplo: Qual a corrente que passa em uma lâmpada de 60W em uma cidade onde a tensão na
rede elétrica é de 220V?
Pela 1ª Lei de Ohm temos que , então podemos definir duas formas que relacionem a potência
elétrica com a resistência.
Chuveiro Elétrico
A potência do chuveiro varia de acordo com a posição da chave. Pode variar de 4.500 a 6.000 watts
no modo Inverno (quente) ou de 2.100 a 3.500 watts no modo Verão (morno). O consumo por hora (60
minutos) de uso é de 4,50 a 6,0 kWh (quilowatts-hora) na posição Inverno e de 2,10 a 3,50 kWh no Verão.
Para calcular o consumo do seu chuveiro, basta utilizar a regra abaixo:
Assim, se a potência for de 5.500 W e a utilização por determinado período for de 2 horas, o consumo
total expresso em kWh será de = 5.500w/1000 X 2 = 11 kWh.
Computador
Confira abaixo os equipamentos que integram um computador e a respectiva potência de cada um
deles:
Micro (CPU - Unidade Central) - 40 a 60 W
Monitor - 80 a 90 W
Impressora - 70 a 80 W
Scanner - 50 W CPU + vídeo (s/ impressora) - 120 a 150 W
Consumo CPU + Vídeo + Impressora = 0,19 a 0,23 kWh.
Consumo CPU/vídeo (hora) = 0,12 a 0,15 kWh
O computador ligado sem utilização consome 0,12 kWh por hora (com o vídeo ligado).
Desligar o vídeo economiza 0,08 KWh por hora de uso.
Exemplo:
Para calcular o consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele, por
exemplo, se quisermos saber quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos,
seu consumo de energia será:
Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste caso, já que o cálculo
acima se refere a apenas um banho de 15 minutos, imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com
4 moradores que tomam banho de 15 minutos todos os dias no mês.
Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática podemos definir outra unidade
de medida, que embora não seja adotada no SI, é mais conveniente.
Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).
Para calcularmos o consumo do chuveiro do exemplo anterior nesta unidade consideremos sua
potência em kW e o tempo de uso em horas, então teremos:
Por exemplo:
Considere que em sua cidade a companhia de energia elétrica tenha um tarifa de 0,300710 R$/kWh,
então o consumo do chuveiro elétrico de 5500W ligado durante 15 minutos será:
Onde:
ρ= resistividade, depende do material do condutor e de sua temperatura.
ℓ= largura do condutor
A= área da secção transversal.
Como a unidade de resistência elétrica é o ohm (Ω), então a unidade adotada pelo SI para a
resistividade é .
Sendo assim, podemos concluir que quanto melhor condutor for o material, menor será sua
resistividade. De uma maneira geral, a resistividade de um material aumenta com o aumento da
temperatura.
Exemplo:
Calcule a resistividade de um condutor com ddp 100 V, intensidade de 10 A, comprimento 80 m e área
de secção de 0,5 mm2.
Os dados do exercício:
CAPACITORES
É um dispositivo de circuito elétrico que tem como função armazenar cargas elétricas e consequente
energia eletrostática, ou elétrica. Os capacitores são utilizados nos mais variados tipos de circuitos
elétricos, nas máquinas fotográficas armazenando cargas para o flash, por exemplo. Eles podem ter o
formato cilíndrico ou plano, dependendo do circuito ao qual ele está sendo empregado.
A capacitância de um capacitor pode ser calculada através da expressão citada a seguir: C = Q/U
C = capacitância (F)
Q = quantidade de carga (C)
A capacitância de um capacitor depende unicamente da sua forma geométrica e do meio existente
entre as armaduras.
À medida que o capacitor vai sendo carregado por cargas, ele vai acumulando energia potencial
elétrica.
A expressão matemática utilizada para calcular a quantidade de energia armazenada pelo capacitor é
dada por: W = Q.U/2 como Q = C.U a primeira expressão pode ser reescrita assim: W = C.U²/2
W = energia potencial elétrica (J)
Q = quantidade de carga elétrica (C)
U = diferença de potencial (V)
C = capacitância (F)
Funcionamento.
O capacitor tem como sua principal característica o acumulo de cargas elétricas em duas placas que
são separadas por um material dielétrico. Elas placas ficam muito próximas umas das outras. Como são
cargas opostas elas se atraem, ficando armazenadas na superfície das placas mais próximas do isolante
dielétrico. Devido a essa atração, é criado um campo elétrico entre as placas, através do material dielétrico
do capacitor. A energia que o capacitor armazena advém do campo elétrico criado entre as placas. É,
portanto, uma energia de campo eletrostático.
Quando o capacitor está totalmente carregado (alcançou o regime estacionário), ou totalmente
descarregado (está aberto) não existe esse fluxo de energia, pois as cargas não estão em movimento,
uma vez que para ser corrente elétrica as cargas precisam estar em movimento.
A medida em que a pilha vai sendo utilizada, as quantidades das substâncias que reagem vão
diminuindo, a produção de energia elétrica vai ficando menor, ocorrendo, então o desgaste da pilha.
As baterias são sistemas compostos por associação de pilhas, fornecendo, portanto, mais energia.
Gerador elétrico é um equipamento que transforma em energia elétrica outras formas de energia.
Um gerador possui dois terminais denominados polos:
Polo negativo corresponde ao terminal de menor potencial elétrico.
Polo positivo corresponde ao terminal de maior potencial elétrico.
Quando colocado em um circuito, um gerador elétrico fornece energia potencial elétrica para as cargas,
que entram em movimento, saindo do polo negativo para o polo positivo.
A potência elétrica total gerada (Pg) por um gerador é diretamente proporcional à intensidade de
corrente elétrica. Ou seja:
Pg = fem . i
Onde:
fem é a constante de proporcionalidade, chamada de força eletromotriz.
i é a intensidade de corrente elétrica entre os terminais do gerador.
𝑷 𝑼.𝒊 𝑼 𝑼
ᶯ= 𝒍 = = → ᶯ=
𝑷𝒈 𝑬.𝒊 𝑬 𝑬
Equação característica e o símbolo do gerador elétrico
Quando o ligamos a um circuito, teremos a diferença de potencial U menor que a força eletromotriz E.
Isto acontece porque o gerador apresenta uma resistência elétrica que é definida como resistência interna
r.
U= E –ri
A diferença de potencial lançada no circuito será a diferença entre a força eletromotriz E pela diferença
de potencial que foi aplicada na resistência interna no gerador.
