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Corpo de Bombeiros-MG

Curso de Formação de Oficiais

Mecânica: Potência de dez – ordem de grandeza. Algarismos significativos – precisão de uma medida.
Grandezas escalares e vetoriais – operações elementares. .............................................................. 1
Aceleração – movimento retilíneo uniformemente variado – movimentos retilíneo uniforme da partícula
e circular uniforme. ...................................................................................................................... 10
Composição de forças – 1ª Lei de Newton – equilíbrio de uma partícula – peso de um corpo – força de
atrito. .......................................................................................................................................... 26
Composição de velocidade – independência de movimentos – movimento de um projétil. ............. 41
Equilíbrio dos fluídos – densidade – pressão – pressão atmosférica – princípio de Arquimedes. .... 41
Força e aceleração – massa – 2ª Lei de Newton. Forças de ação e reação – 3ª Lei de Newton. Trabalho
de uma força – Potência. Energia potencial gravitacional e elástica – conservação da energia mecânica.
Quantidade de movimento linear de uma partícula (conservação). ................................................... 53
Gravitação – Leis de Kepler e Lei de Newton. ............................................................................ 54
Termodinâmica: Temperatura – escalas termométricas – dilatação (sólido / líquido). Quantidade de
calor sensível e latente. Gases ideais – transformações isotérmica, isobárica, isovolumétrica e adiabática.
Equivalente mecânico da caloria – calor específico – energia interna. Trabalho em uma transformação
gasosa. 1ª Lei da termodinâmica. Mudanças de fase. 2ª Lei da termodinâmica – transformação de energia
térmica em outras formas de energia. ........................................................................................... 59
Vibrações e ondas: Movimento harmônico simples. Ondas elásticas: propagação – superposição –
reflexão e refração – noções sobre a interferência, difração e ressonância. Som. ............................. 78
Ótica: Propagação e reflexão da luz – espelhos planos e esféricos de pequena abertura. Refração da
luz – dispersão e espectros – lentes esféricas, delgadas e instrumentos óticos. Ondas luminosas –
reflexão e refração da luz sob o ponto de vista ondulatório – interferência e difração, cor de um
objeto. ......................................................................................................................................... 99
Eletricidade: Carga elétrica – Lei de Coulomb “eletrizacao”. Campo eletrico – campo de cargas
pontuais – campo de uma carga esférica – movimento de uma carga em um campo uniforme, condutores
eletrizados. Corrente elétrica, diferença de potencial, resistência elétrica. Lei de Ohm – Efeito Joule.
Associação de resistências em série e em paralelo. Geradores de corrente contínua: força eletromotriz e
resistência interna – circuitos elétricos. Experiência de Oersted – campo magnético de uma carga em
movimento – indução magnética. Força exercida por um campo magnético sobre uma carga elétrica e
sobre condutor retilíneo. Força eletromotriz induzida – Lei de Faraday – Lei de Lenz – ondas
eletromagnéticas. ...................................................................................................................... 118
Física moderna: Quantização de energia – efeito fotoelétrico. A estrutura do átomo: experiência de
espalhamento de Rutherford – espectros atômicos. O núcleo atômico – radioatividade – reações
nucleares. ................................................................................................................................. 167

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Mecânica: Potência de dez – ordem de grandeza. Algarismos significativos –
precisão de uma medida. Grandezas escalares e vetoriais – operações
elementares.

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br

Ordem de grandeza

A ordem de grandeza de um número é a potência de dez mais próxima deste número. Ordem de
grandeza é uma forma de avaliação rápida, do intervalo de valores em que o resultado deverá ser
esperado. Para se determinar com facilidade a ordem de grandeza, deve-se escrever o número em
notação científica (isto é, na forma de produto N.10n) e verificar se N é maior ou menor que (10)1/2.
a) se N > 3,16 , a ordem de grandeza do número é 10n+1.
b) se N < 3,16, a ordem de grandeza do número é 10n.
onde (10)1/2 = 3,16
Exemplo 1 - Se formos medir a massa de um homem, é razoável esperarmos que a massa se encontre
mais próximo de 100 (102) kg do que de 10 (101) kg ou 1000 (103) kg.
Exemplo 2 - Qual a ordem de grandeza do número de segundos existentes em um século?
Solução: 1 hora = 60 x 60 = 3600 s
1 dia = 24 x 3600 = 86.400 = 8,64 x 104 s
1 ano = 365 x 8,64 x 104 = 3,1436 x 107 s
1 século = 100 x 3,1536 x 107 = 109 s

Algarismos significativos

Supondo que você realizou medidas com uma régua milimetrada determinando um espaço S, você
colocou duas casas decimais. É correto o que você fez? Sim, porque você considerou os algarismos
significativos. O que são os algarismos significativos? Quando você mediu o valor de S = 5,81 cm com a
régua milimetrada você teve certeza sobre os algarismos 5 e 8, que são os algarismos corretos (divisões
inteiras da régua), sendo o algarismo 1 avaliado denominado duvidoso. Consideramos algarismos
significativos de uma medida os algarismos corretos mais o primeiro duvidoso.
Sempre que apresentamos o resultado de uma medida, este será representado pelos algarismos
significativos. Veja que as duas medidas 5,81cm e 5,83m não são fundamentalmente diferentes, porque
diferem apenas no algarismo duvidoso.

Observação: Para as medidas de espaço obtidas a partir da trajetória do PUCK serão considerados
apenas os algarismos corretos: não há necessidade de considerar o algarismo duvidoso já que não
estamos calculando os desvios. Os zeros à esquerda não são considerados algarismos significativos com
no exemplo: 0,000123 contém apenas três algarismos significativos.

Operações com Algarismos Significativos


Há regras para operar com algarismos significativos. Se estas regras não forem obedecidas você pode
obter resultados que podem conter algarismos que não são significativos.

Adição e Subtração
Vamos supor que você queira fazer a seguinte adição: 250,657 + 0,0648 + 53,6 ?
Para tal veja qual parcela apresenta o menor número de algarismos significativos. No caso 53,6 que
apresenta apenas uma casa decimal. Esta parcela será mantida e as demais serão aproximadas para
uma casa decimal. Você tem que observar as regras de arredondamento que resumidamente são: Ao
abandonarmos algarismos em um número, o último algarismo mantido será acrescido de uma unidade
se o primeiro algarismo abandonado for superior a 5; quando o primeiro algarismo abandonado for inferior
a 5, o último algarismo permanece invariável, e quando o primeiro algarismo abandonado for exatamente
igual a 5, é indiferente acrescentar ou não uma unidade ao último algarismo mantido.

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No nosso exemplo teremos as seguinte aproximações:
250,657 ≅ 250,6
0,0648 ≅ 0,1

Adicionando os números aproximados, teremos:


250,6 + 0,1 + 53,6 = 304,3 cm

Na subtração, você faz o mesmo procedimento.

Multiplicação e Divisão
Vamos multiplicar 6,78 por 3,5 normalmente:
6,78 x 3,5 = 23,73
Aparece no produto algarismos que não são significativos. A seguinte regra é adotada:
Verificar qual o fator que apresenta o menor número de algarismos significativos e apresentar no
resultado apenas a quantidade de algarismo igual a deste fator, observando as regras de arredon-
damento.
6,78 x 3,5 = 23,7

Para a divisão o procedimento é análogo.

Observação: As regras para operar com algarismos significativos não são rígidas. Poderia ser mantido
perfeitamente um algarismo a mais no produto. Os dois resultados são aceitáveis: 6,78 x 3,5 = 23,73 ou
6,78 x 3,5 = 23,7.

Vetores

Para representar as grandezas vetoriais, são utilizados os vetores: entes matemáticos abstratos
caracterizados por um módulo, por uma direção e por um sentido. Representação de um vetor –
Graficamente, um vetor é representado por um segmento orientado de reta:

Elementos de um vetor:
Direção – Dada pela reta suporte (r) do vetor.
Módulo – Dado pelo comprimento do vetor.
Sentido – Dado pela orientação do segmento.

Em física, podem ser consideradas como grandezas ou quantidades somente as propriedades de um


fenômeno, corpo (física) ou substância. É necessário que essas propriedades possam ser expressas
quantitativamente:

No caso das grandezas escalares: por meio de um número (sua magnitude) mais uma referência
(sua unidade de medida);

No caso das grandezas vetoriais: por meio de um número (sua magnitude), de uma referência (sua
unidade de medida), de uma direção e de um sentido.

A partir dessa definição podemos, por exemplo, dizer que o comprimento, a quantidade de matéria e
a energia são grandezas físicas, enquanto as notas de uma prova, o preço de um objeto e a intensidade
de um sentimento não são.
Existem inúmeros tipos de grandezas físicas, cada qual associada a um diferente tipo de unidade de
medida. Uma unidade de medida tem um tamanho unitário arbitrariamente definido, e é por meio de um
processo de comparação quantitativa (medição) com esse padrão unitário que se determina a magnitude
de uma grandeza física. Isto é, quantas vezes o tamanho unitário está contido na medida em que está
sendo feita. Podem, também, existir diferentes unidades de medida para um mesmo tipo de grandeza

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física; usa-se corriqueiramente a polegada como medida de comprimento em favor do oficial metro. A
união de determinadas unidades de medida dá origem a um sistema de medida.

Conceituação de grandezas vetoriais e escalares


Grandeza é um conceito fundamental na ciência. Mas o que é uma grandeza? O conceito científico
para grandeza é tudo o que pode ser medido. Assim, o comprimento é uma grandeza? Sim, você pode
medir o comprimento de uma mesa. A massa é uma grandeza? Sim, você pode medir a massa do seu
corpo. Amor é uma grandeza? Não, você não pode medir sentimentos. Não existe um “amorômetro”.
Vamos agora aprender a diferença entre uma grandeza escalar e uma grandeza vetorial.

Grandeza escalar - é aquela que fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número
ou um número e uma unidade. A massa é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada
quando conhecemos um número e uma unidade. A massa de uma pessoa é 57 kg. A temperatura é uma
grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número e uma
unidade. A temperatura da sala de aula é 27ºC. O volume é uma grandeza escalar porque fica
perfeitamente caracterizado quando conhecemos um número e uma unidade. O volume de uma caixa de
leite é um litro. O intervalo de tempo é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado
quando conhecemos um número e uma unidade. A sessão de cinema durou 2 horas. O índice de refração
absoluto de um material é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado apenas por um
número. Quando afirmamos que o índice de refração absoluto do acrílico vale 2,0 esta grandeza fica
perfeitamente caracterizada.

Grandeza Vetorial - é aquela que somente fica caracterizada quando conhecemos, pelo menos, uma
direção, um sentido, um número e uma unidade. O deslocamento de uma pessoa entre dois pontos é
uma grandeza vetorial. Para caracterizarmos perfeitamente o deslocamento entre a sua casa e a sua
escola precisamos conhecer direção (Leste-Oeste), um sentido (indo para Oeste), um número e uma
unidade (10 km).

Como representar uma grandeza vetorial

Sabemos, da Matemática, que um segmento de reta é um trecho limitado de uma reta.

Desse modo, um segmento de reta não pode representar uma grandeza vetorial porque falta-lhe
sentido. Não esqueça que um segmento de reta não tem sentido, isto é, o segmento AB é igual ao
segmento BA. Se colocarmos um sentido em um segmento de reta, obteremos um vetor que é um
segmento de reta orientado e pode ser utilizado para representar graficamente uma grandeza vetorial.

Operações básicas com vetores

Vetor Soma
João e Maria estão juntos no centro de um campo de futebol. Maria anda 4,0m para leste e 3,0m para
o norte, como mostra a figura abaixo.

João deseja percorre a menor distância possível para reencontrar a sua amada. Como fazer? A figura
abaixo mostra o caminho de João para reencontrar Maria.

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Nesta história, podemos considerar que os deslocamentos de Maria formam um conjunto de vetores e
o deslocamento de João representa o vetor soma do conjunto de vetores, isto é, vetor soma de um
conjunto de vetores é o vetor capaz de produzir o mesmo efeito que o conjunto dos vetores.

Método Gráfico
Desejamos somar os vetores da figura abaixo.

Devemos definir uma origem (ponto O). A seguir vamos transportar o vetor a→ de modo que sua
origem coincida com o ponto O.

Isso feito, vamos transportar o vetor b→ de modo que sua origem coincida com a extremidade do
vetor a→.

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E assim, sucessivamente, até terminarem os vetores que devem ser somados. É como se você
estivesse encaixando os vetores.

O vetor soma s→ é obtido ligando-se a origem (ponto O) à extremidade do último vetor.

Vetor em Sistema de Eixos Coordenados


Desejamos projetar o vetor a→ sobre o eixo x, mostrado na figura abaixo.

Para isso devemos traçar pela extremidade do vetor a→ uma reta paralela ao eixo y.

Essa reta vai encontrar o eixo x no ponto P. A projeção do vetor a→ sobre o eixo x (a→x) é obtida
ligando-se a origem do sistema de eixos ao ponto P.

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Procedendo de modo análogo podemos obter a projeção do vetor a→ sobre o eixo y (a→y). A figura
abaixo mostra as projeções do vetor a→ sobre o sistema de eixos coordenados.

𝑎⃗x = projeção do vetor 𝑎⃗ sobre o eixo x


𝑎⃗y = projeção do vetor 𝑎⃗sobre o eixo y
𝑎⃗x e 𝑎⃗y são as componentes do vetor 𝑎⃗

Subtração
Para subtrairmos dois vetores, vamos utilizar o conceito de soma.
Como já foi dito na soma de vetores, o segundo vetor é sempre ligado na extremidade do primeiro.
Se temos dois vetores 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.
E se fizermos 𝑎⃗ + (−𝑏⃗⃗)?
Então, a subtração nada mais é que somarmos um vetor de mesma direção, mas sentido oposto.

Para fazer a subtração dos dois vetores, devemos ter (−𝑏⃗⃗)

Portanto, 𝑎⃗ − 𝑏⃗⃗.

Cinemática Vetorial
Na Cinemática Escalar, estudamos a descrição de um movimento em trajetória conhecida, utilizando
as grandezas escalares. Agora, veremos como obter e correlacionar às grandezas vetoriais descritivas
de um movimento, mesmo que não sejam conhecidas previamente as trajetórias.
Grandezas Escalares – Ficam perfeitamente definidas por seus valores numéricos acompanhados
das respectivas unidades de medida. Exemplos: massa, temperatura, volume, densidade, comprimento,
etc.
Grandezas vetoriais – Exigem, além do valor numérico e da unidade de medida, uma direção e um
sentido para que fiquem completamente determinadas. Exemplos: deslocamento, velocidade, aceleração,
força, etc.

Resultante de vetores (vetor-soma) – Considere um automóvel deslocando-se de A para B e, em


seguida, para C. O efeito desses dois deslocamentos combinados é levar o carro de A para C. Dizemos,
então, que o vetor é a soma ou resultante dos vetores e .

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Regra do Polígono – Para determinar a resultante dos vetores e , traçamos, como na figura
acima, os vetores de modo que a origem de um coincida com a extremidade do outro. O vetor que une a
origem de com a extremidade de é o resultante .

Regra do Paralelogramo – Os vetores são dispostos de modo que suas origens coincidam. Traçando-
se um paralelogramo, que tenha e como lados, a resultante será dada pela diagonal que parte da
origem comum dos dois vetores.

Componentes ortogonais de um vetor – A componente de um vetor, segundo uma dada direção, é


a projeção ortogonal (perpendicular) do vetor naquela direção. Decompondo-se um vetor , encontramos
suas componentes retangulares, x e y, que conjuntamente podem substituí-lo, ou seja, = x + y.

Questões

01. (ETAM – Técnico de projetos navais – BIO-RIO/2015) Sultan Kosen, um turco de 31 anos que
mede 2,51 metros, está no livro dos recordes como o homem mais alto do mundo. A ordem de
grandeza, em cm, da altura de Sultan é:
(A) 100
(B) 101
(C) 10²
(D) 10³

02. (UEG – Assistente de Gestão Administrativa – Necropsia – FUNIVERSA/2015) Todas as


grandezas físicas podem ser expressas por meio de um pequeno número de unidades fundamentais.
A escolha das unidades-padrão dessas grandezas fundamentais determina o sistema de unidades.
No caso, o sistema mundialmente utilizado na comunidade científica é o chamado Sistema
Internacional (SI). Nele a unidade fundamental para o comprimento é o metro (m), para o tempo é o
segundo (s) e para a massa é o quilograma (kg). Tipler e Mosca. 5.ª ed. v. 1 (com adaptações).
Acerca do Sistema Internacional (SI), assinale a alternativa correta.
(A) Os múltiplos e submúltiplos das unidades do SI podem ser obtidos por meio do uso de prefixos
das potências de 10. Desse modo, o prefixo “mega” representa 10 9.
(B) O sistema decimal com base no metro é chamado de sistema decimétrico.
(C) 1.000.000 de watts corresponde a 1 megawatt (MW)
(D) A unidade da grandeza física força, no SI, é expressa por kg.m/s.
(E) No SI, a unidade fundamental para temperatura é grau Celsius.

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03. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Ao se fazer uma medida, do ponto de vista
científico, são necessárias regras de tal maneira que, em qualquer lugar do planeta, essa mesma
medida possa ser feita por outras pessoas, dentro dos mesmos critérios. Dentro desses critérios,
uma pessoa deve escrever o resultado da medida com todas as casas métricas que ela consegue
ler no aparelho, mais a primeira casa que ela consegue ainda avaliar. Por exemplo, ao usar uma
régua escolar, que é milimetrada, para fazer uma medida, uma pessoa poderia obter, do pont o de
vista de algarismos significativos (critérios científicos), a medida:

(A) 9mm
(B) 9,50mm
(C) 12,6 cm.
(D) 12,60cm

04. (SEE/AC – Professor de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias – FUNCAB)


Das grandezas apresentadas abaixo, aquela que se encontra no Sistema Internacional de Unidades
(SI) é:

(A) Tempo, hora.


(B) Força, newton.
(C) Comprimento, milha.
(D) Temperatura, fahrenheit.
(E) Área, polegada quadrada.

05. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Qual dos itens abaixo está
representando corretamente uma resistência elétrica no SI?

(A) 6W
(B) 6
(C) 6Hz
(D) 6N
(E) 6T

06. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Existem sete unidades básicas
no sistema internacional de unidades (SI) e que geram as unidades derivadas de medida. Das
alternativas indicadas, a única que não é uma unidade do SI é

(A) metro
(B) ampère
(C) mol
(D) polegada
(E) grama

07. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – Júnior – CESGRANRIO) A chuva de vento ocorre quando
as gotas da água da chuva sofrem ação do vento enquanto caem. Em um determinado instante, uma das
gotas de uma chuva de vento possui componentes horizontal e vertical da sua velocidade iguais a 1,50
m/s e 2,00 m/s, respectivamente. Qual é, aproximadamente, em m/s, o módulo do vetor velocidade dessa
gota?

(A) 6,25
(B) 5,50
(C) 3,50
(D) 2,50
(E) 1,75

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08. (EEAR – Sargento Controlador de Tráfego Aéreo – FAB/2015) Dois vetores 𝐴⃗𝑒 𝐵 ⃗⃗ estão
representados a seguir. Assinale entre as alternativas aquela que melhor representa a resultante da
operação vetorial 𝐴⃗ − 𝐵
⃗⃗

(A)

(B)

(C)

(D)

Respostas

01. Resposta: C.
2,51 m=251 cm
Portanto, a ordem de grandeza é de 10².

02.Resposta: C.

03. Resposta: D.
Como tem que ser algarismos para a régua e um a mais que consegue identificar, ficamos com
12,60cm.

04. Resposta: B.
Tempo é em segundos
Comprimento: metro
Temperatura: ºC
Área: m²

05. Resposta: B.
A resistência elétrica é dada em ohm()

06. Resposta: D.
Polegada é uma unidade de medida de comprimento, mas não do SI que é o metro.

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07. Resposta: D.

V²=2²+1,5²
V²=4+2,25
V²=6,25
V=2,5 m/s

08. Resposta: B.

Temos que trocar o vetor B para virar –B.

Aceleração – movimento retilíneo uniformemente variado – movimentos retilíneo


uniforme da partícula e circular uniforme

Cinemática-Movimento

Movimento: Deslocamento, Velocidade, Aceleração


A cinemática estuda os movimentos dos corpos, sendo principalmente os movimentos lineares e
circulares os objetos do nosso estudo que costumam ser divididos em Movimento Retilíneo Uniforme
(M.R.U) e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V)

Para qualquer um dos problemas de cinemática, devemos estar a par das seguintes variáveis:
- Deslocamento (ΔS)
- Velocidade ( V )
- Tempo (Δt)
- Aceleração ( a )

VELOCIDADE
A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado
tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.
A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e Velocidade
Instantânea. É considerada uma grandeza vetorial, ou seja, tem um módulo (valor numérico), uma direção
(Ex.: vertical, horizontal,) e um sentido (Ex.: para frente, para cima, ...). Porém, para problemas
elementares, onde há deslocamento apenas em uma direção, o chamado movimento unidimensional,
convém tratá-la como um grandeza escalar (com apenar valor numérico).
As unidades de velocidade comumente adotadas são:
m/s (metro por segundo);
km/h (quilômetro por hora);

No Sistema Internacional (SI), a unidade de velocidade é metro por segundo (m/s). É também muito
comum o emprego da unidade quilômetro por hora (km/h). Pode-se demonstrar que 1m/s é equivalente
a 3,6 km/h. Assim temos:

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EXEMPLOS:
Um carro viaja de uma cidade A a uma cidade B, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas, pois
decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1 hora e
20 minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a viagem?
S=200km
t=4h
v=?

∆𝑆 200 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 50 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 4ℎ

Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.

2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.

Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?

∆𝑆 85 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 85 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1ℎ

Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?

Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.

2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.

Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?

Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?

∆𝑆 115 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 69 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1,66ℎ

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MOVIMENTO UNIFORME

Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em
um movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma velocidade
constante em trajetória reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a velocidade
instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá variação na velocidade em
nenhum momento do percurso.
A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade média.
∆𝑆
𝑉 = 𝑉𝑚 = 
∆𝑡
Isolando o S, teremos:
S=.t

Mas sabemos que:


S=Sfinal-Sinicial

Então
Sfinal = Sinicial + v.t

Exemplos:
1) O gráfico a seguir representa a função horária do espaço de um móvel em trajetória retilínea e em
movimento uniforme.

Com base nele, determine a velocidade e a função horária do espaço deste móvel.
v = Δs/Δt
v = (250 – 50)/(10 - 0)
v = 200/10
v = 20m/s – velocidade
x = xo+ v.t
x = 50 + 20.t

2) Um móvel em M.R.U gasta 10h para percorrer 1100 km com velocidade constante. Qual a distância
percorrida após 3 horas da partida?
V = S/t
V = 1100/10
V = 110km/h
110 = S/3
S = 330 km.

Para que você compreenda melhor o assunto, segue abaixo um exercícios que envolve fatores
importantes a serem determinados no movimento uniforme.
Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S=20+5t (no SI). Determine:
(a) a posição inicial;
(b) a velocidade;
(c) a posição no instante 4s;
(d) o espaço percorrido após 8s;
(e) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
(f) o instante em que o carro passa pela posição 20m.
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RESOLUÇÃO:
Comparando com a função padrão: Sfinal+ Sinicial + v.t

(a) Posição inicial= 20m


(b) Velocidade= 5m/s

(c) S= 20+5t
S= 20+5.4
S= 40m

(d) S= 20+5.8
S= 60m
S= S-S0
S=60-20=40m

(e) 80= 20+5t


80-20=5t
60=5t
12s =t

(f) 20= 20+5t


20-20= 5t
t=0
É importante não confundir o “s” que simboliza o deslocamento do s que significa segundo.

Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido que coincide com a
orientação da trajetória, ou seja, para frente, então ele terá uma v > 0 e um ∆𝑠 > 0 e este movimento será
chamado movimento progressivo. Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao sentido
de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então ele terá uma v < 0 e um ∆𝑠 < 0, e ao movimento será
dado o nome de movimento retrógrado.

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO


Também conhecido como movimento acelerado, consiste em um movimento onde há variação de
velocidade, ou seja, o móvel sofre aceleração à medida que o tempo passa.
Mas se essa variação de velocidade for sempre igual em intervalos de tempo iguais, então dizemos
que este é um Movimento Uniformemente Variado (também chamado de Movimento Uniformemente
Acelerado), ou seja, que tem aceleração constante e diferente de zero.
O conceito físico de aceleração, difere um pouco do conceito que se tem no cotidiano. Na física,
acelerar significa basicamente mudar de velocidade, tanto tornando-a maior, como também menor. Já no
cotidiano, quando pensamos em acelerar algo, estamos nos referindo a um aumento na velocidade.
O conceito formal de aceleração é: a taxa de variação de velocidade numa unidade de tempo, então
como unidade teremos:
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑚⁄𝑠 𝑚
= 2
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑠 𝑠
As fórmulas utilizadas para o movimento uniformemente
variado são:
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2 -conhecida como (sorvetão)
2
𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑆 Torricelli
𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡 (Vovô ateu)

Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação
de velocidade em um intervalo de tempo , e esta média será dada pela razão:
∆𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡

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Velocidade em função do tempo
No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou seja, , tem-se a
aceleração instantânea do móvel.

Isolando-se o 𝑣:
𝑣 = 𝑎. 𝑡
Mas sabemos que:
𝑣 = 𝑣 − 𝑣0
Então:
𝑣 − 𝑣0 = 𝑎. 𝑡
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
Entretanto, se considerarmos , teremos a função horária da velocidade do Movimento
Uniformemente Variado, que descreve a velocidade em função do tempo [v=f(t)]:

EXEMPLOS:
1) Um móvel, partindo do repouso com uma aceleração constante igual 1m/s² se desloca durante 5
minutos. Ao final deste tempo, qual é a velocidade por ele adquirida?
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
V= 0+1(5.60)
V=300m/s

2). Um automóvel encontra-se parado diante de um semáforo. Logo quando o sinal abre, ele arranca
com aceleração 5m/s², enquanto isso, um caminhão passa por ele com velocidade constante igual a
10m/s.
(a) Depois de quanto tempo o carro alcança o caminhão?
(b) Qual a distância percorrida até o encontro.
Escreve-se as equações do MUV para o carro e do mu para o caminhão:

Carro:
𝟏
S=S0+v0.t+𝟐 𝒂 𝒕𝟐
𝟏
𝑺 = 𝟎 + 𝟎 + . 𝟓𝒕𝟐
𝟐
𝟓
S= 𝟐 𝒕𝟐

Caminhão:
S=S0+vt
S=0+10t
S=10t

Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:


5
S=2 𝑡 2 =10t

10.2
t= 0s e t= 5
=4 s

𝟏 𝒂 𝒕𝟐
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 𝒕 +
𝟐
𝟏 𝒂 𝟓𝟐
𝑺=𝟎 + 𝟎+
𝟐
𝟓𝒕𝟐
S= 𝟐
Caminhão:
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝒕
𝑺 = 𝟎 + 𝟏𝟎𝒕
S= 10 t
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Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:
𝟓𝒕𝟐
S= = 10 t
𝟐
𝟏𝟎.𝟐
t=0 s e t= 𝟓 = 4s

(b) Sabendo o momento do encontro, só é necessário aplicá-lo em uma das duas funções (do
caminhão ou do carro).
S= 10 t, sendo t = 4s
S= 40 m
Logo o carro encontra o caminhão 4 segundos após a sinaleira abrir, a uma distância de 40 m.

3) Uma motocicleta se desloca com velocidade constante igual a 30m/s. Quando o motociclista vê
uma pessoa atravessar a rua freia a moto até parar. Sabendo que a aceleração máxima para frear a moto
tem valor absoluto igual a 8m/s², e que a pessoa se encontra 50m distante da motocicleta. O motociclista
conseguirá frear totalmente a motocicleta antes de alcançar a pessoa?
Como a aceleração utilizada para frear a moto se opõe ao movimento, tem valor negativo, então:
𝑣 2 = 𝑣02 + 2aS
0= (30)2+ 2aS
-900=-16 S
56,25=(S-S0)
56,25 m=S
A motocicleta não irá parar antes de atingir a pessoa.

MOVIMENTO VERTICAL
Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes
ao chão.
Por isso, pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos
a pedra e a pena em um tubo sem ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo
para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa
ou formato, cairão com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade.
Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então, sujeito à gravidade, que é orientada
sempre na vertical, em direção ao centro do planeta.
O valor da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos
de curta duração, é tomado como constante e seu valor médio no nível do mar é:
g=9,80665m/s²
No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:
g=10m/s²
Observação: As definições sobre o movimento vertical são feitas desconsiderando a resistência do
ar.
Funções Horárias do Movimento Vertical
Como os movimentos verticais são uniformemente variados, as funções horárias que os descrevem
são iguais às do MUV. Vejamos no esquema abaixo:
𝟏 𝟐
S-S0 +Vot +𝟐 𝒂𝒕

v=v0+at

V2=Vo2+2aS

Vale ressaltar que “a” = “g”, uma vez que se trata da aceleração da gravidade. O sinal de g, como foi
dito acima, independe de o corpo subir ou descer, estabelecendo relação com a orientação da trajetória.
Orientação para cima: g é negativo; orientação para baixo: g é positivo

Exemplos:
1) Em uma brincadeira chamada "Stop" o jogador deve lançar a bola verticalmente para cima e gritar
o nome de alguma pessoa que esteja na brincadeira. Quando a bola retornar ao chão, o jogador chamado
deve segurar a bola e gritar: "Stop", e todos os outros devem parar, assim a pessoa chamada deve "caçar"

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os outros jogadores. Quando uma das crianças lança a bola para cima, esta chega a uma altura de 15
metros. E retorna ao chão em 6 segundos. Qual a velocidade inicial do lançamento?
Para realizar este cálculo deve-se dividir o movimento em subida e descida, mas sabemos que o tempo
gasto para a bola retornar é o dobro do tempo que ele gasta para subir ou descer. Então:
Subida (t=3s)
1
h= ho+vot -2gt2
1
15=0+3v0t-210.32
15=3vo-45
15+45 = 3 vo
60
3
= v0

V0=20m/s

2) Um projétil de brinquedo é arremessado verticalmente para cima, da beira da sacada de um prédio,


com uma velocidade inicial de 10m/s. O projétil sobe livremente e, ao cair, atinge a calçada do prédio com
velocidade igual a 30m/s. Determine quanto tempo o projétil permaneceu no ar. Adote g = 10m/s² e
despreze as forças dissipativas.
Da sacada à altura máxima que o projétil alcançará.
V = Vo + g.t
0 = 10 – 10.t
10.t = 10
t = 10
10
t = 1s
Da altura máxima que o projétil alcançou ao solo.
V = Vo + g.t
30 = 0 + 10.t
10.t = 30

t = 30
10
t = 3s
O tempo em que o projétil permanece no ar:
t = 3 + 1 = 4s

MOVIMENTO OBLÍQUO

Um movimento oblíquo é um movimento parte vertical e parte horizontal. Por exemplo, o movimento
de uma pedra sendo arremessada em um certo ângulo com a horizontal, ou uma bola sendo chutada
formando um ângulo com a horizontal.
Com os fundamentos do movimento vertical, sabe-se que, quando a resistência do ar é desprezada, o
corpo sofre apenas a aceleração da gravidade.

Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: “Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo”.
Composição de Movimentos.
O lançamento oblíquo estuda o movimento de corpos, lançados com velocidade inicial V0 da superfície
da Terra. Na figura a seguir vemos um exemplo típico de lançamento obliquo realizado por um jogador
de golfe.

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A trajetória é parabólica, como você pode notar na figura acima. Como a análise deste movimento não
é fácil, é conveniente aplicarmos o princípio da simultaneidade de Galileu. Veremos que ao projetamos o
corpo simultaneamente no eixo x e y teremos dois movimentos:
- Em relação a vertical, a projeção da bola executa um movimento de aceleração constante e de
módulo igual a g. Trata-se de um M.U.V. (lançamento vertical).
- Em relação a horizontal, a projeção da bola executa um M. U.

Lançamento Horizontal
O lançamento balístico é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: "Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo".

Composição de Movimentos
O princípio da simultaneidade poderá ser verificado no Lançamento Horizontal.

Um observador no solo, (o que corresponde a nossa posição diante da tela) ao notar a queda do corpo
do helicóptero, verá a trajetória indicada na figura. A trajetória traçada pelo corpo, corresponde a um arco
de parábola, que poderá ser decomposta em dois movimentos:

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Exemplos:
1. Durante uma partida de futebol, um goleiro chuta uma bola com velocidade inicial igual 25m/s,
formando um ângulo de 45° com a horizontal. Qual distância a bola alcançará?

(25)2
𝑋= 𝑠𝑒𝑛2 (45º)
10
625
𝑋= 𝑠𝑒𝑛 (90º)
10
X= 62,5 m

2. Um tiro de canhão é lançado formando um ângulo de 30° com a horizontal, conforme a figura abaixo:

𝑣𝑦2 =𝑣02𝑦 -2gy, mas quando a altura for máxima a velocidade final será zero:
0= (34,64 sem 30º)2-2.10.(h)
0= 300-20h
20h=300
300
h= 20
h= 15 m
Então a altura que o tiro do canhão alcança é igual a 50m+30m=80m

3. Suponha que você precise jogar um livro, do segundo andar de um prédio, para um amigo que esteja
a 10m de distância de você. Qual deve ser a velocidade inicial com que você deverá lançá-lo? Sabendo
que você vai realizar o lançamento verticalmente e que a janela de um segundo andar está a 4 metros de
altura do chão.

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MOVIMENTO CIRCULAR

Movimentos circulares (uniforme e variado).


Na Mecânica clássica, movimento circular é aquele em que o objeto ou ponto material se desloca numa
trajetória circular. Uma força centrípeta muda de direção o vetor velocidade, sendo continuamente
aplicada para o centro do círculo. Esta força é responsável pela chamada aceleração centrípeta, orientada
para o centro da circunferência-trajetória. Pode haver ainda uma aceleração tangencial, que obviamente
deve ser compensada por um incremento na intensidade da aceleração centrípeta a fim de que não deixe
de ser circular a trajetória. O movimento circular classifica-se, de acordo com a ausência ou a presença
de aceleração tangencial, em movimento circular uniforme (MCU) e movimento circular uniformemente
variado (MCUV).

Propriedades e Equações

Deslocamento angular (Δφ)


Assim como para o deslocamento linear, temos um deslocamento angular se calcularmos a diferença
entre a posição angular final e a posição angular inicial:
=-0

Sendo:
𝑆
= 𝑅
Por convenção:
No sentido anti-horário o deslocamento angular é positivo.
No sentido horário o deslocamento angular é negativo.

Velocidade Angular (ω)


Análogo à velocidade linear, podemos definir a velocidade angular média, como a razão entre o
deslocamento angular pelo intervalo de tempo do movimento:

m= 𝑡
Sua unidade no Sistema Internacional é: rad/s
Sendo também encontradas: rpm, rev/min, rev/s.
Também é possível definir a velocidade angular instantânea como o limite da velocidade angular média
quando o intervalo de tempo tender a zero:
=lim m
t0

Aceleração Angular (α)


Seguindo a mesma analogia utilizada para a velocidade angular, definimos aceleração angular
média como:
∆𝜔
αm= 𝑡

Período e Frequência
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno cíclico se repita. Sua unidade é a
unidade de tempo (segundo, minuto, hora...)
Frequência(f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade
mais comum é Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a
frequência equivale ao número de rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Para converter rotações por segundo para rad/s:
1 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜
𝑠
Sabendo que 1rotação = 2πrad,

2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝑠
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Por exemplo, um objeto que tenha velocidade angular de 3,14 radianos por segundo tem período
aproximadamente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz.
O movimento circular ocorre quando em diversas situações que podem ser tomadas como exemplo:
- Uma pedra fixada a um barbante e colocada a girar por uma pessoa descreverá um movimento
circular uniforme.
- Discos de vinil rodam nas vitrolas a uma frequência de 33 ou 45 rotações por minuto, em MCU.
- Engrenagens de um relógio de ponteiros devem rodar em MCU com grande precisão, a fim de que
não se atrase ou adiante o horário mostrado.
- Uma ventoinha em movimento.
- Satélites artificiais descrevem uma trajetória aproximadamente circular em volta do nosso planeta.
- A translação aproximada, para cálculos muito pouco precisos, da Lua em torno do planeta Terra (a
excentricidade orbital da Lua é de 0,0549).
- O movimento de corpos quando da rotação da Terra, como por exemplo, um ponto no equador,
movendo-se ao redor do eixo da Terra aproximadamente a cada 24 horas.
Quando se pedala uma bicicleta, executa-se um movimento circular em uma roda dentada (coroa)
através dos pedais. Esse movimento é transmitindo através de uma corrente para outra roda dentada de
menor raio, a catraca, que está ligada à roda traseira da bicicleta.

vA = vB
ωB = ωR

As formas angulares das equações do Movimento Curvilíneo Uniformemente Variado são obtidas
quando divididas pelo raio R da trajetória a que se movimenta o corpo.
Assim:
MUV MCUV
Grandezas Grandezas
lineares angulares
v=vo+at =0+at
1 2
S-S0 +Vot +2 𝑎𝑡 1 2
=0+0t+ 𝑎𝑡
2

∆𝜔
∆𝑉 αm= ∆𝑡
am= ∆𝑡

v2=vo2=2aS
2=02 +2a

E, aceleração resultante é dada pela soma vetorial da aceleração tangencial e da aceleração


centrípeta:

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Exemplos:
1. Os ponteiros do relógio realizam um movimento circular uniforme. Qual a velocidade angular dos
ponteiros (a) das horas, (b) dos minutos (c) e dos segundos?
(a) O ponteiro das horas completa uma volta (2π) em 12 horas (12∙3600s)
ωh=∆φt
ωh=2π12∙3600=1,45∙10-4 rad/s

(b) O ponteiro dos minutos completa um volta (2π) em uma hora (3600s)
ωm=∆φt
ωm=2π3600=1,74∙10-3 rad/s

(c) O ponteiro dos segundos completa uma volta (2π) em um minuto (60s)
ωs=∆φt
ωs=2π60=0,105 rad/s

2. Se considerarmos um relógio, no exercício anterior, com ponteiro das horas de 10cm, dos minutos
de 15cm e dos segundos de 20cm. Qual será a aceleração centrípeta de cada um dos ponteiros?

O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular
(a)acp= (𝜔ℎ2 .R)
acp=(0,0000727)2.(0,1)
acp=5,28.10-10 m/s

(b) acp= 𝜔ℎ2 .R


acp=(0,0017)2.(0,15)
acp= 4,569.10-7 m/s2

(c ) acp= 𝜔ℎ2 .R
acp= (0,104)2.(0,2)
acp=2,19.10-3 m/s2

3. Uma roda de 1 metro de diâmetro, partindo do repouso começa a virar com aceleração angular
igual a 2rad/s². Quanto tempo ele demora para atingir uma velocidade linear de 20m/s?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular,
considerando que o raio da roda é igual a metade do diâmetro. Então:
v=R
𝑣
= 𝑅
20
= 0,5= 40 rad/s

A partir daí, apenas se aplica a função horária da velocidade angular:


=0+αt

20= 0+2t
20
t= 2

t=10s

4. Uma bola de bilhar, com raio igual a 2,5cm, após ser acertada pelo jogador, começa a girar com
velocidade angular igual a 5rad/s, e sofre uma desaceleração igual a -1rad/s² até parar, qual o espaço
percorrido pela bola?
2=02 +2α.
0=(5)2+2(-1)
2=25
25
= 2
=12,5 rad

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S=R
S= 12,5.0,025
S= 0,3125m

5.Um volante circular como raio 0,4 metros gira, partindo do repouso, com aceleração angular igual a
2rad/s².
(a) Qual será a sua velocidade angular depois de 10 segundos?
(b) Qual será o ângulo descrito neste tempo?
(c) Qual será o vetor aceleração resultante?
(a) Pela função horária da velocidade angular:
=0+α.t
=0+2.10
= 20 rad/s

(b) Pela função horária do deslocamento angular:


1
=0+0.t+ α t2
2
1
=0+0+2.2.102
=100 rad

(c) Pelas relações estabelecidas de aceleração tangencial e centrípeta:

Questões

01. (EAM – Aprendiz – Marinheiro – Marinha) Analise as afirmativas abaixo.


Numa estrada retilínea e horizontal, o velocímetro de um veículo, que move-se em linha reta, indica
um valor constante. Nesta situação:
I- a força peso do veículo tem o mesmo sentido que o da velocidade.
II- a soma vetorial das forças que atuam sobre o veículo é nula.
III- a aceleração do veículo é nula.
Assinale a opção correta.
(A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
(B) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
(C) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
(E) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

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02. (CBM/MG –Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) Um veículo mantendo velocidade
escalar constante de 72 km/h e em trajetória retilínea se aproxima de um semáforo que se encontra
aberto. No instante em que o semáforo se fecha, o veículo passa a apresentar uma desaceleração
constante até atingir o repouso, deslocando, nesse trecho de desaceleração, uma distância de 40 m.
Considerando que o semáforo se mantém fechado por um minuto, então o intervalo de tempo em que
esse veículo fica parado esperando o semáforo abrir é de
(A) 48 segundos.
(B) 50 segundos.
(C) 52 segundos.
(D) 56 segundos.

03. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) A polia dentada do motor de uma motocicleta em
movimento, também chamada de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a coroa, solidária com a roda traseira.
O diâmetro da coroa é de 24 cm e o diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a
seguir ilustra as partes citadas.

Use π = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do movimento de rotação seja
integralmente dirigida ao seu deslocamento linear.
A velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de
(A) 54.
(B) 72.
(C) 90.
(D) 62.
(E) 66.

04. (SEDUC/PI – Professor – Física – NUCEPE) Um avião tipo caça, voa horizontalmente a uma
altitude de 720 m, com velocidade constante, cujo módulo é 360 km/h, numa região em que a aceleração
da gravidade tem módulo g=10m/s2. Num determinado instante o piloto recebe uma ordem de soltar uma
bomba para atingir um alvo na superfície do solo e a executa imediatamente. Desprezando os efeitos da
resistência do ar e supondo a superfície do solo plana, a distância horizontal, em metros, entre o avião e
o alvo, no instante em que a bomba foi abandonada, é igual a
(A) 1000m.
(B) 1100m.
(C) 1200m.
(D) 2400m.
(E) 4320m.

05. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA) Um ônibus de 8 m de


comprimento, deslocando-se com uma velocidade constante de 36 km/h atravessa uma ponte de 12 m
de comprimento. Qual o tempo gasto pelo ônibus, em segundos, para atravessar totalmente a ponte?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4

06. (PETROBRAS- Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Ao retirar um equipamento de


uma estante, um operador se desequilibra e o deixa cair de uma altura de 1,8 m do piso.
Considerando-se que inicialmente a velocidade do equipamento na direção vertical seja nula e que g
= 10 m/s2, a velocidade de impacto do equipamento com o piso, em m/s, é
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8

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07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Em um relatório da perícia, indicou-se que o corpo
da vítima havia caído de um andaime localizado a 20 m de altura em relação ao solo.
Considerando que a aceleração da gravidade tem valor igual a 10 m/s2 e desprezando-se a ação do
ar contra o movimento, pode-se determinar que o choque fatal contra o chão ocorreu a uma velocidade,
em m/s, de
(A) 20.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 25.
(E) 5.

08. (PUC/RS) Para responder à questão, considere o gráfico abaixo, que representa a velocidade de
um corpo em movimento retilíneo em função do tempo, e as afirmativas que seguem.

I. A aceleração do móvel é de 1,0 m/s2.


II. A distância percorrida nos 10 s é de 50 m.
III. A velocidade varia uniformemente, e o móvel percorre 10 m a cada segundo.
IV. A aceleração é constante, e a velocidade aumenta 10 m/s a cada segundo.
São verdadeiras apenas as afirmativas
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e IV.

Respostas
01. Resposta: D.
Se a velocidade é constante, temos um MRU, portanto a soma das forças tem que ser nula e a
aceleração também, a força peso é sempre para baixo.