Um gerador real, isto é, um gerador cuja resistência interna não é nula (r ≠ 0) é representado conforme
o esquema abaixo.
A tensão U entre os polos de um gerador real é igual à tensão que teríamos se ele fosse ideal (E)
menos a tensão na resistência interna (ri).
As Leis de Kirchhoff são empregadas em circuitos elétricos mais complexos, como por exemplo
circuitos com mais de uma fonte de resistores estando em série ou em paralelo. Para estuda-las vamos
definir o que são Nós e Malhas:
Analisando a figura 1, vemos que os pontos a e d são nós, mas b, c, e e f não são. Identificamos neste
circuito 3 malhas definidas pelos pontos: afed, adcb e badc.
Em qualquer nó, a soma das correntes que o deixam (aquelas cujas apontam para fora do nó) é igual
a soma das correntes que chegam até ele. A Lei é uma consequência da conservação da carga total
existente no circuito. Isto é uma confirmação de que não há acumulação de cargas nos nós.
A soma algébrica das forças eletromotrizes (f.e.m) em qualquer malha é igual à soma algébrica das
quedas de potencial ou dos produtos iR contidos na malha.
8
https://www.infoescola.com/eletricidade/leis-de-kirchhoff/
Solução: Os sentidos das correntes são escolhidos arbitrariamente. Aplicando a 1ª lei de Kirchhoff (Lei
dos Nós) temos:
i1 + i2 = i3
Aplicando a 2ª Lei de Kirchhoff (Lei das Malhas): partindo do ponto a percorrendo a malha abcd no
sentido anti-horário. Encontramos:
Ou
Ou
Ficamos então com um sistema de 3 equações e 3 incógnitas, que podemos resolver facilmente:
i1 = 0,82A
i2 = -0,4A
i3 = 0,42A
Os sinais das correntes mostra que escolhemos corretamente os sentidos de i1 e i3, contudo o sentido
de i2 está invertido, ela deveria apontar para cima no ramo central da figura 1.
Exemplo 2: Qual a diferença de potencial entre os pontos a e d da figura 1?
Solução: Pela Lei da Malhas temos:
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
. 159
Observe que se não alterarmos o sentido da corrente i2, teremos que utilizar o sinal negativo quando
for feito algum cálculo com essa corrente.
Questões:
01. Um condutor metálico é percorrido por uma corrente elétrica contínua e constante de intensidade
32 mA. Determine:
a) a carga elétrica que atravessa uma seção reta do condutor por segundo;
b) o número de elétrons que atravessa uma seção reta do condutor por segundo.
Dado: carga elétrica elementar e = 1,6.10-19 C.
02. Em um chuveiro com a chave ligada na posição inverno passa por segundo na secção transversal
da resistência, por onde circula a água, 12,5 10-19. elétrons. Determine a intensidade da corrente elétrica
na resistência sabendo que o valor absoluto da carga do elétron é 1,6.10-19 C.
03. (UFSM-RS) Analise as afirmações a seguir, referentes a um circuito contendo três resistores de
resistências diferentes, associados em paralelo e submetidos a uma certa diferença de potencial,
verificando se são verdadeiras ou falsas.
1. A resistência do resistor equivalente é menor do que a menor das resistências dos resistores do
conjunto;
2. A corrente elétrica é menor no resistor de maior resistência;
3. A potência elétrica dissipada é maior no resistor de maior resistência.
A sequência correta é:
(A) F, V, F
(B) V, F, F
(C) V, V, V
(D) V, V, F
(E) F, F, V
04.Sobre um resistor de 100 Ω passa uma corrente de 3 A. Se a energia consumida por este resistor
foi de 2Kwh, determine aproximadamente quanto tempo ele permaneceu ligado à rede.
(A) 15h
(B) 1,5h
(C) 2h
(D) 3 h
(E) 6h
05. (PUC- MG) Ao aplicarmos uma diferença de potencial 9,0 V em um resistor de 3,0Ώ, podemos
dizer que a corrente elétrica fluindo pelo resistor e a potência dissipada, respectivamente, são:
(A) 1,0 A e 9,0 W
(B) 2,0 A e 18,0 W
(C) 3,0 A e 27,0 W
(D) 4,0 A e 36,0 W
(E) 5,0 A e 45,0 W
Respostas
01. Resposta:
03. Resposta: D.
As afirmações 1 e 2 estão corretas. Já a alternativa 3 é incorreta porque a potência elétrica é maior
para o resistor de menor resistência. Isso se deve ao fato de a corrente elétrica ser maior nesse resistor.
Como a potência dissipada é proporcional ao quadrado da corrente, haverá maior dissipação de energia
para a menor resistência.
04. Resposta: C.
Da equação da energia consumida temos que E = P x Δt
Potência pode ser definida como P = R.i2
Portanto: E = R.i2 . Δt
2000 w.h = 100 . 32 . Δt
2000 w.h = 900 w . Δt
Δt = 2,2h
05. Resposta: C.
A potência elétrica em função da tensão elétrica é dada por:
ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
Figura1. Espectro eletromagnético apresentado na escala de frequência (esquerda) e dos comprimentos da onda (direita).
Essas escalas são logarítmicas devido ao fato que os intervalos são muito elevados. As divisões entre os vários tipos das
ondas não são definidas precisamente, e devem ser consideradas como aproximadas. A energia das ondas eletromagnéticas é
proporcional a sua frequência, i.e., cresce com aumento da frequência .
ou
(valor exato)
que é igual a velocidade da luz. Nisso Maxwell se baseou para afirmar que a luz também é uma onda
eletromagnética.
Podemos resumir as características das ondas eletromagnéticas no seguinte:
- São formadas por campos elétricos e campos magnéticos variáveis.
- O campo elétrico é perpendicular ao campo magnético.
- São ondas transversais (os campos são perpendiculares à direção de propagação).
- Propagam-se no vácuo com a velocidade "c”.
- Podem propagar-se num meio material com velocidade menor que a obtida no vácuo.
A figura mostra a direção do campo magnético, do campo elétrico e da propagação da onda eletromagnética
Veja que enquanto o campo magnético (B) se propaga na direção z, o campo elétrico (E) se propaga
na direção y. Já a onda segue na direção x todas perpendiculares entre si.
As ondas eletromagnéticas, assim como todas as ondas, são caracterizadas por três grandezas, são
elas:
- Período: é o tempo que a onda leva para percorrer um ciclo;
- Frequência: é o número de ciclos por unidade de tempo, sendo a unidade de medida mais conhecida
o Hertz, que corresponde a um ciclo por segundo;
- Fase: representa o avanço ou atraso da onda em relação ao ponto de origem.
Lembre-se de que algumas ondas (inclusive as eletromagnéticas) também oscilam no espaço e, sendo
assim, elas oscilam em uma determinada posição conforme o tempo passa. A grandeza conhecida como
frequência da onda diz respeito ao número de comprimentos de onda completos que passam por um
determinado ponto no espaço a cada segundo. A unidade do SI para frequência é Hertz (Hz). Como você
deve imaginar, o comprimento de onda e a frequência são inversamente proporcionais, isto é, quanto
menor o comprimento de onda, maior será a frequência, e vice-versa.
A relação é dada pela seguinte equação: c=λν
Em que (lambda, do alfabeto grego) é o comprimento de onda (em metros), e ν (nu do alfabeto
grego) é a frequência (em Hertz) Seu produto é a constante c
a velocidade da luz, que é igual a
8
3,00×10 m/s
. Esta relação reflete um fato importante: toda radiação eletromagnética, independentemente de
comprimento de onda ou frequência, viaja à velocidade da luz.
Período
A radiação eletromagnética pode ser descrita por sua amplitude (brilho), comprimento de onda,
frequência e período.
Interação eletromagnética
Uma interação eletromagnética qualquer como, por exemplo, o afastamento de partículas portando
cargas (positiva e negativa) ocorre com a interação entre as duas cargas mediante a troca de fótons
(energia da radiação eletromagnética). A fonte de radiação puder ser vista como uma antena de
transmissão (um emissor), a matéria (um receptor) com que a radiação interage pode ser vista como
uma antena receptora. A diferença essencial entre os receptores está apenas na frequência das ondas
eletromagnéticas à qual respondem.
CASOS IMPORTANTES
1. Se v = 0 (partícula abandonada em repouso), a resultante Fm é = 0.
Portanto, partículas eletrizadas abandonadas em repouso não sofrem ação do campo
magnético.
Questões
01. (Unesp) A luz visível é uma onda eletromagnética, que na natureza pode ser produzida de diversas
maneiras. Uma delas é a bioluminescência, um fenômeno químico que ocorre no organismo de alguns
seres vivos, como algumas espécies de peixes e alguns insetos, onde um pigmento chamado luciferina,
em contato com o oxigênio e com uma enzima chamada luciferase, produz luzes de várias cores, como
verde, amarela e vermelha. Isso é o que permite ao vaga-lume macho avisar, para a fêmea, que está
chegando, e à fêmea indicar onde está, além de servir de instrumento de defesa ou de atração para
presas. As luzes verde, amarela e vermelha são consideradas ondas eletromagnéticas que, no vácuo,
têm:
(A) os mesmos comprimentos de onda, diferentes frequências e diferentes velocidades de propagação.
(B) diferentes comprimentos de onda, diferentes frequências e diferentes velocidades de propagação.
(C) diferentes comprimentos de onda, diferentes frequências e iguais velocidades de propagação.
(D) os mesmos comprimentos de onda, as mesmas frequências e iguais velocidades de propagação.
(E) diferentes comprimentos de onda, as mesmas frequências e diferentes velocidades de propagação.
1. Um forno de micro-ondas transmite calor para assar e esquentar alimentos sólidos e líquidos.
2. O comprimento de onda dessas ondas é de aproximadamente 12,2 cm.
3. As ondas eletromagnéticas geradas ficam confinadas no interior do aparelho, pois sofrem reflexões
nas paredes metálicas do forno e na grade metálica que recobre o vidro da porta.
Assinale a alternativa correta.
03. (UFPR) O primeiro forno de micro-ondas foi patenteado no início da década de 1950 nos Estados
Unidos pelo engenheiro eletrônico Percy Spence. Fornos de micro-ondas mais práticos e eficientes foram
desenvolvidos nos anos 1970 e a partir daí ganharam grande popularidade, sendo amplamente utilizados
em residências e no comércio. Em geral, a frequência das ondas eletromagnéticas geradas em um forno
de micro-ondas é de 2450 MHz. Em relação à Física de um forno de micro-ondas, considere as seguintes
afirmativas:
Um forno de micro-ondas transmite calor para assar e esquentar alimentos sólidos e líquidos.
O comprimento de onda dessas ondas é de aproximadamente 12,2 cm.
As ondas eletromagnéticas geradas ficam confinadas no interior do aparelho, pois sofrem reflexões
nas paredes metálicas do forno e na grade metálica que recobre o vidro da porta.
04. A respeito das ondas são feitas as seguintes afirmações: I) Quando percutida, a corda do violão
vibra formando uma onda estacionária que se move praticamente a 340 m/s. II) Reduzindo sua
velocidade, uma onda estará, ao mudar de meio, sofrendo o fenômeno da refração mesmo sem mudar
sua direção de propagação. III) No vácuo todas as ondas eletromagnéticas caminham com uma mesma
velocidade, independentemente de sua frequência. É(são) correta(s) a(s) afirmativa(s):
05. Em um forno de micro-ondas são produzidas ondas com frequências de 2,5 x 109 Hertz e de
natureza eletromagnéticas, as quais são absorvidas por ressonância pelas moléculas dos alimentos,
resultando no seu aquecimento. Com relação a essas ondas, é correto afirmar:
01) Se a velocidade das ondas do interior do forno é de 3.108 m / s, elas têm comprimento de onda
igual a 0,12m.
02) As micro-ondas têm a mesma natureza que os raios X, raios alfa, beta, gama, e ondas de rádio.
04) As micro-ondas deixariam de se propagar no interior do forno se nele fosse feito vácuo.
08) São ondas transversais que propagam energia e somente se propagam no vácuo.
16) Se aumentarmos a frequência desta onda, sua velocidade dentro do micro-ondas aumentaria.
32) No vácuo se aumentarmos o comprimento de onda a frequência diminuirá.
02. Resposta: E.
Analisando cada uma das proposições:
1. Falsa. O aquecimento ocorre devido à fricção entre as moléculas de água contidas no alimento, que
tendem sempre a se orientar na direção de um campo elétrico de direção variável aplicado pelo magneto.
2. Verdadeira.
Dados: f = 2.450 MHz = 2,45 109 Hz.