02. Resposta: D.
V=72 km/h=20 m/s
V²=Vo²-2aS
0=20²-2a40
-400=-80a
a=5 m/s²
V=Vo-at
0=20-5t
t=4s
1 minuto=60s
Portanto, 60-4=56s

03. Resposta: A.
Fpinhão =3600rpm=60hz
Dpinhão=4cm=0,04m
Rpinhão=0,02m
Dcoroa=24cm=0,24m
Rcoroa=0,12m
Droda=50cm=0,5m
Rroda=0,25m
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑣𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜

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𝑅𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑅𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 ∙ 𝑓𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
0,12 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 0,02 ∙ 60
1,2
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = = 10ℎ𝑧
0,12
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2𝜋𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 ∙ 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2 ∙ 3 ∙ 0,25 ∙ 10 = 15 𝑚/𝑠 = 54𝑘𝑚/ℎ

04. Resposta: C.
Para a queda livre temos que v0=0
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2
S-S0=H
1
𝐻 = 𝑔𝑡 2
2
1
720 = 10𝑡 2
2
2
1440
𝑡 = = 144
10
T=12s
Na horizontal:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
360 km/h=100m/s
∆𝑆
100 =
12
S=12x100=1200m

05. Resposta: B.
Para atravessar totalmente a ponte, é como se o tivesse passado 8+12=20m.
V=36km/h=10m/s
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
20
10 =
∆𝑡
20
∆𝑡 = = 2𝑠
10
06. Resposta: C.
V²=v0²+2gH
V²=0+2.10.1,8
V²=36
V=6m/s

07. Resposta: A.
V²=v0²+2gS
V²=2.10.20
V²=400
V=20m/s

08. Resposta: A.
I-
∆𝑉 10 − 0
𝑎== = 1 𝑚/𝑠²
∆𝑡 10 − 0
II-A distância percorrida, pode ser analisada pela área do triângulo:
ℎ 10
𝐴 = 𝑏 ∙ = 10 ∙ = 50𝑚
2 2
III-A velocidade varia uniformemente, mas a distância aumenta a cada segundo
IV- aceleração é constante, mas a velocidade aumenta 1m/s a cada segundo.

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. 25
Composição de forças – 1ª Lei de Newton – equilíbrio de uma partícula – peso de
um corpo – força de atrito

FORÇAS

O termo “Dinâmica” significa “forte”. Em física, a dinâmica é um ramo da mecânica que estuda o
movimento de um corpo e as causas desse movimento. Em experiências diárias podemos observar o
movimento de um corpo a partir da interação deste com um ou mais corpos. Como por exemplo, quando
um jogador de tênis bate em uma bola, a raquete interage com ela e modifica o seu movimento. Quando
soltamos algum objeto a uma certa altura do solo e ele cai, é resultado da interação da terra com este
objeto. Esta interação é convenientemente descrita por um conceito chamado força. Os Princípios de
dinâmica foram formulados por Galileu e Newton, porém foi Newton que os enunciou da forma que
conhecemos hoje.

LEIS DE NEWTON

As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica Clássica, que
justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.

1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia

A inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem em manter a velocidade constante.
Assim, todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a
permanecer em movimento retilíneo uniforme. No cotidiano, notamos essas tendências ao observarmos
uma pessoa de pé no interior de um ônibus. Quando o ônibus arranca, o passageiro por inércia tende a
permanecer em repouso em relação ao solo terrestre. Como o ônibus vai para frente, a pessoa que não
estava se segurando cai para trás no ônibus.

Agora, se o ônibus estivesse em movimento e de repente freasse, a pessoa cairia para frente. Graças
à inércia, o passageiro exibe, nesse caso, sua vontade de continuar em movimento em relação ao solo
terrestre: o ônibus para, o passageiro não.

Ou seja: Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia sua velocidade constante.
Em resumo, podemos esquematizar o princípio da inércia assim:

Exemplos:

1. Um elevador de um prédio de apartamentos encontra-se, durante um certo tempo, sob a ação


exclusiva de duas forças opostas: o peso e a tração do cabo, ambas de intensidade igual a 2 000 N. O
elevador está parado?

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Resposta
Como a resultante das forças atuantes é nula, o elevador pode se encontrar tanto em repouso
(equilíbrio estático) quanto em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico), por inércia.

2. Observe a figura a seguir.

Sobre uma mesa horizontal lisa, uma esfera deixa de executar seu movimento circular uniforme e sai
tangente à curva, após o rompimento do fio que garantia sua circulação. Qual o tipo de movimento que a
esfera realiza após o rompimento do fio? Justifique.

Resposta
Após estar livre da força de tração do fio, que a obrigava a alterar a direção de sua velocidade, a esfera
segue por inércia em movimento retilíneo uniforme.

2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica

Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não
produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de
um corpo pela sua massa, ou seja:
A equação F = m.a é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem
possuir a mesma direção e sentido.
A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a kg.m/s² (quilograma
metro por segundo ao quadrado) e a é a aceleração adquirida (em m/s²).
Como F = m.a é uma função do 1O grau, o gráfico da intensidade (F) da força aplicada a um corpo,
em função de sua aceleração (a) é uma reta inclinada cuja inclinação ou coeficiente angular representa
a massa do corpo, que é uma constante de proporcionalidade.

Essa constante de proporcionalidade (m), que é característica de cada corpo recebe o nome de massa
inercial ou simplesmente massa e corresponde à medida da inércia do corpo, ou seja, da resistência que
o corpo oferece à variação do vetor velocidade.

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Observe na lei fundamental da Dinâmica (F = m.a) que, quanto maior a massa do corpo, maior será
sua inércia, ou seja, devemos aplicar uma força resultante maior para acelerar ou retardar um caminhão

Exemplo:
Quando um força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F = m.a
12 = 2a
a = 6 m/s²

Força de Tração
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível, flexível e
tem massa desprezível.

Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual
chamamos Força de Tração .

Exemplo:

1. Dada a figura

Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.

Resolução:

- Separe os blocos A e B.
- Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.
- Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;

- Com as duas equações encontradas, resolva o sistema

Substituir o valor da aceleração em uma das equações acima, para que possamos calcular o valor da
força F.
F=3a
F = 3 · 4 = 12 N

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. 28
3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação
Quando uma pessoa empurra um caixa com um força F, podemos dizer que esta é uma força de ação,
mas conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo e direção
iguais, e sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação.
Esta é o princípio da ação e reação, cujo enunciado é:"As forças atuam sempre em pares, para toda
força de ação, existe uma força de reação."

Exemplo:

1. O homem de peso 700N, mostrado na figura, mantém-se em equilíbrio, suportando um corpo de


massa 30kg, por meio de uma corda e uma polia, ambas ideais. Considere g = 10m/s2. Calcule o módulo
da força exercida pelos pés do homem sobre o assoalho.

(A) 300N
(B) 400N
(C) 600N
(D) 750N
(E) 1050N

No homem, atuam Peso (para baixo), Normal e Tensão (para cima). Como o sistema está em equilíbrio,
N + T = Phomem.
Por outro lado, no contra peso, a tensão é igual T= mg(onde m é a massa do contrapeso)
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N

FORÇA PESO

Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que


sempre atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a 2ª Lei de
Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade.
A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como:

P = mg

O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.

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. 29
Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão. Por exemplo:
Qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:
(a) Na superfície da Terra (g=9,8m/s²);
(b) Na superfície de Marte (g=3,724m/s²).

(a) P=mg
P=10.9,8=98 N

(b)P=mg
P=10.3,724=37,24 N

FORÇA DE ATRITO

Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por
onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma
força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será
totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
É isto que caracteriza a força de atrito:

- Se opõe ao movimento;
- Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
- É proporcional à força normal de cada corpo;
- Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.

Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de uma
experiência muito simples. Tomemos uma caixa bem grande, colocada no solo, contendo madeira.
Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre.
Quando a caixa ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto no qual
conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força de atrito
Fat entre o solo e a caixa.

Várias experiências como essa levam-nos às seguintes propriedades da força de atrito (direção,
sentido e módulo):

Direção: As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos são forças tangenciais
à superfície de contato. No exemplo acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal.
Por exemplo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.

Sentido: A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato.
Assim, o sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies

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. 30
Módulo: Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui alguns esclarecimentos: enquanto a força que
empurra a caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito é igual à força que empurra a caixa.
Ela anula o efeito da força aplicada.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação:

Fat = µ.N
Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)

Atrito Estático e Dinâmico


Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que
se aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando.
Isto acontece pois existem dois tipos de atrito: o estático e o dinâmico.

Atrito Estático
É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos.
A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um
corpo.
Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada, neste
caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático: .
Então:
Fat = µest.N

Atrito Dinâmico
É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos.
Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em
movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.
A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente
de atrito cinético:
Então:
Fat = µd.N

TRABALHO

Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja,
o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um
deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no SI é o Joule (J)
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo
cálculo da força resultante no corpo.
R = 1 + 2 + 3 + .......... + N
Força paralela ao deslocamento
Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam
ângulo entre si, calculamos o trabalho:
 = F.S

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um aceleração
de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?

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 = F.S
 = m.a. S
 = 5.1,5.100
 = 750J
Força não-paralela ao deslocamento
Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas
componentes paralelas e perpendiculares:

Considerando a componente perpendicular da Força e a componente paralela da força.


Ou seja:
𝐹𝐼𝐼
cos =
𝐹𝐼

FII=F cos

Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem


trabalho. Logo:

 = FII.S
 = F cos.S
Exemplo:

Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
= FII.S
= F cos.S
=30. cos 60º.3
 = 45J
Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é
paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força
é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1

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Trabalho da força Peso
Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura entre
o corpo e o ponto de origem, e a força a ser empregada, a força Peso.

Então:
P = P. h
P = m.g. h

POTÊNCIA

Dois carros saem da praia em direção a serra (h=600m). Um dos carros realiza a viagem em 1hora, o
outro demora 2horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido
desenvolveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W).
1𝐽
1W = 1𝑠

Além do watt, usa-se com frequência as unidades:

1kW (1 quilowatt) = 1000W


1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW
1cv (1 cavalo-vapor) = 735W
1HP (1 horse-power) = 746W

Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:

Pot M =
𝑡
Como sabemos que:
 = F. S
Então:
𝑆𝐹.𝑆
Pot = 𝐹. 𝑡 = 𝐹 v m
M=
𝑡
Podemos também fazer uma relação de potência de uma força com a intensidade da força e com o
módulo da velocidade de um corpo sujeito a essa força:

Pméd = 𝑡(I)

O trabalho de uma força constante é definido por:

 = F.d.cos (II)
Fazendo a substituição de II em I, teremos:

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𝐹.𝑑.𝑐𝑜𝑠
Pméd = 𝑡

Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:

Exemplo:

1. Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal com
intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi 10s?

Pot M=
𝑡

𝐹.𝑆 12.30
Pméd = 𝑡
= 10
= 36 𝑊

E a potência instantânea no momento em que o corpo atingir 2m/s?

Pot = F.v = 12.2 = 24W

ENERGIA MECÂNICA

Energia é a capacidade de executar um trabalho.


Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada nos
sistemas físicos.
Dentre as diversas energias conhecidas, as que veremos no estudo de dinâmica são:

- Energia Cinética;
- Energia Potencial Gravitacional;
- Energia Potencial Elástica;

Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe
o corpo em movimento.
Sua equação é dada por:
= F.S
= m.a. S

Utilizando a equação de Torricelli e considerando o início do movimento sendo o repouso, teremos:

v2=v02+2aS
v2=0+2aS
𝑣2
S=2𝑎

Substituindo no cálculo do trabalho:

A unidade de energia é a mesma do trabalho: o Joule (J)

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Teorema da Energia Cinética
Considerando um corpo movendo-se em MRUV.

O Teorema da Energia Cinética (TEC) diz que:


"O trabalho da força resultante é medido pela variação da energia cinética."

R=Ec= Ec - Eci
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s²
até parar?
𝑚𝑣 2 𝑚𝑣02
R = 2
-
2

10.0 10.(10)2
R = 2
-
2

−1000
R = 2
= -500 J

Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de
ser transformada em energia cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-verso.

Energia Potencial Gravitacional


É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza.
É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de
referência (solo, chão de uma sala, ...).

Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui,
perde Energia Potencial Gravitacional.

Energia Potencial Elástica


Corresponde ao trabalho que a força Elástica realiza.

Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da área do seu
gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:
𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
A=
2

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Então:
Fel = Eel = 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜
2
𝑥 𝑚𝑜𝑙𝑎

𝐾.𝑥.𝑥= 𝐾𝑥 2
Eel = 2
= 2

Conservação de Energia Mecânica


A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
Então:

Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você
corre, transforma a energia química de seu corpo em energia cinética. O mesmo acontece para a
conservação de energia mecânica.
Podemos resolver vários problemas mecânicos conhecendo os princípios de conservação de energia.
Por exemplo, uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser
abandonada, a pedra tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total.
Quando a pedra chegar ao solo, sua energia cinética será total, e a energia potencial nula (já que a altura
será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia E M, inicial=
E M, final
E C, inicial + E P, inicial= E C, final+ E P, final

Para o caso de energia potencial gravitacional convertida em energia cinética, ou vice-versa:


1 1
2
mv2 inicial+mgh inicial = 2 mv2 final + mgh final

Para o caso de energia potencial elástica convertida em energia cinética, ou vice-versa:


1 1 1 1
mv2 inicial+ Kx2= mv2 final+ Kx2inal
2 2 2 2

Exemplo:

1. Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará
ao solo?
E M, inicial= E M, final
E C, inicial + E PG, inicial= E C, final+ E PG, final
1 1
2
mv2 inicial + mgh inicial = 2 mv2 final + mgh final

1 1
m.0+m.10.3= mv2 final = mg.0
2 2
1
30m=2 mv2 final
60=v final
7,75 m/s v final

IMPULSO

Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja um interação entre
dois corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força
constante, durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:

As características do impulso são:

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- Módulo: I = F. t
- Direção: a mesma do vetor F
- Sentido: o mesmo do vetor F

A unidade utilizada para Impulso, no SI, é: N.s


No gráfico de uma força constante, o valor do impulso é numericamente igual à área entre o intervalo
de tempo de interação:

A = F.Δt = I

Exemplo:

1. Ao dar um chute na bola, num jogo de futebol, um jogador aplica um força de intensidade 6,0 · 10²
N sobre a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5 · 10-1 s. Determine a intensidade do impulso da
força aplicada pelo jogador.

Resolução:
Dados do enunciado
F = 6,0 · 10² N
t = 1,5 · 10-1 s
I = 90 N.s

2. Dado o gráfico

Determine:
a) o módulo da força no intervalo de tempo de 0 s a 10 s.
b) a intensidade da força constante que produz o mesmo impulso que a força dada no intervalo de 0 s
a 10 s.

Resolução:

1. Divida o gráfico em 3 partes: triângulo (A3), retângulo (A1) e trapézio (A2).


2.

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2. Calcule as áreas A1, A2 e A3.
A1 = b · h A1 = 2s · 4N = 8 N.s

A2 = A2 = = 30 N.s

A3 = A3 = = 12 N.s

3. A soma de A1, A2 e A3 é o valor do impulso.


I = A1+ A2 + A3 I = 50 N.s

4. Determine a força utilizando

F= =5N

QUANTIDADE DE MOVIMENTO

Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente
ou parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de
movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:

Como características da quantidade de movimento temos:

- Módulo:
- Direção: a mesma da velocidade
- Sentido: a mesma da velocidade
- Unidade no SI: kg.m/s

Exemplo:

1. Qual a quantidade de movimento de um corpo de massa 2kg a uma velocidade de 1m/s?

Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:

E utilizando-a no intervalo do tempo de interação:

mas sabemos que: , logo:

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. 38
Como vimos:

Então:

"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da
quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."

Exemplo:

1. Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg,
para que sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?

Questões

01. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Com base na segunda lei de
Newton, se a um corpo de 50 kg de massa é aplicada uma força de 1,0 kN, esse corpo é acelerado de
(A) 10 cm/s²
(B) 20 cm/s²
(C) 10 m/s²
(D) 20 m/s²
(E) 50 cm/s²

02. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO) Dois blocos A e B, de massas respectivamente
iguais a 4,0 kg e 2,0 kg, estão dispostos sobre um plano horizontal conforme a figura abaixo.

O conjunto é empurrado por uma força , de módulo 30 N, aplicada horizontalmente sobre o bloco
A. O atrito entre os blocos e o plano horizontal deve ser desprezado. A intensidade da força que o bloco
B exerce sobre o bloco A é:
(A) 10N
(B) 20N
(C) 30N
(D) 40N

03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Uma força de 2 N atua empurrando
um corpo de 4 kg. A aceleração com que esse corpo se movimenta será, portanto, em unidades do SI,
de:
(A) 1,0.
(B) 0,6.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 0,0.

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04. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) No campo de provas de uma montadora de automóveis há
uma pista horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus veículos, de massa total 1
200 kg, incluindo a do motorista, parte do repouso e atinge a velocidade de 144 km∕ h ao fim de um
percurso de 400 m. Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a força resultante
sobre ele tem intensidade, em newtons, de
(A) 3600
(B) 4800
(C) 2400
(D) 1800
(E) 1200

05. (PETROBRAS – Técnico de Química Júnior – CESGRANRIO) Um objeto está descendo um


plano inclinado com velocidade constante. Nesse movimento,
(A) há uma força resultante diferente de zero agindo sobre o objeto.
(B) a força peso do objeto não está realizando trabalho.
(C) o atrito do objeto com o plano tem valor idêntico ao da projeção da força peso do objeto na direção
do movimento.
(D) a energia cinética do objeto está aumentando.
(E) não há atrito agindo sobre o objeto.

Respostas
01. Resposta: D.
F=ma
1000=50a
a=20m/s²

02. Resposta: A.

𝐴: 𝐹 − 𝑓 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{
𝐵: 𝑓 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎

𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎

30 = (4+2) a
30 = 6a
a = 5 m/s²

Voltando em B> F = 2x5 = 10N

03. Resposta: C.
F=ma
2=4a
a=0,5 m/s²

04. Resposta: C.
V²=v0²+2aS
40²=0²+2a.400
1600=800a
a=2m/s²
F=ma
F=1200.2=2400N

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05. Resposta: C.

Como é velocidade constante, as forças devem ser iguais.


Px = Fat

Composição de velocidade – independência de movimentos – movimento de um


projétil

Prezado (a) Candidato (a), o tópico referente a Composição de velocidade – independência de


movimentos – movimento de um projétil, foi previamente trabalhado juntamente com o tópico
Aceleração – movimento retilíneo uniformemente variado – movimentos retilíneo uniforme da
partícula e circular uniforme. Portanto evitando repetições e redundância este tópico não será
trabalhado novamente. Em caso de dúvidas nossa equipe de tutores está sempre a disposição.

Equilíbrio dos fluídos – densidade – pressão – pressão atmosférica – princípio


de Arquimedes.

MECÂNICA DOS FLUIDOS

A Mecânica dos fluidos é a área onde são estudados os fenômenos físicos relacionados ao movimento
dos fluidos (ar, água etc).
A mecânica dos fluidos trata do comportamento dos fluidos em repouso ou em movimento e das leis
que regem este comportamento. São áreas de atuação da mecânica dos fluidos:
- Ação de fluidos sobre superfícies submersas, ex.: barragens;
- Equilíbrio de corpos flutuantes, ex.: embarcações;
- Ação do vento sobre construções civis;
-Estudos de lubrificação;
-Transporte de sólidos por via pneumática ou hidráulica, ex.: elevadores hidráulicos;
- Cálculo de instalações hidráulicas, ex.: instalação de recalque;
- Cálculo de máquinas hidráulicas, ex.: bombas e turbinas;
- Instalações de vapor, ex.: caldeiras;
- Ação de fluidos sobre veículos – Aerodinâmica
Pode-se definir fluido como uma substância que se deforma continuamente, isto é, escoa, sob ação
de uma força tangencial por menor que ele seja.

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O conceito de fluidos envolve líquidos e gases, logo, é necessário distinguir estas duas classes:
“Líquidos é aquela substância que adquire a forma do recipiente que a contém possuindo volume definido
e, é praticamente, incompressível. Já o gás é uma substância que ao preencher o recipiente não formar
superfície livre e não tem volume definido, além de serem compressíveis.
De uma maneira geral, o fluido é caracterizado pela relativa mobilidade de suas moléculas que, além
de apresentarem os movimentos de rotação e vibração, possuem movimento de translação e portanto
não apresentam uma posição média fixa no corpo do fluido.
A principal distinção entre sólido e fluido, é pelo comportamento que apresentam em face às forças
externas.

Por exemplo, se uma força de compressão fosse usada para distinguir um sólido de um fluido,
este último seria inicialmente comprimido, e a partir de um certo ponto ele se comportaria
exatamente como se fosse um sólido, isto é, seria incompressível.

Pressão
O conceito de pressão foi introduzido a partir da análise da ação de uma força sobre uma superfície;
já nos fluidos, o peso do fluido hidrostático foi desprezado e a pressão suposta tornou-se igual em todos
os pontos. Entretanto, é um fato conhecido que a pressão atmosférica diminui com a altitude e que, num
lago ou no mar, aumenta com a profundidade. Generaliza-se o conceito de pressão e se define, num
ponto qualquer, como a relação entre a força normal F, exercida sobre uma área elementar A, incluindo
o ponto, e esta área:

Exercendo a pressão. Definimos a pressão de uma força sobre uma superfície, como sendo a razão
entre a força normal e a área da superfície considerada. Então: p = F/A p = pressão A = área da superfície,
no qual F representa uma força normal à superfície. Sendo a pressão expressa pela relação P = F/A,
suas unidades serão expressas pela razão entre as unidades de força e as unidades de área, nos
sistemas conhecidos.

Exemplo:
Assume que a área de um pé de uma pessoa de 80 kg é 25 cm x 6 cm. Determine a pressão que a
pessoa exerce no chão enquanto está em pé.

SOLUÇÃO
A pressão é definida como a força por unidade de área, onde a força é o peso da pessoa W:
W = m.g = (80 kg) (9,8 m s-2) = 784 N
e a área é a área da seção transversal na qual esta força é exercida:
Apé = área de uma elipse = p (0,25 m x 0,06 m)= 0,047 m2
Desde que a pessoa normalmente fica em pé sobre os dois pés, a área total é 2 Apé = 0,094 m2. Assim,
a pressão exercida pela pessoa sobre o chão é

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A hidrostática, também chamada estática dos fluidos ou fluidostática (hidrostática refere-se a água,
que foi o primeiro fluido a ser estudado, assim por razões históricas mantém-se o nome) é a parte da
física que estuda as forças exercidas por e sobre fluidos (líquidos ou gases) em repouso. A massa
específica (m) de uma substância é a razão entre a massa (m) de uma quantidade da substância e o
volume (V) correspondente:

Uma unidade muito usual para a massa específica é o g/cm3, mas no SI a unidade é o kg/m3. A relação
entre elas é a seguinte:

Assim, para transformar uma massa específica de g/cm3 para kg/m3, devemos multiplicá-la por 1.000.
Na tabela a seguir estão relacionadas às massas específicas de algumas substâncias.

Substância
Água 1,0 1.000
Gelo 0,92 920
Álcool 0,79 790
Ferro 7,8 7.800
Chumbo 11,2 11.200
Mercúrio 13,6 13.600

Observação: É comum encontrarmos o termo densidade (d) em lugar de massa específica (m). Usa-
se “densidade” para representar a razão entre a massa e o volume de objetos sólidos (ocos ou maciços),
e “massa específica” para líquidos e substâncias.

A densidade absoluta de uma substância é definida como a relação entre a sua massa e o seu volume.
A densidade relativa é a relação entre a densidade absoluta de um material e a densidade absoluta de
uma substância estabelecida como padrão.
A massa específica (m) de uma substância é a razão entre a massa (m) de uma quantidade da
substância e o volume (V) correspondente, ou seja, é representado pelo mesmo cálculo da densidade.
Obviamente, é comum o termo densidade (d) em lugar de massa específica (m)... Uma explicação que
encontrei seria que se usaria “densidade” para representar a razão entre a massa e o volume de objetos
sólidos (ocos ou maciços), e “massa específica” para líquidos e soluções. Mas se assim fosse, não
poderíamos falar densidade da água, mas somente massa específica. Curiosamente já encontrei também
massa específica se referindo a solo, que não é líquido. Em termos gerais, a principal diferença observada
que densidade é um conceito mais usado na química e massa específica na física (hidrostática).

Definições:
Pressão: força sobre uma área

𝐹
𝑃=
𝐴
Pressão Atmosférica: pressão exercida pela atmosfera terrestre e varia de acordo com a altitude,
quanto maior altitude menor a pressão.
Pressão Manométrica: pressão que se acrescenta a pressão atmosférica.
Pressão Absoluta: soma da pressão atmosférica e manométrica.
Instrumentos para medir pressão
Barômetro: utilizado para medir pressão atmosférica.

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Fonte: www.emporionet.net

Manômetro:

Fonte: www.solucoesindustriais.com.br

Princípio de Arquimedes

Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em equilíbrio, sofre a ação de uma força vertical,
para cima, aplicada pelo fluido. Essa força é denominada empuxo, cuja intensidade é igual ao peso do
fluido deslocado pelo corpo.

E = Pfd = mfd . g E = df . Vfd . g

Assim, quando um barco está flutuando na água, em equilíbrio, ele está recebendo um empuxo cujo
valor é igual ao seu próprio peso, isto é, o peso do barco está sendo equilibrado pelo empuxo que ele
recebe da água: E = P.

Aplicação

Um mergulhador e seu equipamento têm massa total de 80kg. Qual deve ser o volume total do
mergulhador para que o conjunto permaneça em equilíbrio imerso na água?

Solução: Dados: g = 10m/s2; dágua = 103kg/m3; m = 80kg. Como o conjunto deve estar imerso na água,
o volume de líquido deslocado (Vld) é igual ao volume do conjunto (V).

Condição de equilíbrio:
E=P
d . Vld . g = m . g
103 x V x 10 = 80 x 10
V = 8 x 10-2 m3

Princípio de Pascal

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Quando um ponto de um líquido em equilíbrio sofre uma variação de pressão, todos os outros pontos
do líquido também sofrem a mesma variação.

Dois recipientes ligados pela base são preenchidos por um líquido (geralmente óleo) em equilíbrio.
Sobre a superfície livre do líquido são colocados êmbolos de áreas S1 e S2. Ao aplicar uma força F1 ao
êmbolo de área menor, o êmbolo maior ficará sujeito a uma força F2, em razão da transmissão do
acréscimo de pressão p. Segundo o Princípio de Pascal:
∆𝑝1 = ∆𝑝2

Importante: o Princípio de Pascal é largamente utilizado na construção de dispositivos ampliadores de


força – macaco hidráulico, prensa hidráulica, direção hidráulica, etc.

Equilíbrio de Corpos Flutuantes

Quando um corpo emerge na superfície da água, ele passa a deslocar um menor volume de água. De
acordo com o Princípio de Arquimedes, seu empuxo (que antes era maior do que seu peso) diminui. O
bloco ficará em equilíbrio de flutuação na superfície da água quando a força de empuxo for exatamente
igual ao peso. Dizemos que o corpo ficará flutuando em equilíbrio estático.
Ocasionalmente, algumas embarcações ou navios podem ser modificadas, introduzindo-se mastros
maiores ou canhões mais pesados; nestes casos, eles se tornam mais pesados e tendem a emborcar em
mares mais agitados. Os "icebergs" muitas vezes também viram quando derretem parcialmente. Estes
fatos sugerem que, além das forças, os torques destas forças também são importantes para o estudo do
equilíbrio de flutuação.

Quando um corpo está flutuando em um líquido, ele está sujeito à ação de duas forças de mesma
intensidade, mesma direção (vertical) e sentidos opostos: a força-peso e o empuxo. Os pontos de
aplicação dessas forças são, respectivamente, o centro de gravidade do corpo G e o centro de empuxo
C, que corresponde ao centro de gravidade do líquido deslocado ou centro de empuxo.
Se o centro de gravidade G coincide com o centro de empuxo C, situação mais comum quando o corpo
está totalmente mergulhado, o equilíbrio é indiferente, isto é, o corpo permanece na posição em que for
colocado.

Quando um corpo flutua parcialmente imerso no fluido e se inclina num pequeno ângulo, o volume da
parte da água deslocada se altera e, portanto, o centro de empuxo muda de posição. Para que um objeto
flutuante permaneça em equilíbrio estável, seu centro de empuxo deve ser deslocado de tal modo que a

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força de empuxo (de baixo para cima) e o peso (de cima para baixo) produzam um torque restaurador,
que tende a fazer o corpo retornar a sua posição anterior.

Quando o centro de gravidade G estiver acima do centro de empuxo C, o equilíbrio pode ser estável
ou não. Vai depender de como se desloca o centro de empuxo em virtude da mudança na força do volume
de líquido deslocado. As figuras mostram essa situação, onde o centro de gravidade G está acima do
centro de empuxo, mas, ao deslocar o corpo da posição inicial, o centro de empuxo muda, de modo que
o torque resultante faz com que o corpo volte para sua posição inicial de equilíbrio.
Obs.: A diferença conceitual entre centro de empuxo e centro de gravidade é que a posição do centro
de gravidade não se altera em relação ao corpo, a menos que ele seja deformado. Mas o centro de
empuxo do corpo flutuante muda de acordo com a forma do líquido deslocado porque o centro de empuxo
está localizado no centro de gravidade do líquido deslocado pelo corpo.

As figuras abaixo mostram o equilíbrio chamado instável. Movimentando o corpo (oscilando) de sua
posição inicial, o deslocamento do centro de empuxo faz com que o torque resultante vire o corpo. A
tarefa de um engenheiro naval consiste em projetar os navios de modo que isto não ocorra.

PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Como existe uma atmosfera sobre a superfície da Terra e como esta atmosfera é um fluido, segue que
cada ponto no interior da atmosfera terrestre está sob ação de uma pressão, chamada de pressão
atmosférica, que diminui a medida que a altura em relação a superfície terrestre aumenta.
Como o ar não pode ser considerado um fluido incompressível em extensões muito elevadas, a relação
de Stevin não se aplica diretamente no caso da atmosfera, embora seja sempre possível se determinar
facilmente a pressão atmosférica em qualquer ponto.
Em 1643 Evangelista Torricelli (1608 – 1647) idealizou um experimento prático para a determinação
da pressão atmosférica, que foi realizado por Vicenzo Viviani. Ele usou um tubo de 1 metro de
comprimento, completamente cheio de mercúrio (Hg) e com uma extremidade tampada, como mostra
figura 1 (a). Depois colocou o tubo em pé tapando a outra extremidade e colocando esta extremidade
dentro de um recipiente contendo também mercúrio, como mostra a figura 1 (b). Finalmente, após
destampar o tubo, mediu a altura da coluna de mercúrio existente no tubo que, por construção, continha
vácuo na parte superior, como mostra a figura 1 (c).
Como um ponto A na superfície livre do mercúrio está à mesma pressão que um ponto B na mesma
altura no interior do tubo e como a pressão no ponto B é dada por pB=ρg.h, pode-se determinar facilmente
a pressão atmosférica, pois a densidade do mercúrio é conhecida e dada por 13,6 g/cm³.
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Repetindo-se o experimento de Torricelli num local onde a gravidade tem seu valor normal, obtém-se
que a coluna de mercúrio sobe por uma altura de h = 0,76m. Sendo, por definição, a pressão num local
onde a gravidade tem valor normal à pressão de 1 atm (uma atmosfera), pode-se obter que:
1 atm = 101,3 kPa = 76 cmHg = 760 mmHg

Figura 1. – Experimento de Torricelli

Diferença de pressão num fluido

É fácil entender por que a pressão varia com a profundidade num fluido. A pressão varia como
resultado da força peso (por unidade de área) exercida pela parte do fluido que está acima. À medida que
mergulhamos aumentamos a quantidade de fluido acima de nós e, consequentemente, a pressão.

Verifique como a pressão no fluido varia em função da profundidade admitindo que o fluido tenha uma
densidade constante.

Sejam dois pontos 1 e 2 dentro do fluido. Imaginemos uma coluna de fluido de altura h e área A.

O peso do fluido acima de 2 e até a altura associada ao ponto 1 é:

Portanto, a pressão adicional (P2 - P1), devido ao peso do fluido acima, é:

Logo, a pressão num ponto a uma altura h abaixo de 1 será dada por: P2 = P1 + rgh, onde P1 é a
pressão no ponto 1.

Este resultado vale para todos os pontos localizados a uma mesma altura dentro do fluido.

Suponhamos um vaso comunicante, no qual colocamos dois líquidos imiscíveis, por exemplo, água e
óleo.

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Na figura A, temos somente água no tubo, e, na figura B, colocamos óleo. Neste caso, as alturas são
diferentes, pois as densidades dos líquidos são diferentes. Com a introdução de óleo, a água teve sua
altura alterada. À medida que o sistema tende ao equilíbrio, a água pára de subir no ramo direito e as
pressões nos dois ramos se igualam.

Vamos calcular essas pressões. Temos, como nível de referência, a linha que passa pela superfície
de separação dos dois fluidos.
Observe a figura b. As pressões, nos pontos
A e B são, respectivamente:
PA = Patm + µ0h0g O = óleo
PB = Patm + µAhAg A = água
Já sabemos que PA e PB são iguais, pois representam pressões aplicadas no mesmo nível de um
líquido em equilíbrio, então:

PA = PB
Patm = µ0h0g = Patm + µAhAg
µ0h0g = µAhAg
µ h
µ0h0 = µAhA ou µ0 = h𝐴
𝐴 0
Com esta expressão, podemos calcular a densidade absoluta do óleo de qualquer outro não miscível.

TIPOS DE ESCOAMENTO

O óleo, a água e o ar são chamados de fluidos porque são capazes de escoar, mas possuem
propriedades muito diferentes. A água escoa c m mais facilidade que o óleo e o escoamento doar se torna
turbulento. O escoamento dos fluidos depende das forças que agem sobre o fluido e da forma que as
superfícies solidas com as quais o fluido entra em contato. O escoamento de fluidos está presente em
muitas situações do dia a dia. As observações mostram que o tipo de escoamento pode variar com o
tempo e com o local. Assim, por exemplo,
A fumaça que sai de uma chaminé pode se mover por algum tempo como um todo compacto antes de
se misturar com o ar.
O óleo despejado de um recipiente pode respingar ou não, dependendo do modo que é despejado.
A água escoa suavemente ao passar pelos pilares de uma ponte, mas pode firmar turbilhões atrás dos
pilares.
Alguns líquidos escoam com muito mais facilidade que outros. Os gases escoam com mais facilidade
que os líquidos. No escoamento dos fluidos, em geral, diferentes partes do fluido se movem com
velocidades diferentes. Em um fluido que escoa com facilidades, as camadas passam uma pelas outras
quase sem atrito. Quando mexemos uma xícara de chá, por exemplo, o líquido continua a circular por um

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tempo considerável depois que a colher é removida. Quando fazemos a mesma coisa com melado, o
melado para de circular quase imediatamente. Isso acontece porque o atrito interno entre as partículas
de melado e muito maior, o que faz com que as camadas mais lentas freiem as camadas mais rápidas.
O atrito interno dos fluidos é chamado de viscosidade. O melado é muito mais viscoso que a água. Os
líquidos são mais viscosos que os gases. O termo “não viscoso” é usado para designar os fluidos cuja
viscosidade para ser desprezada.
De acordo com a segunda Lei de Newton, a essas variações de velocidade correspondem forças que
tendem a frear a camada mais rápida e a acelerar a camada mais lenta. Essas forças de atrito são
responsáveis pela viscosidade dos fluidos.

Escoamento viscoso Pode se classificado em escoamento laminar ou turbulento. A diferença entre


os dois está associada ao fato que no primeiro caso, temos transferência de quantidade de movimento a
nível molecular e no segundo a nível macroscópico. •A diferença no comportamento está associada com
as forças que atuam no elemento de fluido. Quanto as forças viscosas dominam em relação as forças de
inércia, o escoamento apresenta comportamento laminar. Quando as forças de inércia dominam, o
escoamento se comporta como turbulento.
O escoamento só acontece quando, houver um trabalho contra as forças de resistência. Um fator
levado em conta da viscosidade é que, através dela podem-se distinguir regimes de escoamento, bem
como são produzidas situações diferentes às do fluido ideal.

Escoamento laminar Partículas fluidas se movimentam em camadas paralelas, ou lâminas,


escorregando através das lâminas adjacentes. Para que ocorra é necessário que as partículas
desloquem-se com certa velocidade, denominada de velocidade crítica inferior.

Escoamento turbulento Neste escoamento verifica-se que as partículas não permanecem em


camadas, se movem de forma heterogênea através do escoamento, escorregando sobre algumas e
colidindo com outra de modo inteiramente caótico e em distâncias curtas em todas as direções. E para
que ocorra é necessário que no escoamento laminar haja um acréscimo de velocidade, denominada de
velocidade crítica superior. O regime de escoamento em tubo é medido através do número adimensional
Reynolds e de acordo com estudos, o limite estabelecido entre os dois escoamentos está na ordem de
Rey < 2100 para laminar e Rey > 3000 para turbulento, porém o número de Reynolds crítico é função da
geometria e da rugosidade das paredes do tubo. No intervalo de 2100 e 3000 o escoamento é dito de
transição.
O parâmetro que mede a razão entre as forças de inércia e viscosas é o número de Reynolds, Re
definido como

onde: é a massa específica, µ é a viscosidade absoluta.


Vc e Lc correspondem a velocidade e dimensão característica do escoamento.
O escoamento turbulento é o contrário do escoamento laminar. O movimento das moléculas do fluido
é completamente desordenado; moléculas que passam pelo mesmo ponto, em geral, não têm a mesma
velocidade e torna-se difícil fazer previsões sobre o comportamento do fluido.

O escoamento turbulento não se move através de um fluido, de modo a provocar turbulência, a


resistência ao seu movimento é bastante grande. Por esta razão, aviões, carros e locomotivas são

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projetados de forma a evitar turbulência. No caso de refinaria, a preocupação é com o escoamento de
produtos perigosos.
Vazão e Débito em escoamento uniforme
A vazão ou débito de um fluido é a razão entre o volume de fluido escoado em um tempo e o intervalo
de tempo considerado.
Q = V/t
Onde V é o volume escoado no tempo t, e
Q é a vazão.

Se tivermos num condutor um fluido em escoamento uniforme, isto é, o fluido escoando com
velocidade constante, a vazão poderá ser calculada multiplicando-se a velocidade (v) do fluido, em dada
seção do condutor, pela área
(A) da seção considerada, ou seja:
Q = Av
Para demonstrar, suponhamos um condutor de seção constante.

O Volume escoado entre as seções (1) e (2) de área A é igual:


V=A.L
Porém L = vt (o movimento é uniforme) e, daí, temos que:
V = A vt
Como Q = V/t , temos: Q = Av

Em uma nomenclatura diferente, o sistema é conhecido como Sistema Fechado, e o Volume de


Controle é conhecido como sistema aberto.
Ambas nomenclaturas estão presentes na literatura e são aceitas pelos profissionais da área, sendo a
mais utilizada nos tempos recentes.

Sistema
Em um sistema, existe uma quantidade de massa fixa, e esta é separada do ambiente pelas fronteiras
do mesmo. Ou seja, não é possível adicionar ou subtrair massa do mesmo, não importando se as
fronteiras são fixas ou móveis, a massa é separada do ambiente, mantendo-se constante.
Existe a transferência de calor e trabalho através das fronteiras do sistema, mas não é transferida
massa.

Volume de Controle
Um volume de controle, de forma oposta ao sistema, é um volume definido no espaço. O escoamento
do fluído se dá neste volume definido. O que define o volume em questão é a superfície de controle, ela
pode ser física ou definida apenas conceitualmente.
Por exemplo: deseja-se analisar um fluído dentro de uma mangueira de 20m, mas analisar-se-á
apenas 30 cm da mangueira. Neste caso, 20m é a superfície de controle física, mas a que será utilizada
para fins de cálculo é a superfície de controle conceitual, imaginária, definida na análise da questão.

Diferença entre os dois


No sistema, analisa-se uma porção fixa de massa, já no volume de controle, analisa-se a massa
presente em um volume no espaço, podendo a massa variar, devido a condições do fluido.
No sistema a massa é fixa.
No Volume de Controle, o volume é fixo, a massa pode variar. Analise Dimensional e Semelhança

 A maioria dos problemas na mecânica dos fluidos não podem ser resolvidos com procedimentos
analíticos, apenas utilizando procedimentos experimentais;
 Muitos problemas são resolvidos utilizando abordagem experimental e analítica;
 Um objetivo de qualquer experimento é obter resultados amplamente aplicáveis (medidas obtidas
num sistema em laboratório podem ser utilizadas para descrever o comportamento de um sistema similar);

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 Para isso é necessário estabelecer a relação que existe entre o modelo de laboratório e o “outro”
sistema
Pelo procedimento chamado análise dimensional, o fenômeno pode ser formulado como uma relação
entre um conjunto de grupos adimensionais das variáveis.

Quando se realiza um trabalho de laboratório, desejamos:


· o maior número de informações
· o menor número de ensaios

O desenvolvimento da Mecânica dos Fluidos depende de: análise teórica e resultados experimentais
(numéricos e/ou de laboratório)
Em certas situações são conhecidas as variáveis envolvidas no fenômeno físico, mas não a
relação funcional entre elas.
A análise dimensional permite associar variáveis em grupos adimensionais.
Quando o teste experimental em um protótipo em tamanho real é impossível ou caro, utiliza-se
modelos reduzidos representativos.
Pelo procedimento chamado análise dimensional, o fenômeno pode ser formulado como uma relação
entre um conjunto de grupos adimensionais das variáveis.
Quando se realiza um trabalho de laboratório, desejamos: o maior número de informações e o menor
número de ensaios.

VASOS COMUNICANTES

Um sistema de vasos comunicantes é um conjunto de vasos abertos à atmosfera, que são postos em
comunicação entre si de maneira que ao colocarmos um líquido em um dos vasos do conjunto, o líquido
se distribuirá por todos os demais vasos do conjunto. Como todos os pontos do liquido colocado nos
vasos comunicantes em contato com a atmosfera estarão a mesma pressão, segue que eles deverão
estar à mesma altura, ou seja, o líquido subirá em todos os ramos à mesma altura h, sendo então como
mostra a figura 1 a seguir:

Na figura 1, através de vasos comunicantes é possível perceber que a pressão depende apenas da
profundidade e não de outras características, como a forma do vaso.

Por exemplo, se o óleo e a água forem colocados com cuidado num recipiente, o óleo fica na parte
superior porque é menos denso que a água, que permanece na parte inferior. Caso os líquidos imiscíveis
sejam colocados num sistema constituídos por vasos comunicantes, como um tubo em U (Figura 2), eles
se dispõem de modo que as alturas das colunas líquidas, medidas a partir da superfície de separação,
sejam proporcionais às respectivas densidades.

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Na Figura 2, sendo d1 a densidade do líquido menos denso, d2 a densidade do líquido mais denso, h1
e h2 as respectivas alturas das colunas, obtemos:

d1h1 = d2h2

Questões

01. (PETROBRAS – Engenheiro de Petróleo Júnior – CESGRANRIO) Um reservatório de base


retangular é preenchido com água até uma altura h. Se a pressão manométrica máxima suportada pela
base do reservatório é de 25 kPa, a altura h máxima, em metros, para o nível da água é
Dados :Massa específica da água = 1.000 kg/m3
Aceleração da gravidade = 10 m/s2

(A) 1,0
(B) 1,5
(C) 2,0
(D) 2,5
(E) 4,0

02 (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO) Na cidade de Boituva, a 122 km da capital


paulista, os passeios de balão são comuns. A figura a seguir ilustra um desses passeios.

Considere que o balão, durante a decolagem, esteja sob ação exclusiva das forças peso e em
empuxo, cujos módulos são, respectivamente, P e E. A relação correta entre os módulos destas forças
para que o balão descreva um movimento vertical, para cima e com velocidade crescente, durante a
decolagem, é:
(A) E<P
(B) E=P
(C) E>P
(D) E+P=0

03. (UFF – Técnico em Equipamento Médico – Odontológico – COSEAC) Na figura abaixo, os


pistões possuem áreas A1=50 cm² e A2=30 cm²

Sendo a massa de um corpo colocado sobre o pistão de A1 igual a 80kg, desprezando-se os pesos
dos pistões e considerando que o sistema está em equilíbrio estático, a massa do corpo colocado sobre
o pistão de A2 deverá ser, em kg, de
(A) 80
(B) 55
(C) 36
(D) 48
(E) 18

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04) O sangue flui da aorta para as artérias maiores, as artérias menores, os vasos capilares e as aveias
até atingir o átrio direito. Durante este processo, a pressão (manométrica) cai de cerca de 100 torr para
zero. Se a vazão volumétrica é 800 mL/s, determine a resistência total do sistema circulatório.