Considerando a velocidade de propagação das micro-ondas no interior do forno, v = c = 3 .10 na 8
m/s, da equação fundamental da ondulatória, temos:
Λ = v/f
Λ= 3. 10 na 8/ 2,45.10 na 9
Λ= 0,122 m
Λ= 12,2 cm
3. Verdadeira. As micro-ondas são refletidas nas paredes para evitar vazamentos, aumentando a
segurança do aparelho e a sua eficiência, além de propiciar o aquecimento homogêneo dos alimentos,
também favorecido pela rotação do prato.
03. Resposta: E.
04. Resposta: C.
FISICA MODERNA
Intensidade:
Os valores acima atribuidos para as intensidade das forças não devem ser considerados de modo
absoluto. Voce verá valores bastante diferentes em vários livros, em particular no que diz respeito à força
fraca. O cálculo desta intensidade depende da natureza da fonte e a que distância estamos fazendo a
medição. O que importante notar é a razão entre elas: a força gravitacional é, de longe, a mais fraca entre
todas, porém é a de maior alcance, sendo a responsável pela estabilidade dinâmica de todo o Universo.
Teoria:
Vemos na tabela que cada força está associada a uma teoria física. Vejamos alguns detalhes:
Força gravitacional:
A teoria clássica da gravitação é a lei de Newton da Gravitação Universal. Sua generalização
relativística é a teoria da Gravitação de Einstein, também chamada de Teoria da Relatividade Geral de
Einstein. O melhor termo para ela seria Geometrodinâmica, uma vez que a relatividade geral geometriza
a gravitação. Para descrever os estágios iniciais da formação do Universo precisamos de uma teoria
quântica da gravitação, algo que os físicos ainda não possuem, apesar dos enormes esforços
desenvolvidos para isto.
Eletrodinâmica:
Esta é a teoria física que descreve os fenômenos elétricos e magnéticos, ou seja as forças
eletromagnéticas. A formulação clássica da Eletrodinâmica foi feita por James Clerk Maxwell. A teoria
clássica construída por Maxwell já era consistente com a teoria da relatividade especial de Einstein. O
"casamento" desta teoria com a mecânica quântica, ou seja, a construção de uma "Eletrodinâmica
Quântica", foi realizada por grandes nomes da física tais como Feynman, Tomonaga e Schwinger nos
anos que compõem a década de 1940.
Fraca:
As forças fracas são aquelas que explicam os processos de decaimento radiativo, tais como o
decaimento beta nuclear, o decaimento do pion, do muon e de várias partículas "estranhas". É
interessante notar que esta força não era conhecida pela física clássica e que sua formulação como teoria
é estritamente quântica. A primeira teoria das interações fracas foi apresentada por Fermi em 1933. Mais
tarde ela foi aperfeiçoada por Lee, Yang, Feynman, Gell-Mann e vários outros nos anos da década de
1950. Sua forma atual é devida a Glashow, Weinberg e Salam, que a propuseram nos anos da década
de 1960. A nova teoria das interações fracas, que é chamada de flavordinâmica por causa de uma das
propriedades intrínsecas das partículas elementares, é mais justamente conhecida como Teoria de
Glashow-Weinberg-Salam. Nesta teoria, as interações fraca e eletromagnética são apresentadas como
manifestações diferentes de uma única força, a força eletrofraca. Esta unificação entre a interação fraca
Forte:
As forças fortes são aquelas responsáveis pelos fenômenos que ocorrem a curta distância no interior
do núcleo atômico. A estabilidade nuclear está associada à força forte. É ela que mantém o núcleo unido
evitando que os prótons que os constituem, por possuírem a mesma carga elétrica, simplesmente sofram
uma intensa repulsão e destruam o próprio átomo. Se a força forte não existisse a matéria que forma o
Universo, tal como o conhecemos, também não existiria. Prótons e nêutrons não conseguiriam se formar.
Nós, seres humanos, não poderíamos existir. O trabalho pioneiro sobre as forças fortes foi realizado por
Yukawa em 1934 mas até meados da década de 1970 não havia, realmente, uma teoria capaz de explicar
os fenômenos nuclear. Foi então que surgiu a cromodinâmica quântica.
Mediadores:
Após a física ter abandonado o conceito de "ação-a-distância", foi introduzido o conceito de "campo".
Cada partícula criava à sua volta uma perturbação, seu "campo", que era sentido pelas outras partículas.
A Teoria Quântica de Campos (TQC) introduziu o conceito de "mediadores". Segundo a TQC cada uma
das forças que existem na natureza é mediada pela troca de uma partícula que é chamada de "mediador".
Estes mediadores transmitem a força entre uma partícula e outra. Assim, a força gravitacional é mediada
por uma partícula chamada graviton. A força eletromagnética é mediada pelo fóton, a força forte pelos
gluons e as forças fracas pelas partículas W± e Z0, que são chamadas de bósons vetoriais intermediários.
Isto complica ainda mais o estudo das interações entre as partículas. Veja que antes descrevíamos a
interação entre dois prótons como sendo a interação entre duas partículas. Hoje, sabendo que os prótons
são partículas compostas por 3 quarks, vemos que a interação entre dois prótons é, na verdade, uma
interação entre 6 quarks que trocam gluons incessantemente durante todo o processo. Só para te avisar,
existem 8 tipos de gluons. Como voce pode ver, aqui não existe simplicidade.
Estrutura da matéria modelo atômico: sua utilização na explicação da interação da luz com
diferentes meios. Conceito de fóton. Fontes de luz
Toda matéria é formada por partículas muito pequenas. Essas partículas chamamos de átomo.
ÁTOMO – É uma partícula indivisível.
Distinguimos duas regiões nos átomos:
a) uma com carga elétrica positiva, e muito pesada, que concentra quase todo o peso do átomo: é
chamada núcleo.
b) uma região ocupada por elétrons, que giram ao redor do núcleo.
c) O modelo proposto por Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr. Baseando-se nos estudos feitos em
relação ao espectro do átomo de hidrogênio e na teoria proposta por Planck em 1900 (Teoria Quântica),
segundo a qual a energia não é emitida em forma contínua, mas em ”pacotes”, denominados quanta de
energia. Foram propostos os seguintes postulados:
d) 1. Na eletrosfera, os elétrons descrevem sempre órbitas circulares ao redor do núcleo, chamadas
de camadas ou níveis de energia.
e) 2. Cada camada ocupada por um elétron possui um valor determinado de energia (estado
estacionário).
f) 3. Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham uma determinada quantidade de energia,
não sendo possível ocupar estados intermediários.
g) 4. Ao saltar de um nível para outro mais externo, os elétrons absorvem uma quantidade definida
de energia (quantum de energia).
i) 6. Cada órbita é denominada de estado estacionário e pode ser designada por letras K, L, M, N,
O, P, Q. As camadas podem apresentar:
j) K = 2 elétrons
k) L = 8 elétrons
l) M = 18 elétrons
m) N = 32 elétrons
n) O = 32 elétronsP = 18 elétronsQ = 2 elétrons
o) 7. Cada nível de energia é caracterizado por um número quântico (n), que pode assumir valores
inteiros: 1, 2, 3, etc.
Nem toda a luz que uma estrela emite chega até nós. E a parte que não chega, nos permite inferir
sobre sua composição química e sua temperatura superficial
O que ocorre é que parte da luz que a estrela emite é absorvida pelo gás nas camadas mais frias da
estrela.
Muitos elementos absorvem e emitem mais luz em uma determinada temperatura; portanto, a essa
temperatura, suas linhas de absorção e de emissão são mais fortes. Daí, conhecendo as linhas de
absorção de cada átomo, podemos obter informação sobre a composição e a temperatura da estrela.
Absorção da luz
Os fótons de luz incidente são absorvidos por átomos do meio em que a luz viaja, podendo ser
reemitidos ou não.
A absorção depende basicamente de dois fatores: o meio no qual a luz está viajando e a energia dos
fótons (lembrando que a energia está associada inversamente com o comprimento de onda e que, no
óptico, isso é um indicativo da cor).
No caso de não haver reemissão dos fótons absorvidos, a energia carregada pelos fótons é convertida
em outra forma de energia, que não luminosa.
Espalhamento da luz
No espalhamento, os fótons que incidem em uma direção são espalhados ou desviados para outras
direções.
Geralmente ocorrem absorção e espalhamento concomitantemente, ou seja, parte da energia do fóton
é absorvida e parte é reemitida em outra direção.
Raio de luz
Na verdade o raio de luz é uma abstração, uma figura teórica a partir do qual estudamos os feixes
de ondas eletromagnéticas que constituem a luz, os mesmos que podemos ver emitidos de qualquer
lanterna.
A lanterna, o sol e até mesmo os vagalumes são fontes primárias de luz, ou seja, corpos que geram
luz a partir de alguma transformação físico-química que ocorre neles mesmos. Há também os corpos que
não possuem luz própria mas são capazes de refletir a luz gerada por outros corpos. Estes corpos são
chamados defontes de luz secundárias. A lua cheia iluminando a noite é o exemplo mais comum de uma
fonte de luz secundária.
Meios de propagação
Uma vez que a fonte de luz emitiu um feixe luminoso, ele passa a se propagar à velocidade de 300.000
Km/s no vácuo. Só que a luz também se propaga por outros meios que não o vácuo. Esses outros meios
de propagação da luz são classificados de acordo com o modo como interagem com o feixe de raios de
luz que incide sobre eles.
Com base nisso, os meios de propagação da luz podem ser transparentes, translúcidos ou opacos.
Meios transparentes são atravessados pelos raios luminosos sem afetar a orientação dos feixes. O
observador enxerga a imagem do objeto vista através do corpo sem distorções.
Meios translúcidos são atravessados pelos raios luminosos, mas afetam a orientação dos feixes. O
observador enxerga uma imagem distorcida do objeto vista através do corpo.
Os raios de luz não atravessam meios opacos e um observador não pode ver através deles.
Características Gerais do Núcleo O raio de um núcleo típico é cerca de dez mil vezes menor que o raio
do átomo ao qual pertence, mas contém mais de 99,9% da massa desse átomo. Constituição O núcleo
atômico é composto de partículas chamadas núcleos. Existem duas espécies de núcleos: os prótons, com
carga elétrica positiva, e os nêutrons, sem carga elétrica(Fig1)
Figura1.Estrutura Nuclear
Benefícios da radioatividade
A radioatividade tem vários benefícios para o ser humano. Entre eles é importante realçar a sua
utilização na produção de energia, na esterilização de materiais médicos, no diagnóstico de doenças e
no controle do câncer, através da radioterapia.
Em alguns alimentos, mais concretamente nas frutas, a radiação iônica emitida sobre elas, permite
que a sua durabilidade aumente. Essa radiação não altera o sabor e as qualidades nutritivas dos
alimentos.
Leis da Radioatividade
Exemplo:
90Th
232
→+2α4+88Ra228
228 + 4 = 232
88 + 2 = 90
Resolução:
90X
204
→ x+2α4 + y-1β0 + 92Y192
90X
204
→ 3+2α4 + 8-1β0 + 92Y192
Isso acontece com todo elemento radioativo que emite uma partícula alfa, pois, conforme mostrado no
texto Emissão alfa (α), essa partícula é constituída por dois prótons e dois nêutrons — de forma
semelhante ao que ocorre com o núcleo de um átomo de hélio — e é representada por 24α.
DECAIMENTO E MEIA-VIDA
Radioatividade – É a propriedade que os núcleos atômicos instáveis possuem de emitir partículas e
radiações eletromagnéticas para se transformarem em núcleos mais estáveis. Para este fenômeno,
damos o nome de reação de desintegração radioativa, reação de transmutação ou reação de decaimento.
A reação só acaba com a formação de átomos estáveis.
Exemplos:
U -238 sofre decaimento até se transformar em Pb-206.
O tempo que os elementos radioativos levam para ficarem estáveis, varia muito.
Meia-Vida – É o tempo necessário para a metade dos isótopos de uma amostra se desintegrar.
Um conjunto de átomos radioativos pode estar se desintegrando neste instante. Outro átomo pode se
desintegrar daqui há uma hora. Outro, pode desintegrar daqui há três meses.
O U-235 é o elemento com meia-vida mais longa. Tem cerca de 7,04.108anos.
Exemplo de um gráfico de Meia-vida: Atividade x Tempo
Meia vida é a estimativa de tempo em que metade da massa de um isótopo haverá decaído. Um
exemplo é a própria técnica de datação por Carbono 14. Reforce que a meia vida do isótopo radioativo
do Carbono, cuja massa é 14, é de cerca de 5700 anos. Isso que dizer que a concentração de Carbono
14, após 5700 anos, cai pela metade. Se esperarmos mais 5700 anos, haverá apenas 1/4 de Carbono
14, e assim sucessivamente. O tempo de meia vida depende diretamente do quão instável é o elemento
e as variações são muito acentuadas, tendo elemento cuja meia vida pode ser de alguns minutos (isótopo
Devido à esta constatação, todo esforço deve ser direcionado no sentido de controlar e reduzir estes
valores, o que pode ser atingido através da aplicação efetiva dos preceitos de proteção radiológica.