05. Uma placa circular com diâmetro igual a 0,5m possui um peso de 200N, determine em Pa a pressão
exercida por essa placa quando a mesma estiver apoiada sobre o solo.

Respostas
01. Resposta: D.
P=gh
25000=1000x10xh
H=2,5 m

02. Resposta: C.
Dado que o balão sobe, o Empuxo tem que ser maior que o peso.

03. Resposta: D.
F2=24000/50=480N
F=mg
480=m.10
M=48kg
04. Resposta:

P 100 𝑡𝑜𝑟𝑟 101 𝐾𝑃𝑎 1𝐿 1𝑐𝑚3


R= = 𝑥 x x = 16,61 KPa.s/m3
𝐼𝑉 0,800 𝐿.𝑠 760 𝑡𝑜𝑟𝑟 103 10−6

05.Resposta

Força e aceleração – massa – 2ª Lei de Newton. Forças de ação e reação – 3ª Lei


de Newton. Trabalho de uma força – Potência. Energia potencial gravitacional e
elástica – conservação da energia mecânica. Quantidade de movimento linear de
uma partícula (conservação).

Prezado (a) Candidato (a), o tópico referente a Força e aceleração – massa – 2ª Lei de Newton.
Forças de ação e reação – 3ª Lei de Newton. Trabalho de uma força – Potência. Energia potencial
gravitacional e elástica – conservação da energia mecânica. Quantidade de movimento linear de
uma partícula (conservação), foi previamente trabalhado juntamente com o tópico Composição de
forças – 1ª Lei de Newton – equilíbrio de uma partícula – peso de um corpo – força de atrito.
Portanto evitando repetições e redundância este tópico não será trabalhado novamente. Em caso de
dúvidas nossa equipe de tutores está sempre a disposição.

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. 53
Gravitação – Leis de Kepler e Lei de Newton

Aceleração Gravitacional

Aceleração da gravidade é a intensidade do campo gravitacional em um determinado ponto.


Geralmente, o ponto é perto da superfície de um corpo massivo. Um exemplo é a aceleração da gravidade
na Terra ao nível do mar e à latitude de 45°, (g) é aproximadamente igual a 9,80665 m/s². A aceleração
na Terra varia minimamente, devido a, principalmente, diferentes altitudes, variações na latitude e
distribuição de massas do planeta.
Para fins didáticos, é dito que a aceleração da gravidade é a aceleração sentida por um corpo em
queda livre. Primeiramente porque a rotação da Terra impõe uma aceleração adicional no corpo oposta
a aceleração da gravidade. O corpo atraído gravitacionalmente sente uma força centrífuga atuando para
cima, reduzindo seu peso. Este efeito atinge valores que variam de 9,789 m/s² no equador, até 9,823 nos
polos.
A segunda razão é a forma não totalmente esférica da Terra, também causada pela força centrífuga.
Essa forma faz com que o raio da Terra no equador seja ligeiramente maior que nos polos. Como a
atração gravitacional entre dois corpos varia inversamente ao quadrado da distância entre eles, objetos
no equador experimentam uma força gravitacional mais fraca do que os mesmos objetos nos polos.

Aceleração da Gravidade na superfície da Terra

Segundo Galileu Galilei (1564-1642) se deixarmos cair objetos de pesos diferentes do alto de uma
torre, eles irão cair com a mesma velocidade. Isto é, cairão com a mesma aceleração, que é uma medida
da variação da velocidade em relação ao tempo que passa. Existe ao redor da terra uma região conhecida
como campo gravitacional, que atrai os corpos para o centro da Terra, essa atração ocorre por influência
de uma força conhecida como, força gravitacional.
Todos os corpos sofrem influência desta força, segundo Newton o peso dos corpos estão sempre no
sentido do centro da Terra. Quando o campo gravitacional age sobre os corpos faz com que eles sofram
variação em sua velocidade, adquirindo aceleração da gravidade. A trajetória de um corpo em queda livre
(exceto nos polos) não é uma reta que aponta para o centro da Terra, uma vez que a aceleração da
gravidade não é a resultante, há também a aceleração de Coriolis, a qual “empurra” o corpo no para leste
ou oeste, dependendo da posição de queda sobre a Terra. Todos os corpos que estão na superfície
terrestre sofrem influência da força peso, direcionando para o centro da Terra. Está força é representada
pela equação:

Onde:
P = peso do corpo
m = massa do corpo
g = aceleração da gravidade

Temos que considerar também a Teoria de Newton que diz que a força de atração gravitacional que
existe entre a Terra e o corpo é dada pela equação:

Onde:
F = força gravitacional entre dois objetos
m = massa do primeiro objeto
M = massa do segundo objeto
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação

A equação dada abaixo é capaz de calcular a aceleração da gravidade na superfície de qualquer


planeta.

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Onde:
A = aceleração da gravidade
m = massa do astro
r = distância do centro do objeto
G = constante universal da gravitação

Aceleração da Gravidade para Corpos Externos à Terra

Para calcularmos a aceleração da gravidade de corpos que estão entorno dos planetas, como a nossa
Lua, por exemplo, utilizamos a seguinte equação matemática:

Onde:
F = força gravitacional
M = massa do objeto
h = altura entre o objeto e a superfície do planeta
R = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação

Vale apena lembrar que a aceleração da gravidade em corpos externos só existe devido à força
centrípeta que age sobre os corpos, dando lhes velocidade, o que ocasiona uma trajetória circular,
fazendo com que o corpo entre em órbita.

Dedução Matemática

Esta aceleração pode ser obtida matematicamente através da Lei da Gravitação Universal e da
Segunda Lei de Newton. Pela Lei da Gravitação Universal, a força gravitacional é proporcional ao produto
das massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância. Já pela Segunda Lei de Newton,
quando a aceleração é constante, a força é igual ao produto da massa pela aceleração. Nas proximidades
da Terra, ou de qualquer outro planeta, a distância é desprezível comparada com a massa do planeta,
tornando assim, a aceleração aproximadamente constante.

Lei da Gravitação Universal

A gravitação universal é uma força fundamental de atração que age entre todos os objetos por causa
de suas massas, isto é, a quantidade de matéria de que são constituídos. A gravitação mantém o universo
unido. Por exemplo, ela mantém juntos os gases quentes no sol e faz os planetas permanecerem em
suas órbitas. A gravidade da Lua causa as marés oceânicas na terra. Por causa da gravitação, os objetos
sobre a terra são atraídos em seu sentido. A atração física que um planeta exerce sobre os objetos
próximos é denominada força da gravidade.
A lei da gravitação universal foi formulada pelo físico inglês Sir Isaac Newton em sua obra Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica, publicada em 1687, que descreve a lei da gravitação universal e as Leis
de Newton - as três leis dos corpos em movimento que se assentaram como fundamento da mecânica
clássica.

Formulação da Lei da Gravitação Universal

Dois corpos puntiformes m1 e m2 atraem-se exercendo entre si forças de mesma intensidade F1 e F2,
proporcionais ao produto das duas massas e inversamente proporcionais ao quadrado da distância (r) entre elas.
G é a constante gravitacional.
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A lei da gravitação universal diz que dois objetos quaisquer se atraem gravitacionalmente por meio de
uma força que depende das massas desses objetos e da distância que há entre eles. Dados dois corpos
de massa m1 e m2, a uma distância r entre si, esses dois corpos se atraem mutuamente com uma força
que é proporcional à massa de cada um deles e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
separa esses corpos. Matematicamente, essa lei pode ser escrita assim:

Onde

- F1 (F2) é a força, sentida pelo corpo 1 (2) devido ao corpo 2 (1), medida em newtons;
- é constante gravitacional universal, que determina a intensidade da força,
- m 1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas em quilogramas; e
- r é a distância entre os dois corpos, medida em metros;
- o versor do vetor que liga o corpo 1 ao corpo 2.

A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta da
lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados
muito antes. Tomando como exemplo a massa de próton e um elétron, a força da gravidade será de 3,6
× 10−8 N (Newtons) ou 36 nN. O estabelecimento de uma lei de gravitação, que unifica todos os
fenômenos terrestres e celestes de atração entre os corpos, teve enorme importância para a evolução da
ciência moderna.
Contudo, podemos aprimorar a lei da gravitação universal adicionando sinais (+ ou -) à resposta,
quando estivermos considerando “massas de luz” ou “fótons”. A lei da gravitação universal assume o sinal
(-) quando ocorre o deslocamento de fótons “massas de luz” de uma fonte luminosa (Sol), ou melhor,
assumindo característica de repulsão e não de atração. Por outro lado, a lei da gravitação universal
reassume o sinal (+) quando ocorre o deslocamento de fótons para locais de atração desta “massas de
luz”, locais conhecidos como “Buracos Negros”.

Leis de Kepler

Quando o ser humano iniciou a agricultura, ele necessitou de uma referência para identificar as épocas
de plantio e colheita. Ao observar o céu, os nossos ancestrais perceberam que alguns astros descrevem
um movimento regular, o que propiciou a eles obter uma noção de tempo e de épocas do ano.
Primeiramente, foi concluído que o Sol e os demais planetas observados giravam em torno da Terra. Mas
este modelo, chamado de Modelo Geocêntrico, apresentava diversas falhas, que incentivaram o estudo
deste sistema por milhares de anos.
Por volta do século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou um modelo Heliocêntrico, em que
o Sol estava no centro do universo, e os planetas descreviam órbitas circulares ao seu redor. No século
XVII, Johanes Kepler (1571-1630) enunciou as leis que regem o movimento planetário, utilizando
anotações do astrônomo Tycho Brahe (1546-1601). Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas
como Leis de Kepler.

1ª Lei de Kepler - Lei das Órbitas


Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que ocupa um dos focos da elipse.

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2ª Lei de Kepler - Lei das Áreas
O segmento que une o sol a um planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais.

3ª Lei de Kepler - Lei dos Períodos


O quociente dos quadrados dos períodos e o cubo de suas distâncias médias do sol é igual a uma
constante k, igual a todos os planetas.

Tendo em vista que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que este demora
para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o planeta estiver do
Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será o “seu ano”.

Movimentos de Corpos Celestes - Influência na Terra: marés e variações climáticas1


Para estudar o movimento dos astros, é possível fazer uma analogia com o que ocorre quando fazemos
girar verticalmente um corpo preso a uma corda. Se o girarmos muito devagar, quando ele atingir o ponto
mais alto cairá devido a seu peso. Se o girarmos muito depressa, a corda se romperá e o corpo será
arremessado. Para que ele gire mantendo uma órbita fixa, é preciso que exista uma força que o mantenha
nessa órbita.
No Universo, os planetas, satélites, estrelas e outros corpos experimentam grandes forças de atração
entre si em virtude do elevado valor de sua massa. Se existissem apenas estas forças, os diferentes
corpos acabariam se chocando. No entanto, esses corpos têm um movimento perfeitamente ordenado.
Nos corpos que orbitam em torno de uma estrela, as forças de atração determinam trajetórias precisas e
conhecidas. Considerando isso tudo, vamos explicar alguns fenômenos que ocorrem em função das
forças gravitacionais e do movimento dos corpos celestes.

Questões

01. (AEB - Tecnologista Júnior - Desenvolvimento Tecnológico – CETRO) Um satélite A tem a


metade da massa do satélite B, mas orbita em torno da Terra a uma distância duas vezes menor que o
satélite B. Comparando a força gravitacional entre cada satélite e o planeta, usando a lei gravitacional de
Newton, é correto afirmar que
(A) a força gravitacional experimentada pelo satélite B é maior que a de A, porque a diferença na
distância tem mais influência que a diferença na massa.
(B) a força gravitacional experimentada pelo satélite B é maior que a de A, porque a diferença na
massa tem mais influência que a diferença na distância.
(C) a força gravitacional experimentada pelo satélite A é maior que a de B, porque a diferença na
distância tem mais influência que a diferença na massa
(D) a força gravitacional experimentada pelo satélite A é maior que a de B, porque a diferença na
massa tem mais influência, fazendo com que a força seja menor em B.
(E) ambos os satélites experimentam a mesma força, porque a diferença na distância compensa a
diferença na massa.

1
http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-1007-6488-,00.html

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02. (UNISINOS-RS) Durante o primeiro semestre deste ano, foi possível observar o planeta Vênus
bem brilhante, ao anoitecer.

Sabe-se que Vênus está bem mais perto do Sol que a Terra. Comparados com a Terra, o período de
revolução de Vênus em torno do Sol é……………….e sua velocidade orbital é………………………. . As
lacunas são corretamente preenchidas, respectivamente, por:

a) menor; menor
b) menor; igual
c) maior; menor
d) maior; maior
e) menor; maior

03. (UEMG-MG) Em seu movimento em torno do Sol, a Terra descreve uma trajetória elíptica, como
na figura, a seguir:

São feitas duas afirmações sobre esse movimento:


1. A velocidade da Terra permanece constante em toda a trajetória.
2. A mesma força que a Terra faz no Sol, o Sol faz na Terra.
Sobre tais afirmações, só é CORRETO dizer que
(A) as duas afirmações são verdadeiras.
(B) apenas a afirmação 1 é verdadeira.
(C) apenas a afirmação 2 é verdadeira.
(D) as duas afirmações são falsas.
(E) n.d.a

04. (MACKENZIE-SP) Dois satélites de um planeta tem períodos de revolução de 32 dias e 256 dias,
respectivamente. Se o raio de órbita do primeiro satélite vale 1 unidade, então o raio de órbita do segundo
terá quantas unidades?

05. (PUC-SP) A intensidade da força gravitacional com que a Terra atrai a Lua é F. Se fossem
duplicadas a massa da Terra e da Lua e se a distância que as separa fosse reduzida à metade, a nova
força seria:

(A) 16F
(B) 8F
(C) 4F
(D) 2F
(E) F

Respostas

01. Resposta: C.
Lembrando que a fórmula é dada por:
𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹=
𝑅𝐴2

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mA é a massa do satélite A.
mB=2mA
rB=2rA
𝑀 1 𝐺𝑚𝐴 𝑀
𝐹𝐵 = 𝐺 ∙ 2𝑚𝐴 ∙ 2 =2
4𝑅𝐴 𝑅𝐴2

Como a distância é elevada ao quadrado, a mudança sempre vai fazer maior diferença.

02. Resposta: Uma vez que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que
este demora para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o
planeta estiver do Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será
o “seu ano”.

03. Resposta: C
1. Falsa. Quando a Terra vai do afélio para o periélio, aumenta-se o módulo da velocidade, e quando
vai do periélio para o afélio, diminui o módulo da velocidade.

2. Verdadeira. De acordo com o princípio da ação-reação (3ª lei de Newton), ação e reação têm sempre
a mesma intensidade.

04 Resposta. 32²/1³ = 32².8² /R³  R³=(2³)²  R=4u

05. Resposta. A

F = G MT ml / r²
d = r/2, M = 2MT e m=2ml
F' = G . 2MT . 2Ml / (r/2)2
F' = 4 . G . MT . Ml/ r²/4
F' = 16 G . MT . ml/ r²
F' = 16F

Termodinâmica: Temperatura – escalas termométricas – dilatação (sólido /


líquido). Quantidade de calor sensível e latente. Gases ideais – transformações
isotérmica, isobárica, isovolumétrica e adiabática. Equivalente mecânico da
caloria – calor específico – energia interna. Trabalho em uma transformação
gasosa. 1ª Lei da termodinâmica. Mudanças de fase. 2ª Lei da termodinâmica –
transformação de energia térmica em outras formas de energia.

Calorimetria

A calorimetria é o ramo da física que se ocupa dos fenômenos decorrentes da transferência dessa
forma de energia chamada calor.

CALOR
Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, podemos observar que a
temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que
ambos os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia
térmica do corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que
chamamos calor.
Calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperaturas diferentes.
A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI seja o joule (J). Uma
caloria equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água
pura, sob pressão normal, de 14,5 °C para 15,5 °C.
A relação entre a caloria e o joule é dada por:

1 cal = 4,186J
Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de três simples

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Calor sensível
É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem como efeito apenas a alteração da
temperatura de um corpo.
Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação Fundamental da Calorimetria, que diz
que a quantidade de calor sensível (Q) é igual ao produto de sua massa, da variação da temperatura e
de uma constante de proporcionalidade dependente da natureza de cada corpo denominada calor
específico.
Assim:

Onde:
Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
c = calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou J/kg°C).
m = massa do corpo (g ou kg).
Δθ = variação de temperatura (°C).
Quando:
Q>0: o corpo ganha calor.
Q<0: o corpo perde calor.

Exemplo:
Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer uma barra de ferro de 2kg de 20°C para
200 °C? Dado: calor específico do ferro = 0,119cal/g°C.
2 kg = 2000 g
Q= c.m.ϴ
Q= 0,119.2000.(200-20)
Q= 0,119.2000.180
Q=42840 cal=42,84 Kcal

Calor latente
Nem toda a troca de calor existente na natureza se detém a modificar a temperatura dos corpos. Em
alguns casos há mudança de estado físico destes corpos. Neste caso, chamamos a quantidade de calor
calculada de calor latente.
A quantidade de calor latente (Q) é igual ao produto da massa do corpo (m) e de uma constante de
proporcionalidade (L).
Assim:
QL= m.L

A constante de proporcionalidade é chamada calor latente de mudança de fase e se refere a


quantidade de calor que 1 g da substância calculada necessita para mudar de uma fase para outra.
Além de depender da natureza da substância, este valor numérico depende de cada mudança de
estado físico.
Por exemplo, para a água:
Calor latente de fusão 80cal/g
Calor latente de vaporização 540cal/g
Calor latente de solidificação -80cal/g
Calor latente de condensação -540cal/g
Quando:
Q>0: o corpo funde ou vaporiza.
Q<0: o corpo solidifica ou condensa.

Exemplo:
Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade da
água=1g/cm³ e calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.
1 litro= 1 dm3=103cm3
d=𝑚
𝑉
m=d.V
m= d.V
m= 103g
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Assim:

QL= m.Lv
QL= 103.540
QL= 540000 cal=540 Kcal

Curva de aquecimento
Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de
temperatura. Assim podemos elaborar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor
absorvida. Chamamos este gráfico de Curva de Aquecimento:

2
MUDANÇAS DE FASE
As fases ou estados físicos da matéria são três: sólido, líquido e gasoso.
A Fase sólida caracteriza-se por apresentar uma grande força de atração entre as partículas, força essa
de origem elétrica, o que implica em uma forma e volume definidos (exemplo: gelo).
Na Fase líquida, a força entre as partículas é menor do que as do estado sólido, o que implica em um
volume definido e uma forma variável (exemplo: água num copo).
Já na Fase gasosa, a força entre as partículas é quase inexistente, o que corresponde a volume e formas
variáveis (exemplo: vapor da água).
A pressão e a temperatura, que são as variáveis de estado, influenciam no estado físico em que uma
substância se encontra e ao receber ou perder certa quantidade de calor ela pode sofrer uma
mudança/transição desse estado. A figura 1 mostra o nome que se dá às transições de fase:

Fusão: passagem da fase sólida para a líquida. Exemplo: o gelo derretendo e se transformando em água
líquida.
Vaporização: passagem da fase líquida para a gasosa. Exemplo: a água fervendo e se transformando
em vapor de água, como a vaporização dos rios, lagos e mares.
Solidificação: passagem da fase líquida para a sólida. Exemplo: água líquida colocada no congelador
para formar gelo.
Condensação: passagem da fase gasosa para a líquida. Exemplo: o vapor da água se transformando
em gotículas de água quando sua temperatura fica abaixo de 100 ºC.
Sublimação: passagem que se dá de forma direta, da fase sólida para a gasosa ou da fase gasosa para
a sólida; como acontece com a naftalina, por exemplo.

2 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/mudanca-estado-fisico.htm
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Observação: a condensação também pode ser chamada de liquefação.
Como dito acima, tanto a pressão quanto a temperatura influenciam no estado físico que se encontra
determinada substância. A água, por exemplo, em condições normais de pressão, 1 atm, está na fase
sólida a temperaturas abaixo de 0 ºC; na fase líquida em temperaturas entre 0 ºC e 100 ºC e no estado
gasoso para temperaturas acima de 100 ºC.

TROCAS DE CALOR

Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um
aparelho chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o
ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os
corpos não trocam calor com o calorímetro e nem com o meio em que se encontram, toda a energia
térmica passa de um corpo ao outro.
Como calor é energia, o Princípio da Conservação da Energia garante que a energia total envolvida
nesse processo é constante. Além disso, se um corpo cede calor e não muda de fase, a sua temperatura
final (t) torna-se menor que a inicial (t0). Portanto, a variação de temperatura (Δt = t – t0) e a quantidade
de calor cedida (Qc) são negativas. Por raciocínio análogo, quando o corpo recebe calor, a variação da
temperatura e a quantidade de calor recebida (Qr) são positivas. Veja o esquema:

Assim, se o sistema for isolado e houver apenas trocas de calor entre os seus constituintes, a soma
algébrica das quantidades de calor cedidas (ΣQc) e recebidas (ΣQr) deve ser nula:
Como, ao absorver calor Q>0 e ao transmitir calor Q<0, a soma de todas as energias térmicas é nula,
ou seja:
ΣQ=0
(lê-se que somatório de todas as quantidades de calor é igual a zero)

Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto sensível como latente.

Exemplo:
Qual a temperatura de equilíbrio entre uma bloco de alumínio de 200g à 20°C mergulhado em um litro
de água à 80°C? Dados calor específico: água=1cal/g°C e alumínio = 0,219cal/g°C.

CAPACIDADE TÉRMICA
É a quantidade de calor que um corpo necessita receber ou ceder para que sua temperatura varie uma
unidade.
Então, pode-se expressar esta relação por:

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Sua unidade usual é cal/°C.
A capacidade térmica de 1g de água é de 1cal/°C já que seu calor específico é 1cal/g.°C.

Exemplo:
Ao fornecer 300 calorias de calor para um corpo, verifica-se como consequência uma variação de
temperatura igual a 50 ºC. Determine a capacidade térmica desse corpo.
Calculando a capacidade térmica
𝑄
C=
∆𝑇

300
C=
50
C= 6 cal/ºC

PROPAGAÇÃO DO CALOR

A propagação do calor entre dois sistemas pode ocorrer através de três processos diferentes: a
condução, a convecção e a irradiação.
A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto.
Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre
átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia
cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das
substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são
melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais
são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor.
Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato
com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o
menos significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos.
A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um
fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através
de radiação ou condução é mais frequentemente transferido por convecção. A convecção ocorre como
consequência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície relativamente
quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso
que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar
mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido.
Desta forma, a circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para
a troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os polos. O calor
é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos convectivos horizontais,
conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito à transferência vertical de calor na
atmosfera.

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Fluxo de Calor
Para que um corpo seja aquecido, normalmente, usa-se uma fonte térmica de potência constante, ou
seja, uma fonte capaz de fornecer uma quantidade de calor por unidade de tempo.
Definimos fluxo de calor (Φ) que a fonte fornece de maneira constante como o quociente entre a
quantidade de calor (Q) e o intervalo de tempo de exposição (Δt):

Sendo a unidade adotada para fluxo de calor, no sistema internacional, o Watt (W), que corresponde
a Joule por segundo, embora também sejam muito usada a unidade caloria/segundo (cal/s) e seus
múltiplos: caloria/minuto (cal/min) e quilocaloria/segundo (kcal/s).

Exemplo:
Uma fonte de potência constante igual a 100W é utilizada para aumentar a temperatura 100g de
mercúrio 30°C. Sendo o calor específico do mercúrio 0,033cal/g.°C e 1cal=4,186J, quanto tempo a fonte
demora para realizar este aquecimento?

Aplicando a equação do fluxo de calor:

TERMOLOGIA

Temperatura
Chamamos de Termologia a parte da física que estuda os fenômenos relativos ao , aquecimento,
resfriamento, mudanças de estado físico, mudanças de temperatura, etc.
Temperatura é a grandeza que caracteriza o estado térmico de um corpo ou sistema.
Fisicamente o conceito dado a quente e frio é um pouco diferente do que costumamos usar no nosso
cotidiano. Podemos definir como quente um corpo que tem suas moléculas agitando-se muito, ou seja,
com alta energia cinética. Analogamente, um corpo frio, é aquele que tem baixa agitação das suas
moléculas.
Ao aumentar a temperatura de um corpo ou sistema pode-se dizer que está se aumentando o estado
de agitação de suas moléculas.
Ao tirarmos uma garrafa de água mineral da geladeira ou ao retirar um bolo de um forno, percebemos
que após algum tempo, ambas tendem a chegar à temperatura do ambiente. Ou seja, a água "esquenta"
e o bolo "esfria". Quando dois corpos ou sistemas atingem o mesma temperatura, dizemos que estes
corpos ou sistemas estão em equilíbrio térmico.

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ESCALAS TERMOMÉTRICAS
Para a construção de uma escala termométrica arbitrária de temperatura, devemos proceder da
seguinte maneira:
• Escolhe-se a substância termométrica, por exemplo: um líquido, e a grandeza termométrica
correspondente: a altura da coluna do líquido.
• Coloca-se o líquido em um reservatório (bulbo), ligado a um tubo capilar, cada estado térmico
corresponde a uma altura dessa coluna.
• Adotam-se dois estados térmicos, que se mantenham invariáveis por um determinado tempo e que
sejam de fácil reprodução. Geralmente os estados térmicos escolhidos são: ponto de fusão do gelo à
pressão normal (1 atmosfera) e ponto de ebulição da água à pressão normal (1 atmosfera). Estes estados
térmicos são, normalmente, chamados de pontos fixos.
• Em um recipiente contendo água no estado líquido e gelo se derretendo, introduzimos o termômetro,
aguardamos o equilíbrio térmico e anotamos a altura da coluna correspondente à temperatura de fusão
do gelo.
• Em um recipiente contendo água em ebulição, em presença de vapor d’água, colocamos o
termômetro, aguardamos o equilíbrio térmico e anotamos a altura da coluna correspondente ao estado
de vapor.

• Dividimos em partes iguais o intervalo delimitado entre as anotações e associamos valores numéricos
arbitrários. Cada parte em que fica dividido o intervalo é denominada grau de escala, e é sua unidade.
São 3 as escalas termométricas mais comuns:

- Escala Celsius
- Escala Fahrenheit
- Escala Kelvin

Para que seja possível medir a temperatura de um corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado
termômetro.
O termômetro mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com um bulbo de
paredes finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo capilar.
Quando a temperatura do termômetro aumenta, as moléculas de mercúrio aumentam sua agitação
fazendo com que este se dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada altura atingida pelo mercúrio está
associada uma temperatura.
A escala de cada termômetro corresponde a este valor de altura atingida.

Escala Celsius
É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo astrônomo e físico
sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a temperatura de
congelamento da água sob pressão normal (0 °C) e a temperatura de ebulição da água sob pressão
normal (100 °C).

Escala Fahrenheit
Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa, criada em 1708 pelo físico
alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a temperatura de uma mistura de
gelo e cloreto de amônia (0 °F) e a temperatura do corpo humano (100 °F).
Em comparação com a escala Celsius:
0 °C = 32 °F
100 °C = 212 °F

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Escala Kelvin
Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William Thompson (1824-
1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como referência a temperatura do menor
estado de agitação de qualquer molécula (0 K) e é calculada apartir da escala Celsius.
Por convenção, não se usa "grau" para esta escala, ou seja 0 K, lê-se zero kelvin e não zero grau
kelvin. Em comparação com a escala Celsius:
-273 °C = 0 K
0 °C = 273 K
100 °C = 373 K

CONVERSÕES
Para que seja possível expressar temperaturas dadas em uma certa escala para outra qualquer deve-
se estabelecer uma convenção geométrica de semelhança.
Por exemplo, convertendo uma temperatura qualquer dada em escala Fahrenheit para escala Celsius:

Pelo princípio de semelhança geométrica:

Exemplo:
Qual a temperatura correspondente em escala Celsius para a temperatura 100 °F?

Da mesma forma, pode-se estabelecer uma conversão Celsius-Fahrenheit:

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E para escala Kelvin:

Para uma melhor compreensão sobre escalas termométricas, segue abaixo um quadro com as
fórmulas, mais importantes a serem utilizadas.

Escalas termométricas

Escala Fahrenheit

Escala Kelvin

Conversões entre escalas

Celsius para Fahrenheit

Fahrenheit para Celsius

Celsius para Kelvin

Kelvin para Celsius

TERMODINÂMICA

A Termodinâmica é a parte da Física que estuda principalmente a transformação de energia térmica


em trabalho. A utilização direta desses princípios em motores de combustão interna ou externa, faz dela
uma importante teoria para os motores de carros, caminhões e tratores, nas turbinas com aplicação em
aviões, etc.

Energia Interna dos Gases


Um gás que possua uma temperatura diferente do zero absoluto (0 K) possui uma energia cinética
interna representada pela energia cinética de suas partículas em movimento:

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. 67
Como, para determinada massa de gás, n e R são constantes, a variação da energia interna dependerá
da variação da temperatura absoluta do gás, ou seja,
Quando houver aumento da temperatura absoluta ocorrerá uma variação positiva da energia
interna .
Quando houver diminuição da temperatura absoluta, há uma variação negativa de energia interna
.
E quando não houver variação na temperatura do gás, a variação da energia interna será igual a zero
.
Conhecendo a equação de Clapeyron, é possível compará-la a equação descrita na Lei de Joule, e
assim obteremos:

TRABALHO DE UM GÁS
Considere um gás de massa m contido em um cilindro com área de base A, provido de um êmbolo.
Ao ser fornecida uma quantidade de calor Q ao sistema, este sofrerá uma expansão, sob pressão
constante, como é garantido pela Lei de Gay-Lussac, e o êmbolo será deslocado.

Assim como para os sistemas mecânicos, o trabalho do sistema será dado pelo produto da força
aplicada no êmbolo com o deslocamento do êmbolo no cilindro:

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. 68
Assim, o trabalho realizado por um sistema, em uma transformação com pressão constante, é dado
pelo produto entre a pressão e a variação do volume do gás.
Quando:
O volume aumenta no sistema, o trabalho é positivo, ou seja, é realizado sobre o meio em que se
encontra (como por exemplo empurrando o êmbolo contra seu próprio peso);
O volume diminui no sistema, o trabalho é negativo, ou seja, é necessário que o sistema receba um
trabalho do meio externo;
O volume não é alterado, não há realização de trabalho pelo sistema.

Exemplo:
(1) Um gás ideal de volume 12m³ sofre uma transformação, permanecendo sob pressão constante
igual a 250Pa. Qual é o volume do gás quando o trabalho realizado por ele for 2kJ?

De modo geral, na termodinâmica, o trabalho pode ser determinado através de um método gráfico.
Considere um gráfico de pressão por volume, como mostrado na figura abaixo.

O trabalho é numericamente igual à área entre a curva do gráfico e o eixo do volume.


U é a energia interna.
R é a constante dos gases perfeitos (um valor dado).
T é a temperatura.
n é o número de mols.

Essa relação matemática mostra que a energia interna e a temperatura estão relacionadas de maneira
direta: para que ocorra uma variação de energia interna é necessário que ocorra uma variação de
temperatura do sistema. Resumindo:

1ª LEI DA TERMODINÂMICA

Chamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da conservação de energia aplicada à


termodinâmica, o que torna possível prever o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer uma
transformação termodinâmica.
Analisando o princípio da conservação de energia ao contexto da termodinâmica:
Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas apenas armazená-la ou transferi-la ao meio onde
se encontra, como trabalho, ou ambas as situações simultaneamente, então, ao receber uma

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. 69
quantidade Q de calor, esta poderá realizar um trabalho e aumentar a energia interna do sistema ΔU,
ou seja, expressando matematicamente:

Sendo todas as unidades medidas em Joule (J).


Conhecendo esta lei, podemos observar seu comportamento para cada uma das grandezas
apresentadas:

Calor Trabalho Energia Interna Q/ /ΔU

Recebe Realiza Aumenta >0


Cede Recebe Diminui <0
Não realiza e nem
Não troca Não varia =0
recebe

Exemplo:
(1) Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo que
a Energia interna do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o
recebimento?

2ª LEI DA TERMODINÂMICA

Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de
máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.
Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de
Clausius e Kelvin-Planck:

Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo
de temperatura mais alta.
Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a
mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho
sobre este sistema.

Enunciado de Kelvin-Planck:
É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda
a quantidade de calor recebido em trabalho.
Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%,
ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho
efetivo.

CICLO DE CARNOT
Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal,
que seria capaz de transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total
(100%).
Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma
máquina térmica teórica que se comportava como uma máquina de rendimento total, estabelecendo um
ciclo de rendimento máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot.
Este ciclo seria composto de quatro processos, independente da substância:

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Uma expansão isotérmica reversível. O sistema recebe uma quantidade de calor da fonte de
aquecimento (L-M)
Uma expansão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (M-N)
Uma compressão isotérmica reversível. O sistema cede calor para a fonte de resfriamento (N-O)
Uma compressão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (O-L)
Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que é fornecida pela fonte de aquecimento e a
quantidade cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas temperaturas absolutas, assim:

Assim, o rendimento de uma máquina de Carnot é:

e
Logo:

Sendo:
= temperatura absoluta da fonte de resfriamento
= temperatura absoluta da fonte de aquecimento
Com isto se conclui que para que haja 100% de rendimento, todo o calor vindo da fonte de
aquecimento deverá ser transformado em trabalho, pois a temperatura absoluta da fonte de resfriamento
deverá ser 0K.
Partindo daí conclui-se que o zero absoluto não é possível para um sistema físico.

Exemplo:
Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a 560ºC e abandona o
ciclo a 200ºC?

IRREVERSIBILIDADE E LIMITAÇÕES EM PROCESSOS DE CONVERSÃO CALOR/TRABALHO.

Transformações reversíveis: são aquelas que se realizam em ambos os sentidos, podendo voltar ao
estado inicial, passando pelas mesmas situações intermediárias, sem influências do meio externo. Isso
ocorre geralmente em transformações mecânicas sem atrito.

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Considere o bloco da figura sendo abandonado do repouso no ponto A. Se você desprezar todos os
atritos ele se deslocará até o ponto B, atingindo o repouso na mesma altura que a do ponto A, retornará
a A e ficará oscilando entre A e B, pois não existe atrito

.
Observe que no deslocamento entre A e B e o retorno entre B e A, a transformação produzida não
teve nenhuma influência do meio exterior (corpos circundantes) e, assim, ela é uma transformação
reversível.
Transformações irreversíveis: observe no exemplo anterior que, se houver atrito, o corpo sofre perda
de energia e, portanto não poderia, espontaneamente, voltar à posição inicial. Nesse caso, essa é uma
transformação irreversível, onde sua inversa só pode ocorrer com influência do meio externo ou de corpos
circundantes, que devem fornecer energia ao corpo para que ele retorne à posição inicial (ponto A)
Na realidade, na natureza todas as transformações espontâneas são irreversíveis. No exemplo acima
é muito improvável que você elimine totalmente o atrito e, devido ao choque com as moléculas de ar e
outros atritos, o bloco, depois de certo tempo irá parar. A energia do bloco se converteu em energia
térmica. O contrário não ocorre, ou seja, é impossível na natureza, que as moléculas se reorganizem e
empurrem o bloco fazendo-o retornar à posição inicial. É por esse motivo que surgiu o Princípio da
Degradação da Energia que afirma que é impossível converter totalmente calor em trabalho

Exemplo:
Uma pedra de gelo colocada em um copo com água a temperatura ambiente recebe calor da água e
derrete, mas jamais cederá calor para a água, pois, o gelo não ficará mais frio e nem a água mais quente,
o que violaria a Segunda Lei da termodinâmica. Contudo, não viola a Primeira Lei, pois a conservação de
energia seria mantida de qualquer modo.
Assim podemos dizer que a conservação de energia ocorre em toda transformação, porém essas
transformações ocorrem espontaneamente em um só sentido por isso os processos termodinâmicos são
ditos irreversíveis.
Questões

01. (UFTM) Dona Joana é cozinheira e precisa de água a 80 ºC para sua receita. Como não tem um
termômetro, decide misturar água fria, que obtém de seu filtro, a 25 ºC, com água fervente. Só não sabe
em que proporção deve fazer a mistura. Resolve, então, pedir ajuda a seu filho, um excelente aluno em
física. Após alguns cálculos, em que levou em conta o fato de morarem no litoral, e em que desprezou
todas as possíveis perdas de calor, ele orienta sua mãe a misturar um copo de 200 mL de água do filtro
com uma quantidade de água fervente, em mL, igual a
(A)800.
(B)750.
(C)625
(D) 600
(E) 550

02(Puc-RJ) Um cubo de gelo dentro de um copo com água resfria o seu conteúdo. Se o cubo tem 10
g e o copo com água tem 200 ml e suas respectivas temperaturas iniciais são 0 °C e 24 °C, quantos cubos
de gelo devem ser colocados para baixar a temperatura da água para 20 °C? (Considere que o calor
específico da água é ca = 1,0 cal/(g °C), o calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g, e a densidade da
água, d = 1 g/ml)
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

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03. Um bloco de uma material desconhecido e de massa 1kg encontra-se à temperatura de 80°C, ao
ser encostado em outro bloco do mesmo material, de massa 500g e que está em temperatura ambiente
(20°C). Qual a temperatura que os dois alcançam em contato? Considere que os blocos estejam em um
calorímetro.

(A)80
(B)75.
(C)70
(D) 60
(E) 55

04. Em uma cozinha, uma chaleira com 1L de água ferve. Para que ela pare, são adicionados 500mL
de água à 10°C. Qual a temperatura do equilíbrio do sistema?

(A)70
(B)65.
(C)90
(D)80
(E)35

05(AFA-SP) Assinale a alternativa que define corretamente calor.

(A) Trata-se de um sinônimo de temperatura em um sistema.


(B) É uma forma de energia contida nos sistemas.
(C) É uma energia de trânsito, de um sistema a outro, devido à diferença de temperatura entre eles.
(D) É uma forma de energia superabundante nos corpos quentes.
(E) É uma forma de energia em trânsito, do corpo mais frio para o mais quente.

06. (ETAM – Técnico de projetos navais – BIO-RIO) Um turista americano, ao desembarcar no


aeroporto do Rio de Janeiro para assistir à Copa do Mundo de Futebol de 2014, verificou que a
temperatura local era de 40 °C. O valor desta temperatura na escala Fahrenheit é:

(A) 32
(B) 40
(C) 72
(D) 104

07. (EEAR – Sargento- Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA) Um indivíduo, na praia,


tem gelo (água no estado sólido) a -6ºC para conservar um medicamento que deve permanecer a
aproximadamente 0ºC. Não dispondo de um termômetro, teve que criar uma nova maneira para controlar
a temperatura. Das opções abaixo, a que apresenta maior precisão para a manutenção da temperatura
esperada, é

(A) utilizar pouco gelo em contato com o medicamento.


(B) colocar o gelo a uma certa distância do medicamento.
(C) aproximar e afastar o gelo do medicamento com determinada frequência.
(D) deixar o gelo começar a derreter antes de colocar em contato com o medicamento.

08. (UEG – Assistente de Gestão Administrativa – Necropsia – FUNIVERSA) Uma câmara


refrigerada utilizada em necrotérios possui, nas especificações técnicas a respeito do controle de
temperaturas, um termômetro digital, graduado de –40 ºC a +99 ºC, com posicionamento externo e bulbo
sensor remoto. As temperaturas indicadas de –40 ºC e 99 ºC correspondem, respectivamente e
aproximadamente, nas escalas Fahrenheit e Kelvin, a

(A) 36 ºF e 370 K.
(B) 24 ºF e 174 K.
(C) –20 ºF e 273 K.
(D) –36 ºF e 370 K.
(E) –40 ºF e 372 K.

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09. (CBM/MG – Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN) A figura representa o botão
controlador da temperatura de um forno. Considere que na posição “LOW” a temperatura, no interior do
forno, atinja 300°F e na posição “HI” atinja 480°F e que ocorra um aumento contínuo da temperatura entre
esses dois pontos.

Assim, para se obter a temperatura de 160°C, deve-se ajustar esse botão na posição:

(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8

10. (LIQUIGÁS – Profissional de Vendas – CESGRANRIO) Uma expedição de pesquisa chega a um


local ermo. Os pesquisadores descobrem que levaram o termômetro errado para medir a temperatura
ambiente. Ele havia sido graduado em uma escala X que, em água fervente a 1 atm, indica 80 °X e que,
em gelo fundente a 1 atm, indica 30 °X. Qual a temperatura em °C que esse termômetro mede quando
indica 40 °X?

(A) 10
(B) 20
(C) 30
(D) 40
(E) 50

11. Qual a energia interna de 1,5 mols de um gás perfeito na temperatura de 20°C? Considere R=8,31
J/mol.K.

(A)8,31
(B)5,47
(C)3,0
(D)293
(E)55

12.Quando são colocados 12 moles de um gás em um recipiente com êmbolo que mantém a pressão
igual a da atmosfera, inicialmente ocupando 2m³. Ao empurrar-se o êmbolo, o volume ocupado passa a
ser 1m³. Considerando a pressão atmosférica igual a 100000N/m², qual é o trabalho realizado sob o gás?

(A)1000
(B)20000
(C)240
(D)-1000
(E)100

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13.Uma transformação é dada pelo gráfico abaixo:

Qual o trabalho realizado por este gás?


(A)9.106
(B) 3.105
(C)9.105
(D) 18.104
(E) 8.105

14. (UNIVALI - SC) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturas de
500K e 300K, recebendo 2 000J de calor da fonte quente. O calor rejeitado para a fonte fria e o trabalho
realizado pela máquina, em joules, são, respectivamente:
(A) 500 e 1 500
(B) 700 e 1 300
(C) 1 000 e 1 000
(D) 1 200 e 800
(E) 1 400 e 600

15.Faz-se um sistema passar de um certo estado A para um outro estado B por meio de dois processos
distintos, I e II, conforme mostra o gráfico "pressão x volume".

Em qual dos dois processos houve maior absorção de calor? Justifique.

Respostas

01 Resposta: E
O somatório dos calores trocados é nulo.
Q1+Q2=0 m1cT1+ m2cT2=0
200(80-25)+m2 (80-100)=0
20 m2=11000
m2=550 g

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02 Resposta: A
mcubo. mcubo = 10 g;LgeloLgelo = 80 cal/g;
mág. mág = 200 g;
T0T0 = 24°C;
TT = 20°C
cág cág = 1 cal/g.°C.
Módulo da quantidade calor liberada pela água para o resfriamento desejado:
∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.∣Qág=mágCág∣ΔT∣ = 200(1)∣20−24∣ = 800 cal.
Quantidade de calor necessária para fundir um cubo de gelo:
Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.Qcubo=mcubo⋅Lgelo=10(80)=800 cal.
Como |Qág| = Qcubo, concluímos que basta um cubo de gelo para provocar o resfriamento desejado da
água.

03 Resposta: D

04 Resposta: A
Qualquer quantidade de água que esteja fervendo encontra-se à temperatura de 100°C, se a
temperatura for superior a esta, não haverá água líquida, apenas vapor.

05 Resposta: C
O calor é uma energia em trânsito que flui de um corpo com maior temperatura para um de menor
temperatura.

06.Resposta: D.
𝜃𝑐 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
40 𝜃𝐹 − 32
=
5 9
𝜃𝐹 − 32 = 72
𝜃𝐹 = 72 + 32 = 104
07.Resposta: D.
A temperatura de fusão é de 0ºC, portanto, quando o gelo começar a entrar na fase líquida, ele vi estar
a 0ºC.