Proteção radiológica
Segundo a norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) é o conjunto de medidas que
visam proteger o homem, seus descendentes e seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos
causados por radiação ionizante proveniente de fontes produzidas pelo homem e de fontes naturais
modificadas tecnologicamente. Essas medidas estão fundamentadas em três princípios básicos:
- Justificação
- Otimização
- Limitação de doses individuais
Justificação da prática
Nenhuma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo
exposto ou para a sociedade.
A exposição médica deve resultar em um benefício real para a saúde do indivíduo e/ou para a
sociedade.
Deve-se considerar a eficácia, os benefícios e riscos de técnicas alternativas disponíveis com o mesmo
objetivo, mas que envolvam menos ou nenhuma exposição a radiações ionizantes.
Exposições ocupacionais
Nas exposições ocupacionais normais, nas práticas abrangidas pela Portaria 453, o controle deve
ser feito de maneira que:
- A dose efetiva anual não deve exceder 20mSv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não
podendo exceder 50mSv em um ano;
- Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios-X diagnósticos, exceto em treinamentos;
Estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento profissional a dose efetiva anual
não deve exceder o valor de 6mSv;
- É proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos;
- A dose efetiva anual de indivíduos do público não deve exceder a 1mSv.
Para mulheres grávidas devem ser observados os requisitos adicionais:
- A gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada;
- As condições de trabalho devem garantir que a dose na superfície do abdômen não exceda 2mSv
durante todo o período restante da gravidez.
Hábitos de trabalho
- Utilizar sempre as técnicas adequadas para cada tipo de exame, evitando a necessidade de repetição
e reduzindo o efeito da radiação espalhada sobre o profissional das técnicas radiológicas;
Sinalização
Monitoração
O uso do dosímetro individual por parte dos Tecnólogos e Técnicos constitui o principal meio de
avaliação da eficiência de um programa de controle de dose estabelecido e dos procedimentos adotados
no serviço de radiodiagnóstico.
O dosímetro individual é de uso exclusivo do usuário no serviço para o qual foi designado.
Prevenção de acidentes
Deve-se desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para minimizar a contribuição de
erros humanos que levem à ocorrência de exposições acidentais.
Manter as instalações e seus equipamentos de raios-X nas condições exigidas pela Portaria 453,
devendo prover serviço adequado de manutenção periódica;
Evitar a realização de exposições médicas desnecessárias;
Compensações ou privilégios especiais para indivíduos ocupacionalmente expostos não devem, em
hipótese alguma, substituir a observação das medidas de proteção e segurança.
Séries radioativas
P ≅ 0,7 Vm
Fissão nucelar
A descoberta da reação de fissão nuclear ocorreu devido aos trabalhos de Enrico Ferni, Otto Hahn e
Lise Meitner.
A fissão nuclear é uma reação que ocorre no núcleo de um átomo. Geralmente o núcleo pesado é
atingido por um nêutron, que, após a colisão, libera uma imensa quantidade de energia. No processo de
fissão de um átomo, a cada colisão são liberados novos nêutrons. Os novos nêutrons irão colidir com
novos núcleos, provocando a fissão sucessiva de outros núcleos e estabelecendo, então, uma reação
que denominamos reação em cadeia.
Um parâmetro importante para analisar a estabilidade de um núcleo é a razão entre o número de
prótons e o número de nêutrons. Por um lado, a falta de nêutrons pode tornar a distância entre prótons
tão pequena que a repulsão se torna inevitável, resultando na fissão do núcleo. Por outro lado, como a
força nuclear é de curto alcance, o excesso de nêutrons pode acarretar uma superfície de repulsão
eletromagnética insustentável, que também resultaria na fissão do núcleo. Assim, um dos principais
fatores para a estabilidade do núcleo é que tenhamos N = Z.
Quando o isótopo urânio-235 (235U) recebe um nêutron, ele passa para um estado excitado que
corresponde ao urânio-236 (236U). Pouco tempo depois esse novo núcleo excitado se rompe em dois
novos elementos. Esse rompimento, além de liberar novos nêutrons, libera uma grande quantidade de
energia.
Os nêutrons provenientes do rompimento do núcleo excitado vão encontrar novos núcleos, gerando,
portanto, uma reação em cadeia. A fim de que os novos nêutrons liberados encontrem novos núcleos,
para assim manter a reação em cadeia, após a fissão do núcleo de urânio, deve-se ter uma grande
quantidade de urânio-235. Como a concentração de urânio-235 no mineral urânio é pouca, obtém-se o
urânio 235 em grande escala através do processo de enriquecimento do urânio.
Fusão Nucelar
Praticamente toda energia que a Terra recebe diariamente é proveniente do Sol, que libera energia
por reações termonucleares.
As temperaturas elevadas no centro do Sol fornecem a energia necessária para que átomos de
hidrogênio (H) se unam, num processo chamado fusão nuclear.
A Energia nuclear é aquela gerada a partir da quebra dos átomos de determinados elementos
químicos, sendo o urânio o mais utilizado na atualidade. O processo de produção de energia ocorre nas
Usinas Nucleares. De acordo com dados atuais, cerca de 15% da energia gerada no mundo é proveniente
destas usinas nucleares.
Uma das vantagens da usina nuclear é a produção de uma energia mais limpa, já que 10 g de urânio
é o suficiente para produzir a mesma quantidade de energia de 700 kg de petróleo e 1.200 kg de carvão.
Outra vantagem das usinas nucleares é que não emitem gases, e não contribuem para o aquecimento
global.
As desvantagens apresentadas são a respeito do lixo radioativo, uma vez que a energia elétrica
produzida é por intermédio do processo de fissão nuclear, e não pode ser deixado exposto devido à
radiação, o que causaria problemas na fauna e flora da região. O lixo radioativo deve ser muito bem
acondicionado, pois pode demorar centenas de anos para perder suas propriedades radioativas.
Um outro fator de risco a ser considerado é a possibilidade de explosão da usina nuclear. O processo
de fissão resulta em um alto aquecimento do urânio, e caso não seja controlado pode causar fusão do
reator causando acidente nuclear de grandes proporções como as que acontecerem em Chernobyl na
Ucrânia, e Fukushima no Japão.