08. Resposta: E.
𝐶 𝐹 − 32
=
5 9
40 𝐹 − 32
− =
5 9
5F-160=-360
5F=-360+160
5F=-200
F=-40 ºF
K=99+273=372K

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09. Resposta: A.
160 𝐹 − 32
=
5 9
329=F-32
288=F-32
F=320
480-300=180°F
Como são 9 pontos: 180/9=20, portanto de 20 em 20 muda a temperatura.
Como a temperatura é de 320, é a primeira posição 2.

10. Resposta: A.

100 − 0 80 − 30
=
𝜃𝐶 − 0 40 − 30
100 50
=
𝜃𝐶 10
1000
𝜃𝐶 = = 20
50
11. Resposta: B
Primeiramente deve-se converter a temperatura da escala Celsius para Kelvin:

A partir daí basta aplicar os dados na equação da energia interna:

12. Resposta: D
Sabemos que o trabalho de um gás perfeito em uma transformação isobárica é dado por:

Substituindo os valores na equação:

O sinal negativo no trabalho indica que este é realizado sob o gás e não por ele.

13.Resposta: C
O trabalho realizado pelo gás é igual a área sob a curva do gráfico, ou seja a área do trapézio azul.
Sendo a área do trapézio dado por:

Então, substituindo os valores temos:

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14.Resposta: D
Calculando o calor da fonte quente:
Q2 = T2
Q1 T1
2000 = 500
Q1 300
2000 = 1,67
Q1
Q1 = 2000
1,7
Q1 = 1198 J
Por aproximação, podemos considerar a resposta como 1200 J.
Calculando o trabalho:
Q 2 - Q1 = T
2000 - 1200 = T
T = 800J

15. Resposta
Como os estados iniciais e finais dos dois processos são respectivamente iguais, a variação de energia
interna será a mesma nos dois.
Pela 1ª Lei da Termodinâmica, temos Q=W+U. Como a variação de U é igual em I e II, haverá mais
calor absorvido onde o trabalho realizado for maior. O trabalho no diagrama p-V é representado pela área
sob o gráfico do processo. Assim sendo, vê-se que o trabalho e, consequentemente, o calor trocado é
maior em II.

Vibrações e ondas: Movimento harmônico simples. Ondas elásticas: propagação


– superposição – reflexão e refração – noções sobre a interferência, difração e
ressonância. Som.

Ondas

A definição de onda é qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra
jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se
propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até
ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as o Também existem ondas que não podemos observar
a olho nu, como, por exemplo, ondas de rádio, ondas de televisão, ondas ultravioleta e micro-ondas.
Além destas, existem alguns tipos de ondas que conhecemos bem, mas que não identificamos
normalmente, como a luz e o som.
Mas o que elas têm em comum é que todas são energias propagadas através de um meio, e este meio
não acompanha a propagação.

Conforme sua natureza as ondas são classificadas em:


Ondas Mecânicas: são ondas que necessitam de um meio material para se propagar, ou seja, sua
propagação envolve o transporte de energia cinética e potencial e depende da elasticidade do meio. Por
isto não é capaz de propagar-se no vácuo. Alguns exemplos são os que acontecem em molas e cordas,
sons e em superfícies de líquidos.

Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que se encontram, podendo propagar-se no vácuo e em determinados meios
materiais. Alguns exemplos são as ondas de rádio, de radar, os raios x e as micro-ondas.

Quanto a direção de propagação as ondas são classificadas como:

Unidimensionais: que se propagam em apenas uma direção, como as ondas em cordas e molas
esticadas;
Bidimensionais: são aquelas que se propagam por uma superfície, como as água em um lago quando
se joga uma pedra;
Tridimensionais: são capazes de se propagar em todas as dimensões, como a luz e o som.
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. 78
Quanto à direção da vibração as ondas podem ser classificadas como:
Transversais: são as que são causadas por vibrações perpendiculares à propagação da onda, como,
por exemplo, em uma corda:

Longitudinais: são ondas causadas por vibrações com mesma direção da propagação, como as ondas
sonoras.

Componentes de uma onda


Uma onda é formada por alguns componentes básicos que são:

Sendo A a amplitude da onda.


É denominado comprimento da onda, e expresso pela letra grega lambida (λ), a distância entre duas
cristas ou dois vales consecutivos.
Chamamos período da onda (T) o tempo decorrido até que duas cristas ou dois vales consecutivos
passem por um ponto e frequência da onda (f) o número de cristas ou vales consecutivos que passam
por um mesmo ponto, em uma determinada unidade de tempo.
Portanto, o período e a frequência são relacionados por:
𝟏
𝒇=
𝑻
A unidade internacionalmente utilizada para a frequência é Hertz (Hz) sendo que 1Hz equivale à
passagem de uma crista ou de um vale em 1 segundo.

Para o estudo de ondas bidimensionais e tridimensionais são necessários os conceitos de:

frente de onda: é a fronteira da região ainda não atingida pela onda com a região já atingida;
raio de onda: é possível definir como o raio de onda a linha que parte da fonte e é perpendicular às
frentes de onda, indicando a direção e o sentido de propagação.

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. 79
Velocidade de propagação das ondas
Como não transportam matéria em seu movimento, é previsível que as ondas se desloquem com
velocidade contínua, logo estas devem ter um deslocamento que valide a expressão:
S= v. t
Podemos fazer que ΔS=λ e que Δt=T
Assim:𝜆 = 𝜈. Τ

1
𝑇=
𝑓
1
𝜆 = 𝜈.
𝑓
= 𝜆. 𝑓
Sendo esta a equação fundamental da Ondulatória, já que é válida para todos os tipos de onda.
É comum utilizar-se frequências na ordem de kHz (1quilohertz = 1000Hz) e de MHz (1megahertz =
1000000Hz)

Exemplo:
(1) Qual a frequência de ondas, se a velocidade desta onde é de 195m/s, e o seu comprimento de
onda é de 1cm?
1cm=0,01m
 = 𝜆. 𝑓
𝜈
𝑓=
𝜆

195
𝑓= = 19500 𝐻𝑧
0,01
𝐹 = 19,5 𝐻𝑧

REFLEXÃO DE ONDAS
É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de
propagação, mantendo as características da onda incidente. Independentemente do tipo de onda, o
módulo da sua velocidade permanece inalterado após a reflexão, já que ela continua propagando-se no
mesmo meio.
Reflexão em ondas unidimensionais
Esta análise deve ser dividida oscilações com extremidade fixa e com extremidade livre:

Com extremidade fixa:


Quando um pulso (meia-onda) é gerado, faz cada ponto da corda subir e depois voltar a posição
original, no entanto, ao atingir uma extremidade fixa, como uma parede, a força aplicada nela, pelo
princípio da ação e reação, reage sobre a corda, causando um movimento na direção da aplicação do
pulso, com um sentido inverso, gerando um pulso refletido. Assim como mostra a figura abaixo:

Para este caso costuma-se dizer que há inversão de fase já que o pulso refletido executa o movimento
contrário ao do pulso incidente.

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. 80
Com extremidade livre:
Considerando uma corda presa por um anel a uma haste idealizada, portanto sem atrito.
Ao atingir o anel, o movimento é continuado, embora não haja deslocamento no sentido do pulso,
apenas no sentido perpendicular a este. Então o pulso é refletido em direção da aplicação, mas com
sentido inverso. Como mostra a figura:

Para estes casos não há inversão de fase, já que o pulso refletido executa o mesmo movimento do
pulso incidente, apenas com sentido contrário.
É possível obter-se a extremidade livre, amarrando-se a corda a um barbante muito leve, flexível e
inextensível.

REFRAÇÃO DE ONDAS
É o fenômeno que ocorre quando uma onda passa de um meio para outro de características distintas,
tendo sua direção desviada.
Independente de cada onda, sua frequência não é alterada na refração, no entanto, a velocidade e o
comprimento de onda podem se modificar.
Através da refração é possíveis explicar inúmeros efeitos, como o arco-íris, a cor do céu no pôr-do-sol
e a construção de aparelhos astronômicos.
A refração de ondas obedece duas leis que são:

1ª Lei da Refração: O raio incidente, a reta perpendicular à fronteira no ponto de incidência e o raio
refratado estão contidos no mesmo plano.
Lei de Snell: Esta lei relaciona os ângulos, as velocidades e os comprimentos de onda de incidência
𝑠𝑖𝑛𝜃1 𝑣1 1
de refração, sendo matematicamente expressa por: 𝑠𝑖𝑛𝜃2=𝑣2 = 2

ONDE:
1= ângulo de raio incidente à reta perpendicular
2= ângulo de raio refratado à reta perpendicular
1=velocidade da onda incidente
2=velocidade da onda refratada
1= comprimento da onda incidente
2= comprimento da onda refratada
Como exemplos da refração, podem ser usadas ondas propagando-se na superfície de um líquido e
passando por duas regiões distintas. É possível verificar experimentalmente que a velocidade de
propagação nas superfícies de líquidos pode ser alterada modificando-se a profundidade deste local. As
ondas diminuem o módulo de velocidade ao se diminuir a profundidade.

SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS
A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre quando
duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica das perturbações
de cada onda.

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. 81
Imagine uma corda esticada na posição horizontal, ao serem produzidos pulsos de mesma largura,
mas de diferentes amplitudes, nas pontas da corda, poderá acontecer uma superposição de duas formas:

Situação 1: os pulsos são dados em fase.

No momento em que os pulsos se encontram, suas elongações em cada ponto da corda se somam
algebricamente, sendo sua amplitude (elongação máxima) a soma das duas amplitudes:

Numericamente:
A= A1+A2
X= x1+x2
Após este encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais
conservadas.

Este tipo de superposição é chamado interferência construtiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente aumentada e m módulo.

Situação 2: os pulsos são dados em oposição de fase.

Novamente, ao se encontrarem as ondas, suas amplitudes serão somadas, mas podemos observar
que o sentido da onda de amplitude A1 é negativo em relação ao eixo vertical, portanto A1<0. Logo, o
pulso resultante terá amplitude igual a diferença entre as duas amplitudes:

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. 82
Numericamente:
A= -A1+A2
X= -x1+x2
Sendo que o sinal negativo está ligado à amplitude e elongação da onda no sentido negativo.
Após o encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais conservadas.

Este tipo de superposição é chamado interferência destrutiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente reduzida em módulo.
Os principais exemplos de ondas sobrepostas são os fenômenos ondulatórios de batimento e ondas
estacionárias.
Batimento: Ocorre quando duas ondas periódicas de frequência diferente e mesma amplitude são
sobrepostas, resultando em uma onda com variadas amplitudes dependentes do soma de amplitudes em
cada crista resultante.
Ondas estacionárias: É o fenômeno que ocorre quando são sobrepostas duas ondas com mesma
frequência, velocidade e comprimento de onda, na mesma direção, mas em sentidos opostos.

RESSONÂNCIA
A ressonância acontece quando a frequência de uma fonte de oscilação coincide com a frequência de
oscilação natural de um corpo.
Imagine que esta é uma ponte construída no estilo pênsil, e que sua frequência de oscilação natural é
dada por:

Ao ser excitada periodicamente, por um vento de frequência:

A amplitude de oscilação da ponte passará a ser dada pela superposição das duas ondas:

Se a ponte não tiver uma resistência que suporte a amplitude do movimento, esta sofrerá danos
podendo até ser destruída.

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. 83
PRINCÍPO DE HUYGENS
O princípio de Huygens pode ser aplicado a qualquer tipo de onda e é usado para determinar a posição
de uma frente de onda em um determinado instante, desde que se conheça sua posição em um instante
anterior.
Christian Huygens (1629-1695), no final do século XVII, propôs um método de representação de
frentes de onda, onde cada ponto de uma frente de onda se comporta como uma nova fonte de ondas
elementares, que se propagam para além da região já atingida pela onda original e com a mesma
frequência que ela. Sendo esta ideia conhecida como Princípio de Huygens.

Para um considerado instante, cada ponto da frente de onda comporta-se como fonte das ondas
elementares de Huygens.
A partir deste princípio, é possível concluir que, em um meio homogêneo e com as mesmas
características físicas em toda sua extensão, a frente de onda se desloca mantendo sua forma, desde
que não haja obstáculos.
Desta forma:

DIFRAÇÃO DE ONDAS
O fenômeno chamado difração é o encurvamento sofrido pelos raios de onda quando esta encontra
obstáculos à propagação.
Imagine a situação em que uma onda se propaga em um meio, até onde encontra uma fenda posta
em uma barreira.

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Este fenômeno prova que a generalização de que os raios de onda são retilíneos é errada, já que a
parte que atinge a barreira é refletida, enquanto os raios que atingem a fenda passam por ela, mas nem
todas continuam retas.
Se esta propagação acontecesse em linha reta, os raios continuariam retos, e a propagação depois
da fenda seria uma faixa delimitada pela largura da fenda. No entanto, há um desvio nas bordas.
Este desvio é proporcional ao tamanho da fenda. Para o caso onde esta largura é muito inferior ao
comprimento de onda, as ondas difratadas serão aproximadamente circulares, independente da forma
geométrica das ondas incidentes.

EXPERIÊNCIA DE YOUNG
Na experiência realizada por Young, são utilizados três anteparos, sendo o primeiro composto por um
orifício, onde ocorre difração da luz incidida, o segundo, com dois orifícios, postos lado a lado, causando
novas difrações. No último, são projetadas as manchas causadas pela interferência das ondas resultantes
da segunda difração.
Ao substituir-se estes orifícios por fendas muito estreitas, as manchas tornam-se franjas, facilitando a
visualização de regiões mais bem iluminadas (máximos) e regiões mal iluminadas (mínimos).

Luz proveniente de uma fonte F passa por um pequeno orifício S e incide sobre duas fendas paralelas
estreitas S1 e S2 separadas por uma distância h. Um anteparo colocado após as fendas mostrará listas
claras e escuras, definindo assim o padrão de interferência que estamos interessados em encontrar. Note
que o orifício S é de fundamental importância pois é ele que fornece a coerência espacial necessária
entre a radiação vinda das duas fendas.

ACUSTICA

É o estudo das ondas sonoras e de sua percepção pelo sistema auditivo. Logo, para que possamos
iniciar nosso estudo, precisamos entender o que é som.

SOM E SUA PROPAGAÇÃO


O som é definido como a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda longitudinal,
se propagando tridimensionalmente pelo espaço e apenas em meios materiais, como o ar ou a água.
Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam compressões e rarefações em
propagação do meio. Estas ondas se propagam de forma longitudinal.
Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por exemplo, apenas faz com que estas
vibrem em torno de sua posição de equilíbrio.
Como as ondas sonoras devem ser periódicas, é válida a relação da velocidade de propagação:
𝑉 = . 𝑓

A audição humana considerada normal consegue captar frequências de onda sonoras que variam
entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São denominadas ondas de infrassom, as ondas que tem
frequência menor que 20Hz, e as de ultrassom as que possuem frequência acima de 20000Hz.
De maneira que:

A velocidade do som na água é aproximadamente igual a 1450m/s e no ar, à 20°C é 343m/s.

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. 85
A propagação do som em meios gasosos depende fortemente da temperatura do gás, é possível
inclusive demonstrar experimentalmente que a velocidade do som em gases é dada por:
𝑣 = 𝐾. 𝑇
Onde:
k=constante que depende da natureza do gás;
T=temperatura absoluta do gás (em kelvin).
Como exemplo podemos tomar a velocidade de propagação do som no ar à temperatura de 15°
(288K), que tem valor 340m/s.

Exemplo:
Sabendo que à 15°C o som se propaga à 340m/s, qual será sua velocidade de propagação à 100°C?
Lembrando que:
15° = 288K
100° = 373K
V15º=K.T15º e V100º=K.T100º
340=K.288 e V100º=K.373
Dividindo-se uma equação pela outra:

340 = K. 288


V100º = K. 373

340 288
= √
𝑣100 373

340
𝑣100 =
√288
373

𝑣100 = 386,9 𝑚/𝑠

INTERVALO ACÚSTICO
A audição humana é capaz de diferenciar algumas características do som como a sua altura, intervalo e
timbre.
A altura do som depende apenas de sua frequência, sendo definida como a diferenciação entre grave e
agudo.
Um tom de maior frequência é agudo e um de menor é grave.
Os intervalos entre dois sons são dados pelo quociente entre suas frequências. Ou seja:

𝑓1
𝑖=
𝑓2

INTENSIDADE SONORA
A intensidade do som é a qualidade que nos permite caracterizar se um som é forte ou fraco e depende
da energia que a onda sonora transfere.
A intensidade sonora (I) é definida fisicamente como a potência sonora recebida por unidade de área
de uma superfície, ou seja:
𝑃
𝐼=
𝐴

Mas como a potência pode ser definida pela relação de energia por unidade de tempo:

𝐸
𝑃=
∆𝑡

Então, também podemos expressar a intensidade por:

𝐸
𝐼=
𝐴. ∆𝑡
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. 86
As unidades mais usadas para a intensidade são J/m² e W/m².
É chamada mínima intensidade física, ou limiar de audibilidade, o menor valor da intensidade sonora
ainda audível: Io=10-12 W/m2
É chamada máxima intensidade física, ou limiar de dor, o maior valor da intensidade sonora suportável
pelo ouvido: Imáx=1 W/m2

Conforme um observador se afasta de uma fonte sonora, a intensidade sonora ou nível sonoro
(β)diminui logaritmicamente, sendo representado pela equação:
𝐼
𝛽 = 𝑙𝑜𝑔
𝐼0
A unidade utilizada para o nível sonoro é o Bel (B), mas como esta unidade é grande comparada com
a maioria dos valores de nível sonoro utilizados no cotidiano, seu múltiplo usual é o decibel (dB), de
maneira que 1B=10dB.

REFLEXÃO DO SOM
Assim como para qualquer outra onda, as ondas sonoras, ao atingirem um obstáculo fixo, como uma
parede, são refletidas.
A reflexão do som acontece com inversão de fase, mas mantém a mesma velocidade de propagação,
mesma frequência e o mesmo comprimento de onda do som incidente.
Um efeito muito conhecido causado pela reflexão do som é o efeito de eco. Que consiste na reflexão
do som que bate em uma parede afastada.

Quando uma pessoa emite um som em direção a um obstáculo, este som é ouvido no momento da
emissão, chamado som direto, e no momento em que o som refletido pelo obstáculo retorna a ele.
Sabemos que a velocidade é dada pela distância percorrida pelo som em um determinado tempo, esta
distância é dada por duas vezes a distância ao obstáculo refletor, já que o som vai e volta. Assim:
2𝑑
𝑣=
𝑡
E a velocidade é a de propagação do som no ar.
Ao receber um som, este "permanece" em nós por aproximadamente 0,1s, sendo este intervalo
conhecido como persistência acústica.
Pela relação da velocidade:
2𝑑
𝑡 =
𝑣
Se este intervalo de tempo for inferior à persistência acústica (t < 0,1s), o som ouvido após ser refletido
parecerá apenas um prolongamento do som direto. A este efeito dá-se o nome de reverberação. Para
intervalos maiores que a persistência acústica (t > 0,1s) é instintivo perceber que esta reflexão será ouvida
como eco.
Os outros fenômenos acontecem da mesma forma que para as outras ondas estudadas. Tendo uma
utilização bastante conhecida a de interferência do som, onde é possível aplicar uma frequência
antirruído, a fim de suavizar o som do ambiente.

TUBOS SONOROS3
Ao soprar um tubo sonoro a coluna de ar vibra, havendo assim a produção de som.
Vejamos agora os tipos de tubos sonoros:

A) Abertos: os tubos abertos possuem uma extremidade oposta à embocadura, ou seja, a entrada do
ar aberta. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo aberto ressoa.
Nas duas extremidades do tubo, ou seja, na embocadura e na extremidade aberta, há uma formação
de ventres, isto é, uma interferência construtiva.

3 http://www.colegioweb.com.br/acustica/tubos-sonoros.html#ixzz42R41y85z

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B) Fechados: Os tubos fechados possuem uma extremidade oposta a embocadura, ou seja, a entrada
do ar fechada. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo fechado ressoa.
Podemos perceber que junto à embocadura, há formação de um ventre, ou seja, interferência
construtiva, e junto à extremidade fechada, ocorre à formação de um nó, ou seja, interferência destrutiva.

Ondas estacionárias nos tubos

A) Tubos Abertos
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo aberto que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 3º
harmônico.
Vejamos:

Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:

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Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e fn, a frequência de um harmônico de ordem n, vem:

B) Tubos fechados
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo fechado que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 5º
harmônico.

Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:

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. 89
Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e f(2n – 1), a frequência de um harmônico de ordem (2n
-1), vem:

EFEITO DOPPLER
O efeito Doppler é a alteração da frequência sonora percebida pelo observador em virtude do
movimento relativo de aproximação ou afastamento entre a fonte e o observador.
Para ondas sonoras, o efeito Doppler constitui o fenômeno pelo qual um observador percebe
frequências diferentes das emitidas por uma fonte e acontece devido à velocidade relativa entre o a onda
sonora e o movimento relativo entre o observador e/ou a fonte.
Considerando:
f0= frequência aparente percebida pelo observador
f=frequência real emitida
v0= velocidade do observador
vf= velocidade da fonte
v= velocidade da onda sonora

Podemos determinar uma fórmula geral para calcular a frequência percebida pelo observador, ou seja,
a frequência aparente.
Supondo que o observador esteja em repouso e a fonte se movimente:
Para o caso onde a fonte se aproxima do observador, há um encurtamento do comprimento da onda,
relacionado à velocidade relativa, e a frequência real será menor que a observada, ou seja:
𝑣
𝑓0 =
1

Mas, como a fonte se movimenta, sua velocidade também deve ser considerada, de modo que:
Substituindo no cálculo da frequência observada:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 − 𝑣
𝑓
𝑓𝑓
Ou seja:

Para o caso onde a fonte se afasta do observador, há um alongamento aparente do comprimento de


onda, nesta situação a dedução do cálculo da frequência observada será análoga ao caso anterior.
𝑣
𝑓0 =
2

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No entanto:
𝑣 + 𝑣𝑓
2 =
𝑓𝑓

Então:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 + 𝑣
𝑓
𝑓𝑓

Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde a fonte se desloque e o observador fique
parado, se utilizarmos:

Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a
fonte se afasta.

Supondo que a fonte esteja em repouso e o observador se movimente:


No caso em que o observador se aproxima da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
mais frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser maior que a
frequência emitida pela fonte. Neste caso, o comprimento de onda não é alterado, mas a velocidade de
propagação é ligeiramente aumentada.
𝑣1
𝑓0 =

Mas:
𝑣
v1= v+v0 e = 𝑓
1
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
𝑣 + 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:

No caso em que o observador se afasta da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
menor número de frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser
menor que a frequência emitida pela fonte. A dedução do cálculo da frequência observada será análoga
ao caso anterior, no entanto a velocidade de propagação é ligeiramente reduzida.
𝑣
𝑓0= 2

Mas:
𝑣
𝑣2=𝑣−𝑣0 e =
𝑓𝑓
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
𝑣 − 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:

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. 91
Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde o observador se desloque e a fonte fique
parada, se utilizarmos:

Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte
se afasta.

Conhecendo estas quatro possibilidades de alteração na frequência de onda observada podemos


escrever uma fórmula geral para o efeito Doppler se combinarmos todos os resultados, sendo ela:

Sendo utilizados os sinais convenientes para cada caso.

Qualidade do Som
É a qualidade que permite diferenciar sons graves de sons agudos. A altura de um som se relaciona
com sua frequência. Quanto maior a frequência de uma som mais agudo ele será e, quanto menor a
frequência mais grave será.

OBS.: A voz masculina é grave e a feminina é aguda. A diferença é decorrente da densidade das
pregas vocais. As pregas vocais masculinas são mais densas (grossas), produzindo um som grave. Já
as pregas vocais feminina são mais finas ocasionando a produção de um som agudo.

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. 92
b) Intensidade ou volume:
É a qualidade que permite diferenciar sons fortes de sons fracos. Para sons de mesma frequência a
intensidade depende a amplitude da onda. Quanto maior a amplitude mais intenso é o som produzido.

c) Timbre:
É a qualidade que permite diferenciar sons de mesma altura emitidos por fontes diferentes. O timbre
depende da forma da onda (desenho da onda), como mostrado na figura ao lado. Esse desenho da onda
e comumente denominado de harmônico. Na figura verifica-se que cada instrumento produz ondas com
formas diferentes, isso faz com que o aparelho auditivo do ser humano reconheça o instrumento que o
envia.

Intensidade A intensidade de um som é dada pela razão entre a sua potência e a área por ele
atravessa. Conforme a equação abaixo
𝑃
𝐼=
𝐴
Unidade no SI: w/m2

Notas
01.A menor intensidade de som audível é denominada de limiar de audição e seu valor é Io = 10-
12 w/m2. Quanto a intensidade do som começa a produzir desconforto auditivo, como início da sensação
dolorosa, ela passa a ser denominada de limiar de dor e seu valor é de I = 1 w/m2
02. A onda sonora e tridimensional, por isso considera-se ao se propagar no ar assume a configuração
espacial de uma esfera.

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. 93
Observa-se que a Intensidade é inversamente proporcional a quadrado do Raio da esfera.
Considerando que o Raio da Esfera representa a distância entre a fonte e o ouvinte, percebe-se que a
quanto maior a distância menor a intensidade do som.

Nível Sonoro
É a grandeza física que responsável pela medida da sensação auditiva do ser humano.

Na prática usa-se decibel (dB), para converter de Bell, para decibell (dB), basta multiplicar o resultado
encontrado por 10.

Questões

01. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES) A mudança na direção de uma onda, ao atravessar a
fronteira entre dois meios, e a modificação da velocidade de propagação e o comprimento de onda,
mantendo uma proporção direta, são características de uma
(A) reflexão de ondas.
(B) refração de ondas.
(C) superposição de ondas.
(D) dispersão de ondas.
(E) difração de ondas.

02. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) De acordo com a sua natureza, as ondas podem ser classificadas em mecânicas ou
eletromagnéticas.
É um exemplo de ondas mecânicas:
(A) ondas de rádio
(B) micro-ondas
(C) raio X
(D) luz
(E) ultrassom

03. (FUB – Físico – CESPE)

A figura acima, mostra, esquematicamente, as linhas de campo magnético terrestre. Ocm referência a
essa figura e a fenômenos eletromagnéticos, julgue o item
Ondas eletromagnéticas são ondas longitudinais e necessitam de meio físico para se propagar.
( ) certo ( ) errado

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. 94
04. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Sabemos que o som são ondas que se
propagam num meio material. No vácuo, não há sons. Duas pessoas conversam. A voz de Marina é mais
aguda do que a de Francisco. Em relação às ondas sonoras que cada um deles emite, é CORRETO
afirmar que o comprimento de onda dos sons de Francisco é

(A) maior do que o de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(B) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(C) maior do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
(D) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.

05. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE) Com relação às propriedades das ondas sonoras e
eletromagnéticas, julgue os itens a seguir Tanto as ondas sonoras quanto as ondas eletromagnéticas
requerem um meio para sua propagação.

( ) certo ( ) errado

06. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO) As ondas eletromagnéticas possuem características como: amplitude, frequência,
comprimento de onda, velocidade de propagação, potência transmitida, etc. Quando se propagam no
vácuo, a única característica que assume o mesmo valor para todas as ondas eletromagnéticas é a(o)

(A) amplitude
(B) frequência
(C) velocidade de propagação
(D) potência transmitida
(E) comprimento de onda

07. (SEDUC/RJ – Professor Docente I – Ciências – CEPERJ) Se houvesse uma explosão no Sol
certamente não ouviríamos aqui na Terra. Isso aconteceria por que:

(A) o som não se propaga no vácuo.


(B) o som é uma onda eletromagnética
(C) as ondas eletromagnéticas são transversais
(D) o sol está muito distante da Terra
(E) o som se propaga mal no ar

08. (CBM/MG – Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN)


A onda representada a seguir tem período de 0,25 s.

Sobre essa onda, é correto afirmar que

(A) sua amplitude é de 8 cm.


(B) tem frequência igual a 2,5 hz.
(C) sua velocidade é igual a 64 cm/s.
(D) tem comprimento de onda de 48 cm.

09. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – FAB) A hélice de um determinado avião
gira a 1800 rpm (rotações por minuto). Qual a frequência, em hertz, dessa hélice?
(A) 30
(B) 60
(C) 90
(D) 180

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10. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES) Em um tanque com água, um mecanismo de vibração
produz ondas na superfície. Se a frequência de trabalho do mecanismo for dobrada, como consequência
a onda terá o (a)
(A) dobro da velocidade de propagação.
(B) seu período inalterado.
(C) metade do comprimento de onda.
(D) dobro do período.
(E) metade da velocidade de propagação.

11.Um homem anda paralelamente a uma linha férrea com velocidade de 1,5 m/s, um trem se desloca
em sua direção com velocidade de 20 m/s, o homem ouve o apito do trem com frequência de 683 Hz.
Sendo a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, qual a frequência do apito emitido pelo trem? Esquema
do problema

Adotando-se um sistema de referência orientado do observador (homem) para a fonte sonora (trem)
temos que o homem tem velocidade positiva (v O > 0) e a velocidade do trem é negativa (v F < 0). Dados
do problema • velocidade da fonte: v F = −20 m/s; • velocidade do observador: v O = 1,5 m/s; • frequência
ouvida pelo observador: f O = 683 Hz; • velocidade do som no ar: v = 340 m/s.

12.Um trem bala passa apitando pela plataforma de uma estação. Uma pessoa que está parada na
plataforma ouve o silvo com frequência de 450Hz. Após a passagem do trem, a frequência do apito parece
cair para 300Hz. Qual a velocidade com que o trem bala anda? Considera velocidade do som igual a
340m/s.

13. (UFSM) Ondas ultrassônicas são emitidas por uma fonte em repouso em relação ao paciente, com
uma frequência determinada. Essas ondas são refletidas por células do sangue que se .......... de um
detector de frequências em repouso, em relação ao mesmo paciente. Ao analisar essas ondas refletidas,
o detector medirá frequências .......... que as emitidas pela fonte. Esse fenômeno é conhecido como ..........
.
Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
(A) afastam - menores - efeito Joule
(B) afastam - maiores - efeito Doppler
(C) aproximam - maiores - efeito Joule
(D) afastam - menores - efeito Doppler
(E) aproximam - menores - efeito Tyndal

14. (UnB-DF) Um indivíduo percebe que o som da buzina de um carro muda de tom à medida que o
veículo se aproxima ou se afasta dele. Na aproximação, a sensação é de que o som é mais agudo, no
afastamento, mais grave. Esse fenômeno é conhecido em Física como efeito Doppler. Considerando a
situação descrita, julgue os itens que se seguem.
(1) As variações na totalidade do som da buzina percebidas pelo indivíduo devem-se a variações da
frequência da fonte sonora.
(2) Quando o automóvel se afasta, o número de cristas de onda por segundo que chegam ao ouvido
do indivíduo é maior.
(3) Se uma pessoa estiver se movendo com o mesmo vetor velocidade do automóvel, não mais terá a
sensação de que o som muda de totalidade.
(4) Observa-se o efeito Doppler apenas para ondas que se propagam em meios materiais.

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15.O grupo brasileiro Uakti constrói seus próprios instrumentos musicais. Um deles consiste em vários
canos de PVC de comprimentos variados. Uma das pontas dos canos é mantida fechada por uma
membrana que emite sons característicos ao ser percutida pelos artistas, enquanto a outra é mantida
aberta. Sabendo-se que o módulo da velocidade do som no ar vale 340 m/s, é correto afirmar que as
duas frequências mais baixas emitidas por um desses tubos, de comprimento igual a 50 cm, são:
(A) 170 Hz e 340 Hz
(B) 170 Hz e 510 Hz.
(C) 200 Hz e 510 Hz.
(D) 340 Hz e 510 Hz.
(E) 200 Hz e 340 Hz.

Respostas

01. Resposta: B.
Como mantém proporção, podemos dizer que as frequências são iguais, portanto, ocorre refração de
ondas.

02. Resposta: E.
Lembrando que ondas mecânicas são todas as ondas que precisam de um meio material para se
propagar.

03. Resposta: Errado


Ondas eletromagnéticas não necessitam de meio físico para se propagar.

04. Resposta: A.
A frequência de onda da voz de Marina é maior, pois é som mais agudo, ou seja o comprimento de
onda deve ser menor, pois a velocidade das ondas devem ser iguais por estarem no mesmo meio.

05. Resposta: Errado.


Como vimos, as ondas eletromagnéticas não requerem um meio para sua propagação, é possível ter,
mas não necessitam.

06. Resposta: C.
Se as ondas estão no mesmo meio (vácuo), elas terão a mesma velocidade de propagação.

07. Resposta: A.
O som é uma onda que precisa de um meio material para ser ouvido.

08. Resposta: C.

(A) Amplitude é 4 cm.


1 1
(B) 𝑓 = 𝑇 = 0,25 = 4 ℎ𝑧
(C) v=.f
V=164=64 cm/s
(D) =16 cm

09. Resposta: A.
Hertz =rotações por segundo, portanto vamos dividir por 60.
1800/60=30 Hz.

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10. Resposta: C.
A velocidade de propagação não pode mudar, pois não mudou o meio.
Mantendo a velocidade constante e dobrando a frequência, o comprimento de onda deve ser pela
metade.
Vamos pensar pela fórmula?
V=1f1
V=2.2f1
Igualando as velocidades
1f1=2.2f1
𝜆1 = 2𝜆2
𝜆1
𝜆2 =
2
11.Resposta
Devido ao movimento relativo entre o observador e a fonte sonora a frequência ouvida pelo homem
será diferente da frequência emitida pelo apito do trem, o chamado efeito Doppler é dado por

12.Resposta:
Utilizando a equação generalizada do efeito Doppler:

No primeiro caso, quando o trem se aproxima e o observador permanece parado:

No segundo caso, quando o trem se afasta e o observador permanece parado:

Para encontramos a velocidade do trem podemos isolar a frequência do som emitido pelo apito e
resolver a equação, ou podemos dividir uma equação pela outra:

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13. Resposta: D.

14. Resposta:
FFVF
(1) Falsa --- a frequência da fonte é a mesma
(2) Falsa
(3) Verdadeira --- a distância fonte-observador é a mesma
(4) Falsa --- vale também para a luz que não necessita de um meio material para se propagar.

15. Resposta: B.
Tubos fechados só emitem harmônicos ímpares
fn=nV/4L
f1=1X340/4X0,5
f1=11770Hz
f3=3X340/4X0,5
f3=510Hz

Ótica: Propagação e reflexão da luz – espelhos planos e esféricos de pequena


abertura. Refração da luz – dispersão e espectros – lentes esféricas, delgadas e
instrumentos óticos. Ondas luminosas – reflexão e refração da luz sob o ponto
de vista ondulatório – interferência e difração, cor de um objeto.

OPTICA

A óptica é um ramo da Física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética,
visível ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e difração, a interação entre a luz e o
meio, entre outras coisas. Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível,
infravermelha, e ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda eletromagnética, fenômenos
análogos acontecem com os raios X, micro-ondas, ondas de rádio, e outras formas de radiação
eletromagnética. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdisciplina do eletromagnetismo.
Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a
mecânica quântica. Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se entre os seguintes ramos, por
ordem crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado pela seguinte):
- Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio de Fermat. Utiliza-
se no estudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração.
- Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda plana, tendo em conta sua frequência e
comprimento de onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
- Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma onda eletromagnética, explicando assim a
reflexão e transmissão, e os fenômenos de polarização e anisotrópicos.
- Óptica quântica ou óptica física: Estudo quântico da interação entre as ondas eletromagnéticas e a
matéria, no que a dualidade onda-corpúsculo joga um papel crucial.

Modelo Corpuscular da Luz4


Influenciado pelo trabalho desenvolvido pelos gregos, o Isaac Newton elaborou um modelo para
explicar a natureza da luz, hoje popularizado como "a teoria da natureza corpuscular da luz." Este modelo
sobre a luz baseia-se num fluxo de partículas muito microscópicas que são emitidas por meio de fontes
luminosas. A ideia de partícula foi muito satisfatória a Newton, pois encaixava-se em seu conceito de
mundo, isto é, um modelo mecânico, determinista, com corpos materiais em movimento, onde seria
possível determinar diversas grandezas ao mesmo tempo. Além disso, através do modelo corpuscular
sobre a natureza da luz, Newton conseguia explicar fenômenos físicos como a reflexão e a refração, já
conhecidos na época.
A base de sustentação da teoria formulada por Newton estava, justamente, na reputação que
conquistou perante a sociedade científica de sua época e de gerações de cientistas depois dele. A obra
de Newton é considerada uma das mais importantes formulações científicas já elaboradas pelo homem
e, certamente, o modelo corpuscular foi sustentado devido a este enorme prestígio. No entanto, não

4
Universidade federal do Rio grande do Sul. Disponível em: http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/n25_Alvarenga/teoria_corpuscular.htm

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apenas fama e prestígio conquistou Newton. Houve ferrenhos debates científicos, discussões envolvendo
Newton e sua teoria corpuscular, principalmente, com seu maior desafeto: Robert Hooke. Dessa relação
cientificamente conturbada com Hooke nasceu a discussão sobre a natureza da luz.

Luz - Comportamento e princípios


A luz, ou luz visível como é fisicamente caracterizada, é uma forma de energia radiante. É o agente
físico que, atuando nos órgãos visuais, produz a sensação da visão.
Energia radiante é aquela que se propaga na forma de ondas eletromagnéticas, dentre as quais se
pode destacar as ondas de rádio, TV, micro-ondas, raios X, raios gama, radar, raios infravermelho,
radiação ultravioleta e luz visível.
Uma das características das ondas eletromagnéticas é a sua velocidade de propagação, que no vácuo
tem o valor de aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo, ou seja:C=3.108 m/s
Podendo ter este valor reduzido em meios diferentes do vácuo.
A luz que percebemos tem como característica sua frequência que vai da faixa de 4.1014 Hz (vermelho)
até 8.1014 Hz(violeta). Esta faixa é a de maior emissão do Sol, por isso os órgãos visuais de todos os
seres vivos estão adaptados a ela, e não podem ver além desta, como por exemplo, a radiação ultravioleta
e infravermelha.

Fonte: www.profcordella.com.br
Divisões da Óptica

Óptica Física: estuda os fenômenos ópticos que exigem uma teoria sobre a natureza das ondas
eletromagnéticas.

Óptica Geométrica: estuda os fenômenos ópticos em que apresentam interesse as trajetórias


seguidas pela luz. Fundamenta-se na noção de raio de luz e nas leis que regulamentam seu
comportamento.

Conceitos básicos
Raios de luz: são a representação geométrica da trajetória da luz, indicando sua direção e o sentido
da sua propagação. Por exemplo, em uma fonte puntiforme são emitidos infinitos raios de luz, embora
apenas alguns deles cheguem a um observador. Representa-se um raio de luz por um segmento de reta
orientado no sentido da propagação.

Feixe de luz: é um conjunto de infinitos raios de luz; um feixe luminoso pode ser:

Cônico convergente: os raios de luz convergem para um ponto;

Cônico divergente: os raios de luz divergem a partir de um ponto;

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. 100
Cilíndrico paralelo: os raios de luz são paralelos entre si.

Fontes de luz

Tudo o que pode ser detectado por nossos olhos, e por outros instrumentos de fixação de imagens
como câmeras fotográficas, é a luz de corpos luminosos que é refletida de forma difusa pelos corpos que
nos cercam. Fonte de luz são todos os corpos dos quais se podem receber luz, podendo ser fontes
primárias ou secundárias.

Fontes primárias: Também chamadas de corpos luminosos, são corpos que emitem luz própria, como
por exemplo, o Sol, as estrelas, a chama de uma vela, uma lâmpada acesa.

Fontes secundárias: Também chamadas de corpos iluminados, são os corpos que enviam a luz que
recebem de outras fontes, como por exemplo, a Lua, os planetas, as nuvens, os objetos visíveis que não
têm luz própria.

Quanto às suas dimensões, uma fonte pode ser classificada como:

Pontual ou puntiforme: uma fonte sem dimensões consideráveis que emite infinitos raios de luz.

Extensa: uma fonte com dimensões consideráveis em relação ao ambiente.

Meios de propagação da luz

Os diferentes meios materiais comportam-se de forma diferente ao serem atravessados pelos raios de
luz, por isso são classificados em:

Meio transparente: é um meio óptico que permite a propagação regular da luz, ou seja, o observador
vê um objeto com nitidez através do meio. Exemplos: ar, vidro comum, papel celofane, etc.

Meio translúcido: é um meio óptico que permite apenas uma propagação irregular da luz, ou seja, o
observador vê o objeto através do meio, mas sem nitidez.

Meio opaco: é um meio óptico que não permite que a luz se propague, ou seja, não é possível ver um
objeto através do meio.

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. 101
Fenômenos ópticos
Ao incidir sobre uma superfície que separa dois meios de propagação, a luz sofre algum, ou mais do
que um, dos fenômenos a seguir:

Reflexão regular: a luz que incide na superfície e retorna ao mesmo meio, regularmente, ou seja, os
raios incidentes e refletidos são paralelos. Ocorre em superfícies metálicas bem polidas, como espelhos.

Reflexão difusa: a luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular, ou seja,
os raios incidentes são paralelos, mas os refletidos são irregulares. Ocorre em superfícies rugosas, e é
responsável pela visibilidade dos objetos.

Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio. Ambos os
raios (incidentes e refratados) são paralelos, no entanto, os raios refratados seguem uma trajetória
inclinada em relação aos incididos. Ocorre quando a superfície separa dois meios transparentes.

Absorção: a luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem refratada, sendo absorvida pelo
corpo, e aquecendo-o. Ocorre em corpos de superfície escura.

Princípio da independência dos raios de luz

Quando os raios de luz se cruzam, estes seguem independentemente, cada um a sua trajetória.

Princípio da propagação retilínea da luz

Todo o raio de luz percorre trajetórias retilíneas em meios transparentes e homogêneos.

Um meio homogêneo é aquele que apresenta as mesmas características em todos os elementos de


volume.

Um meio isótropo, ou isotrópico, é aquele em que a velocidade de propagação da luz e as demais


propriedades ópticas independem da direção em que é realizada a medida.

Um meio ordinário é aquele que é, ao mesmo tempo, transparente, homogêneo e isótropo, como por
exemplo, o vácuo.

Propagação Retilínea da Luz: Em um meio homogêneo e transparente a luz se propaga em linha


reta. Cada uma dessas “retas de luz” é chamada de raio de luz.

Reversibilidade dos Raios de Luz: Se revertermos o sentido de propagação de um raio de luz ele
continua a percorrer a mesma trajetória, em sentido contrário.

O terceiro princípio pode ser verificado, por exemplo, na situação em que um motorista de táxi e seu
passageiro, este último no banco de trás, conversam, um olhando para o outro através do espelho central
retrovisor.
O domínio de validade da óptica geométrica é o de a escala em estudo ser muito maior do que o
comprimento de onda da luz considerada e em que as fases das diversas fontes luminosas não têm
qualquer correlação entre si. Assim, por exemplo é legítimo utilizar a óptica geométrica para explicar a
refração mas não a difração. Todos os três princípios podem ser derivados do Princípio de Fermat, de
Pierre de Fermat, que diz que quando a luz vai de um ponto a outro, ela segue a trajetória que minimiza

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o tempo do percurso (tal princípio foi utilizado por Bernoulli para resolver o problema da braquistócrona.
Note a semelhança entre os enunciados do princípio e do problema).
A óptica geométrica fundamentalmente estuda o fenômeno da reflexão luminosa e o fenômeno da
refração luminosa. O primeiro fenômeno tem sua máxima expressão no estudo dos espelhos, enquanto
que o segundo, tem nas lentes o mesmo papel. Durante sua propagação no espaço, a onda propicia
fenômenos que acontecem naturalmente e frequentemente. O conhecimento dos fenômenos ondulatórios
culminou em várias pesquisas de importantes cientistas, como Christiaan Huygens e Thomas Young,
estes defendiam que a luz tinha características ondulatórias e não corpusculares como Isaac Newton
acreditava, isso foi possível mediante a uma importante experiência feita por Young, a da “Dupla fenda”,
baseada no fenômeno de interferência e difração, inerente às ondas. Mais tarde, outro cientista célebre
chamado Heinrich Rudolf Hertz, runescape fotoelétrico que foi muito bem entendido e explicado pelo
físico Albert Einstein, o que lhe rendeu o Nobel de Física. Essa contradição permitiu à luz ter caráter
dualista, ou seja, ora se comporta como onda ora como partícula. Outro exemplo importante foi o de
Gauss, no campo da óptica, com suas descobertas e teorias sobre a reflexão da luz em espelhos esféricos
e criador das fórmulas que permite calcular a altura e distância de uma imagem do espelho com relação
ao objeto.

Reflexão

Há muitos séculos, curiosos gregos como Heron de Alexandria tentavam desvendar os mistérios da
natureza, em especial a ele a reflexão luminosa. Atualmente os conhecimentos adquiridos sobre este
campo culminaram, em parte, na contemporânea mecânica quântica, cientistas como Niels Bohr (com
seu modelo atômico mais complexo) perpassaram por estudos na área da reflexão, quando um de seus
postulados dizia que fótons poderiam interagir com os elétrons da camada mais exterior da eletrosfera de
um átomo, excitando-os e proporcionando-os a estes os chamados saltos quânticos que resultariam na
"devolução" da radiação(pacote destes fótons) incidente. A reflexão, no entanto, não vale só para as
ondas luminosas e sim para todas as ondas, ou seja, acústica, do mar, etc. Tomando como exemplo
ondas originadas de inúmeras perturbações superficiais (pulsos) periódicas em um balde largo e comprido
de água inerte (parada), percebe-se que as ondas se propagam no meio "batem" nas paredes do
recipiente e "voltam" sem sofrerem perdas consideráveis de energia, esse fenômeno é chamado de
reflexão. Os estudos do grego Alexandria resultaram na conclusão de que as ondas luminosas, natureza
de onda estudada por ele, incidiam sobre um espelho e eram refletidas, e ainda que o ângulo de incidência
é igual ao de reflexão. Esta teoria, aceita até os dias atuais, é válida para todas as naturezas de onda,
com exceção à acústica, por se propagar em todas as direções (tridimensional).

Quando são refletidos em uma superfície rugosa:

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. 103
Refração
Leis da Refração

1. Os raios de onda incidente, refratado e normal são coplanares.


2. Lei de Snell - Descartes: a frequência e a fase não variam. A velocidade de propagação e o
comprimento de onda variam na mesma proporção.

Fonte: osfundamentosdafisica.blogspot.com
Difração

Uma onda quando perpassa um obstáculo que possui a mesma ordem de grandeza de seu
comprimento de onda, apresenta um fenômeno denominado difração, modificando sua direção de
propagação e contornando um obstáculo. Esse fenômeno foi estudado pelo físico Thomas Young e
representado em sua experiência junto ao de interferência - utilizado pra provar a característica
ondulatória da luz. Se uma pessoa tentar se comunicar com outra, sendo estes separados por uma parede
espessa e relativamente alta, os dois se ouvirão em uma conversa, isso é possível graças ao fenômeno
de difração, pois como a onda sonora possui um comprimento de onda na escala métrica, esta contornar
a parede e atingir os ouvidos dos indivíduos. A luz não poderia contornar a parede, pois possui um
comprimento de onda na escala manométrica o que faz os indivíduos não se verem apenas se escutarem.

Absorção
No fenômeno de Absorção a luz incidente em um corpo não se reflete e nem se refrata. A luz, que é
uma forma de energia radiante, é absorvida em S, aquecendo-a. Ocorre, por exemplo, nos corpos de
superfície preta (corpos negros).

Interferência

É quando duas ondas, simultaneamente, se propagam no mesmo meio. Denomina-se então uma
superposição de ondas. Quando ocorre o encontro entre duas cristas ambas aumentam sua amplitude.
Quando dois vales se encontram sua amplitude é igualmente aumentada e os dois abaixam naquele
ponto. Quando um vale e uma crista encontram-se, ambos irão querer puxar cada elevação para o seu
lado. Se as amplitudes forem iguais elas se cancelam (a=0). Se as amplitudes foram diferentes elas se
subtraem.

Polarização

A polarização é um fenômeno que pode ocorrer apenas com ondas transversais, aquelas em que a
direção de vibração é perpendicular à de propagação, como a produzida em uma corda esticada. A onda
é chamada polarizada quando a vibração ocorre em uma única direção. Polarizar uma onda significa
orientá-la em uma única direção ou plano.

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. 104
Dioptro

É todo o sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes. Quando esta separação
acontece em um meio plano, chamamos então, dioptro plano.

A figura acima representa um dioptro plano, na separação entre a água e o ar, que são dois meios
homogêneos e transparentes.

Formação de imagens através de um dioptro

Considere um pescador que vê um peixe em um lago. O peixe encontra-se a uma profundidade H da


superfície da água. O pescador o vê a uma profundidade h. Conforme mostra a figura abaixo:

A fórmula que determina esta distância é:

𝐻 𝑛2
=
ℎ 𝑛1
Onde n é o índice de refração

Prisma

Um prisma é um sólido geométrico formado por uma face superior e uma face inferior paralelas e
congruentes (também chamadas de bases) ligadas por arestas. As laterais de um prisma são
paralelogramos. No entanto, para o contexto da óptica, é chamado prisma o elemento óptico transparente
com superfícies retas e polidas que é capaz de refratar a luz nele incidida. O formato mais usual de um
prisma óptico é o de pirâmide com base quadrangular e lados triangulares.

A aplicação usual dos prismas ópticos é seu uso para separar a luz branca policromática nas sete
cores monocromáticas do espectro visível, além de que, em algumas situações poder refletir tais luzes.

Funcionamento do prisma

Quando a luz branca incide sobre a superfície do prima, sua velocidade é alterada, no entanto, cada
cor da luz branca tem um índice de refração diferente, e logo ângulos de refração diferentes, chegando à
outra extremidade do prima separadas.

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. 105
Tipos de prismas

- Prismas dispersivos são usados para separar a luz em suas cores de espectro.

- Prismas refletivos são usados para refletir a luz.


- Prismas polarizados podem dividir o feixe de luz em componentes de variadas polaridades.

Efeito Fotoelétrico5

O efeito fotoelétrico ocorre quando uma placa metálica é exposta a uma radiação eletromagnética de
frequência alta, por exemplo, um feixe de luz, e este arranca elétrons da placa metálica.
efeito fotoelétrico parece simples, mas intrigou bastantes cientistas, só em 1905 Einstein explicou
devidamente este efeito e com isso ganhou o Prêmio Nobel.
Uma das dúvidas que se tinha a respeito era que quanto mais se diminuía a intensidade do feixe de
luz o efeito ia desaparecendo e a respeito da frequência da fonte luminosa também intrigava muito os
cientistas, pois ao reduzir a frequência da fonte abaixo de um certo valor o efeito desaparecia (chamado
de frequência de corte), ou seja, para frequências abaixo deste valor independentemente de qualquer
que fosse a intensidade, não implicava na saída de nenhum único elétron que fosse da placa metálica.
Mais tarde Einstein com a teoria dos fótons explicou que, a intensidade de luz é proporcional ao número
de fótons e que como consequência determina o número de elétrons a serem arrancados da superfície
da placa metálica e, quanto maior a frequência maior é a energia adquirida pelos elétrons assim eles
saem da placa e abaixo da frequência de corte, os elétrons não recebem nenhum tipo de energia, assim
não saem da placa.

Placa metálica incidida por luz e perdendo elétrons devido o efeito fotoelétrico.

Espelhos Planos

Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem:
-mesma distância que o objeto
-mesma altura
-direita (mesmo sentido que o objeto)
-inversa
-virtual

5
https://www.infoescola.com/fisica/efeito-fotoeletrico/

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. 106
Espelhos Esféricos
É uma calota esférica que possui uma de suas partes polida e com alto poder de reflexão. Esse espelho
pode ser classificado de acordo com a superfície refletora. Se essa for interna, o espelho é côncavo; e se
a superfície refletora é a externa, o espelho é convexo. Os espelhos esféricos, tanto côncavos quanto
convexos, são muito utilizados em nosso cotidiano. Nos estojos de maquiagem, nos refletores atrás das
lâmpadas de sistema de iluminação e projeção (lanternas e faróis, por exemplo), nas objetivas de
telescópios, etc., são utilizados os espelhos esféricos côncavos. Já os espelhos esféricos convexos são
utilizados, por exemplo, em retrovisores de automóveis.

-Espelhos Côncavos: É toda e qualquer superfície espelhada (refletora), na forma de uma calota
esférica. O espelho esférico pode ser côncavo ou convexo, dependendo da face onde se encontra a
superfície refletora.
Se a parte espelhada for interna, o espelho chama-se côncavo.
Se a parte espelhada for externa, então o espelho é convexo.

Vejamos como devem ser feitos os raios de luz para a formação da imagem:

Fonte:www.infoescola.com

Vamos analisar cada caso

Objeto entre o centro de curvatura e o foco

Características da imagem
-invertida
-depois do centro de curvatura
-maior que o objeto
-real

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. 107
Objeto depois do centro de curvatura

Características da imagem
-entre o centro de curvatura e o foco
-menor que o objeto
-invertida
-real

Objeto no centro de curvatura

Características da imagem:
-Real
-invertida
-imagem no centro de curvatura
-mesmo tamanho do objeto

Objeto entre o foco e o vértice

Características da imagem:
-virtual
-direita
-maior que o objeto

-Espelhos Convexos
Proporcionam um amplo campo de visão

Fonte:www.infoescola.com

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. 108
Características da imagem:
-virtual
-menor
-direita

Lentes esféricas convergentes

- Em uma lente esférica com comportamento convergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que convergem a um único ponto.
- Tanto lentes de bordas finas como de bordas espessas podem ser convergentes, dependendo do
seu índice de refração em relação ao do meio externo.
- O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração do meio
externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente biconvexa
(com bordas finas):

Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente bicôncava (com bordas
espessas):

Lentes esféricas divergentes

Em uma lente esférica com comportamento divergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que divergem a partir de um único ponto. Tanto lentes de bordas espessas
como de bordas finas podem ser divergentes, dependendo do seu índice de refração em relação ao do
meio externo. O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração
do meio externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente
bicôncava (com bordas espessas):

Apostila gerada especialmente para: EDSON HONÓRIO DE OLIVEIRA SILVA 066.476.416-96


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Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente biconvexa (com bordas finas):

Fonte: www.brasilescola.com
Física - Óptica da Visão

Na Física, o estudo do comportamento dos raios luminosos em relação ao globo ocular é conhecido
como óptica da visão. Para entender a óptica da visão será necessário estudar, anteriormente, a estrutura
do olho humano.
Nossos olhos são constituídos de vários meios transparentes que levam os raios luminosos até a retina
(onde se formam as imagens).
Observe a figura abaixo:

Na óptica da visão é importante entender a função das partes mais importantes na formação de
imagens no globo ocular. Vamos ver estas partes e suas funções:
O cristalino funciona como uma lente convergente biconvexa.
A pupila funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho.
Os músculos ciliares alteram a distância focal do cristalino, comprimindo-o.
A retina é a parte do olho sensível à luz. É nesta região que se formam as imagens.
Para que o olho consiga formar uma imagem com nitidez, um objeto é focalizado variando-se a forma
do cristalino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos ciliares, através de uma
maior ou menor compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é chamado de acomodação visual.
O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem real e invertida no fundo do olho, mais
precisamente na retina. Como esta região é sensível à luz, as informações luminosas são transformadas
em sinais elétricos que escoam pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). O cérebro
trata de decodificar estes sinais elétricos e nos mostrar a imagem do objeto focalizado.

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Fonte: www.fisioterapiaparatodos.com

Pela figura acima, nota-se que as pessoas que possuem miopia, tem um olho mais longo, formando a
imagem antes e com a lente divergente, forma a imagem no foco.
As pessoas que tem hipermetropia, tem olhos longos, formando a imagem depois do foco e com a
lente convergente a imagem fica correta.
E o astigmatismo torna a imagem distorcida.

Adaptação visual

Chama-se adaptação visual a capacidade apresentada pela pupila de se adequar a luminosidade de


cada ambiente, comprimindo-se ou dilatando-se. Em ambientes com grande luminosidade a pupila pode
atingir um diâmetro de até 1,5mm, fazendo com que entre menos luz no globo ocular, protegendo a retina
de um possível ofuscamento. Já em ambientes mais escuros, a pupila se dilata, atingindo diâmetro de
até 10mm. Assim a incidência de luminosidade aumenta no globo ocular, possibilitando a visão em tais
ambientes.

Acomodação visual

As pessoas que tem visão considerada normal, emétropes, têm a capacidade de acomodar objetos
de distâncias de 25 cm em média, até distâncias no infinito visual.

Ponto próximo
A primeira distância (25cm) corresponde ao ponto próximo, que é a mínima distância que um pessoa
pode enxergar corretamente. O que caracteriza esta situação é que os músculos ciliares encontram-se
totalmente contraídos.
Neste caso, pela equação de Gauss:
1 1 1
𝑓
= 𝑝+𝑝′

Considerando o olho com distância entre a lente e a retina de 15mm, ou seja, p'=15mm:
1 1 1
= +
𝑓 250 15

1
= 0,0766
𝑓

𝑓 = 14,1 𝑚𝑚

Neste caso, o foco da imagem será encontrado 14,1mm distante da lente.


Ponto remoto

Quanto à distância infinita, corresponde ao ponto remoto, que a distância máxima alcançada para
uma imagem focada. Nesta situação os músculos ciliares encontram-se totalmente relaxados.
Da mesma forma que para o ponto próximo, podemos utilizar a equação de Gauss, para determinar o
foco da imagem.

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. 111
1 1 1
= +
𝑓  15
1
No entanto,  é um valor indeterminado, mas se pensarmos que infinito corresponde a um valor muito
alto, veremos que esta divisão resultará em um valor muito pequeno, podendo ser desprezado. Assim,
teremos que:
1 1
=
𝑓 15
𝒇 = 𝟏𝟓𝒎𝒎

Muitas vezes não temos muitos dados no exercício, fala simplesmente em ampliação. Ex: o objeto foi
aumentado em 2 vezes.
Para isso, utilizamos a fórmula:
𝑖 𝑝′ 𝑓
𝐴= =− =
𝑜 𝑝 𝑓−𝑝
Onde:
I=tamanho da imagem
O=tamanho do objeto
P’=distância da imagem até o vértice
P=distância do objeto até o vértice
F=distância focal

Ilusão de Óptica

Ilusão de óptica são imagens que enganam momentaneamente o cérebro deixando o inconsciente
confuso e fazendo com que este capte ideias falsas, preenchendo espaços que não ficam claros à
primeira vista. Podem ser fisiológicas quando surgem naturalmente ou cognitivas quando se cria com
artifícios visuais. Uma das mais famosas imagens, que causa ilusão de óptica, foi criada em 1915 pelo
cartunista W. E. Hill. Nesta figura duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de
perfil olhando para longe, a outra é o rosto de uma senhora idosa que olha para o chão.

Instrumentos Ópticos6

Lupa

É o instrumento óptico de ampliação mais simples que existe. Sua principal finalidade é a obtenção de
imagens ampliadas, de tal maneira que seus menores detalhes possam ser observados com perfeição.
A lupa, também é chamada de microscópio simples e consiste em uma lente convergente, logo, cria
imagens virtuais. Em linhas gerais, qualquer lente de aumento pode ser considerada como uma lupa. Há
tipos que constam de um suporte contendo a lente, uma armação articulada, onde é colocada a lâmina
que contém o objeto a ser observado e um espelho convergente (o condensador) para concentrar os raios
luminosos sobre o objeto. Este deve ser colocado a uma distância da lente, menor que a distância focal
da mesma. Há uma condição para que a imagem formada seja nítida. De acordo com o foco objeto da
lente usada como lupa, temos uma distância mínima de visão nítida. Se a lente for colocado próximo a
um objeto numa distância menor que a sua distância mínima de visão nítida, a imagem não será visível.

6
Por ZILZ, Denis

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. 112
Luneta

As lunetas astronômicas são instrumentos ópticos de aproximação, são usadas na observação


de objetos muitos distante. As lunetas astronômicas são instrumentos formados por dois sistemas ópticos
distintos: uma lente objetiva de grande distância focal que proporciona uma imagem real e invertida do
objeto observado, e uma lente ocular com distância focal menor que proporciona uma imagem virtual e
invertida do objeto. Os dois sistemas são colocados nas extremidades opostos de um conjunto de tubos
concêntricos, que se encaixam um nos outros fazendo variar à vontade o comprimento do conjunto a fim
de focar melhor objeto a ser observado. As lunetas de grande porte e alta capacidade de ampliação são
dotadas de uma luneta menor pesquisadora, já que as primeiras possuem um campo de visão. A principal
diferença entre as lunetas astronômicas e terrestres é, além do porte, a posição da imagem. Aquelas
apresentam a imagem final invertida, e essas apresentam a imagem na posição real do objeto já que
possuem sistemas de lentes adicionais entre a objetiva e a ocular.

Microscópio

O microscópio composto, ou simplesmente, microscópio, é um instrumento óptico utilizado para


observar regiões minúsculas cujos detalhes não podem ser distinguidos a olho nu. É baseado no conjunto
de duas lentes. A primeira é a objetiva que é fortemente convergente (fornece uma imagem real e
invertida) e possui pequena distância focal, fica voltada para o objeto e forma no interior do aparelho a
imagem do mesmo. A segunda é ocular também com pequena distância focal, menos convergente que a
objetiva, permite ao observador ver essa mesma imagem, ao formar uma imagem final virtual e direita.
Essas lentes são colocadas diametralmente em extremidades opostas de um tubo, formando o conjunto
chamado de canhão. O sistema que permite o afastamento ou aproximação do conjunto ocular – objetiva
permite uma melhor visualização do campo observado ao focalizá-lo.

Câmera Fotográfica

A câmera fotográfica como um instrumento óptico de projeção, se baseia no princípio de que um objeto
visto através de uma lente convergente, a uma distância maior que a distância da mesma, produz uma
imagem real e invertida, e mais ainda: seu tamanho é inversamente proporcional à distância foco objeto.
A lente ou sistema de lente empregada recebe o nome de objetiva. É importante que a imagem seja
projetada sobre o filme, se a mesma se formar antes ou depois do filme teremos uma foto fora de foco.
Por isso, ajusta-se as lentes objetivas a fim de que obtenha-se uma imagem nítida. Quando em foco, a
imagem que formada no filme fotográfico é real e invertida.

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Binóculos

É um instrumento de óptica, com lentes, que possibilitam um grande alcance da visão. É composto por
um par de tubos, interligados por um sistema articulado, sendo que cada tubo possui igualmente uma
lente objetiva (que fica na extremidade do binóculos, mais próxima do objeto a ser visto) e uma lente
ocular (que fica mais próxima dos olhos) e entre elas, um sistema de prismas. Há ainda um sistema de
foco, situado entre os tubos do binóculo.
Há dois tipos de prisma, que definem a qualidade da imagem e o preço do binóculo. O prisma Roof é
o tipo mais complexo e é mais caro. Os binóculos que possuem este sistema, tem os tubos retos, como
os telescópios. O prisma Porro é mais simples, mas tem melhor percepção da profundidade, isto porque
as objetivas não estão alinhadas com as oculares. Elas ficam mais afastadas entre si.
O binóculo primitivo era de uma objetiva com uma lente convergente no meio de duas lentes
divergentes e uma lente ocular de sentido inverso. Atualmente é constituído de uma lente ocular e de
outra objetiva baseada nas lunetas astronômicas, onde é utilizado o método poli prisma. Esse
equipamento é adequado para visualização terrestre, marítima e, em alguns casos, astronômica. Como
é utilizada a visão dos dois olhos em simultâneo, ao olhar-se por um binóculo tem-se uma percepção da
profundidade da cena, ou seja, visão tridimensional: pode-se notar a largura, altura e profundidade. As
lunetas e telescópios não tem essa capacidade.
- A qualidade da imagem de um binóculo depende de cinco fatores:
- Alinhamento da ótica
- Qualidade das lentes
- Qualidade dos prismas
- Tratamento dado às superfícies dos óticos
- Estabilidade mecânica do corpo e do mecanismo de focalização.

Os binóculos possuem dois números impressos em seu corpo, do tipo: 7x50, 12x60, 20x70. O primeiro
número significa a magnificação (ou aumento) e o segundo, o tamanho (em milímetros) da objetiva.
Quanto maior a objetiva, mais luz entra e melhor será a visualização das imagens. Os modelos que
possuem lentes coloridas (vermelhas) recebem esse acabamento para diminuir a reflexão, sendo um
tratamento antirreflexo, permitindo diminuir as aberrações cromáticas. No máximo, apenas ajudam a
"quebrar" o excesso de luz em ambientes como praia ou montanhas com neve.

Questões

01. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA/2015) O Distintivo da


Organização Militar (DOM) da EEAR está diante de um espelho. A imagem obtida pelo espelho e o
objeto estão mostrados na figura abaixo.

De acordo com a figura, qual o tipo de espelho diante do DOM?


(A) côncavo
(B) convexo
(C) delgado
(D) plano

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02. (VUNESP) Para observar uma pequena folha em detalhes, um estudante utiliza uma lente
esférica convergente funcionando como lupa. Mantendo a lente na posição vertical e parada a 3 cm
da folha, ele vê uma imagem virtual ampliada 2,5 vezes.

Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, a distância focal, em cm, da lente


utilizada pelo estudante é igual a
(A) 5.
(B) 2.
(C) 6.
(D) 4.
(E) 3.

03. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB) Afigura a seguir mostra um raio de luz incidindo
sobre um espelho plano. Qual o valor do ângulo de reflexão desse raio?

(A) 60°
(B) 25°
(C) 37°
(D) 45°
(E) 53°

04. (SECU/PI – Professor – Física – NUCEPE/2015) Sobre a refração e reflexão da luz considere
as seguintes proposições:
I - Quando a transmissão da luz de um meio para outro é acompanhada de mudança de
velocidade, dizemos que houve refração da luz.
II - A primeira lei da refração diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de
incidência, estão contidos no mesmo plano.
III - Reflexão é o fenômeno óptico que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de
origem, após incidir sobre um objeto ou superfície.
Responda mediante o código:
(A) se somente I for correta.
(B) se somente II for correta.
(C) se somente III for correta.
(D) se somente I e III forem corretas.
(E) se I, II e III forem corretas.

05. (SEE/AC – Professor de matemática e Física – FUNCAB) O ângulo de incidência de um raio


de luz em um espelho plano é 30. O ângulo entre o raio refletido e a superfície do espelho será,
portanto, de:
(A) 30º
(B) 50º
(C) 60º
(D) 80º
(E) 10º
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06. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE) A respeito da reflexão e da refração da luz, julgue
o item subsequente. Na reflexão difusa, os raios de luz incidentes em uma dada superfície são
refletidos obedecendo a diferentes orientações angulares.
( ) certo ( ) errado

07. (UFAL) A figura representa um feixe de raios paralelos incidentes numa superfície S e os
correspondentes raios emergentes.

Esta figura ilustra o fenômeno óptico da


(A) dispersão.
(B reflexão difusa.
(C) refração.
(D) difração.
(E) reflexão regular.

08. A distância média entre a Terra e o Sol é de 150.000 km. Quanto tempo a luz demora para
chegar à Terra? (Considerando c = 300.000 km/s).

09. (Ufg) Têm-se a sua disposição, em um ambiente escuro, uma vela acesa, um instrumento de
medida de comprimento, uma lente convergente, um anteparo e uma mesa.
a) Descreva, de maneira sucinta, um procedimento experimental para se obter a distância focal
da lente, através da visualização da imagem da chama da vela no anteparo.

b) Dê as características da imagem formada no anteparo, na situação descrita no item a.

10. Uma pessoa coloca diante de um espelho plano uma placa onde está escrita a palavra
VESTIBULAR, Como a pessoa vê a imagem desta palavra conjugada no espelho?

Respostas

01. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, o espelho convexo tem a imagem virtual, direita e menor.

02. Resposta: A.
𝑝′
𝐴=−
𝑝
𝑝′
2,5 = −
3
P’=-7,5cm
1 1 1
= +
𝑓 𝑝 𝑝′
1 1 1
= −
𝑓 3 7,5
1 2,5 − 1
=
𝑓 7,5
7,5
𝑓= = 5𝑐𝑚
1,5

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03.Resposta: E.
O ângulo de reflexão seria de 90-37=53°= ângulo de reflexão.

04. Resposta: E.
Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio.
Os raios incidente, refratado e a normalmente são coplanares, ou seja, estão no mesmo plano.

05. Resposta: C.
90-30=60º

06. Resposta: Certo.


Como vimos, quando um raio encontra uma superfície difusa, os raios refletem com diferentes ângulos.

07. Resposta: B.
A reflexão é o fenômeno em que os raios de luz atingem determinada superfície e têm a sua direção
de propagação alterada. Quando os raios refletidos (emergentes) mantêm-se paralelos, a reflexão é
chamada de regular; porém, caso a superfície seja rugosa, os raios refletidos não serão paralelos, e a
reflexão será denominada de difusa.

08. Resposta:
O primeiro passo é entender o deslocamento da luz. Como c é uma velocidade constante, o movimento
deve ser uniforme, ou seja:

Com isto, basta substituir os valores dados no exercício:

T=500s
Ainda podemos expressar este tempo em minutos:

Portanto, a luz demora aproximadamente 8 minutos e 20 segundos para viajar do Sol até a Terra.

09. Resposta:
a) Posicionar a vela de modo que a lente, entre ela e o anteparo, projete neste último um ponto deluz.
A distância entre a vela e a lente é a distância focal da mesma.
b) Pontual e Real.

10. Resposta: E.

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Eletricidade: Carga elétrica – Lei de Coulomb “eletrizacao”. Campo eletrico –
campo de cargas pontuais – campo de uma carga esférica – movimento de uma
carga em um campo uniforme, condutores eletrizados. Corrente elétrica,
diferença de potencial, resistência elétrica. Lei de Ohm – Efeito Joule.
Associação de resistências em série e em paralelo. Geradores de corrente
contínua: força eletromotriz e resistência interna – circuitos elétricos.
Experiência de Oersted – campo magnético de uma carga em movimento –
indução magnética. Força exercida por um campo magnético sobre uma carga
elétrica e sobre condutor retilíneo. Força eletromotriz induzida – Lei de Faraday
– Lei de Lenz – ondas eletromagnéticas.

ELETROSTÁTICA

A eletrostática é a parte da Física responsável pelo estudo das cargas elétricas em repouso.

CARGAS ELÉTRICAS
Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas. Esta, por sua vez, é formada de átomos,
que são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons.
Os átomos são formados por um núcleo, onde ficam os prótons e nêutrons e uma eletrosfera, onde os
elétrons permanecem, em órbita.
Os prótons e nêutrons têm massa praticamente igual, mas os elétrons têm massa milhares de vezes
menor. Sendo m a massa dos prótons, podemos representar a massa dos elétrons como:

Ou seja, a massa dos elétrons é aproximadamente 2 mil vezes menor que a massa dos prótons.
Podemos representar um átomo, embora fora de escala, por:

A carga elétrica é uma propriedade que está intimamente associada a certas partículas elementares
que formam o átomo (prótons e elétrons). O modelo do sistema planetário é o modelo simples mais
adotado para explicar como tais partículas se distribuem no átomo. De acordo com o modelo planetário,
os prótons e nêutrons localizam-se no núcleo, já os elétrons estão em uma região denominada eletrosfera.
Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e lançá-los em direção à um
imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os elétrons a uma direção oposta a do desvio dos
prótons e os nêutrons não seriam afetados.
Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são partículas
com cargas positivas, os elétrons tem carga negativa e os nêutrons tem carga neutra.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de carga elétrica é o coulomb (C). O próton e
o elétron, em módulo, possuem a mesma quantidade de carga elétrica. O valor da carga do próton e do
elétron é denominado quantidade de carga elementar (e) e possui o valor de: e=1,6 .10-19 C

Como 1 C é uma quantidade de carga elétrica muito grande, é comum a utilização dos seus
submúltiplos:
1 mC (milicoulomb)= 10-3 C
1 μC (microcoulomb)= 10-6 C
1 nC (nanocoulomb)= 10-9 C

A quantidade de carga elétrica total (Q) será sempre um múltiplo inteiro (n) vezes o valor da carga
elementar (e). Essa quantidade de carga pode ser determinada através da seguinte expressão:
Q=n . e

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. 118
Geralmente quando um corpo qualquer apresenta o número de prótons igual ao de elétrons dizemos
que esse corpo está eletricamente neutro, ou seja, o corpo possui carga total igual a zero. Portanto,
quando o corpo apresenta número de prótons diferente do número de elétrons, dizemos que o corpo se
encontra eletrizado, ou seja, o corpo apresenta carga elétrica diferente de zero.
Dessa forma, um corpo estará eletrizado quando perde ou recebe elétrons.

Corpo neutro np=ne


Corpo positivo npne Cedeu elétrons
Corpo negativo np ne Recebeu elétrons

ELETRIZAÇÃO
Eletrizar um corpo significa basicamente tornar diferente o número de prótons e de elétrons
(adicionando ou reduzindo o número de elétrons).
A eletrostática é basicamente descrita por dois princípios, o da atração e repulsão de cargas conforme
seu sinal (sinais iguais se repelem e sinais contrários se atraem) e a conservação de cargas elétricas, a
qual assegura que em um sistema isolado, a soma de todas as cargas existentes será sempre constante,
ou seja, não há perdas.

Corpo eletrizado positivamente


Quando um corpo possui uma maior quantidade de cargas positivas, dizemos que perdeu elétrons, e
por isso está eletrizado positivamente. Obs.: Um corpo nunca ganha prótons, porque está localizado na
parte central do núcleo do átomo.

Corpo eletrizado negativamente


É quando um corpo possui mais cargas negativas que positivas, ou seja, quando ganha elétrons.

Atração dos corpos


Quando partículas estão eletrizadas com cargas de sinais contrários, se atraem.

Repulsão dos corpos


Quando partículas estão eletrizadas com cargas de sinais iguais, se repelem.

Processos de Eletrização

Eletrização por atrito


Quando dois corpos inicialmente neutros são atritados, se eletrizam e, em virtude do atrito ocasionado,
um corpo ficará com carga positiva e o outro com carga negativa.

Processo de eletrização por atrito ente o vidro e a lã

Eletrização por contato


Quando dois corpos (um eletrizado e outro inicialmente neutro) entram em contato, o corpo neutro fica
com a mesma carga do eletrizado.

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. 119
Processo de Eletrização por contato

Por exemplo:
Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo neutro . Qual
é a carga em cada um deles após serem separados.

Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo condutor B com
carga , após serem separados os dois o corpo A é posto em contato com um terceiro corpo
condutor C de carga qual é a carga em cada um após serem separados?

Ou seja, neste momento:

Após o segundo contato, tem-se:

E neste momento:

Ou seja, a carga após os contados no corpo A será +1C, no corpo B será -2C e no corpo C será +1C.
Um corpo eletrizado em contato com a terra será neutralizado, pois se ele tiver falta de elétrons, estes
serão doados pela terra e se tiver excesso de elétrons, estes serão descarregados na terra.

Eletrização por indução


É quando a eletrização de um corpo inicialmente neutro (induzido) acontece por simples aproximação
de um corpo carregado (indutor), sem que haja contato entre os corpos. O induzido deve estar ligado a
Terra ou a um corpo maior que possa lhe fornecer elétrons ou que dele os receba num fluxo provocado
pela presença do indutor.

Processo de eletrização por indução

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. 120
PONTE DE WHEATSTONE
A ponte de Wheatstone é um circuito elétrico utilizado para medir uma resistência desconhecida,
normalmente com valor próximo às outras resistências do circuito. Pode ser utilizado também para se
medir duas resistências que variam de maneira espelhada, enquanto uma aumenta seu valor, a outra
diminui o seu valor de forma proporcional.
O circuito de uma ponte de Wheatstone é mostrado na figura 1. O dispositivo sensor de equilíbrio pode
ser um galvanômetro se a ponte for alimentada por tensão contínua. No entanto, a ponte pode ser
alimentada por um sinal de áudio caso em que o dispositivo sensor pode ser um fone de ouvido de alta
impedância ou ainda um transdutor piezoelétrico.

Figura 1 – O circuito básico da ponte.

Quando utilizada para medidas de resistências, uma das resistências é desconhecidas (R4 = Rx, por
exemplo) e outra é variável para encontrar o ponto de equilíbrio da ponte (R3 por exemplo)

Formula 1
Quando no equilíbrio:

R4 = (R1/R2) * R3

Onde: R1, R2, R3, R4 são as resistências nos braços da ponte em ohms (?)

Exemplo de Aplicação:
Qual é o valor de R4 na ponte mostrada na figura 1 quando na condição de equilíbrio é encontrada
sendo R1 = 100 ohms, R2 =200 ohms e R3 = 300 ohms?

Dados: R1 = 100 ohms


R2 = 200 ohms
R3 = 300 ohms
R4 = ?

Usando a fórmula 1:

R4 = (100/200) * 300
R4 = 150 ohms

LEI DE BIOT-SAVART
A Lei de Biot-Savart relaciona campo magnético com a corrente que a gera. Isso ocorre de maneira
semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o geram. Encontrar o campo
magnético resultante de uma corrente envolve o produto vetorial e é inerente a um problema de cálculo
quando a distância de uma corrente para um ponto está constantemente em movimento.
Isso ocorre de maneira semelhante à Lei de Coulomb, que relaciona campo elétrico às cargas que o
geram.

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. 121
Na figura acima temos uma carga q positiva que se move com uma velocidade v. Vamos agora
considerar o plano determinado por v e P: através da regra da mão direita podemos determinar o campo
magnético (B), produzido pela carga em um ponto P a uma distância r dela. Pela figura, podemos ver que
o campo é perpendicular ao plano. Dessa forma, podemos achar o módulo do campo magnético (B)
através da equação:

LEI DE COULOMB
Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração e
repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são atraídas e com
sinais iguais são repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual, independente do sentido
para onde o vetor que as descreve aponta.
O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre cargas
puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que as separa. Ou seja:

Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerarmos uma constante k, que
depende do meio onde as cargas são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando esta
interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:

Então podemos escrever a equação da lei de Coulomb como:

Onde: F → é a força elétrica entre as cargas k → é a constante eletrostática no vácuo (ko = 9 x


109 N.m2/C2)
Q → carga elétrica
d → distância

Unidades no SI:
Cargas Q1 e Q2 – coulomb (C)
Distância d – metro (m)
Força elétrica F – newton (N)
Constante eletrostática k – N.m2/C2
Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o produto de suas cargas,
ou seja:

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. 122
CAMPO ELETRICO
O campo elétrico é o campo de força provocado pela ação de cargas elétricas, (elétrons, prótons ou
íons) ou por um sistemas delas. Cargas elétricas num campo elétrico estão sujeitas e provocam forças
elétricas.
A fórmula usada para se calcular a intensidade do vetor campo elétrico (E) é dada pela relação entre
a força elétrica (F) e a carga de prova (q):

E as unidades de campo elétrico se dão em:

Vale notar que um campo elétrico só pode ser detectado a partir da interação do mesmo com uma
carga de prova. Caso não haja interação com a carga, podemos dizer que o campo não existe naquele
local.
Quando o campo elétrico é criado em uma carga positiva ele, por convenção, terá um sentido de
afastamento

Quando o campo elétrico é criado em uma carga negativa ele, por convenção, terá um sentido de
aproximação.

A direção do campo elétrico é a mesma da força elétrica; seu sentido dependerá do sinal da carga
q0:
• q0 > 0, o sentido do campo é o mesmo da força;
• q0< 0, o sentido do campo é contrário ao da força

POTENCIAL ELÉTRICO
Potencial elétrico é uma grandeza escalar que mede a energia potencial elétrica por unidade de carga
de prova, ou seja, é a constante de proporcionalidade na razão entre energia potencial elétrica e carga
de prova.
De forma análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser descrito como o quociente entre a energia
potencial elétrica e a carga de prova q. Ou seja:
Logo:

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. 123
A unidade adotada, no SI para o potencial elétrico é o volt (V), em homenagem ao físico italiano
Alessandro Volta, e a unidade designa Joule por coulomb (J/C).
Quando existe mais de uma partícula eletrizada gerando campos elétricos, em um ponto P que está
sujeito a todas estes campos, o potencial elétrico é igual à soma de todos os potenciais criados por cada
carga, ou seja:

Uma maneira muito utilizada para se representar potenciais é através de equipotenciais, que são linhas
ou superfícies perpendiculares às linhas de força, ou seja, linhas que representam um mesmo potencial.

Trabalho de uma força elétrica


O trabalho que uma carga elétrica realiza é análogo ao trabalho realizado pelas outras energias
potenciais usadas no estudo de mecânica, ou seja:
Se imaginarmos dois pontos em um campo elétrico, cada um deles terá energia potencial dada por:

Sendo o trabalho realizado entre os dois pontos:

Mas sabemos que, quando a força considerada é a eletrostática, então:

Considere dois pontos de um campo elétrico, A e B, cada um com um posto a uma distância diferente
da carga geradora, ou seja, com potenciais diferentes. Se quisermos saber a diferença de potenciais entre
os dois devemos considerar a distância entre cada um deles. Dessa maneira, teremos que sua tensão
ou d.d.p (diferença de potencial) será expressa por U e calculada por:

Exemplo:
Uma partícula com carga q = 2. 10-7 C se desloca do ponto A ao ponto B, que se localizam numa
região em que existe um campo elétrico. Durante esse deslocamento, a força elétrica realiza um trabalho
igual a 4. 10-3 J sobre a partícula. Determine a diferença de potencial VA – VB entre os dois pontos
considerados.
Como o trabalho realizado pela força elétrica no deslocamento é igual à carga vezes a diferença de
potencial, assim temos:

Como o exercício pede a diferença de potencial e nos fornece outros dados, temos:

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. 124
Questões

01. Um corpo condutor inicialmente neutro perde 5,0.1013 elétrons . Considerando a carga elementar
e=1,6.10-19 C , qual será a carga elétrica no corpo após esta perda de elétrons?

02. Um corpo possui 5,0.1019 e 4,0.1019 . Considerando a carga elementar e=1,6.10-19 C, qual a carga
deste corpo?

03. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora
a jato de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas gotas de tinta, que podem ser eletricamente
neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas defletoras da
impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar as
letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após
atravessar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel. (O campo elétrico uniforme está
representado por apenas uma linha de força.)

Pelos desvios sofridos, pode-se dizer que a gota 1, a 2 e a 3 estão, respectivamente:


(A) carregada negativamente, neutra e carregada positivamente
(B) neutra, carregada positivamente e carregada negativamente
(C) carregada positivamente, neutra e carregada negativamente
(D) carregada positivamente, carregada negativamente
(E) neutra

04. (UNI-RIO) Três esferas idênticas, muito leves, estão penduradas por fios perfeitamente isolantes,
num ambiente seco, conforme mostra a figura. Num determinado instante, a esfera A (QA =20µ C) toca
a esfera B (QB=- 2 µC); após alguns instantes, afasta-se e toca na esfera C (QC=- 6 µC), retornando à
posição inicial.

Após os contatos descritos, as cargas das esferas A, B e C são, respectivamente, iguais a (em C):
(A) QA= 1,5 QB= 9,0 QC= 1,5
(B) QA= 1,5 QB= 11 QC = 9,0
(C) QA= 2,0 QB= -2,0 QC = -6,0
(D) QA= 9,0 QB= 9,0 QC= 9,0
(E) QA= 9,0 QB= 9,0 QC = 1,5

05. (Efoa-MG) Um sistema é constituído por um corpo de massa M, carregado positivamente com
carga Q, e por outro corpo de massa M, carregado negativamente com carga Q. Em relação a este
sistema pode-se dizer que:
(A) sua carga total é -Q e sua massa total é 2M
(B) sua carga total é nula e sua massa total é 2M
(C) sua carga total é +2Q e sua massa total é 2M
(D) sua carga total é +Q e sua massa total é nula
(E) sua carga total é nula e sua massa total é nula

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. 125
Respostas
01. Resposta:

02. Resposta:
Primeiramente verificamos que o corpo possui maior número de prótons do que de elétrons, portanto
o corpo está eletrizado positivamente, com carga equivalente à diferença entre a quantidade de prótons
e elétrons.
Essa carga é calculada por:

03. Resposta: C.
A gota 1 desvia-se no sentido do campo E. Logo, ela é positiva. A gota 2 não sofre desvio. Logo, ela é
neutra. A gota 3 desvia-se no sentido contrário de E. Logo, ela é negativa.

04. Resposta: A.

05. Resposta: B.
A carga total do sistema é +Q - Q =0
A massa total do sistema é M + M=2M

ELETROMAGNETISMO

ÍMÃS E MAGNETOS
Um ímã é definido com um objeto capaz de provocar um campo magnético à sua volta e pode ser
natural ou artificial.
Um ímã natural é feito de minerais com substâncias magnéticas, como por exemplo, a magnetita, e
um ímã artificial é feito de um material sem propriedades magnéticas, mas que pode adquirir permanente
ou instantaneamente características de um ímã natural.
Os ímãs artificiais também são subdivididos em: permanentes, temporais ou eletroímãs.
Um ímã permanente é feito de material capaz de manter as propriedades magnéticas mesmo após
cessar o processo de imantação, estes materiais são chamados ferromagnéticos.
Um ímã temporal tem propriedades magnéticas apenas enquanto se encontra sob ação de outro
campo magnético, os materiais que possibilitam este tipo de processo são chamados paramagnéticos.
Um eletroímã é um dispositivo composto de um condutor por onde circula corrente elétrica e um núcleo,
normalmente de ferro. Suas características dependem da passagem de corrente pelo condutor; ao cessar
a passagem de corrente cessa também a existência do campo magnético.

Polos magnéticos
São as regiões onde se intensificam as ações magnéticas. Um ímã é composto por dois polos
magnéticos, norte e sul, normalmente localizados em suas extremidades, exceto quando estas não
existirem, como em um ímã em forma de disco, por exemplo. Por esta razão são chamados dipolos
magnéticos.
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. 126
Para que sejam determinados estes polos, se deve suspender o ímã pelo centro de massa e ele se
alinhará aproximadamente ao polo norte e sul geográfico recebendo nomenclatura equivalente. Desta
forma, o polo norte magnético deve apontar para o polo norte geográfico e o polo sul magnético para o
polo sul geográfico.
Ao pegarmos dois ímãs e ao aproximarmos eles uns dos outros, eles podem atrair-se ou repelir-se. O
fenômeno do atração ocorre quando aproximamos dois ímãs e eles se unem devido a eles possuem polos
de nomes diferentes, ou seja, os polos magnéticos de nomes diferentes se atraem, sendo que estes
"nomes" são os polos norte ou sul. Já o fenômeno da repulsão acontece quando aproximamos dois ímãs
com polos magnéticos de nomes iguais, ou seja polos magnéticos de mesmo nome se repelem.

Imagem7

CAMPO MAGNÉTICO
Um campo magnético é criado pela influência das correntes elétricas que estão em movimento e pelos
ímãs. Inicialmente, o magnetismo era associado apenas aos ímãs, porém com o passar dos tempos
estudiosos começaram a criar teorias sobre o assunto. James Maxwell criou a teoria do
eletromagnetismo, onde conseguiu identificar as causas da atração dos ímãs e também das correntes
elétricas, após essas descobertas ele uniu a eletricidade com o magnetismo.

As linhas de indução existem também no interior do ímã, portanto são linhas fechadas e sua orientação
interna é do polo sul ao polo norte. Assim como as linhas de força, as linhas de indução não podem se
cruzar e são mais densas onde o campo é mais intenso.