O impacto ambiental gerado durante a obtenção de energia vem sendo discutido mundialmente,
mediante a conscientização da gravidade da questão. Os impactos ambientais gerados pela obtenção de
energia interferem enormemente no desenvolvimento sustentável, e o entendimento deles se faz
primordial para a análise de implementação de projetos e planejamentos energéticos. Várias são as fontes
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
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para obtenção de energia elétrica, entre elas as hidrelétricas, carvão, petróleo, fissão, biomassa, solar,
eólica, geotérmica, fusão, hidrogênio, ondas, térmica das marés, marés, óleos vegetais, álcool, gás
natural. Serão apresentados a seguir os impactos ambientais provenientes de termelétricas, hidrelétricas,
energia eólica, e energia solar
Energia Nuclear
A energia nuclear é a energia liberada durante a fissão ou fusão dos núcleos atômicos. As quantidades
de energia que podem ser obtidas mediante processos nucleares superam em muitas as que se pode
obter mediante processos químicos, que só utilizam as regiões externas do átomo.
Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de através de reações nucleares,
emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio que nas reações nucleares ocorre uma
transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico
de um elemento podendo transformar-se em outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente
em alguns elementos; em outros se deve provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de
nêutrons ou outras
Reações Nucleares
Quando dois núcleos se movem um em direção ao outro e, apesar da repulsão coulombiana, se
aproximam o suficiente para que haja interação entre as partículas de um com as partículas do outro pela
força nuclear, pode ocorrer uma redistribuição de núcleos e diz que aconteceu uma reação nuclear.
Usualmente, as reações nucleares são produzidas bombardeando-se um núcleo alvo com um projétil
que pode ser algum tipo de partícula ou núcleo pequeno, de modo que a repulsão coulombiana não se
torne um obstáculo muito grande. As reações que envolvem energias não muito grandes ocorrem em
duas fases. Na primeira fase, o núcleo alvo e o projétil se agrupam, formando o que se chama de núcleo
composto num estado altamente excitado. Na segunda fase, o núcleo composto decai por qualquer
processo que não viole os princípios de conservação.
Por exemplo, uma partícula a com uma energia cinética de cerca de 7 MeV colide com um núcleo de
nitrogênio 14. O resultado é um núcleo composto que consiste de todos os núcleos da partícula a e do
nitrogênio 14 num estado altamente excitado. Esse núcleo composto, sendo constituído de 9 prótons, é
um núcleo de flúor. Como esse núcleo composto está num estado altamente excitado, pode-se esperar
que ele emita uma partícula (ou um fóton) no processo de passagem a um estado menos excitado ou ao
estado fundamental do núcleo filho.
Reações Artificiais
Os núcleos radioativos artificiais são produzidos por reações nucleares. Os elementos transurânicos,
em particular, são normalmente produzidos pela captura de nêutrons seguida de decaimento b-. Por outro
lado, o que se chama de espalhamento é a reação nuclear em que projétil e partícula liberada são a
mesma partícula. O espalhamento é elástico quando, durante o processo, não varia a energia cinética da
partícula, e inelástico, caso contrário.
Constante de Planck
Dentre os vários experimentos realizados pelos cientistas até o final do século XIX, o que mais
despertou curiosidade foi o estudo da luz emitida por corpos aquecidos. Para estudar a luz emitida por
esses corpos aquecidos os cientistas tiveram que propor um modelo no qual a ideia era realizar os
cálculos apenas para a radiação produzida pela agitação térmica do corpo.
Para que esse estudo fosse realizado corretamente, o corpo deveria absorver toda radiação que nele
chegasse, sem refleti-la. Dessa forma, o corpo deveria ser totalmente negro, daí o nome do
modelo: radiação do corpo negro. Vários cientistas da época (final do séc. XIX) eram preocupados em
tentar dar uma explicação plausível de como a temperatura influenciava a energia emitida por um corpo
negro. Embora fossem muitos os dados experimentais, os cientistas chegaram à conclusão de que nem
a Termodinâmica ou as Leis de Newton eram capazes de demonstrar teoricamente os resultados obtidos.
Na época, para tentar explicar a radiação de corpo negro, eles utilizaram um modelo que propunha
que um corpo possuiria os átomos interligados por “molas”. Dessa forma, diziam que quando aumentava
a temperatura de um corpo, aumentava também a amplitude de oscilação. Mesmo com base nessas
considerações, os cientistas não conseguiram reproduzir corretamente os experimentos. No ano de 1900,
Max Planck fez uma suposição na qual afirmou que a energia dos osciladores não poderia assumir
qualquer valor arbitrário, mas que sempre seria um múltiplo inteiro de um valor mínimo de energia.
Assim, Planck disse que existiria um valor mínimo para a energia que podia ser absorvida ou emitida
pelos osciladores. Este valor ficou conhecido como um quantum de energia. Dessa forma, Planck pôde
explicar corretamente a radiação do corpo negro através da ideia de quantização de energia. Podemos
entender melhor a ideia de quantização da energia proposta por Planck fazendo uma analogia com a
troca de moedas de 1 centavo entre duas pilhas de dinheiro. Suponhamos que cada moeda de 1 centavo
seja nosso quantum de dinheiro: assim, podemos trocar moedas à vontade entre as pilhas, mas é
impossível aumentar ou diminuir 0,5 centavo a qualquer uma das pilhas – o valor total de cada pilha
sempre será múltiplo de 1 centavo.
Onde:
Efeito Fotoelétrico
Espectros Atômicos
Em 1859, Kirchhoff e Bunsen deduziram a partir de suas experiências que cada elemento, em
determinadas condições emite um espectro característico. Tal espectro é exclusivo de cada elemento.
Com isso foi possível desenvolver um novo método de análise, baseado nestas emissões. A parte
da ciência que estuda estas emissões é chamada de Espectroscopia e foi de fundamental importância
no estudo dos astros, uma vez que praticamente tudo o que se sabe a respeito da composição química
deles vem de estudos das suas emissões espectrais.
Quando se fornece energia a um elétron em um átomo de um determinado elemento, tal elétron pode
“saltar” para um nível superior de energia e ao retornar ao seu estado inicial emite radiação
eletromagnética. Toda radiação eletromagnética possui uma frequência e com isto pode-se determinar
seu comprimento de onda.
Entretanto, esta energia fornecida ao átomo para que ele altere o seu estado, não pode possuir
qualquer valor. Neste caso, cada átomo é capaz de emitir ou absorver radiação eletromagnética, somente
em algumas frequências específicas o que torna a emissão característica de cada material.
Para fornecermos energia aos elétrons de um determinado material, uma das formas de fazer é
aquecê-lo em sua forma gasosa. Assim, este elemento pode emitir radiação em certas frequências do
visível, o que constitui seu espectro de emissão.