CORRENTES GERANDO CAMPOS MAGNÉTICOS (FIOS E BOBINAS)


Um simples rolo de fios encontra diversos usos na eletrônica, desde o seus mais antigos
desdobramentos. A sua aplicação mais evidente é a de produzir magnetismo, tornando-se a bobina num

7
extraída de GUALTER; NEWTON; HELOU, Física, Vol.3, 1ªEd. São Paulo, Ed. Saraiva, 2010

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. 127
ímã elétrico ou eletroímã. Bobinas são empregadas assim, como indutor, ou seja, um dispositivo elétrico
passivo que tem como utilidade armazenar energia em forma de um campo magnético.
Seu funcionamento parte do princípio de que, quando a corrente elétrica passa num enrolamento de
fios, gera-se um campo magnético e, inversamente, quando se interrompe um campo magnético, gera-
se eletricidade em qualquer enrolamento de fio dentro das linhas de força do campo magnético. Devido
ao fato de que o campo magnético ao redor de um fio ser circular e perpendicular a este, uma maneira
fácil de amplificar o campo magnético produzido é enrolar o fio como uma bobina
Sua potência depende ainda da espessura e da quantidade de fio utilizado em sua composição. Em
fios de maior espessura, a corrente elétrica fluirá melhor, o mesmo ocorrendo em um conjunto de fio mais
extenso, isso é claro, dependendo da potência que se deseja conseguir. No entanto, para as pequenas
correntes usadas nos casos habituais, o magnetismo produzido pode ser muito fraco. A solução mais
comum para reforçar a potência da bobina é introduzir um peça de ferro macio em seu interior.

EFEITOS DE UM CAMPO MAGNÉTICO SOBRE CARGA


Como os elétrons e prótons possuem características magnéticas, ao serem expostos à campos
magnéticos, interagem com este, sendo submetidos a uma força magnética .
Supondo: campos magnéticos estacionários, ou seja, que o vetor campo magnético em cada ponto
não varia com o tempo; partículas com uma velocidade inicial no momento da interação; e que o vetor
campo magnético no referencial adotado é ; Podemos estabelecer pelo menos três resultados:

Carga elétrica em repouso


"Um campo magnético estacionário não interage com cargas em repouso."
Tendo um Ímã posto sobre um referencial arbitrário R, se uma partícula com carga q for abandonada
em sua vizinhança com velocidade nula não será observado o surgimento de força magnética sobre esta
partícula, sendo ela positiva, negativa ou neutra.

Carga elétrica com velocidade na mesma direção do campo


"Um campo magnético estacionário não interage com cargas que tem velocidade não nula na mesma
direção do campo magnético."
Sempre que uma carga se movimenta na mesma direção do campo magnético, sendo no seu sentido
ou contrário, não há aparecimento de força eletromagnética que atue sobre ela. Um exemplo deste
movimento é uma carga que se movimenta entre os polos de um Ímã. A validade desta afirmação é
assegurada independentemente do sinal da carga estudada.

Carga elétrica com velocidade em direção diferente do campo elétrico


Quando uma carga é abandonada nas proximidades de um campo magnético estacionário com
velocidade em direção diferente do campo, este interage com ela. Então esta força será dada pelo produto
entre os dois vetores, e e resultará em um terceiro vetor perpendicular a ambos, este é chamado
um produto vetorial e é uma operação vetorial que não é vista no ensino médio.
Mas podemos dividir este estudo para um caso peculiar onde a carga se move em direção
perpendicular ao campo, e outro onde a direção do movimento é qualquer, exceto igual à do campo.

Carga com movimento perpendicular ao campo


Experimentalmente pode-se observar que se aproximarmos um ímã de cargas elétricas com
movimento perpendicular ao campo magnético, este movimento será desviado de forma perpendicular ao
campo e à velocidade, ou seja, para cima ou para baixo. Este será o sentido do vetor força magnética.
Para cargas positivas este desvio acontece para cima:

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. 128
E para cargas negativas para baixo.

A intensidade de será dada pelo produto vetorial , que para o caso particular onde e
são perpendiculares é calculado por:

A unidade adotada para a intensidade do Campo magnético é o tesla (T), que denomina , em
homenagem ao físico iugoslavo Nikola Tesla.
Consequentemente a força será calculada por:

Medida em newtons (N)

Carga movimentando-se com direção arbitrária em relação ao campo


Como citado anteriormente, o caso onde a carga tem movimento perpendicular ao campo é apenas
uma peculiaridade de interação entre carga e campo magnético. Para os demais casos a direção do
vetor será perpendicular ao vetor campo magnético e ao vetor velocidade .

Para o cálculo da intensidade do campo magnético se considera apenas o componente da velocidade


perpendicular ao campo, ou seja, , sendo o ângulo formado entre e então substituindo vpor
sua componente perpendicular teremos:

Aplicando esta lei para os demais casos que vimos anteriormente, veremos que:
se v = 0, então F = 0
se = 0° ou 180°, então sen = 0, portanto F = 0
se = 90°, então sen = 1, portanto .

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. 129
Regra da mão direita
Um método usado para se determinar o sentido do vetor é a chamada regra da mão direita
espalmada. Com a mão aberta, se aponta o polegar no sentido do vetor velocidade e os demais dedos
na direção do vetor campo magnético.
Para cargas positivas, vetor terá a direção de uma linha que atravessa a mão, e seu sentido será
o de um vetor que sai da palma da mão.
Para cargas negativas, vetor terá a direção de uma linha que atravessa a mão, e seu sentido será
o de um vetor que sai do dorso da mão, isto é, o vetor que entra na palma da mão.

A intensidade do campo magnético gerado ao redor do fio condutor retilíneo é dada pela seguinte
equação:

Onde μ é a grandeza física que caracteriza o meio no qual o fio condutor está imerso. Essa grandeza
é chamada de permeabilidade magnética do meio. A unidade de μ, no SI, é T.m/A (tesla x
metro/ampere). Para o vácuo, a permeabilidade magnética (μo) vale, por definição:

μo = 4π.10-7T.m/A

Vejamos um exemplo:
Suponha que temos um fio percorrido por uma corrente de intensidade igual a 5 A. Determine o campo
magnético de um ponto situado a 2 cm do fio.
Calculamos o campo através da equação acima, portanto, temos que as grandezas envolvidas no
exemplo são: i = 5 A, R = 2 cm = 2 x 10-2 m. Calculemos.

EFEITO HALL
Em 1879, durante experiências feitas para se medir diretamente o sinal dos portadores de carga em
um condutor Edwin H. Hall percebeu um fenômeno peculiar.
Na época já se sabia que quando o fio percorrido por corrente elétrica era exposto a um campo
magnético as cargas presentes neste condutor eram submetidos a uma força que fazia com que seu
movimento fosse alterado.
No entanto, o que Edwin Hall descreveu foi o surgimento de regiões com carga negativa e outras com
carga positiva no condutor, criando um campo magnético perpendicular ao campo gerado pela corrente
principal.
O efeito Hall permite a obtenção de dois resultados importantes. Em primeiro lugar, é possível
determinar o sinal da carga dos portadores, bastando medir a diferença de potencial entre as superfícies

superior e inferior. Em segundo lugar, a eq. fornece o valor da densidade de portadores.


Esses dois resultados são de extrema importância na indústria eletrônica, pois permite a fabricação de
dispositivos que dependem do tipo (elétrons ou lacunas) e da quantidade de portadores.

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. 130
MODELO MICROSCÓPICO PARA ÍMAS E PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS
Existem dois modelos diferentes para ímãs: os polos magnéticos e correntes atômicas.
Embora para muitos propósitos, é conveniente pensar em um ímã como tendo norte distinta e polos
magnéticos sul, o conceito de polos não deve ser tomado literalmente: é

O campo de um ímã de barra cilíndrica calculado com modelo de Ampère.


Apenas uma maneira de se referir às duas extremidades diferentes de um ímã. O imã não tem norte
ou sul partículas distintas em lados opostos. Se um ímã de barra é dividido em duas partes, em uma
tentativa de separar os polos norte e sul, o resultado será dois ímãs de barra, cada um dos quais tem
tanto um polo norte e sul. No entanto, uma versão da abordagem magnético polos é usado por
magneticians profissionais para projetar ímãs permanentes.
Nesta abordagem, a divergência da magnetização ∇ • M dentro de um ímã e da superfície normal
componente M • n são tratados como uma distribuição de monopolos magnéticos. Esta é uma
conveniência matemática e não implica que há realmente monopolos no ímã. Se a distribuição de polos
magnéticos é conhecido, então o modelo de polo dá o campo magnético H . Fora o íman, o campo B é
proporcional à H , enquanto que no interior da magnetização devem ser adicionados a H . Uma extensão
deste método que permite cargas magnéticas internas é usada em teorias de ferromagnetismo.
Outro modelo é o Ampère modelo, onde todos magnetização é devido ao efeito de microscópicos, ou
atómicas, circulares correntes ligadas, também chamados correntes Ampèrian, em todo o material. Para
uma barra magnética cilíndrica uniformemente magnetizado, o efeito líquido de as correntes
microscópicas ligado é fazer com que os ímãs se comportam como se há uma folha macroscópica
da corrente eléctrica que flui ao redor da superfície, com a direção de fluxo local normal ao eixo do
cilindro. Correntes microscópicas em átomos no interior do material são geralmente cancelado por
correntes em átomos vizinhos, por isso, apenas a superfície faz uma contribuição líquida; raspar a camada
exterior de um ímã não destruir o seu campo magnético, mas vai deixar uma nova superfície de correntes
não cancelados a partir das correntes circulares em todo o material. A regra da mão direita indica a direção
que o fluxo de corrente.

Propriedades magnéticas dos materiais


Os materiais podem ser classificados, de acordo com as suas propriedades magnéticas, em três tipos:
ferromagnéticos, diamagnéticos e paramagnéticos.
O magnetismo é uma propriedade dos átomos que tem origem em sua estrutura atômica. É resultado
da combinação do momento angular orbital e do momento angular de spin do elétron. A forma como
ocorre a combinação entre esses momentos angulares determina como o material irá se comportar na
presença de outro campo magnético. É de acordo com esse comportamento que as propriedades
magnéticas dos materiais são definidas. Elas podem ser classificadas em três tipos: diamagnéticos,
paramagnéticos e ferromagnéticos.
- Diamagnéticos: São materiais que, se colocados na presença de um campo magnético externo,
estabelecem em seus átomos um campo magnético em sentido contrário ao que foi submetido, mas que
desaparece assim que o campo externo é removido. Em razão desse comportamento, esse tipo de
material não é atraído por imãs. São exemplos: mercúrio, ouro, bismuto, chumbo, prata etc.
- Paramagnéticos: Pertencem a esse grupo os materiais que possuem elétrons desemparelhados,
que, ao serem submetidos a um campo magnético externo, ficam alinhados no mesmo sentido do campo
ao qual foram submetidos, que desaparece assim que o campo externo é retirado. São objetos fracamente
atraídos pelos imãs, como: alumínio, sódio, magnésio, cálcio etc.
- Ferromagnéticos: quando esses materiais são submetidos a um campo magnético externo,
adquirem campo magnético no mesmo sentido do campo ao qual foram submetidos, que permanece
quando o material é removido. É como se possuíssem uma memória magnética. Eles são fortemente
atraídos pelos imãs, e esse comportamento é observado em poucas substâncias, entre elas estão: ferro,
níquel, cobalto e alguns de seus compostos.

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. 131
Questões

01. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONAUTICA) Um imã em formato de


barra, como o da figura I, foi seccionado em duas partes, como mostra a figura II.

Sem alterar a posição do imã, após a secção, cada pedaço formado terá a configuração:

(A)

(B)

(C)

(D)

02(PUC-RS) Três barra, PQ, RS e TU, são aparentemente idênticas.


Verifica-se experimentalmente que P atrai S e repele T; Q repele U e atrai S. Então, é possível
concluir que:

(A) PQ e TU são ímãs


(B) PQ e RS são imãs
(C) RS e TU são imãs
(D) as três são imãs
(E) somente PQ é imã

03(ITA-SP) Um pedaço de ferro é posto nas proximidades de um ímã, conforme o esquema abaixo.
Qual é a única afirmação correta relativa à situação em apreço?

(A) é o imã que atrai o ferro


(B) é o ferro que atrai o ímã
(C) a atração do ferro pelo ímã é mais intensa do que a atração do ímã pelo fero
(D) a atração do ímã pelo ferro é mais intensa do que a atração do ferro pelo ímã
(E) a atração do ferro pelo ímã é igual à atração do ímã pelo ferro

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. 132
04. (Cesgranrio-RJ) a bússola representada na figura repousa sobre a sua mesa de trabalho. O
retângulo tracejado representa a posição em que você vai colocar um ímã, com os polos respectivos
nas posições indicadas. Em presença do ímã, a agulha da bússola permanecerá como em:

05.Um elétron num tubo de TV está se movendo a ´ 7.2×106m/s num campo magnético de
intensidade 83 mT.
(a)Sem conhecermos a direção do campo, quais são o maior e o menor modulo da força que o
elétron pode sentir devido a este campo?
(b) Num certo ponto a aceleração do elétron ´ e´ 4.9×1014 m/s2. Qual e o ângulo entre a velocidade
do elétron e o campo magnético?

Respostas

01. Resposta: C.
Sempre que separarmos ímãs, ficará Norte e Sul no mesmo ímã.

02. Resposta: A

03. Resposta: E

04. Resposta: B

05. Resposta:
(a) As forças máxima e mínima ocorrem para ϕ =90º e ϕ = 0o , respectivamente. Portanto
Fmax = qvB sen 90o
= (1.6 × 10−19)(7.2 × 106)(83 × 10−3)= 9.56 × 10−14 N.
Fmin = qvB sen 0o= 0 N.

(b) Como a = F/me = (qvB sen θ)/me temos que:

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. 133
FORÇA MAGNÉTICA

São quatro as características da força magnética que atuam sobre uma carga em movimento. Em
primeiro lugar, seu módulo é proporcional ao módulo da carga. Se uma carga de 1 C se move com a
mesma velocidade de uma carga de 2 C no interior de um campo magnético, a força magnética sobre a
carga de 2 C é duas vezes maior do que a força magnética que atua sobre a carga de 1 C. Em segundo
lugar, o módulo da força também é proporcional ao módulo, ou ‘intensidade’, do campo; se dobrarmos o
valor do módulo do campo (por exemplo, usando dois ímãs idênticos em vez de um) sem alterar o valor
da carga ou de sua velocidade, a força dobra. A terceira característica é que a força magnética também
depende da velocidade da partícula. Esse comportamento é bastante diferente da força elétrica, que é
sempre a mesma, independentemente de a carga estar em repouso ou em movimento. A quarta é que a
força magnética não possui a mesma direção do campo magnético 𝐵 ⃗⃗ porém atua sempre em uma direção
simultaneamente perpendicular à direção de 𝐵 ⃗⃗ e à direção da velocidade 𝑣⃗. Verifica-se que o módulo 𝐹⃗
da força é proporcional ao componente da velocidade 𝑣⃗ perpendicular ao campo; quando esse
componente for nulo (ou seja, quando 𝑣 ⃗⃗ forem paralelos ou antiparalelos), a força magnética será
⃗⃗⃗⃗e 𝐵
igual a zero.
Força Magnética (Força de Lorentz) sobre Carga Lançada em Campo Magnético
Quando uma carga puntiforme positiva q penetra com velocidade numa região do espaço onde existe
um campo magnético caracterizado pelo vetor indução magnética, fica sujeita à ação de uma força que
atua lateralmente na carga, chamada força magnética 𝐹⃗ ou força magnética de Lorentz, como mostra a
figura.

Essa força magnética 𝐹⃗ tem:


Intensidade: proporcional à velocidade e à carga q, ou seja, sua intensidade pode ser determinada por:

Direção: perpendicular ao plano determinado pelos vetores 𝐵⃗⃗ e 𝑣


⃗⃗⃗⃗
Sentido: determinado pela "regra da mão esquerda" ou pela do "tapa".
Regra da mão esquerda: colocando o dedo indicador no sentido do vetor indução magnética e o dedo
médio no sentido da velocidade, o polegar determina o sentido da força 𝐹⃗ .

Regra do tapa: Na figura, posicionamos a mão direita para determinar o sentido da força magnética
sobre uma carga. Você deve orientar o polegar no sentido da velocidade da carga e os demais dedos
devem ficar estendidos no sentido do campo magnético. Feito isso, a palma da mão fica virada para cima,
como mostrado. O sentido da força magnética atuante na carga é obtido por meio de um tapa dado pela

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. 134
palma da mão, se a carga for positiva. Para as cargas negativas, o tapa deverá ser dado com as costas
da mão.
Colocando o polegar no sentido da velocidade e os outros dedos no sentido do vetor indução
magnética, a força magnética tem o sentido de um tapa dado com a palma da mão.

Essa discussão mostra que a força sobre uma carga q que se desloca com velocidade em um
campo magnético possui módulo, direção e sentido dados por
Observação – Quando a carga q for negativa, o sentido da força magnética será oposto ao que seria
se a carga fosse positiva, conforme a figura a seguir, permanecendo inalteradas a direção e a intensidade,
qualquer que seja a regra utilizada.

Força magnética sobre um fio


A força magnética que age no fio condutor percorrido por uma corrente elétrica terá direção
perpendicular (a) ao plano que contém o fio considerado e (b) ao campo magnético.
Como todos os elétrons livres têm carga (que pela suposição adotada se comporta como se esta fosse
positiva), quando o fio condutor é exposto a um campo magnético uniforme, cada elétron sofrerá ação de
uma força magnética.
Sempre que uma carga é posta sobre influência de um campo magnético, esta sofre uma interação
que pode alterar seu movimento. Se o campo magnético em questão for uniforme, vimos que haverá uma
força agindo sobre a carga com intensidade, onde é o ângulo formado no plano entre os vetores
velocidade e campo magnético. A direção e sentido do vetor serão dadas pela regra da mão direita
espalmada.

Se imaginarmos um fio condutor percorrido por corrente, haverá elétrons livres se movimentando por
sua secção transversal com uma velocidade. No entanto, o sentido adotado para o vetor velocidade, neste
caso, é o sentido real da corrente (tem o mesmo sentido da corrente). Para facilitar a compreensão pode-
se imaginar que os elétrons livres são cargas positivas.
Mas se considerarmos um pequeno pedaço do fio ao invés de apenas um elétron, podemos dizer que
a interação continuará sendo regida por , onde Q é a carga total no segmento do fio,
mas como temos um comprimento percorrido por cada elétron em um determinado intervalo de tempo,
então podemos escrever a velocidade como:

Ao substituirmos este valor em teremos a força magnética no segmento, expressa pela notação
:

Mas sabemos que indica a intensidade de corrente no fio, então:

Sendo esta expressão chamada de Lei Elementar de Laplace.

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Força magnética sobre uma espira retangular
Da mesma forma como um campo magnético uniforme interage com um condutor retilíneo pode
interagir com um condutor em forma de espira retangular percorrido por corrente.

Quando a corrente passa pelo condutor nos segmentos onde o movimento das cargas são
perpendiculares ao vetor indução magnética há a formação de um "braço de alavanca" entre os dois
segmentos da espira, devido ao surgimento de . Nos segmentos onde o sentido da corrente é paralelo
ao vetor indução magnética não há surgimento de pois a corrente, e por consequência , tem mesma
direção do campo magnético.

Se esta espira tiver condições de girar livremente, a força magnética que é perpendicular ao sentido
da corrente e ao campo magnético causará rotação. À medida que a espira gira a intensidade da força
que atua no sentido vertical, que é responsável pelo giro, diminui, de modo que quando a espira tiver
girado 90° não haverá causando giro, fazendo com que as forças de cada lado do braço de alavanca
entrem em equilíbrio.

No entanto, o movimento da espira continua, devido à inércia, fazendo com que esta avance contra as
forças . Com isso o movimento segue até que as forças o anulem e volta a girar no sentido contrário,
passando a exercer um movimento oscilatório.

Uma forma de se aproveitar este avanço da posição de equilíbrio é inverter o sentido da corrente,
fazendo com que o giro continue no mesmo sentido. Este é o princípio de funcionamento dos motores de
corrente contínua, e a inversão de corrente é obtida através de um anel metálico condutor dividido em
duas partes.
Em uma espira circular plana, as linhas do campo magnético são circunferências perpendiculares ao
seu plano, concêntricas com o condutor. O vetor indução magnética no centro O dessa espira tem
as seguintes características:
Quando ligamos as extremidades ou pontas de um fio condutor temos uma espira. De uma forma geral,
a espira é sempre representada por uma figura plana - como um retângulo, um triângulo, uma elipse ou
um círculo.
No caso da espira circular, o campo magnético associado a ela apresenta as seguintes características
no seu centro:
Direção: perpendicular ao plano da espira.
Sentido: é obtido utilizando-se a Lei de Ampère, regra da mão direita. Aqui, consideramos cada trecho
da espira como se fosse um pedaço de fio reto e longo.
Intensidade: pode ser calculada pela expressão:
- intensidade: a intensidade do vetor no centro da espira é dada pela expressão:

- direção: normal ao plano da espira;


- sentido: dado pela regra da mão direita.

Através da regra da mão direita podemos ver que o vetor B está na vertical.

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As linhas de indução de um ímã saem do polo norte e chegam ao polo sul. Uma espira percorrida por
uma corrente elétrica origina um campo magnético análogo ao do ímã e, então, atribui-se a ela um polo
norte, do qual as linhas saem; e um polo sul, ao qual elas chegam.
Se considerarmos n espiras iguais justapostas, ou seja, uma do lado da outra, de modo que a
espessura do enrolamento seja muito menor que o diâmetro de cada espira, teremos a chamada bobina
chata. A intensidade do vetor indução magnética B no centro O da bobina chata é determinada através
da seguinte equação:

Onde:
B – é o campo magnético no interior da espira (ou bobina)
i – é a corrente elétrica
R – é o raio da espira (ou bobina)
µ – é a permeabilidade magnética
n – é o número de voltas da bobina
Resumindo: Uma espira circular percorrida por uma corrente i, cria em seu centro um campo magnético
retilíneo perpendicular ao seu plano, cuja intensidade é dada pela fórmula acima, a direção é
perpendicular ao plano da espira e o sentido é dada pela regra da mão direita.

Questões
01. (MED - ITAJUBÁ)
I. Uma carga elétrica submetida a um campo magnético sofre sempre a ação de uma força magnética.
II. Uma carga elétrica submetida a um campo elétrico sofre sempre a ação de uma força elétrica.
III. A força magnética que atua sobre uma carga elétrica em movimento dentro de um campo magnético
é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Aponte abaixo a opção correta:
(A) Somente I está correta.
(B) Somente II está correta.
(C) Somente III está correta.
(D) II e III estão corretas.
E) Todas estão corretas.

02. Qual das alternativas abaixo representa o gráfico da intensidade B do campo magnético em um
ponto do plano determinado por ele e um condutor retilíneo longo, percorrido por corrente elétrica, em
função da distância d entre o ponto e o condutor?

03. (PUC) Um elétron num tubo de raios catódicos está se movendo paralelamente ao eixo do tubo
com velocidade 107 m/s. Aplicando-se um campo de indução magnética de 2T, paralelo ao eixo do tubo,
a força magnética que atua sobre o elétron vale:
(A) 3,2 . 10-12N
(B) nula
(C) 1,6 . 10-12 N
(D) 1,6 . 10-26 N
(E) 3,2 . 10-26 N

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04. (PUC RJ) Cientistas creem ter encontrado o tão esperado “bóson de Higgs” em experimentos de
colisão próton-próton com energia inédita de 4 TeV (tera elétron-Volts) no grande colisor de hádrons,
LHC. Os prótons, de massa 1,7x10–27 kg e carga elétrica 1,6x10–19 C, estão praticamente à velocidade da
luz (3x108 m/s) e se mantêm em uma trajetória circular graças ao campo magnético de 8 Tesla,
perpendicular à trajetória dos prótons.
Com estes dados, a força de deflexão magnética sofrida pelos prótons no LHC é em Newton:
(A) 3,8x10–10
(B) 1,3x10–18
(C) 4,1x10–18
(D) 5,1x10–19
(E) 1,9x10–10

05. (OSEC-SP) Uma espira circular de 4 cm de diâmetro é percorrida por uma corrente de 8,0 ampères
(veja figura). Seja mo = 4 π x 10-7 T.m/A. O vetor campo magnético no centro da espira é perpendicular
ao plano da figura e orientado pra:
(A) fora e de intensidade 8,0 π x 10-5 T
(B) dentro e de intensidade 8,0 π x 10-5 T
(C) fora e de intensidade 4,0 π x 10-5 T
(D) dentro e de intensidade 4,0 π x 10-5 T

Respostas
01. Resposta: D.
A afirmação I está incorreta pelo fato de a carga elétrica nem sempre sofrer ação de uma força
magnética. Para uma carga elétrica lançada paralelamente as linhas de campo a força magnética será
nula.
A afirmação II está correta, pois cargas elétricas lançadas em campos elétricos sempre sofrem a ação
de uma força elétrica.
A afirmação III está correta, pois a força magnética é sempre perpendicular à velocidade da carga.
Essa comprovação pode ser realizada através da regra do tapa.

02. Resposta: D.

03. Resposta: B.
Se a direção do deslocamento da carga elétrica for paralela à direção do vetor indução magnética B,
o ângulo θ será tal que sen θ = 0, pois θ = 0º ou θ = 180º, a força magnética será igual a zero. Aplicando
a equação podemos provar:
Fmag=|q|.v.B.sen00
Fmag=0

04. Resposta: A.
Aplicando a equação de força magnética, temos:
FM = q . v . B . senα
FM = 1,6x10–19. 3x108. 8 . sen 90°
FM = 3,84 x 10 – 10 N

05. Resposta: B.
Sendo I igual a 8; R igual a 0,02 metros (Nunca esqueça de transformar de centímetros para metros);
e a constante igual a 4 π x 10-7
B= 4 π x 10-7 x8/2 x 0,02 = 800 π x 10-7 ou 8 π x 10-5.
Usando a regra da mão direita percebemos que o campo é para dentro.

INDUÇÃO MAGNÉTICA

Consiste no surgimento de uma corrente elétrica em virtude da variação do fluxo magnético nas
proximidades de um condutor. Inicialmente se conecta uma espira condutora, desconectada de uma fonte
de tensão, a um amperímetro (aparelho usado para medir corrente elétrica). Em seguida, aproxima-se
dessa espira um imã em forma de barra. O amperímetro, nesse momento, indica a passagem de uma

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corrente elétrica pela espira. Quando o imã é afastado da espira, a corrente aparece novamente, porém,
em sentido contrário. Observe na figura:

Na experiência de Faraday, as linhas de campo magnético do imã geram uma corrente induzida na
espira

A partir desse experimento, é possível chegar às seguintes conclusões:


1. A corrente elétrica somente é observada no caso de haver movimento entre a espira e o imã. Se o
imã ficar em repouso, não surge corrente;
2. Quanto mais rápido o movimento do imã, maior a corrente;
3. O sentido da corrente elétrica dependerá do polo magnético e da direção do imã que está
interagindo com a espira. Se o polo norte do imã é aproximado da espira, a corrente tem sentido
horário; mas quando o polo norte afasta-se da espira, a corrente tem sentido anti-horário. Se o polo sul
do imã é aproximado da espira, a corrente tem sentido anti-horário; caso o polo sul esteja se afastando
do imã, a corrente tem sentido horário.
Denominamos a corrente gerada na espira de corrente induzida. O trabalho executado por unidade de
carga para produzir essa corrente é chamado de força eletromotriz induzida, e o processo utilizado para
produzir a corrente e a força eletromotriz recebe o nome de indução.
O desenvolvimento da teoria da indução eletromagnética foi responsável pelo surgimento de
instrumentos importantíssimos, como o motor elétrico, que serve como base para o funcionamento de
vários aparelhos (liquidificadores, bombeadores de água, ventiladores, motores de geladeira, entre
outros).

Fluxo de indução
Para que se entenda o que é, e como se origina a indução magnética é necessário que definamos
uma grandeza física chamada fluxo de indução magnética. Esta grandeza é vetorial é simbolizada por Φ.
Então podemos escrever o fluxo de indução magnética como o produto do vetor indução magnética
(campo magnético) pela área da superfície A e pelo cosseno do ângulo θ, formado entre e uma linha
perpendicular à superfície, chamada reta normal. Assim:

A unidade adotada para se medir o fluxo de indução magnética pelo SI é o weber (Wb), em

homenagem ao físico alemão Wilhelm Webber, e caracteriza tesla por metro quadrado .
Se o vetor indução magnética e a área são valores constante e apenas o ângulo θ é livre para variar,
então podemos montar um gráfico de Φxθ, onde veremos a variação do fluxo em função da variação de

θ, em uma senoide defasada de (gráfico do cosseno).

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Variação do Fluxo Magnético
Saber apenas calcular o fluxo magnético não resolve nossos problemas de indução, pois para que
esta exista, é necessário que haja variação no fluxo magnético.
Sabendo que o fluxo magnético é calculado por:

Como a equação nos mostra, o fluxo depende de três grandezas, B, A, e θ. Portanto, para que Φ varie
é necessário que pelo menos uma das três grandezas varie.

Variação do fluxo devido à variação do vetor indução magnética


Imagine um tubo capaz de conduzir em seu interior as linhas de indução geradas por um ímã, por
exemplo. Se em um ponto do tubo houver uma redução na área de sua secção transversal, todas as
linhas que passavam por uma área A terão de passar por uma área A', menor que a anterior. A única
forma de todas as linhas de indução passarem, ou seja, de se manter o fluxo, por esta área menor é se
o vetor indução aumentar, o que nos leva a concluir que as linhas de indução devem estar mais próximas
entre si nas partes onde a área é menor. Como as secções transversais no tubo citadas são paralelas
entre si, esta afirmação pode ser expressa por:

Então, se pensarmos em um ímã qualquer, este terá campo magnético mais intenso nas proximidades
de seus polos, já que as linhas de indução são mais concentradas nestes pontos. Portanto, uma forma
de fazer com que Φ varie é aproximar ou afastar a superfície da fonte magnética, variando

Variação do fluxo devido à variação da área


Outra maneira utilizada para se variar Φ é utilizando um campo magnético uniforme e uma superfície
de área A.
Como o campo magnético uniforme é bem delimitado, é possível variar o fluxo de indução magnética
movimentando-se a superfície perpendicularmente ao campo, entre a parte sob e fora de sua influência.
Desta forma, a área efetiva por onde há fluxo magnético varia.

Variação do fluxo devido à variação do ângulo θ


Além das duas formas citadas acima, ainda é possível variar Φ fazendo com que varie o ângulo entre
a reta normal à superfície e o vetor . Uma maneira prática e possivelmente a mais utilizada para se
gerar indução magnética é fazendo com que a superfície por onde o fluxo passa gire, fazendo com
que θ varie.

Toda corrente elétrica induzida é originada devido a uma variação do fluxo magnético de indução.
Não há corrente induzida se não houver variação do fluxo magnético de indução

Indução Eletromagnética
Quando uma área delimitada por um condutor sofre variação de fluxo de indução magnética é criado
entre seus terminais uma força eletromotriz (fem) ou tensão. Se os terminais estiverem ligados a um
aparelho elétrico ou a um medidor de corrente esta força eletromotriz ira gerar uma corrente,
chamada corrente induzida.
Este fenômeno é chamado de indução eletromagnética, pois é causado por um campo magnético e
gera correntes elétricas.
A corrente induzida só existe enquanto há variação do fluxo, chamado fluxo indutor.

Lei de Lenz
Segundo a lei proposta pelo físico russo Heinrich Lenz, a partir de resultados experimentais, a corrente
induzida tem sentido oposto ao sentido da variação do campo magnético que a gera.
- Se houver diminuição do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com o
mesmo sentido do fluxo;

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- Se houver aumento do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com
sentido oposto ao sentido do fluxo.
Se usarmos como exemplo, uma espira posta no plano de uma página e a submetermos a um fluxo
magnético que tem direção perpendicular à página e com sentido de entrada na folha.
- Se for positivo, ou seja, se a fluxo magnético aumentar, a corrente induzida terá sentido anti-
horário;
- Se for negativo, ou seja, se a fluxo magnético diminuir, a corrente induzida terá sentido horário.

Importância desta lei


Tais afirmações nos conduzem a conclusão de que não é possível produzir energia elétrica sem que
seja realizado um trabalho. Isto é bastante evidente, pois pra mudar o movimento de uma carga elétrica
situada em um condutor, cada uma delas tem de receber um impulso, proveniente de uma força aplicada.

Correntes de Foucault
Corrente elétrica induzida no interior de um condutor por meio de um campo magnético variável, ou
ainda, por radiação eletromagnética, e que pode formar pequenos vórtices.
Quando um fluxo magnético varia através de uma superfície sólida, e não apenas delimitada por um
condutor como foi visto em indução eletromagnética, há criação de uma corrente induzida sobre ele como
se toda superfície fosse composta por uma combinação de espiras muito finas justapostas.
Devido à suas dimensões consideráveis, a superfície sofre dissipação de energia por efeito Joule,
causando grande aumento de temperatura, o que torna possível utilizar estas correntes como
aquecedores, por exemplo, em um forno de indução, que têm a passagem de correntes de Foucault como
princípio de funcionamento.
Em circuitos eletrônicos, onde a dissipação por efeito Joule é altamente indesejável, pois pode danificar
seus componentes. É frequente a utilização de materiais laminados ou formados por pequenas placas
isoladas entre si, a fim de diminuir a dissipação de energia.
Uma aplicação prática para as Correntes de Foucault é no freio para teste de motores de
automóveis. Este tipo de freio é constituído por dois discos girando na frente de dois potentes
eletroímãs. Estes últimos são solidários à uma estrutura móvel cujo deslocamento é controlado por um
dispositivo de mola. O motor aciona os dois discos, excita os eletroímãs obtendo-se um fluxo magnético
fixo, que cria nos discos em rotação as correntes de Foulcault.

Lei de Faraday-Neumann
Também chamada de lei da indução magnética, esta lei, elaborada a partir de contribuições de Michael
Faraday, Franz Ernst Neumann e Heinrich Lenz entre 1831 e 1845, quantifica a indução eletromagnética.
A lei de Faraday-Neumann relaciona a força eletromotriz gerada entre os terminais de um condutor
sujeito à variação de fluxo magnético com o módulo da variação do fluxo em função de um intervalo de
tempo em que esta variação acontece, sendo expressa matematicamente por:

O sinal negativo da expressão é uma consequência da Lei de Lenz, que diz que a corrente induzida
tem um sentido que gera um fluxo induzido oposto ao fluxo indutor.

Transformadores
São equipamentos utilizados na transformação de valores de tensão e corrente, além de serem usados
na modificação de impedâncias em circuitos elétricos.
O princípio de funcionamento de um transformador é baseado nas leis de Faraday e Lenz, as leis
do eletromagnetismo e da indução eletromagnética, respectivamente.
Os transformadores de tensão, chamados normalmente de transformadores, são dispositivos capazes
de aumentar ou reduzir valores de tensão.
Um transformador é constituído por um núcleo, feito de um material altamente imantável, e duas
bobinas com número diferente de espiras isoladas entre si, chamadas primário (bobina que recebe a
tensão da rede) e secundário (bobina em que sai a tensão transformada).
O seu funcionamento é baseado na criação de uma corrente induzida no secundário, a partir da
variação de fluxo gerada pelo primário.
A tensão de entrada e de saída são proporcionais ao número de espiras em cada bobina. Sendo:

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Onde:
é a tensão no primário;
é a tensão no secundário;
é o número de espiras do primário;
é o número de espiras do secundário.
Por esta proporcionalidade concluímos que um transformador reduz a tensão se o número de espiras
do secundário for menor que o número de espiras do primário e vice-versa.
Se considerarmos que toda a energia é conservada, a potência no primário deverá ser exatamente
igual à potência no secundário, assim:

Questões

01(Mackenzie-SP) As linhas de indução de um campo magnético são:

(A) o lugar geométrico dos pontos, onde a intensidade do campo magnético é constante
(B) as trajetórias descritas por cargas elétricas num campo magnético
(C) aquelas que em cada ponto tangenciam o vetor indução magnética, orientadas no seu sentido
(D) aquelas que partem do polo norte de um ímã e vão até o infinito
(E) nenhuma das anteriores é correta.

02 (UFMG) A corrente elétrica induzida em uma espira circular será:

(A) nula, quando o fluxo magnético que atravessa a espira for constante
(B) inversamente proporcional à variação do fluxo magnético com o tempo
(C) no mesmo sentido da variação do fluxo magnético
(D) tanto maior quanto maior for a resistência da espira
(E) sempre a mesma, qualquer que seja a resistência da espira.

03.Um campo magnético atua perpendicularmente sobre uma espira circular de raio 10cm, gerando
um fluxo de indução magnética de 1Wb. Qual a intensidade do campo magnético?

04. (UFRN) Um certo detector de metais manual usado em aeroportos consiste de uma bobina e de
um medidor de campo magnético. Na bobina circula uma corrente elétrica que gera um campo magnético
conhecido, chamado campo de referência. Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o
campo magnético registrado no medidor torna-se diferente do campo de referência, acusando, assim, a
presença de algum metal. A explicação para o funcionamento do detector é:

(A) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(B) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.
(C) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto correntes
elétricas que geram um campo magnético total diferente do campo de referência.
(D) A variação do fluxo do campo magnético através do objeto metálico induz nesse objeto uma
densidade não-nula de cargas elétricas que gera um campo magnético total diferente do campo de
referência.

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05. (UFES) Um pequeno corpo imantado está preso à extremidade de uma mola e oscila
verticalmente na região central de uma bobina cujos terminais A e B estão abertos. Devido a oscilação
do imã, aparece entre os terminais A e B da bobina:
(A) uma corrente elétrica constante
(B) uma corrente elétrica variável
(C) uma tensão elétrica constante
(D) uma tensão elétrica variável
(E) uma tensão e uma corrente elétrica, ambas constantes.

Respostas
01. Resposta: C.

02. Resposta: A.
A alternativa A diz que a corrente elétrica será nula se não houver variação do fluxo magnético que
atravessa a espira. Sendo assim, de acordo com a lei de Faraday, se o fluxo magnético através da espira
não variar com o passar do tempo, então, não haverá corrente elétrica induzida na espira. Portanto, a
alternativa A está correta.

03. Resposta: A.
Sendo a área da espira:

Então a intensidade do campo magnético pode ser calculada por:

04. Resposta: A.
Quando o detector é aproximado de um objeto metálico, o fluxo do campo magnético por ele gerado
cria nesse objeto uma fem induzida que, por sua vez, gera uma corrente induzida que origina um campo
magnético total diferente do campo de referência.

05. Resposta: D.
Devido ao movimento do imã haverá uma variação de fluxo magnético que irá originar fem induzida
variável no decorrer do tempo. Como os terminais A e B da bobina estão abertos, a corrente elétrica será
nula, mas entre estes haverá uma tensão variável.

ELETRODINÂMICA

Corrente Elétrica
A corrente elétrica é causada por uma diferença de potencial elétrico (d.d.p./ tensão). E ela é explicada
pelo conceito de campo elétrico, ou seja, ao considerar uma carga A positiva e outra B, negativa, então
há um campo orientado da carga A para B. Ao ligar-se um fio condutor entre as duas os elétrons livres
tendem a se deslocar no sentido da carga positiva, devido ao fato de terem cargas negativas, lembrando
que sinais opostos são atraídos.
Desta forma cria-se uma corrente elétrica no fio, com sentido oposto ao campo elétrico, e este é
chamado sentido real da corrente elétrica. Embora seja convencionado que a corrente tenha o mesmo

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sentido do campo elétrico, o que não altera em nada seus efeitos (com exceção para o fenômeno
chamado Efeito Hall), e este é chamado o sentido convencional da corrente.
Para calcular a intensidade da corrente elétrica (i) na secção transversal de um condutor se considera
o módulo da carga que passa por ele em um intervalo de tempo, ou seja:

Considerando |Q|=n e

Resistência Elétrica
Ao aplicar-se uma tensão U, em um condutor qualquer se estabelece nele uma corrente elétrica de
intensidade i. Para a maior parte dos condutores estas duas grandezas são diretamente proporcionais,
ou seja, conforme uma aumenta o mesmo ocorre à outra.
Desta forma:

A esta constante chama-se resistência elétrica do condutor (R), que depende de fatores como a
natureza do material. Quando esta proporcionalidade é mantida de forma linear, chamamos o condutor
de ôhmico, tendo seu valor dado por:

Sendo R constante, conforme enuncia a 1ª Lei de Ohm: Para condutores ôhmicos a intensidade da
corrente elétrica é diretamente proporcional à tensão (ddp) aplicada em seus terminais.
A resistência elétrica também pode ser caracterizada como a "dificuldade" encontrada para que haja
passagem de corrente elétrica por um condutor submetido a uma determinada tensão. No SI a unidade
adotada para esta grandeza é o ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão Georg Simon Ohm

GERADOR
Gerador é um dispositivo com função de transformar ou transferir energia. Transforma qualquer tipo
de energia em energia elétrica.
Exemplos:
Usina hidrelétrica transforma energia mecânica de uma queda de água em energia elétrica através
de um gerador, que é um dispositivo que transforma energia mecânica em energia elétrica e que possui
um eixo que é movido por uma turbina.
Existem diversos tipos de geradores elétricos, que são caracterizados por seu princípio de
funcionamento, alguns deles são:

Geradores luminosos
São sistemas de geração de energia construídos de modo a transformar energia luminosa em energia
elétrica, como por exemplo, as placas solares feitas de um composto de silício que converte a energia
luminosa do sol em energia elétrica.

Geradores mecânicos
São os geradores mais comuns e com maior capacidade de criação de energia. Transformam energia
mecânica em energia elétrica, principalmente através de magnetismo. É o caso dos geradores
encontrados em usinas hidroelétricas, termoelétricas e termonucleares.
Geradores químicos
São construídos de forma capaz de converter energia potencial química em energia elétrica (contínua
apenas). Este tipo de gerador é muito encontrado como baterias e pilhas.

Geradores térmicos
São aqueles capazes de converter energia térmica em energia elétrica, diretamente.
Quando associados dois, ou mais geradores como pilhas, por exemplo, a tensão e a corrente se
comportam da mesma forma como nas associações de resistores, ou seja:
- Associação em série: corrente nominal e tensão é somada.
- Associação em paralelo: corrente é somada e tensão nominal.

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Sobre os geradores é importante saber que:
O gerador não cria energia elétrica, ele apenas transforma qualquer tipo de energia em energia
elétrica e as fornece às cargas elétricas que o atravessam. Mas, durante a passagem das cargas elétricas
pelo interior do gerador, ocorrem perdas energéticas.

Assim, esquematicamente tem-se:

Onde Pt representa a potência total gerada (recebida de forma não elétrica), Pd a potência dissipada ou
perdida no interior do gerador e Pu a potência fornecida pelo gerador ao meio exterior (potência útil).
Como a energia não se perde nem se cria, apenas se transforma, pelo princípio da conservação da
energia tem-se Pt = Pu + Pd onde, Pt = E.i Pd = r.i2 Pu = U.i Pt =Pu + Pd
E.i = U.i + r.i2 cancelando i U = E – r.i (equação do gerador)

A equação característica de um gerador:


U = E – r.i

Onde: U = tensão elétrica


E = força eletromotriz
r = resistência interna do gerador
i = corrente elétrica do gerador

Quando ligado a qualquer circuito, devido a sua diferença de potencial existente entre os dois pólos, o
gerador então irá ceder energia potencial elétrica para as cargas livres dos elementos do circuito, feito
isso as cargas irão percorrer todos os elementos do circuito criando assim um fluxo de cargas elétricas
que se denomina corrente elétrica.

Força eletromotriz
Chama-se força eletromotriz de um gerador ao quociente da energia que o gerador fornece ao circuito
durante certo tempo pela carga elétrica que atravessa uma secção transversal do circuito durante o
mesmo tempo.
Em geral se representa a força eletromotriz pela letra E (ou e), ou pelas iniciais f.e.m.. Sendo W a
energia que o gerador fornece ao circuito durante o tempo t, e Q a carga elétrica que passa por qualquer
secção transversal durante o mesmo tempo, temos, por definição:
Denomina-se força eletromotriz E (Ɛ) de um gerador ao quociente entre o trabalho (W) realizado no
transporte de uma carga q, contra a força do campo elétrico, e o valor absoluto dessa carga.

Do ponto de vista matemático, o gerador elétrico possui algumas características:

1 – A potência fornecida pelo gerador ao circuito elétrico:


P = U.i

Onde: P = potência fornecida


U = diferença de potencial entre os polos do gerador
i = corrente elétrica

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2 – A potência elétrica dissipada pelo gerador:
Pd = r.i.i
Onde: Pd = potência dissipada pelo gerador
r = resistência interna do gerador
i = corrente elétrica

3 – Potência total fornecida pelo gerador:


Pg = E.i
Onde: Pg = potência total gerada
E = força eletromotriz
i = corrente elétrica

4 – O rendimento do gerador:
N = P/Pg
Onde: N = rendimento, dado em porcentagem
P = potência fornecida
Pg = potência total gerada

Fazendo as substituições de equações, chega-se que o rendimento de um gerador elétrico é dado por:
N = U/E
Onde: U = tensão elétrica
E = força eletromotriz

Polo do gerador
Chamamos polos do gerador aos pontos por onde o gerador é ligado ao circuito externo.
Convencionamos chamar polo positivo ao polo por onde a corrente sai do gerador; negativo ao polo por
onde a corrente entra no gerador.
Esses nomes, polo positivo e polo negativo já eram usados em Eletricidade antes de se descobrir que
nos metais a corrente é constituída por elétrons em movimento. Naquela época os físicos admitiam que
a corrente elétrica fosse constituída de partículas positivas que se deslocassem do polo positivo para o
negativo do gerador. Atualmente sabemos que nos metais acontece exatamente o contrário: a corrente é
formada por elétrons, que são partículas com carga negativa e que se deslocam do polo negativo para o
positivo. Mas apesar de sabermos que esse é o sentido verdadeiro da corrente, ainda hoje adotamos
como convenção que a corrente seja constituída por partículas positivas que se desloquem do polo
positivo para o negativo. Pois, para efeito de raciocínio é indiferente considerar-se uma carga positiva
deslocando-se num sentido ou uma negativa deslocando-se em sentido oposto (

Vale lembrar que: Se ligado a apenas um fio de resistência interna muito pequena, a tensão elétrica
existente tenderá para o valor nulo, logo criará no condutor uma corrente que seria a corrente máxima
que o gerador pode fornecer, essa corrente máxima é denominada como corrente de curto circuito e é
representada por icc.
É por isso que você não deve ligar geradores em apenas condutores de resistência baixas. Isso é
muito perigoso e pode danificar seu gerador e principalmente causar danos a sua saúde!

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. 146
Corrente contínua e alternada

Corrente Contínua
A corrente contínua (CC ou DC, em inglês) é aquela que possui os dois polos, um positivo e outro
negativo. Como possui polos definidos, o sentido dos elétrons se torna definido também, ou seja, partindo
do polo positivo para o negativo por convenção, já que na realidade ocorre o contrário. Podemos encontrá-
la principalmente em pilhas e baterias, geralmente em tensões baixas. Ela não é usada em transmissões
de alta tensão e de grande distância porque como possui um sentido único, exigiria muita força pra
"empurrar" os elétrons. Isso ocasionaria grandes perdas de energia. Quando ela se alterna, fica mais
"leve" pra "empurrar". Observe no desenho abaixo como ela se comporta, e note que, nesse caso, não
há a grandeza da frequência.

Representação gráfica da corrente contínua


Corrente Alternada
A corrente alternada (CA ou AC, em inglês) é aquela que é gerada nas usinas e percorre grandes
distâncias até chegar nas tomadas de nossas casas. A característica dela é que não tem uma polarização,
ou seja, não possui um polo positivo e outro negativo definidos como ocorre na corrente contínua. Por
isso, seu sentido alterna, e seus polos são chamados de fases, porque cada um deles assume as duas
condições (ocorre quando a tensão for 220V, pois há a presença de 2 fases). Ela é usada na transmissão
em longa distância porque não ocorrem perdas de energia. No artigo anterior citado, nós vimos que a
tensão elétrica é a responsável por "empurrar" a corrente elétrica. Na corrente alternada, podemos usar
uma alta tensão para transmitir com velocidade a corrente elétrica sem perder grande energia, por isso
ela é usada pra essa finalidade. Observe no desenho abaixo como se comporta uma fase em corrente
alternada. Note a alternância da característica positiva e negativa.

Representação gráfica da corrente alternada

Resistores
São peças utilizadas em circuitos elétricos que tem como principal função converter energia elétrica
em energia térmica, ou seja, são usados como aquecedores ou como dissipadores de eletricidade.
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso cotidiano são: o filamento de uma lâmpada
incandescente, o aquecedor de um chuveiro elétrico, os filamentos que são aquecidos em uma estufa,
entre outros.
Em circuitos elétricos teóricos costuma-se considerar toda a resistência encontrada proveniente de
resistores, ou seja, são consideradas as ligações entre eles como condutores ideais (que não apresentam
resistência), e utilizam-se as representações:

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Associação de Resistores
Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada associação de
resistores. O comportamento desta associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo seus
possíveis tipos: em série, em paralelo e mista.

Associação em Série
Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:

Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda a
extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor irá variar conforme a resistência
deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:

Esta relação também pode ser obtida pela análise do circuito:

Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:

Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é possível
concluir que a resistência total é:

Ou seja, um modo de se resumir e lembrar-se das propriedades de um circuito em série é:

Tensão (ddp) (U) Se divide


Intensidade da corrente (i) Se conserva
Resistência total (R) Soma algébrica das resistência em cada resistor.

Características da associação série


1- Todos os resistores são ligados um em seguida ao outro.
2- A intensidade total da corrente elétrica i é a mesma em todos os resistores:
i = i1 = i2 = i3
3- A tensão total (U), na associação, é igual à soma das tensões em cada resistor.
U = U1 + U2 + U3
4- A resistência equivalente (Req) é igual à soma das resistências parciais.
Req = R1 + R2 + R3
De fato, se U = U1 + U2 + U3, em que U = Req . i
Assim:
U = U1 + U2 + U3
Req . i = R1 . i + R2 . i + R3 . i
como i = i1 = i2 = i3, então:
Req = R1 + R2 + R3

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Exemplo:
Dois resistores são associados em série conforme o esquema a seguir.

Determine:
a) a resistência equivalente da associação
b) a intensidade da corrente elétrica em cada resistor;
c) a tensão elétrica em cada resistor.

Resolução
a) Como a associação dos resistores é em série, tem-se:
Req = R1 + R2
Req = 2 + 3
Req = 5 W

b) A corrente elétrica total que percorre os resistores é dada por:


U = Req . i
20 = 5 . i
i=4A

c) No resistor R1 tem-se:
U1 = R1 . i1
U1 = 2 . 4
U1 = 8 V

No resistor R2 tem-se:
U2 = R2 . i2
U2 = 3 . 4
U2 = 12 V

ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
A associação em paralelo é caracterizada por ter os resistores ligados pelos seus terminais, em que,
todos possuem uma extremidade ligada em A e a outra extremidade ligada em B.

Características da associação série


1- Os resistores são associados pelos seus terminais.

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2- A tensão total U de toda a associação (entre A e B) é a mesma para todos os resistores:

U = U1 = U2 = U3

3- A corrente total i é a soma das correntes parciais:

i = i1 + i2 + i3

4- O inverso da resistência equivalente (Req) é igual à soma dos inversos das resistências parciais.

De fato, se i = i1 + i2 + i3, em que i = U/R

Exemplo
Qual a resistência equivalente da associação a seguir?

1º. Processo:

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2º. Processo
R1 com R2

EFEITO JOULE
Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente elétrica, ocorre a transformação
de energia elétrica em energia térmica. Este fenômeno é conhecido como Efeito Joule.
Esse fenômeno ocorre devido o encontro dos elétrons da corrente elétrica com as partículas do
condutor. Os elétrons sofrem colisões com átomos do condutor, parte da energia cinética (energia de
movimento) do elétron é transferida para o átomo aumentando seu estado de agitação,
consequentemente sua temperatura. Assim, a energia elétrica é transformada em energia térmica (calor).
O aquecimento no fio pode ser medido pela lei de joule, que é matematicamente expressa por:

Q=i2.R.t
Onde:
i= intensidade da corrente
R= resistência do condutor
t= tempo pelo qual a corrente percorre o condutor

Esta relação é válida desde que a intensidade da corrente seja constante durante o intervalo de tempo
de ocorrência.

Exemplos de onde acontece o Efeito Joule


A descoberta da relação entre eletricidade e calor trouxe ao homem vários benefícios. Muitos
aparelhos que utilizamos no nosso dia-a-dia têm seus funcionamentos baseados no Efeito Joule, alguns
exemplos são:

Lâmpada: um filamento de tungstênio no interior da lâmpada é aquecido com a passagem da corrente


elétrica tornando-se incandescente, emitindo luz.

Chuveiro: um resistor aquece por Efeito Joule a água que o envolve.


São vários os aparelhos que possuem resistores e trabalham por Efeito Joule, como por exemplo, o
secador de cabelo, o ferro elétrico e a torradeira.
Outra aplicação que utiliza esta teoria é a proteção de circuitos elétricos por fusíveis. Os fusíveis são
dispositivos que têm como objetivo proteger circuitos elétricos de possíveis incêndios, explosões e outros
acidentes. O fusível é percorrido pela corrente elétrica do circuito. Caso esta corrente tenha uma
intensidade muito alta, a ponto de danificar o circuito, o calor gerado por ela derrete o filamento do fusível
interrompendo o fornecimento de energia, protegendo o circuito.

POTENCIA ELÉTRICA
A potência é uma grandeza física que mede a energia que está sendo transformada na unidade de
tempo, ou seja, mede o trabalho realizado por uma determinada máquina na unidade de tempo. Assim,
temos:

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A unidade utilizada para energia é o watt (W), que designa joule por segundo (J/s)
Ao considerar que toda a energia perdida em um circuito é resultado do efeito Joule, admitimos que a
energia transformada em calor é igual a energia perdida por uma carga q que passa pelo condutor. Ou
seja:

Mas, sabemos que:

Portanto;

Logo,

Mas sabemos que , então podemos escrever que:

Em muitos exercícios deve calcular a potência elétrica dissipada em resistores, para resolver estes
exercícios deve-se utilizar a primeira lei de Ohm.
U= R. i
Aplicando a equação de potência elétrica e a equação da primeira lei de Ohm, temos duas equações
para a potência elétrica dissipada em um resistor.
Primeira equação: P = U . i sendo i = U / R

Temos,
P = U2 / R

Segunda equação: P = U . i sendo U = R.i


P = i2. R

Exemplo: Qual a corrente que passa em uma lâmpada de 60W em uma cidade onde a tensão na
rede elétrica é de 220V?

Pela 1ª Lei de Ohm temos que , então podemos definir duas formas que relacionem a potência
elétrica com a resistência.

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Então se utilizando do exemplo anterior, qual a resistência do filamento interno da lâmpada?

Consumo de energia elétrica


Saber calcular o consumo dos aparelhos pode ajudar a reduzir o valor da conta de energia e, ainda,
evitar o desgaste de eletrodomésticos. Além disso, cada aparelho que utiliza a eletricidade para funcionar,
como por exemplo, o computador de onde você lê esse texto, consome uma quantidade de energia
elétrica. Confira abaixo alguns dos equipamentos que mais gastam energia nas residências e a maneira
para acompanhar e calcular esse consumo.

Chuveiro Elétrico
A potência do chuveiro varia de acordo com a posição da chave. Pode variar de 4.500 a 6.000 watts
no modo Inverno (quente) ou de 2.100 a 3.500 watts no modo Verão (morno). O consumo por hora (60
minutos) de uso é de 4,50 a 6,0 kWh (quilowatts-hora) na posição Inverno e de 2,10 a 3,50 kWh no Verão.
Para calcular o consumo do seu chuveiro, basta utilizar a regra abaixo:

Consumo = (potência em watt/1000) x (tempo) número de horas = total em KWh

Assim, se a potência for de 5.500 W e a utilização por determinado período for de 2 horas, o consumo
total expresso em kWh será de = 5.500w/1000 X 2 = 11 kWh.

Computador
Confira abaixo os equipamentos que integram um computador e a respectiva potência de cada um
deles:
Micro (CPU - Unidade Central) - 40 a 60 W
Monitor - 80 a 90 W
Impressora - 70 a 80 W
Scanner - 50 W CPU + vídeo (s/ impressora) - 120 a 150 W
Consumo CPU + Vídeo + Impressora = 0,19 a 0,23 kWh.
Consumo CPU/vídeo (hora) = 0,12 a 0,15 kWh
O computador ligado sem utilização consome 0,12 kWh por hora (com o vídeo ligado).
Desligar o vídeo economiza 0,08 KWh por hora de uso.

Exemplo:
Para calcular o consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele, por
exemplo, se quisermos saber quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos,
seu consumo de energia será:

Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste caso, já que o cálculo
acima se refere a apenas um banho de 15 minutos, imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com
4 moradores que tomam banho de 15 minutos todos os dias no mês.
Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática podemos definir outra unidade
de medida, que embora não seja adotada no SI, é mais conveniente.
Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).
Para calcularmos o consumo do chuveiro do exemplo anterior nesta unidade consideremos sua
potência em kW e o tempo de uso em horas, então teremos:

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O mais interessante em adotar esta unidade é que, se soubermos o preço cobrado por kWh, podemos
calcular quanto será gasta em dinheiro por este consumo.

Por exemplo:
Considere que em sua cidade a companhia de energia elétrica tenha um tarifa de 0,300710 R$/kWh,
então o consumo do chuveiro elétrico de 5500W ligado durante 15 minutos será:

Se considerarmos o caso da família de 4 pessoas que utiliza o chuveiro diariamente durante 15


minutos, o custo mensal da energia gasta por ele será:

Segunda lei de Ohm


Esta lei descreve as grandezas que influenciam na resistência elétrica de um condutor, conforme cita
seu enunciado:
A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é proporcional ao seu
comprimento e da natureza do material de sua construção, e é inversamente proporcional à área de sua
secção transversal. Em alguns materiais também depende de sua temperatura.
Sendo expressa por:

Onde:
ρ= resistividade, depende do material do condutor e de sua temperatura.
ℓ= largura do condutor
A= área da secção transversal.
Como a unidade de resistência elétrica é o ohm (Ω), então a unidade adotada pelo SI para a
resistividade é .
Sendo assim, podemos concluir que quanto melhor condutor for o material, menor será sua
resistividade. De uma maneira geral, a resistividade de um material aumenta com o aumento da
temperatura.

Exemplo:
Calcule a resistividade de um condutor com ddp 100 V, intensidade de 10 A, comprimento 80 m e área
de secção de 0,5 mm2.
Os dados do exercício:

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L=80m A=0,5mm2 U=100V I=10A
Primeiramente devemos calcular a resistência do fio utilizando a fórmula da Primeira Lei de Ohm:
R=U/I
R=100/10
R=10 Ω
Por conseguinte, através da Segunda Lei de Ohm podemos obter a resistividade do condutor:
R=ρL/A
10=ρ.80.0,5
ρ=40/10
ρ=4 Ω.m
Logo, a resistividade do condutor é de 4 Ωm.

CAPACITORES
É um dispositivo de circuito elétrico que tem como função armazenar cargas elétricas e consequente
energia eletrostática, ou elétrica. Os capacitores são utilizados nos mais variados tipos de circuitos
elétricos, nas máquinas fotográficas armazenando cargas para o flash, por exemplo. Eles podem ter o
formato cilíndrico ou plano, dependendo do circuito ao qual ele está sendo empregado.
A capacitância de um capacitor pode ser calculada através da expressão citada a seguir: C = Q/U
C = capacitância (F)
Q = quantidade de carga (C)
A capacitância de um capacitor depende unicamente da sua forma geométrica e do meio existente
entre as armaduras.
À medida que o capacitor vai sendo carregado por cargas, ele vai acumulando energia potencial
elétrica.
A expressão matemática utilizada para calcular a quantidade de energia armazenada pelo capacitor é
dada por: W = Q.U/2 como Q = C.U a primeira expressão pode ser reescrita assim: W = C.U²/2
W = energia potencial elétrica (J)
Q = quantidade de carga elétrica (C)
U = diferença de potencial (V)
C = capacitância (F)

Funcionamento.
O capacitor tem como sua principal característica o acumulo de cargas elétricas em duas placas que
são separadas por um material dielétrico. Elas placas ficam muito próximas umas das outras. Como são
cargas opostas elas se atraem, ficando armazenadas na superfície das placas mais próximas do isolante
dielétrico. Devido a essa atração, é criado um campo elétrico entre as placas, através do material dielétrico
do capacitor. A energia que o capacitor armazena advém do campo elétrico criado entre as placas. É,
portanto, uma energia de campo eletrostático.
Quando o capacitor está totalmente carregado (alcançou o regime estacionário), ou totalmente
descarregado (está aberto) não existe esse fluxo de energia, pois as cargas não estão em movimento,
uma vez que para ser corrente elétrica as cargas precisam estar em movimento.

Aplicação dos capacitores


Existem variações nos modelos dos capacitores, para se adequarem a diferentes utilizações. Como
dito anteriormente, o material dielétrico influencia na situação a qual o capacitor será usado.
Umas das principais aplicações dos capacitores é a de separar as correntes alternada e contínua
quando estas se apresenta simultaneamente. Em corrente contínua (CC) o capacitor se comporta como
um Circuito Aberto, e em corrente alternada (CA) o capacitor se comporta como uma resistência.
A diferença entre o capacitor e a bateria é que o capacitor é muito mais simples. O capacitor armazena
a energia, enquanto a bateria produz energia através de processos químicos e a armazena. O Capacitor
é muito mais rápido no processo de descarga da energia acumulada, em comparação com baterias, além
de serem aplicados em ocasiões onde a bateria não tem aplicação, como, por exemplo, dividir frequências
e suavizar sinais elétricos.

FONTES DE ENERGIA ELÉTRICA: PILHAS, BATERIAS, GERADORES


No dia-a-dia usamos os termos pilha e bateria indistintamente.
Pilha é um dispositivo constituído unicamente de dois eletrodos e um eletrólito, arranjados de maneira
a produzir energia elétrica.

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Bateria é um conjunto de pilhas agrupadas em série ou paralelo, dependendo da exigência por maior
potencial ou corrente
Pilhas e baterias são geradores elétricos que compõem a classe de geradores químicos, porque são
capazes de transformar energia química em energia elétrica.
Além disso, também são dispositivos capazes de manter uma diferença de potencial entre os pontos
em que estão ligados (polos positivo e negativo).
A função básica desses dispositivos é aumentar a energia potencial das cargas que os atravessam, e
são chamadas fontes de força eletromotrizes.
Nas pilhas e baterias, estão ocorrendo transformações químicas que produzem energia elétrica, em
quantidade muito inferior à produzida nas usinas de geração de eletricidade.
As baterias e pilhas estão em todos os lugares, carros, computadores, controle remoto, MP3 players,
telefones celulares e etc . Uma bateria é essencialmente uma lata cheia de químicos que produz elétrons.
As reações químicas que produzem elétrons são chamadas de reações eletroquímicas.
Se você examinar qualquer pilha ou bateria, notará que ela tem 2 terminais. Um terminal está marcado
(+), ou positivo, enquanto o outro terminal está marcado (-), ou negativo. Em uma bateria tipo AA, C ou D
(baterias normais de lanternas), as pontas das baterias são os terminais. Em uma bateria grande de carro,
existem 2 terminais de chumbo.
Elétrons se agrupam no terminal negativo da bateria. Se você conectar um fio entre os terminais
positivo e negativo, os elétrons fluirão do terminal negativo para o terminal positivo o mais rápido que eles
puderem. Normalmente, você conecta algum tipo de carga para a bateria usando um fio. Esta carga pode
ser algo como uma lâmpada, um motor ou um circuito eletrônico, como um rádio.

A medida em que a pilha vai sendo utilizada, as quantidades das substâncias que reagem vão
diminuindo, a produção de energia elétrica vai ficando menor, ocorrendo, então o desgaste da pilha.
As baterias são sistemas compostos por associação de pilhas, fornecendo, portanto, mais energia.
Gerador elétrico é um equipamento que transforma em energia elétrica outras formas de energia.
Um gerador possui dois terminais denominados polos:
Polo negativo corresponde ao terminal de menor potencial elétrico.
Polo positivo corresponde ao terminal de maior potencial elétrico.
Quando colocado em um circuito, um gerador elétrico fornece energia potencial elétrica para as cargas,
que entram em movimento, saindo do polo negativo para o polo positivo.
A potência elétrica total gerada (Pg) por um gerador é diretamente proporcional à intensidade de
corrente elétrica. Ou seja:
Pg = fem . i
Onde:
fem é a constante de proporcionalidade, chamada de força eletromotriz.
i é a intensidade de corrente elétrica entre os terminais do gerador.

Rendimento elétrico de um gerador


Potência elétrica lançada: É a potência elétrica fornecida pelo gerador ao circuito externo.
Pl= U.i

onde U é a diferença de potencial ou tensão, entre os terminais do gerador.


A potência elétrica dissipada internamente é dada por:
Pd=r.i2

Onde: r é a resistência interna do gerador.


i é a intensidade de corrente elétrica.

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O rendimento (η) do gerador é a razão entre a potência lançada e a potência total gerada, ou seja:

𝑷 𝑼.𝒊 𝑼 𝑼
ᶯ= 𝒍 = = → ᶯ=
𝑷𝒈 𝑬.𝒊 𝑬 𝑬
Equação característica e o símbolo do gerador elétrico
Quando o ligamos a um circuito, teremos a diferença de potencial U menor que a força eletromotriz E.
Isto acontece porque o gerador apresenta uma resistência elétrica que é definida como resistência interna
r.
U= E –ri

A diferença de potencial lançada no circuito será a diferença entre a força eletromotriz E pela diferença
de potencial que foi aplicada na resistência interna no gerador.

Um gerador elétrico é ideal quando sua resistência interna é nula (r = 0).


A tensão elétrica ou a ddp entre os polos de um gerador ideal é indicada por E e recebe o nome
de força eletromotriz (fem).
Abaixo está a representação de um gerador ideal. Note que a corrente elétrica convencional atravessa
o gerador no sentido do polo negativo para o polo positivo (Para lembrar: entra pelo – e sai pelo +).

Um gerador real, isto é, um gerador cuja resistência interna não é nula (r ≠ 0) é representado conforme
o esquema abaixo.

A tensão U entre os polos de um gerador real é igual à tensão que teríamos se ele fosse ideal (E)
menos a tensão na resistência interna (ri).

Curva característica de um gerador


De U = E – r.i, com E e r constantes concluímos que o gráfico U x i é uma reta inclinada
decrescente em relação aos eixos U e i. O ponto A do gráfico tem coordenadas i = 0 e U = E e o ponto
B tem coordenadas U = 0 e i = icc = E/r.

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Leis de Kirchhoff8

As Leis de Kirchhoff são empregadas em circuitos elétricos mais complexos, como por exemplo
circuitos com mais de uma fonte de resistores estando em série ou em paralelo. Para estuda-las vamos
definir o que são Nós e Malhas:

Nó: é um ponto onde três (ou mais) condutores são ligados.


Malha: é qualquer caminho condutor fechado.

Analisando a figura 1, vemos que os pontos a e d são nós, mas b, c, e e f não são. Identificamos neste
circuito 3 malhas definidas pelos pontos: afed, adcb e badc.

Primeira lei de Kirchhoff (lei dos nós).

Em qualquer nó, a soma das correntes que o deixam (aquelas cujas apontam para fora do nó) é igual
a soma das correntes que chegam até ele. A Lei é uma consequência da conservação da carga total
existente no circuito. Isto é uma confirmação de que não há acumulação de cargas nos nós.

Segunda lei de Kirchhoff (lei das malhas).

A soma algébrica das forças eletromotrizes (f.e.m) em qualquer malha é igual à soma algébrica das
quedas de potencial ou dos produtos iR contidos na malha.

Aplicando as leis de Kirchhoff.

Exemplo 1: A figura 1 mostra um circuito cujos elementos têm os seguintes valores:

8
https://www.infoescola.com/eletricidade/leis-de-kirchhoff/

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E1=2,1 V; E2=6,3 V; R1=1,7 Ώ; R2=3,5 Ώ. Ache as correntes nos três ramos do circuito.

Circuito com várias malhas e nós.

Solução: Os sentidos das correntes são escolhidos arbitrariamente. Aplicando a 1ª lei de Kirchhoff (Lei
dos Nós) temos:

i1 + i2 = i3

Aplicando a 2ª Lei de Kirchhoff (Lei das Malhas): partindo do ponto a percorrendo a malha abcd no
sentido anti-horário. Encontramos:

Ou

Se percorrermos a malha adef no sentido horário temos:

Ou

Ficamos então com um sistema de 3 equações e 3 incógnitas, que podemos resolver facilmente:

Resolvendo o sistema temos que:

i1 = 0,82A
i2 = -0,4A
i3 = 0,42A

Os sinais das correntes mostra que escolhemos corretamente os sentidos de i1 e i3, contudo o sentido
de i2 está invertido, ela deveria apontar para cima no ramo central da figura 1.
Exemplo 2: Qual a diferença de potencial entre os pontos a e d da figura 1?
Solução: Pela Lei da Malhas temos:
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Observe que se não alterarmos o sentido da corrente i2, teremos que utilizar o sinal negativo quando
for feito algum cálculo com essa corrente.
Questões:

01. Um condutor metálico é percorrido por uma corrente elétrica contínua e constante de intensidade
32 mA. Determine:
a) a carga elétrica que atravessa uma seção reta do condutor por segundo;
b) o número de elétrons que atravessa uma seção reta do condutor por segundo.
Dado: carga elétrica elementar e = 1,6.10-19 C.

02. Em um chuveiro com a chave ligada na posição inverno passa por segundo na secção transversal
da resistência, por onde circula a água, 12,5 10-19. elétrons. Determine a intensidade da corrente elétrica
na resistência sabendo que o valor absoluto da carga do elétron é 1,6.10-19 C.

03. (UFSM-RS) Analise as afirmações a seguir, referentes a um circuito contendo três resistores de
resistências diferentes, associados em paralelo e submetidos a uma certa diferença de potencial,
verificando se são verdadeiras ou falsas.
1. A resistência do resistor equivalente é menor do que a menor das resistências dos resistores do
conjunto;
2. A corrente elétrica é menor no resistor de maior resistência;
3. A potência elétrica dissipada é maior no resistor de maior resistência.
A sequência correta é:
(A) F, V, F
(B) V, F, F
(C) V, V, V
(D) V, V, F
(E) F, F, V

04.Sobre um resistor de 100 Ω passa uma corrente de 3 A. Se a energia consumida por este resistor
foi de 2Kwh, determine aproximadamente quanto tempo ele permaneceu ligado à rede.
(A) 15h
(B) 1,5h
(C) 2h
(D) 3 h
(E) 6h

05. (PUC- MG) Ao aplicarmos uma diferença de potencial 9,0 V em um resistor de 3,0Ώ, podemos
dizer que a corrente elétrica fluindo pelo resistor e a potência dissipada, respectivamente, são:
(A) 1,0 A e 9,0 W
(B) 2,0 A e 18,0 W
(C) 3,0 A e 27,0 W
(D) 4,0 A e 36,0 W
(E) 5,0 A e 45,0 W

Respostas

01. Resposta:

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02. Resposta:

03. Resposta: D.
As afirmações 1 e 2 estão corretas. Já a alternativa 3 é incorreta porque a potência elétrica é maior
para o resistor de menor resistência. Isso se deve ao fato de a corrente elétrica ser maior nesse resistor.
Como a potência dissipada é proporcional ao quadrado da corrente, haverá maior dissipação de energia
para a menor resistência.

04. Resposta: C.
Da equação da energia consumida temos que E = P x Δt
Potência pode ser definida como P = R.i2
Portanto: E = R.i2 . Δt
2000 w.h = 100 . 32 . Δt
2000 w.h = 900 w . Δt
Δt = 2,2h

05. Resposta: C.
A potência elétrica em função da tensão elétrica é dada por:

Substituindo os valores, temos:

E em função da corrente elétrica é P = V . i

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

É importante tomarmos consciência de como estamos imersos em ondas eletromagnéticas. Iniciando


pelos Sol, a maior e mais importante fonte para os seres terrestres, cuja vida depende do calor e da luz
recebidos através de ondas eletromagnéticas.
Além de outras, recebemos também: a radiação eletromagnética emitida, por átomos de hidrogênio
neutro que povoam o espaço interestelar da nossa galáxia; as emissões na faixa de radiofrequências dos
"quasares" (objetos ópticos que se encontram a enormes distâncias de nós, muito além de nossa galáxia,
e que produzem enorme quantidade de energia); pulsos intensos de radiação dos "pulsares" (estrelas
pequenas cuja densidade média é em torno de 10 trilhões de vezes a densidade média do Sol). As Ondas
eletromagnéticas se originam do movimento acelerado de cargas elétricas, consistem de campos elétricos
e campos magnéticos que vibram nos planos perpendiculares entre si e em relação à direção de
propagação, todas têm, no vácuo, a mesma velocidade etc. Por possuir a mesma descrição física, as
ondas eletromagnéticas diferem entre si apenas pelas frequências e correspondentes comprimentos da
onda. Essas frequências, porém, abrangem uma faixa enorme que denominamos espectro
eletromagnético. A palavra espectro (do latim "spectrum", que significa fantasma ou aparição) foi usada
por Isaac Newton, no século XVII, para descrever a faixa de cores que apareceu quando, numa
experiência, a luz do Sol atravessou um prisma de vidro em sua trajetória. Os nomes de vários tipos das

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. 161
ondas, que usamos frequentemente no nosso dia-dia, são dados em acordo com a faixa das frequências
que as mesmas ocupam no espectro eletromagnético conforme a Figura 1 a seguir:

Figura1. Espectro eletromagnético apresentado na escala de frequência (esquerda) e dos comprimentos da onda (direita).
Essas escalas são logarítmicas devido ao fato que os intervalos são muito elevados. As divisões entre os vários tipos das
ondas não são definidas precisamente, e devem ser consideradas como aproximadas. A energia das ondas eletromagnéticas é
proporcional a sua frequência, i.e., cresce com aumento da frequência .

Velocidade de propagação: Depende do meio em que ela se propaga.


Maxwell mostrou que a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética, no vácuo, é dada
pela expressão:

onde é a permissividade elétrica do vácuo e é a permeabilidade magnética do vácuo.

Aplicando os valores de e de na expressão acima, encontra-se a velocidade:

ou

(valor exato)
que é igual a velocidade da luz. Nisso Maxwell se baseou para afirmar que a luz também é uma onda
eletromagnética.
Podemos resumir as características das ondas eletromagnéticas no seguinte:
- São formadas por campos elétricos e campos magnéticos variáveis.
- O campo elétrico é perpendicular ao campo magnético.
- São ondas transversais (os campos são perpendiculares à direção de propagação).
- Propagam-se no vácuo com a velocidade "c”.
- Podem propagar-se num meio material com velocidade menor que a obtida no vácuo.

Propriedades das ondas eletromagnéticas


Algumas propriedades podem ser observadas em todos as ondas eletromagnéticas, independente da
forma como estas ondas foram criadas, são elas:
- Os campos elétrico e magnético são perpendiculares à direção de propagação da onda;
- O campo elétrico é perpendicular ao campo magnético;
- Os campos variam sempre na mesma frequência e estão em fase.

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Observe na figura abaixo o comportamento dos campos elétrico e magnético nestas ondas:

A figura mostra a direção do campo magnético, do campo elétrico e da propagação da onda eletromagnética

Veja que enquanto o campo magnético (B) se propaga na direção z, o campo elétrico (E) se propaga
na direção y. Já a onda segue na direção x todas perpendiculares entre si.
As ondas eletromagnéticas, assim como todas as ondas, são caracterizadas por três grandezas, são
elas:
- Período: é o tempo que a onda leva para percorrer um ciclo;
- Frequência: é o número de ciclos por unidade de tempo, sendo a unidade de medida mais conhecida
o Hertz, que corresponde a um ciclo por segundo;
- Fase: representa o avanço ou atraso da onda em relação ao ponto de origem.

Propriedades básicas das ondas: amplitude, comprimento de onda e frequência


Como você já deve saber, uma onda tem um vale (ponto mais baixo) e uma crista (ponto mais alto). A
distância vertical entre a extremidade de uma crista e o eixo central da onda é chamada de amplitude.
Esta é a propriedade associada ao brilho, ou intensidade, da onda. A distância horizontal entre dois vales
ou cristas consecutivas é conhecida como comprimento de onda da onda. Essas medidas podem ser
vistas da seguinte maneira:

Lembre-se de que algumas ondas (inclusive as eletromagnéticas) também oscilam no espaço e, sendo
assim, elas oscilam em uma determinada posição conforme o tempo passa. A grandeza conhecida como
frequência da onda diz respeito ao número de comprimentos de onda completos que passam por um
determinado ponto no espaço a cada segundo. A unidade do SI para frequência é Hertz (Hz). Como você
deve imaginar, o comprimento de onda e a frequência são inversamente proporcionais, isto é, quanto
menor o comprimento de onda, maior será a frequência, e vice-versa.
A relação é dada pela seguinte equação: c=λν
Em que  (lambda, do alfabeto grego) é o comprimento de onda (em metros), e ν (nu do alfabeto
grego) é a frequência (em Hertz) Seu produto é a constante c
a velocidade da luz, que é igual a
8
3,00×10 m/s
. Esta relação reflete um fato importante: toda radiação eletromagnética, independentemente de
comprimento de onda ou frequência, viaja à velocidade da luz.
Período

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A última grandeza a ser considerada é o período de uma onda. O período de uma onda é a duração
de tempo que leva para que um comprimento de onda passe por um determinado ponto no espaço.
Matematicamente, o período (T) é simplesmente o inverso da frequência da onda (f).

A radiação eletromagnética pode ser descrita por sua amplitude (brilho), comprimento de onda,
frequência e período.

Interação eletromagnética
Uma interação eletromagnética qualquer como, por exemplo, o afastamento de partículas portando
cargas (positiva e negativa) ocorre com a interação entre as duas cargas mediante a troca de fótons
(energia da radiação eletromagnética). A fonte de radiação puder ser vista como uma antena de
transmissão (um emissor), a matéria (um receptor) com que a radiação interage pode ser vista como
uma antena receptora. A diferença essencial entre os receptores está apenas na frequência das ondas
eletromagnéticas à qual respondem.

CASOS IMPORTANTES
1. Se v = 0 (partícula abandonada em repouso), a resultante Fm é = 0.
Portanto, partículas eletrizadas abandonadas em repouso não sofrem ação do campo
magnético.

2. Partícula eletrizada lançada paralelamente às linhas de indução de um campo magnético uniforme


(v paralelo a B)
Neste caso, θ = 0 ou θ = 180º e sendo sen 0 = 0 e sen 180º = 0, concluímos que a força magnética é
nula.
Portanto, a partícula desloca-se livre da ação de forças, realizando um movimento retilíneo e
uniforme (MRU).

3. Partícula eletrizada lançada perpendicularmente às linhas de indução de um campo magnético


uniforme (v perpendicular a B).
Neste caso, θ = 90º e sendo sen 90º = 1, resulta:

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A força magnética é sempre perpendicular à velocidade v. Ela altera a direção da velocidade e não
seu módulo. Sendo q, v e B constantes, concluímos que o módulo da força magnética Fm é constante.
Logo, a partícula está sob ação de uma força de módulo constante e que em cada instante é perpendicular
à velocidade.

Portanto, a partícula realiza movimento circular uniforme (MCU).

Cálculo do raio da trajetória


Seja m a massa da partícula e R o raio da trajetória. Observando que a força magnética é uma
resultante centrípeta, vem:

4. Partícula lançada obliquamente às linhas de indução. Neste caso, decompomos a velocidade de


lançamento v nas componentes: v1 (paralela a B) e v2(perpendicular a B). Devido a v1 a partícula
descreve MRU e devido a v2, MCU. A composição de um MRU com um MCU é um movimento
denominado helicoidal. Ele é uniforme
As ondas de rádios, TVs, raios X, micro-ondas e, principalmente, a luz do sol são exemplos de ondas
eletromagnéticas.

Questões

01. (Unesp) A luz visível é uma onda eletromagnética, que na natureza pode ser produzida de diversas
maneiras. Uma delas é a bioluminescência, um fenômeno químico que ocorre no organismo de alguns
seres vivos, como algumas espécies de peixes e alguns insetos, onde um pigmento chamado luciferina,
em contato com o oxigênio e com uma enzima chamada luciferase, produz luzes de várias cores, como
verde, amarela e vermelha. Isso é o que permite ao vaga-lume macho avisar, para a fêmea, que está
chegando, e à fêmea indicar onde está, além de servir de instrumento de defesa ou de atração para
presas. As luzes verde, amarela e vermelha são consideradas ondas eletromagnéticas que, no vácuo,
têm:
(A) os mesmos comprimentos de onda, diferentes frequências e diferentes velocidades de propagação.
(B) diferentes comprimentos de onda, diferentes frequências e diferentes velocidades de propagação.
(C) diferentes comprimentos de onda, diferentes frequências e iguais velocidades de propagação.
(D) os mesmos comprimentos de onda, as mesmas frequências e iguais velocidades de propagação.
(E) diferentes comprimentos de onda, as mesmas frequências e diferentes velocidades de propagação.

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02. (Ufpr) O primeiro forno de micro-ondas foi patenteado no início da década de 1950 nos Estados
Unidos pelo engenheiro eletrônico Percy Spence. Fornos de micro-ondas mais práticos e eficientes foram
desenvolvidos nos anos 1970 e a partir daí ganharam grande popularidade, sendo amplamente utilizados
em residências e no comércio. Em geral, a frequência das ondas eletromagnéticas geradas em um forno
de micro-ondas é de 2450 MHz. Em relação à Física de um forno de micro-ondas, considere as seguintes
afirmativas:

1. Um forno de micro-ondas transmite calor para assar e esquentar alimentos sólidos e líquidos.
2. O comprimento de onda dessas ondas é de aproximadamente 12,2 cm.
3. As ondas eletromagnéticas geradas ficam confinadas no interior do aparelho, pois sofrem reflexões
nas paredes metálicas do forno e na grade metálica que recobre o vidro da porta.
Assinale a alternativa correta.

(A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.


(B) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(C) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
(D) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
(E) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

03. (UFPR) O primeiro forno de micro-ondas foi patenteado no início da década de 1950 nos Estados
Unidos pelo engenheiro eletrônico Percy Spence. Fornos de micro-ondas mais práticos e eficientes foram
desenvolvidos nos anos 1970 e a partir daí ganharam grande popularidade, sendo amplamente utilizados
em residências e no comércio. Em geral, a frequência das ondas eletromagnéticas geradas em um forno
de micro-ondas é de 2450 MHz. Em relação à Física de um forno de micro-ondas, considere as seguintes
afirmativas:
Um forno de micro-ondas transmite calor para assar e esquentar alimentos sólidos e líquidos.
O comprimento de onda dessas ondas é de aproximadamente 12,2 cm.
As ondas eletromagnéticas geradas ficam confinadas no interior do aparelho, pois sofrem reflexões
nas paredes metálicas do forno e na grade metálica que recobre o vidro da porta.

(A) Somente alternativa A é verdadeira;


(B) Somente afirmativa 2 é verdadeira;
(C) Somente afirmativa 3 é verdadeira;
(D) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras;
(E) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

04. A respeito das ondas são feitas as seguintes afirmações: I) Quando percutida, a corda do violão
vibra formando uma onda estacionária que se move praticamente a 340 m/s. II) Reduzindo sua
velocidade, uma onda estará, ao mudar de meio, sofrendo o fenômeno da refração mesmo sem mudar
sua direção de propagação. III) No vácuo todas as ondas eletromagnéticas caminham com uma mesma
velocidade, independentemente de sua frequência. É(são) correta(s) a(s) afirmativa(s):

(A) somente I e II.


(B) somente I e III.
(C) somente II e III.
(D) somente I.
(E) somente II.

05. Em um forno de micro-ondas são produzidas ondas com frequências de 2,5 x 109 Hertz e de
natureza eletromagnéticas, as quais são absorvidas por ressonância pelas moléculas dos alimentos,
resultando no seu aquecimento. Com relação a essas ondas, é correto afirmar:
01) Se a velocidade das ondas do interior do forno é de 3.108 m / s, elas têm comprimento de onda
igual a 0,12m.
02) As micro-ondas têm a mesma natureza que os raios X, raios alfa, beta, gama, e ondas de rádio.
04) As micro-ondas deixariam de se propagar no interior do forno se nele fosse feito vácuo.
08) São ondas transversais que propagam energia e somente se propagam no vácuo.
16) Se aumentarmos a frequência desta onda, sua velocidade dentro do micro-ondas aumentaria.
32) No vácuo se aumentarmos o comprimento de onda a frequência diminuirá.

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Respostas
01. Resposta: C.
No vácuo, todas as radiações eletromagnéticas têm a mesma velocidade (c).
O comprimento de onda é inversamente proporcional à frequência. Como radiações diferentes
possuem deferentes frequências, os comprimentos de onda também são diferentes.

02. Resposta: E.
Analisando cada uma das proposições:
1. Falsa. O aquecimento ocorre devido à fricção entre as moléculas de água contidas no alimento, que
tendem sempre a se orientar na direção de um campo elétrico de direção variável aplicado pelo magneto.
2. Verdadeira.
Dados: f = 2.450 MHz = 2,45 109 Hz.
Considerando a velocidade de propagação das micro-ondas no interior do forno, v = c = 3 .10 na 8
m/s, da equação fundamental da ondulatória, temos:
Λ = v/f
Λ= 3. 10 na 8/ 2,45.10 na 9
Λ= 0,122 m
Λ= 12,2 cm
3. Verdadeira. As micro-ondas são refletidas nas paredes para evitar vazamentos, aumentando a
segurança do aparelho e a sua eficiência, além de propiciar o aquecimento homogêneo dos alimentos,
também favorecido pela rotação do prato.

03. Resposta: E.

04. Resposta: C.

05. Resposta: 35 (1+2+32).

Física moderna: Quantização de energia – efeito fotoelétrico. A estrutura do


átomo: experiência de espalhamento de Rutherford – espectros atômicos. O
núcleo atômico – radioatividade – reações nucleares.

FISICA MODERNA

Interações fundamentais da natureza: identificação, comparação de intensidades e alcances


A palavra interação está associada a tudo que possamos imaginar, desde o contato de nossa mão
com algum objeto até o movimento da Terra em torno do Sol. Em física, pode-se dizer que a causa de
qualquer equação, simples ou complicada, é uma interação. Na natureza, aparentemente tudo leva os
cientistas a acreditarem que todas as coisas podem ser explicadas a partir de quatro tipos de interações,
também chamadas de acoplamentos. Os nomes destas são: eletromagnética, gravitacional, fraca, e
nuclear ou forte.
O tipo de interação que talvez seja o mais conhecido de todos é o gravitacional, responsável pela órbita
dos planetas em torno do Sol, estando relacionada com todo corpo que possui a propriedade conhecida
como massa. Quando Newton escreveu sua teoria da gravidade, ele disse que suas ideias descreviam o
fenômeno, mas que não explicavam sua causa.
Também muito conhecido é o acoplamento eletromagnético, resultado da unificação do magnetismo e
da eletricidade. A teoria eletromagnética diz que as partículas interagem à distância, por meio do chamado
campo eletromagnético. Como consequência dessa interação, temos a atração entre dois imãs, as
correntes elétricas induzidas por campos magnéticos, entre uma infinidade de outros exemplos.
As outras duas interações, fraca e nuclear, não são tão conhecidas. A interação fraca é uma interação
que não é percebida no mundo macroscópico, pois ela atua em escala subatômica. Como exemplo de
acoplamento fraco, pode ser citado o decaimento beta, no qual um nêutron é convertido em um próton,
com a emissão de mais algumas partículas, como o elétron. A emissão de mais outras partículas além do
próton ocorre para se conservar a energia do nêutron inicial.
A força forte ou nuclear, é a força responsável pela união de dois prótons ou nêutrons. Em física
nuclear, prótons e nêutrons são chamados de núcleos. Essa interação não tem relação alguma com a
eletromagnética. Como dois prótons possuem cargas iguais, sua repulsão eletromagnética é muito
grande, entretanto a interação forte é tal que dois prótons formam um núcleo atômico sem a desintegração

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deste, na maioria dos casos. Esses dois acoplamentos, fraco e nuclear, são conhecidos como sendo de
curto alcance, pois só são percebidos em escala de distâncias muito pequenas.
Todas essas quatro interações descritas acima podem parecer estranhas à primeira vista. Como
exemplo pode ser citado a eletromagnética, como dois prótons interagindo a uma certa distância. No
entanto, a teoria pressupõe a existência das chamadas partículas de interação, que são partículas que
fazem a interação entre os dois prótons mantidos a uma distância. Para cada tipo de interação ou
acoplamento, eletromagnético, fraco e nuclear, existe uma partícula de interação diferente, já detectada
experimentalmente. No caso gravitacional, tal partícula ainda não foi experimentalmente “vista”, mas sua
existência é prevista em teoria e ela já tem até nome, gráviton. Existe um grupo de pesquisa no Brasil
que desenvolve um aparato com vista a detectar esta partícula.
Existem apenas 4 forças, ou interações, fundamentais na natureza. São elas a interação gravitacional,
a interação eletromagnética, a interação forte e a interação fraca. A tabela mostra detalhes sobre estas
forças que serão logo explicados:

Força ou interação intensidade teoria mediador


(fundamental)
Forte 10 Cromodinâmica quântica gluon
eletromagnética 10-2 Eletrodinâmica fóton
Fraca 10-13 flavordinâmica W± e Z0
gravitacional 10-42 geometrodinâmica graviton
Vamos explicar o conteúdo da tabela.