De acordo com as leis de difração teremos padrões de interferência quando nλ = dsen
θn, onde n corresponde a ordem de difração que está sendo observada. Na prática realizada nos
laboratórios, o espectro de 1ª ordem pode se apresentar da seguinte forma (exemplo para o mercúrio).
COR λ(nm)
VERMELHA 690
VERMELHA 624
VERMELHA 611
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
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VERMELHA 608
AMARELA 578
VERDE 548
VERDE-
496
AZULADA
VERDE-
492
AZULADA
AZUL 435
VIOLETA 408
9
Texto adaptado de: Materiais baseados em "Física" de Alcina do Aido, Maria Adélia Passos Ponte, Maria Aurelina Martins, Maria Gertrudes
Abreu Bastos, Maria Josefina Pereira, Maria Margarida Leitão e Rómulo de Carvalho, Livraria Sá da Costa Editora, Volume II, págs. 227 a 363.
Ondas de Matéria
Matéria está relacionada com energia pela relatividade especial. Energia está relacionada com ondas
pelas relações de Planck-Einstein, que mostram que a energia de um fóton é discretizada e diretamente
proporcional à sua frequência. Se matéria está relacionada com energia e se energia está relacionada
com ondas, é quase natural supormos que matéria relaciona-se, de alguma maneira, com ondas. Neste
pensamento, nascem as ondas de matéria. A assinatura das ondas de matéria é expressa pela relação
ℎ
“𝑝 = 𝜆 ”, que significa “na mecânica quântica (h), partícula (p) se comporta como onda (λ) e vice-versa”.
Quanto mede o lápis acima? Se dissermos 6,5 cm não podemos ter certeza sobre os 0,5 cm além dos
6 cm marcados na régua. Não existe qualquer indicação na régua que mostre esses 0,5 cm a mais. Por
isso dizemos que a incerteza dessa medida é + 0,5 cm.
O Princípio da Incerteza
Quando começamos a lidar com corpos muito pequenos, como os elétrons por exemplo, determinar
valores como posição e momento torna-se uma tarefa um pouco mais complicada. Como saber a posição
de um elétron? Poderíamos lançar contra ele um feixe de luz com alguns fótons (partículas de luz) e ao
recebê-los novamente calcular onde estava.
Se tentarmos porém determinar a quantidade de movimento da mesma forma, alteraremos a
quantidade de movimento original com os fótons que lançamos. Podemos então criar uma cuidadosa
experiência para tentar calcular o momento do elétron. A Quantidade de Movimento da partícula
necessária para esse cálculo muda a posição do elétron de modo que não conseguimos descobrir a
posição com boa precisão. Resumindo, quanto maior a precisão com que medimos a posição menor a
precisão com que mediremos o momento e vice-versa. A isso chamamos de Princípio da Incerteza de
Heisenberg.
Essa incerteza não se deve aos aparelhos que usamos, mas a própria natureza das partículas.
Segundo as leis da Mecânica Quântica, quanto mais fácil for para encontrar uma partícula maior o
momento necessário para interagir com ela, o que torna mais difícil determinar a sua Quantidade de
Movimento. Algo parecido ocorre se conseguirmos determinar o Momento com precisão e tentarmos
descobrir a posição.
Como podemos perceber, muitos conceitos da Mecânica Quântica são bastante diferentes da
Mecânica Clássica. Porém a maior parte da Ciência desenvolvida antes do século XX encontra aplicações
em nossa vida diária e nas situações com que estamos acostumados. Esta mesma Ciência Clássica
começa a perder sua utilidade quando estudamos objetos extremamente pequenos, como átomos,
extremamente grandes, como estrelas ou extremamente rápidos, próximos da velocidade da luz.
Dualidade Onda-Partícula.
Ao longo dos tempos o ser humano e os animais evoluíram de forma a ter uma sensibilidade maior
para a luz visível. O estudo dos fenômenos ópticos é fascinante, pois os variados tipos de imagens podem
trazer diversos tipos de emoções ao ser humano e mesmo aos animais. Mas a evolução vem da
necessidade destes seres obterem informações do meio em que vivem. Na história da humanidade alguns
estudos resultaram em grandes descobertas. Primeiramente, com relação à luz, estudou-se a
possibilidade dela se propagar em linha reta. Mais tarde, Isaac Newton decompõe a luz em várias cores
e também consegue demonstrar que várias cores compõe a luz branca.
Muitas discussões foram feitas com relação à luz. Quando se fala em propagação automaticamente
considera-se um deslocamento com certa velocidade. Mas velocidade do quê? De uma onda ou de
uma partícula?
Primeiramente, faz-se necessário fazer algumas considerações: Uma onda é uma perturbação que se
propaga em um meio. No caso de uma onda eletromagnética a perturbação é do campo elétrico e
do campo magnético. É um argumento plausível pra explicar a luz. Mas alguns experimentos realizados
no fim do século XIX mudam um pouco essa concepção com relação a este importante ente físico. Entre
Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96
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os mais relevantes, podem ser citados o efeito fotoelétrico, o espalhamento Compton e a produção de
raios X. Quando se faz um experimento com partículas em fenda única, observa-se uma região de máxima
incidência de partículas, conforme mostra a figura 01.
Figura 01: as partículas são colimadas por uma fenda e incidem no anteparo formando um padrão
de interferência com uma franja apenas.
Fica evidente o caráter ondulatório quando se faz um experimento com fenda de espessura da ordem
do comprimento de onda da luz incidente conforme a figura 02.
Nestes dois casos se observa a intensidade máxima em uma única região do anteparo.
Quando a onda incide em um colimador com duas fendas observa-se um padrão de interferência com
várias franjas. Isto ocorre devido ao fato de que há uma interferência construtiva quando a intensidade
máxima da onda da luz emergente de uma fenda coincide com o máximo da onda emergente da outra
fenda. Isso ocorre porque há uma diferença de caminho da luz emergente de cada fenda. O mesmo
acontece com os mínimos e forma o padrão de interferência da figura 03.
Quando a mesma experiência é realizada com partículas, o padrão deve ser formado apenas por duas
raias de máxima intensidade. Mas não é isto que se observa se a mesma experiência for realizada com
prótons, nêutrons ou elétrons. O que se observa é um padrão de interferência! É isto que intriga os físicos:
a luz se comporta ora como onda, ora como partícula. E as partículas se comportam como onda em
determinadas situações. Texto adaptado: Glauber Luciano Kítor.