Intensidade:
Os valores acima atribuidos para as intensidade das forças não devem ser considerados de modo
absoluto. Voce verá valores bastante diferentes em vários livros, em particular no que diz respeito à força
fraca. O cálculo desta intensidade depende da natureza da fonte e a que distância estamos fazendo a
medição. O que importante notar é a razão entre elas: a força gravitacional é, de longe, a mais fraca entre
todas, porém é a de maior alcance, sendo a responsável pela estabilidade dinâmica de todo o Universo.
Teoria:
Vemos na tabela que cada força está associada a uma teoria física. Vejamos alguns detalhes:

Força gravitacional:
A teoria clássica da gravitação é a lei de Newton da Gravitação Universal. Sua generalização
relativística é a teoria da Gravitação de Einstein, também chamada de Teoria da Relatividade Geral de
Einstein. O melhor termo para ela seria Geometrodinâmica, uma vez que a relatividade geral geometriza
a gravitação. Para descrever os estágios iniciais da formação do Universo precisamos de uma teoria
quântica da gravitação, algo que os físicos ainda não possuem, apesar dos enormes esforços
desenvolvidos para isto.

Eletrodinâmica:
Esta é a teoria física que descreve os fenômenos elétricos e magnéticos, ou seja as forças
eletromagnéticas. A formulação clássica da Eletrodinâmica foi feita por James Clerk Maxwell. A teoria
clássica construída por Maxwell já era consistente com a teoria da relatividade especial de Einstein. O
"casamento" desta teoria com a mecânica quântica, ou seja, a construção de uma "Eletrodinâmica
Quântica", foi realizada por grandes nomes da física tais como Feynman, Tomonaga e Schwinger nos
anos que compõem a década de 1940.

Fraca:
As forças fracas são aquelas que explicam os processos de decaimento radiativo, tais como o
decaimento beta nuclear, o decaimento do pion, do muon e de várias partículas "estranhas". É
interessante notar que esta força não era conhecida pela física clássica e que sua formulação como teoria
é estritamente quântica. A primeira teoria das interações fracas foi apresentada por Fermi em 1933. Mais
tarde ela foi aperfeiçoada por Lee, Yang, Feynman, Gell-Mann e vários outros nos anos da década de
1950. Sua forma atual é devida a Glashow, Weinberg e Salam, que a propuseram nos anos da década
de 1960. A nova teoria das interações fracas, que é chamada de flavordinâmica por causa de uma das
propriedades intrínsecas das partículas elementares, é mais justamente conhecida como Teoria de
Glashow-Weinberg-Salam. Nesta teoria, as interações fraca e eletromagnética são apresentadas como
manifestações diferentes de uma única força, a força eletrofraca. Esta unificação entre a interação fraca

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e a interação eletromagnética reduz o número de forças existentes no Universo a apenas 3: força
gravitacional, força forte e força eletrofraca.

Forte:
As forças fortes são aquelas responsáveis pelos fenômenos que ocorrem a curta distância no interior
do núcleo atômico. A estabilidade nuclear está associada à força forte. É ela que mantém o núcleo unido
evitando que os prótons que os constituem, por possuírem a mesma carga elétrica, simplesmente sofram
uma intensa repulsão e destruam o próprio átomo. Se a força forte não existisse a matéria que forma o
Universo, tal como o conhecemos, também não existiria. Prótons e nêutrons não conseguiriam se formar.
Nós, seres humanos, não poderíamos existir. O trabalho pioneiro sobre as forças fortes foi realizado por
Yukawa em 1934 mas até meados da década de 1970 não havia, realmente, uma teoria capaz de explicar
os fenômenos nuclear. Foi então que surgiu a cromodinâmica quântica.

Mediadores:
Após a física ter abandonado o conceito de "ação-a-distância", foi introduzido o conceito de "campo".
Cada partícula criava à sua volta uma perturbação, seu "campo", que era sentido pelas outras partículas.
A Teoria Quântica de Campos (TQC) introduziu o conceito de "mediadores". Segundo a TQC cada uma
das forças que existem na natureza é mediada pela troca de uma partícula que é chamada de "mediador".
Estes mediadores transmitem a força entre uma partícula e outra. Assim, a força gravitacional é mediada
por uma partícula chamada graviton. A força eletromagnética é mediada pelo fóton, a força forte pelos
gluons e as forças fracas pelas partículas W± e Z0, que são chamadas de bósons vetoriais intermediários.
Isto complica ainda mais o estudo das interações entre as partículas. Veja que antes descrevíamos a
interação entre dois prótons como sendo a interação entre duas partículas. Hoje, sabendo que os prótons
são partículas compostas por 3 quarks, vemos que a interação entre dois prótons é, na verdade, uma
interação entre 6 quarks que trocam gluons incessantemente durante todo o processo. Só para te avisar,
existem 8 tipos de gluons. Como voce pode ver, aqui não existe simplicidade.

Estrutura da matéria modelo atômico: sua utilização na explicação da interação da luz com
diferentes meios. Conceito de fóton. Fontes de luz

Toda matéria é formada por partículas muito pequenas. Essas partículas chamamos de átomo.
ÁTOMO – É uma partícula indivisível.
Distinguimos duas regiões nos átomos:
a) uma com carga elétrica positiva, e muito pesada, que concentra quase todo o peso do átomo: é
chamada núcleo.
b) uma região ocupada por elétrons, que giram ao redor do núcleo.
c) O modelo proposto por Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr. Baseando-se nos estudos feitos em
relação ao espectro do átomo de hidrogênio e na teoria proposta por Planck em 1900 (Teoria Quântica),
segundo a qual a energia não é emitida em forma contínua, mas em ”pacotes”, denominados quanta de
energia. Foram propostos os seguintes postulados:
d) 1. Na eletrosfera, os elétrons descrevem sempre órbitas circulares ao redor do núcleo, chamadas
de camadas ou níveis de energia.
e) 2. Cada camada ocupada por um elétron possui um valor determinado de energia (estado
estacionário).
f) 3. Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham uma determinada quantidade de energia,
não sendo possível ocupar estados intermediários.
g) 4. Ao saltar de um nível para outro mais externo, os elétrons absorvem uma quantidade definida
de energia (quantum de energia).

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h) 5.Ao retornar ao nível mais interno, o elétron emite um quantum de energia (igual ao absorvido
em intensidade), na forma de luz de cor definida ou outra radiação eletromagnética (fóton).

i) 6. Cada órbita é denominada de estado estacionário e pode ser designada por letras K, L, M, N,
O, P, Q. As camadas podem apresentar:
j) K = 2 elétrons
k) L = 8 elétrons
l) M = 18 elétrons
m) N = 32 elétrons
n) O = 32 elétronsP = 18 elétronsQ = 2 elétrons
o) 7. Cada nível de energia é caracterizado por um número quântico (n), que pode assumir valores
inteiros: 1, 2, 3, etc.

Nem toda a luz que uma estrela emite chega até nós. E a parte que não chega, nos permite inferir
sobre sua composição química e sua temperatura superficial
O que ocorre é que parte da luz que a estrela emite é absorvida pelo gás nas camadas mais frias da
estrela.
Muitos elementos absorvem e emitem mais luz em uma determinada temperatura; portanto, a essa
temperatura, suas linhas de absorção e de emissão são mais fortes. Daí, conhecendo as linhas de
absorção de cada átomo, podemos obter informação sobre a composição e a temperatura da estrela.

Leis de Kirchhoff do estudo dos espectros.


FONTE: astro.if.ufrgs.br.
Então, com base em seu espectro de absorção, as estrelas são divididas em classes espectrais, que
também são classes de temperaturas.

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Agora que entendemos que a luz apresenta tanto características corpusculares quanto ondulatórias,
podemos estudar a interação da Luz com a matéria – algo que também tem implicações astronômicas.

Absorção da luz
Os fótons de luz incidente são absorvidos por átomos do meio em que a luz viaja, podendo ser
reemitidos ou não.
A absorção depende basicamente de dois fatores: o meio no qual a luz está viajando e a energia dos
fótons (lembrando que a energia está associada inversamente com o comprimento de onda e que, no
óptico, isso é um indicativo da cor).
No caso de não haver reemissão dos fótons absorvidos, a energia carregada pelos fótons é convertida
em outra forma de energia, que não luminosa.

Fótons absorvidos por uma nuvem. FONTE: Camila Debom.


Havendo reemissão, temos o fenômeno do espalhamento.

Espalhamento da luz
No espalhamento, os fótons que incidem em uma direção são espalhados ou desviados para outras
direções.
Geralmente ocorrem absorção e espalhamento concomitantemente, ou seja, parte da energia do fóton
é absorvida e parte é reemitida em outra direção.

Fótons espalhados por uma nuvem. FONTE: Camila Debom.

Raio de luz
Na verdade o raio de luz é uma abstração, uma figura teórica a partir do qual estudamos os feixes
de ondas eletromagnéticas que constituem a luz, os mesmos que podemos ver emitidos de qualquer
lanterna.
A lanterna, o sol e até mesmo os vagalumes são fontes primárias de luz, ou seja, corpos que geram
luz a partir de alguma transformação físico-química que ocorre neles mesmos. Há também os corpos que
não possuem luz própria mas são capazes de refletir a luz gerada por outros corpos. Estes corpos são
chamados defontes de luz secundárias. A lua cheia iluminando a noite é o exemplo mais comum de uma
fonte de luz secundária.
Meios de propagação
Uma vez que a fonte de luz emitiu um feixe luminoso, ele passa a se propagar à velocidade de 300.000
Km/s no vácuo. Só que a luz também se propaga por outros meios que não o vácuo. Esses outros meios
de propagação da luz são classificados de acordo com o modo como interagem com o feixe de raios de
luz que incide sobre eles.
Com base nisso, os meios de propagação da luz podem ser transparentes, translúcidos ou opacos.

Meio de propagação transparente


Transparentes são os meios de propagação que se deixam atravessar pelos raios de luz sem afetar a
ordenação de seus feixes. O ar atmosférico é transparente e, por isto, invisível, já que a luz o atravessa
quase como se ele não existisse (note-se o quase: a rigor, o único meio totalmente transparente é o

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vácuo, mas para todos os efeitos práticos podemos estender a definição para outros meios cujas
interações com a luz sejam pequenas demais para ser percebidas a olho nu).
A figura que segue mostra um feixe de raios de luz atravessando um meio de propagação transparente.

Meios transparentes são atravessados pelos raios luminosos sem afetar a orientação dos feixes. O
observador enxerga a imagem do objeto vista através do corpo sem distorções.

Meio de propagação translúcido


Os meios translúcidos também se deixam atravessar pelos raios de luz, mas, ao contrário do que
ocorre nos meios transparentes, esta passagem não se dá sem interações nas quais o meio afeta a
orientação dos raios, fazendo com que objetos vistos através de meios translúcidos pareçam deformados
A figura abaixo representa o comportamento dos raios de luz através dos corpos translúcidos:

Meios translúcidos são atravessados pelos raios luminosos, mas afetam a orientação dos feixes. O
observador enxerga uma imagem distorcida do objeto vista através do corpo.

Meio de propagação opaco


Meios opacos são impermeáveis à luz, o que significa que estes meios bloqueiam os raios luminosos,
que não conseguem atravessá-lo. Nesse caso, não é possível a um observador ver objetos através dele,
conforme a figura:

Os raios de luz não atravessam meios opacos e um observador não pode ver através deles.

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Estrutura nuclear: constituição dos núcleos, sua estabilidade e vida média. Radioatividade,
fissão e fusão. Energia nuclear.

Características Gerais do Núcleo O raio de um núcleo típico é cerca de dez mil vezes menor que o raio
do átomo ao qual pertence, mas contém mais de 99,9% da massa desse átomo. Constituição O núcleo
atômico é composto de partículas chamadas núcleos. Existem duas espécies de núcleos: os prótons, com
carga elétrica positiva, e os nêutrons, sem carga elétrica(Fig1)

Figura1.Estrutura Nuclear

Um átomo é constituído de um núcleo extremamente pequeno, carregado positivamente, rodeado por


uma nuvem de elétrons carregados negativamente. Embora tipicamente o núcleo seja menos de dez mil
vezes menor que o átomo, o núcleo contém mais de 99.9% da massa do átomo! Os núcleos são
constituídos de partículas carregadas positivamente chamadas prótons de outras eletricamente neutras,
chamadas nêutrons. Essas partículas são mantidas agrupadas por uma força chamada força forte ou
força nuclear. Esta força é muito maior que as forças familiares como a eletrostática que mantém os
elétrons ligados aos núcleos, mas tem alcance limitado a pequenas distâncias, da ordem do tamanho do
próton ou nêutron (cerca de 10-15 metros)
O número de prótons no núcleo, Z é chamado número atômico. Este número determina o elemento
químico do átomo. O número de nêutrons no núcleo é denominado N. O número de massa do núcleo, A,
é igual a Z+N. Um dado elemento químico pode ter vários isótopos, que diferem uns dos outros pelo
número de nêutrons contidos no núcleo. Num átomo neutro, o número de elétrons orbitando o núcleo é
igual ao número de prótons no núcleo. Como a carga elétrica do próton e do elétron são +1 e -1
respectivamente (em unidades da carga do elétron), a carga total do átomo é zero. Presentemente são
conhecidos 112 elementos, desde o mais leve, o hidrogênio até o recentemente descoberto e ainda sem
nome, elemento 112. Todos os elementos mais pesados que o urânio foram produzidos artificialmente
pelo homem. Entre esses elementos, há cerca de 270 isótopos estáveis e mais de 2000 instáveis.
O núcleo do elemento da tabela periódica de número atômico Z é constituído de Z prótons e N
nêutrons. No átomo neutro correspondente, existem, ao redor desse núcleo, Z elétrons. A = N + Z é o
número de núcleos ou, como também é chamado, número de massa. Um átomo de carbono 12 é
composto de 6 prótons, 6 nêutrons e 6 elétrons. As massas nucleares são convenientemente expressas
em unidades de massa atômica (u). Uma unidade de massa atômica é definida como sendo exatamente
um doze avos da massa de um átomo de carbono 12. Em outras palavras, a massa de um átomo de
carbono 12 é, por definição, exatamente 12 u.
As técnicas mais importantes para a determinação do raio nuclear estão baseadas no espalhamento
de feixes de nêutrons ou de elétrons. Como os nêutrons não têm carga elétrica, eles não são influenciados
pela interação coulombiana nem com os nêutrons nem com os prótons do núcleo. Contudo, como são
influenciados pela interação nuclear tanto com os nêutrons quanto com os prótons do núcleo, os nêutrons
espalhados sondam a distribuição de massa do núcleo. Por outro lado, os elétrons não são influenciados
pela interação nuclear nem com os nêutrons nem com os prótons do núcleo. Entretanto, como eles têm
carga elétrica não nula, são influenciados pela interação coulombiana com os prótons do núcleo e
sondam, portanto, a distribuição de carga do núcleo O volume do núcleo é proporcional ao número de
núcleos, de modo que o número de núcleos por unidade de volume, isto é, a densidade de núcleos, é
constante. Além disso, como a massa de um próton é muito próxima da massa de um nêutron, a
densidade de massa também é constante. E mais, como a interação nuclear forte é independente da
carga elétrica, os prótons e os nêutrons devem estar distribuídos mais ou menos uniformemente no núcleo
e disso conclui-se que a densidade de carga também é constante. Na verdade, nos núcleos com número
de massa A grande, a densidade de carga na região central aparece diminuída devido à repulsão
coulombiana entre os prótons. As formas de alguns núcleos afastam-se significativamente da forma
esférica e devem ser consideradas elipsoidais ou, mesmo, com a forma de uma pera.

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RADIOATIVIDADE

Radioatividade (ou radiatividade) é a propriedade de determinados tipos de elementos químicos


radioativos emitirem radiações, um fenômeno que acontece de forma natural ou artificial. A radioatividade
natural ou espontânea ocorre através dos elementos radioativos encontrados na natureza (na crosta
terrestre, atmosfera, etc.). Já a radioatividade artificial ocorre quando há uma transformação nuclear,
através da união de átomos ou da fissão nuclear. A fissão nuclear é um processo observado em usinas
nucleares ou em bombas atômicas.
Em 1896, o francês Henri Becquerel percebeu que um sal de urânio era capaz de sensibilizar um filme
fotográfico, mesmo quando este era recoberto com papel preto ou até mesmo por lâminas metálicas finas.
Becquerel, o descobridor do urânio, percebeu que esse material emitia radiações semelhantes aos raios
X, e essa propriedade ele chamou radioatividade.
Em 1897, Marie Sklodowska Curie (1867-1934) demostrou que a intensidade da radiação é
proporcional à quantidade de urânio na amostra e concluiu que a radioatividade é um fenômeno atômico.
Nesse mesmo ano, Ernest Rutherford criou uma aparelhagem para estudar a ação de um campo
eletromagnético sobre as radiações:

O esquema mostra o comportamento das radiações α, β e γ em um campo eletromagnético.


Rutherford concluiu que, como os raios alfa (α) e beta (β) sofrem desvio no campo magnético, devem
apresentar carga elétrica, ao passo que os raios gama (γ) não a devem ter. Os raios β são atraídos pela
placa positiva; devem, portanto, ter carga negativa. Com o mesmo raciocínio pode-se deduzir que os raios
α têm carga positiva.
Os tipos de radiação que um elemento pode emanar são divididos, primeiramente, em duas formas:
partículas ou ondas. Partículas possuem massa e ondas são apenas energia. Isso é devido aos elementos
que compõem esses tipos de radiação. Na categoria das partículas, duas são as mais comuns: alfa e
beta.
Partículas α (alfa): são partículas formadas por 2 prótons e 2 nêutrons − a mesma composição do
Hélio – que são liberadas por elementos radioativos para fora de seu núcleo. Quando um átomo libera 2
prótons, muda seu número atômico e transforma-se em um novo elemento, além de diminuir sua massa
atômica em 4. Esse processo irá se repetir até que o núcleo do átomo esteja suficientemente estável,
transformando-se em um elemento que não é radioativo
- Partículas β (beta): são elétrons disparados para fora do átomo, em forma de radiação, quando um
próton se transforma em nêutron ou vice-versa. Com a conversão de um próton em nêutron há a mudança
do seu número atômico e, consequentemente, a transformação em outro elemento menos radiativo.
Quando o núcleo possui menos nêutrons do que deveria para ser estável, pode transformá-lo em um
próton ou mudar a relação n/p e diminuir a instabilidade nuclear até alcançar um elemento não radioativo.
Um átomo instável irá liberar partículas alfa ou beta como radiação, mas isso não é a única coisa emitida
por um elemento radioativo. Em qualquer um dos casos será emitido um terceiro tipo de radiação.
Raios γ (gama): este tipo de radiação não possui massa, é uma onda eletromagnética, como muitos
outros tipos de radiação, e é resultante do decaimento radioativo (liberação de partículas alfa ou beta).
Em outras palavras, quando um átomo dispara uma partícula alfa ou beta, ainda continua instável, pois a
emissão da partícula não foi suficiente para estabilizar o átomo. Esta instabilidade é reduzida pela
emissão de raios gama, ou seja, energia pura.
As partículas alfa, como são formadas por um agrupamento de partículas, têm uma dimensão maior
impedindo que ela atravesse mesmo materiais finos. As partículas beta conse-guem atravessar materiais
como o papel, mas são detidas pelo alumínio. E apenas as partículas gama conseguem atravessar boa
parte dos materiais, mas não aqueles muito densos como o chumbo, por exemplo.

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Para uma melhor compreensão segue o quadro abaixo:

Radiação Alfa Beta Gama


Poder de ionização Alto. A partícula alfa captura 2 Médio. Por possuírem carga Pequeno. Não possuem carga.
elétrons do meio, se elétrica menor possuem
transformando em átomo de menos poder de ionização.
Hélio. (He)
Danos ao ser humano Pequenos. São detidos pela Médio. Podem penetrar até Alto. Pode atravessar
camada de células mortas da 2cm e ionizar moléculas completamente o corpo
pele, podendo no máximo gerando radicais livres. humano, causando danos
causar queimaduras irreparáveis como alteração na
estrutura do DNA.
Velocidade 5%¨da velocidade da luz 95% da velocidade da luz Igual a velocidade da luz
3000000Km/s
Poder de penetração Pequeno. Uma folha de papel Médio. È 50 a 100 vezes mais Alto. Os raios gama são mais
pode deter penetrante que a alfa. São penetrantes que os raios São
detidos por uma chapa de detidos por uma chapa de
chumbo de 2mm. chumbo de 5cm

Benefícios da radioatividade
A radioatividade tem vários benefícios para o ser humano. Entre eles é importante realçar a sua
utilização na produção de energia, na esterilização de materiais médicos, no diagnóstico de doenças e
no controle do câncer, através da radioterapia.
Em alguns alimentos, mais concretamente nas frutas, a radiação iônica emitida sobre elas, permite
que a sua durabilidade aumente. Essa radiação não altera o sabor e as qualidades nutritivas dos
alimentos.

Leis da Radioatividade

1ª Lei: Lei de Soddy


A primeira lei da radioatividade, também conhecida como primeira lei de Soddy, tem relação com o
decaimento alfa. Veja o que essa lei diz:
“Quando um átomo sofre um decaimento alfa (α), o seu número atômico (Z) diminui duas unidades e
o seu número de massa (A) diminui quatro unidades”.

Genericamente, podemos representar essa lei pela seguinte equação:

Z X  +24α + A-4 Z-2Y


A

Exemplo:
90Th
232
→+2α4+88Ra228

228 + 4 = 232
88 + 2 = 90

2ª Lei: Soddy, Fajans, Russel


Quando um átomo emite uma partícula β, o seu número atômico aumenta de 1 unidade e o seu número
de massa permanece inalterado.
90Th2
34
→ -1β0 + 91Pa234

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Exemplo:
Dada a equação: 90X
204
→ xα + yβ + 92Y192
Determinar x e y

Resolução:
90X
204
→ x+2α4 + y-1β0 + 92Y192

Montamos duas equações:


a) uma para os índices superiores:
204 = 4x + 0y + 192
x=3

b) uma para os índices inferiores:


90 = 2x + (-1y) + 92
90 = 2(3) -1y +92
y=8

90X
204
→ 3+2α4 + 8-1β0 + 92Y192

Isso acontece com todo elemento radioativo que emite uma partícula alfa, pois, conforme mostrado no
texto Emissão alfa (α), essa partícula é constituída por dois prótons e dois nêutrons — de forma
semelhante ao que ocorre com o núcleo de um átomo de hélio — e é representada por 24α.

DECAIMENTO E MEIA-VIDA
Radioatividade – É a propriedade que os núcleos atômicos instáveis possuem de emitir partículas e
radiações eletromagnéticas para se transformarem em núcleos mais estáveis. Para este fenômeno,
damos o nome de reação de desintegração radioativa, reação de transmutação ou reação de decaimento.
A reação só acaba com a formação de átomos estáveis.
Exemplos:
U -238 sofre decaimento até se transformar em Pb-206.
O tempo que os elementos radioativos levam para ficarem estáveis, varia muito.
Meia-Vida – É o tempo necessário para a metade dos isótopos de uma amostra se desintegrar.
Um conjunto de átomos radioativos pode estar se desintegrando neste instante. Outro átomo pode se
desintegrar daqui há uma hora. Outro, pode desintegrar daqui há três meses.
O U-235 é o elemento com meia-vida mais longa. Tem cerca de 7,04.108anos.
Exemplo de um gráfico de Meia-vida: Atividade x Tempo

Exemplo de decaimento do bismuto- 210

Meia vida é a estimativa de tempo em que metade da massa de um isótopo haverá decaído. Um
exemplo é a própria técnica de datação por Carbono 14. Reforce que a meia vida do isótopo radioativo
do Carbono, cuja massa é 14, é de cerca de 5700 anos. Isso que dizer que a concentração de Carbono
14, após 5700 anos, cai pela metade. Se esperarmos mais 5700 anos, haverá apenas 1/4 de Carbono
14, e assim sucessivamente. O tempo de meia vida depende diretamente do quão instável é o elemento
e as variações são muito acentuadas, tendo elemento cuja meia vida pode ser de alguns minutos (isótopo

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iodo-131) e elemento cuja meia vida pode ser de até milhões de anos (Urânio 238). É importante enfatizar
que meia vida não é a metade do tempo que o elemento radioativo leva para decair e desintegrar-se. O
nome deste fenômeno é vida-média, este sim determina o tempo necessário para a transmutação do
elemento radioativo.

RISCOS BENEFICIOS E PROCEDIMENTOS ADEQUADOS PARA USO DAS RADIAÇÕES


No setor saúde, onde a radiação ionizante encontra o seu maior emprego e como consequência, a
maior exposição em termos de dose coletiva, é também onde mais são realizadas pesquisas no sentido
de se produzir o maior benefício com o menor risco possível.
Apesar dos esforços de alguns órgãos governamentais em difundir conhecimentos voltados para as
atividades de Proteção Radiológica é ainda, de pouco domínio, mesmo entre os profissionais da área, o
conhecimento a respeito dos efeitos maléficos produzidos por exposições que ultrapassam os limites
permitidos.

Fontes de radiações ionizantes


Durante toda a vida, os seres humanos estão expostos diariamente aos efeitos das radiações
ionizantes. Estas radiações podem ser de origem natural ou artificial.
Quanto à proteção radiológica, pouco podemos fazer para reduzir os efeitos das radiações de origem
natural. No entanto, no que diz respeito às fontes artificiais, todo esforço deve ser direcionado a fim de
controlar seus efeitos nocivos. É neste aspecto, que a proteção radiológica pode ter um papel importante.
Pode-se observar que a maior contribuição deve-se às irradiações médicas e, dentro desta categoria,
o radiodiagnóstico é o que possui a maior porcentagem.

Devido à esta constatação, todo esforço deve ser direcionado no sentido de controlar e reduzir estes
valores, o que pode ser atingido através da aplicação efetiva dos preceitos de proteção radiológica.

Proteção radiológica
Segundo a norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) é o conjunto de medidas que
visam proteger o homem, seus descendentes e seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos
causados por radiação ionizante proveniente de fontes produzidas pelo homem e de fontes naturais
modificadas tecnologicamente. Essas medidas estão fundamentadas em três princípios básicos:
- Justificação
- Otimização
- Limitação de doses individuais

Justificação da prática
Nenhuma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo
exposto ou para a sociedade.
A exposição médica deve resultar em um benefício real para a saúde do indivíduo e/ou para a
sociedade.
Deve-se considerar a eficácia, os benefícios e riscos de técnicas alternativas disponíveis com o mesmo
objetivo, mas que envolvam menos ou nenhuma exposição a radiações ionizantes.

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Otimização da proteção radiológica
O princípio da otimização implica em que as exposições devem manter o nível de radiação o mais
baixo possível.
Esse princípio se aplica a todas as atividades que demandam exposições às radiações ionizantes.
Tais atividades devem ser planejadas, analisando-se em detalhe o que se pretende fazer e como será
feito.
A proteção radiológica é otimizada quando as exposições empregam a menor dose possível de
radiação, sem que isso implique na perda de qualidade de imagem.

Limitação de doses individuais


As doses de radiação não devem ser superiores aos limites estabelecidos pelas normas de
radioproteção de cada país.
Esse princípio não se aplica para limitação de dose ao paciente, mas sim para trabalhadores
ocupacionalmente expostos à radiação ionizante e para o público em geral.
Incide sobre o indivíduo considerando todas as exposições, decorrentes de todas as práticas que o
indivíduo possa estar exposto.

Exposições ocupacionais
Nas exposições ocupacionais normais, nas práticas abrangidas pela Portaria 453, o controle deve
ser feito de maneira que:
- A dose efetiva anual não deve exceder 20mSv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não
podendo exceder 50mSv em um ano;
- Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios-X diagnósticos, exceto em treinamentos;
Estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento profissional a dose efetiva anual
não deve exceder o valor de 6mSv;
- É proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos;
- A dose efetiva anual de indivíduos do público não deve exceder a 1mSv.
Para mulheres grávidas devem ser observados os requisitos adicionais:
- A gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada;
- As condições de trabalho devem garantir que a dose na superfície do abdômen não exceda 2mSv
durante todo o período restante da gravidez.

Métodos de redução de exposição às radiações


Os métodos descritos a seguir podem ser adotados visando a redução de exposição as radiações.
- Tempo, blindagem e distância;
- Hábitos de trabalho;
- Sinalização;
- Monitoração.

Tempo, blindagem e distância


A redução do tempo de exposição ao mínimo necessário, para uma determinada técnica de exames,
é a maneira mais prática para se reduzir a exposição à radiação ionizante e quanto mais distante da fonte
de radiação, menor a intensidade do feixe.

Hábitos de trabalho
- Utilizar sempre as técnicas adequadas para cada tipo de exame, evitando a necessidade de repetição
e reduzindo o efeito da radiação espalhada sobre o profissional das técnicas radiológicas;

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- O Tecnólogo e o Técnico deverão sempre utilizar seu dosímetro pessoal durante a jornada de
trabalho;
- Sempre posicionar-se atrás do biombo ou na cabine de comando durante a realização do exame;
- Usando aparelhos móveis de raios X o profissional das técnicas radiológicas deve aplicar, da melhor
maneira os conceitos de radioproteção (tempo, blindagem e distância);
- Sempre utilizar acessórios plumbíferos e o dosímetro por fora do avental nos exames em que seja
necessário permanecer próximo ao paciente;
- As portas de acesso de instalações fixas devem ser mantidas fechadas durante as exposições.

Sinalização

Monitoração
O uso do dosímetro individual por parte dos Tecnólogos e Técnicos constitui o principal meio de
avaliação da eficiência de um programa de controle de dose estabelecido e dos procedimentos adotados
no serviço de radiodiagnóstico.
O dosímetro individual é de uso exclusivo do usuário no serviço para o qual foi designado.

Procedimentos de proteção radiológica


Na utilização dos raios X nos procedimentos em radiodiagnóstico para atingir o objetivo radiológico,
deve-se ter em mente que é o paciente que obtém o benefício do exame. Portanto todo meio de proteção
radiológica deve ser utilizado para que as doses, principalmente nos trabalhadores, sejam tão baixas
quanto razoavelmente exeqüíveis.

Proteção dos indivíduos ocupacionalmente expostos


- Efetuar rodízio na equipe durante os procedimentos de radiografia em leito e UTI;
- Utilizar sempre as técnicas adequadas para cada tipo de exame, evitando a necessidade de
repetição, reduzindo o efeito sobre ele da radiação espalhada;
- Informar corretamente ao paciente os procedimentos do exame, evitando a necessidade de repetição;
- Sempre utilizar acessórios plumbíferos e o dosímetro por fora do avental nos exames em que seja
necessário permanecer próximo ao paciente;
- Utilizar o dosímetro pessoal durante a jornada de trabalho;
- Posicionar-se atrás do biombo ou na cabine de comando durante a realização do exame;
- Usando aparelhos móveis de raios X deve-se aplicar, da melhor maneira os conceitos de
radioproteção (tempo, blindagem e distância);
- As portas de acesso de instalações fixas devem ser mantidas fechadas durante as exposições.

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Proteção dos pacientes
O paciente busca e deve obter um benefício real para a sua saúde em comparação com detrimento
que possa ser causado pela radiação. Deve-se dar ênfase à otimização nos procedimentos de trabalho,
por possuir um influência direta na qualidade e segurança da assistência aos pacientes.
- Sempre fazer uso de protetor de gônadas e saiote plumbífero em pacientes, exceto quando tais
blindagens excluam ou degradem informações diagnósticas importantes;
- Sempre buscar a repetição mínima de radiografias;
- Efetuar uma colimação rigorosa à área de interesse do exame;
- Otimizar seus fatores de técnica (tempo, mA e kV) para uma redução de dose, mantendo a qualidade
radiográfica.

Prevenção de acidentes
Deve-se desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para minimizar a contribuição de
erros humanos que levem à ocorrência de exposições acidentais.
Manter as instalações e seus equipamentos de raios-X nas condições exigidas pela Portaria 453,
devendo prover serviço adequado de manutenção periódica;
Evitar a realização de exposições médicas desnecessárias;
Compensações ou privilégios especiais para indivíduos ocupacionalmente expostos não devem, em
hipótese alguma, substituir a observação das medidas de proteção e segurança.

EFEITOS DA RADIOATIVIDADE NOS ORGANISMOS


Os efeitos da radioatividade no ser humano dependem da quantidade acumulada no organismo e do
tipo de radiação. A radioatividade é inofensiva para a vida humana em pequenas doses, mas, se a dose
for excessiva, pode provocar lesões no sistema nervoso, no aparelho gastrintestinal, na medula óssea,
etc., Muitas vezes pode levar a morte (em poucos dias ou num espaço de dez a quarenta anos, através
de leucemia ou outro tipo de câncer).

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Estar em contato com a radiação é algo sutil e impossível de ser percebido imediatamente, já que no
momento do impacto não ocorre dor ou lesão visível.
A radiação ataca as células do corpo, fazendo com que os átomos que compõem as células sofram
alterações em sua estrutura. As ligações químicas podem ser alteradas, afetando o funcionamento das
células. Isso provoca, com o tempo, consequências biológicas no funcionamento do organismo como um
todo; algumas consequências podem ser percebidas a curto prazo, outras a longo prazo. Às vezes vão
apresentar problemas somente os descendentes (filhos, netos) da pessoa que sofreu alguma alteração
genética induzida pela radioatividade.

Séries radioativas

A tabela a seguir indica a meia-vida de alguns isótopos radioativos

Isótopo radioativo Meia-vida (P)


13
O 8,7 .10-3 segundos
80
Br 17,6 minutos
99
Tc 6,0 horas
140
Ba 12,8 dias
14
C 5.730 anos
238
U 4,5 bilhões de anos

O período de semidesintegração é aproximadamente 70% do valor da vida média (Vm)

P ≅ 0,7 Vm
Fissão nucelar

A descoberta da reação de fissão nuclear ocorreu devido aos trabalhos de Enrico Ferni, Otto Hahn e
Lise Meitner.

A fissão nuclear é uma reação que ocorre no núcleo de um átomo. Geralmente o núcleo pesado é
atingido por um nêutron, que, após a colisão, libera uma imensa quantidade de energia. No processo de
fissão de um átomo, a cada colisão são liberados novos nêutrons. Os novos nêutrons irão colidir com
novos núcleos, provocando a fissão sucessiva de outros núcleos e estabelecendo, então, uma reação
que denominamos reação em cadeia.
Um parâmetro importante para analisar a estabilidade de um núcleo é a razão entre o número de
prótons e o número de nêutrons. Por um lado, a falta de nêutrons pode tornar a distância entre prótons
tão pequena que a repulsão se torna inevitável, resultando na fissão do núcleo. Por outro lado, como a
força nuclear é de curto alcance, o excesso de nêutrons pode acarretar uma superfície de repulsão
eletromagnética insustentável, que também resultaria na fissão do núcleo. Assim, um dos principais
fatores para a estabilidade do núcleo é que tenhamos N = Z.
Quando o isótopo urânio-235 (235U) recebe um nêutron, ele passa para um estado excitado que
corresponde ao urânio-236 (236U). Pouco tempo depois esse novo núcleo excitado se rompe em dois
novos elementos. Esse rompimento, além de liberar novos nêutrons, libera uma grande quantidade de
energia.
Os nêutrons provenientes do rompimento do núcleo excitado vão encontrar novos núcleos, gerando,
portanto, uma reação em cadeia. A fim de que os novos nêutrons liberados encontrem novos núcleos,
para assim manter a reação em cadeia, após a fissão do núcleo de urânio, deve-se ter uma grande
quantidade de urânio-235. Como a concentração de urânio-235 no mineral urânio é pouca, obtém-se o
urânio 235 em grande escala através do processo de enriquecimento do urânio.

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A fissão nuclear de um átomo de urânio libera grande quantidade de energia, cerca de 200 Mev. Se
for descontrolada, a reação será explosiva – é o que acontece com as bombas atômicas.

Fusão Nucelar
Praticamente toda energia que a Terra recebe diariamente é proveniente do Sol, que libera energia
por reações termonucleares.
As temperaturas elevadas no centro do Sol fornecem a energia necessária para que átomos de
hidrogênio (H) se unam, num processo chamado fusão nuclear.

Uso da energia nuclear e suas implicações ambientais

A Energia nuclear é aquela gerada a partir da quebra dos átomos de determinados elementos
químicos, sendo o urânio o mais utilizado na atualidade. O processo de produção de energia ocorre nas
Usinas Nucleares. De acordo com dados atuais, cerca de 15% da energia gerada no mundo é proveniente
destas usinas nucleares.
Uma das vantagens da usina nuclear é a produção de uma energia mais limpa, já que 10 g de urânio
é o suficiente para produzir a mesma quantidade de energia de 700 kg de petróleo e 1.200 kg de carvão.
Outra vantagem das usinas nucleares é que não emitem gases, e não contribuem para o aquecimento
global.
As desvantagens apresentadas são a respeito do lixo radioativo, uma vez que a energia elétrica
produzida é por intermédio do processo de fissão nuclear, e não pode ser deixado exposto devido à
radiação, o que causaria problemas na fauna e flora da região. O lixo radioativo deve ser muito bem
acondicionado, pois pode demorar centenas de anos para perder suas propriedades radioativas.
Um outro fator de risco a ser considerado é a possibilidade de explosão da usina nuclear. O processo
de fissão resulta em um alto aquecimento do urânio, e caso não seja controlado pode causar fusão do
reator causando acidente nuclear de grandes proporções como as que acontecerem em Chernobyl na
Ucrânia, e Fukushima no Japão.

FONTES DE ENERGIA, SEUS USOS SOCIAIS E EVENTUAIS E IMPACTOS AMBIENTAIS

O impacto ambiental gerado durante a obtenção de energia vem sendo discutido mundialmente,
mediante a conscientização da gravidade da questão. Os impactos ambientais gerados pela obtenção de
energia interferem enormemente no desenvolvimento sustentável, e o entendimento deles se faz
primordial para a análise de implementação de projetos e planejamentos energéticos. Várias são as fontes
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para obtenção de energia elétrica, entre elas as hidrelétricas, carvão, petróleo, fissão, biomassa, solar,
eólica, geotérmica, fusão, hidrogênio, ondas, térmica das marés, marés, óleos vegetais, álcool, gás
natural. Serão apresentados a seguir os impactos ambientais provenientes de termelétricas, hidrelétricas,
energia eólica, e energia solar

OBTENÇÃO DE ENERGIA E OS IMPACTOS AMBIENTAIS


A preocupação com os impactos ambientais vem da crescente conscientização de que a vida na Terra
necessita dos recursos naturais para se manter em equilíbrio.
Ao mesmo tempo em que o homem precisa de energia elétrica para seu desenvolvimento, ele precisa
encontrar formas para que essa geração não degrade o meio ambiente, que é o grande gerador dos
recursos naturais e de importância vital.
Os meios de transporte e comunicação, além das residências, indústrias, comércio, agricultura e vários
campos da sociedade, dependem totalmente da disponibilidade de energia, tanto a eletricidade quanto
os combustíveis. Por isso, com o crescimento socioeconômico de diversos países, a cada ano a procura
por recursos para a geração de energia cresce, elevando também o caráter estratégico e até disputas
internacionais em busca de muitos desses recursos.
As fontes de energia podem ser classificadas conforme a capacidade natural de reposição de seus
recursos. Existem, assim, as chamadas fontes renováveis e as fontes não renováveis.

Fontes renováveis de energia


As fontes renováveis de energia, como o próprio nome indica, são aquelas que possuem a capacidade
de serem repostas naturalmente, o que não significa que todas elas sejam inesgotáveis. Algumas delas,
como o vento e a luz solar, são permanentes, mas outras, como a água, podem acabar, a depender da
forma como o ser humano faz o seu uso. Vale lembrar que nem toda fonte renovável de energia é limpa,
ou seja, está livre da emissão de poluentes ou de impactos ambientais em larga escala.

Energia Nuclear
A energia nuclear é a energia liberada durante a fissão ou fusão dos núcleos atômicos. As quantidades
de energia que podem ser obtidas mediante processos nucleares superam em muitas as que se pode
obter mediante processos químicos, que só utilizam as regiões externas do átomo.
Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de através de reações nucleares,
emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio que nas reações nucleares ocorre uma
transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico
de um elemento podendo transformar-se em outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente
em alguns elementos; em outros se deve provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de
nêutrons ou outras

Reações Nucleares
Quando dois núcleos se movem um em direção ao outro e, apesar da repulsão coulombiana, se
aproximam o suficiente para que haja interação entre as partículas de um com as partículas do outro pela
força nuclear, pode ocorrer uma redistribuição de núcleos e diz que aconteceu uma reação nuclear.
Usualmente, as reações nucleares são produzidas bombardeando-se um núcleo alvo com um projétil
que pode ser algum tipo de partícula ou núcleo pequeno, de modo que a repulsão coulombiana não se
torne um obstáculo muito grande. As reações que envolvem energias não muito grandes ocorrem em
duas fases. Na primeira fase, o núcleo alvo e o projétil se agrupam, formando o que se chama de núcleo
composto num estado altamente excitado. Na segunda fase, o núcleo composto decai por qualquer
processo que não viole os princípios de conservação.
Por exemplo, uma partícula a com uma energia cinética de cerca de 7 MeV colide com um núcleo de
nitrogênio 14. O resultado é um núcleo composto que consiste de todos os núcleos da partícula a e do
nitrogênio 14 num estado altamente excitado. Esse núcleo composto, sendo constituído de 9 prótons, é
um núcleo de flúor. Como esse núcleo composto está num estado altamente excitado, pode-se esperar
que ele emita uma partícula (ou um fóton) no processo de passagem a um estado menos excitado ou ao
estado fundamental do núcleo filho.

Cinética das Reações Nucleares


Essas reações são interessantes porque produzem prótons e nêutrons com grandes energias
cinéticas. Por outro lado, as partículas a de fontes radioativas naturais são efetivas para produzir
transformações nucleares apenas em núcleos com números atômicos menores que Z = 19
(correspondente ao potássio) devido à intensidade da repulsão coulombiana entre essas partículas a e

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os núcleos atômicos alvo. Nêutrons, ao contrário, podem penetrar, em princípio, qualquer núcleo, já que
não são repelidos pelos prótons.

Reações Artificiais
Os núcleos radioativos artificiais são produzidos por reações nucleares. Os elementos transurânicos,
em particular, são normalmente produzidos pela captura de nêutrons seguida de decaimento b-. Por outro
lado, o que se chama de espalhamento é a reação nuclear em que projétil e partícula liberada são a
mesma partícula. O espalhamento é elástico quando, durante o processo, não varia a energia cinética da
partícula, e inelástico, caso contrário.

Origens da Física Quântica


Há pouco mais de cem anos, o físico Max Planck, considerado conservador, tentando compreender a
energia irradiada pelo espectro da radiação térmica, expressa como ondas eletromagnéticas produzidas
por qualquer organismo emissor de calor, a uma temperatura x, chegou, depois de muitas experiências e
cálculos, à revolucionária ‘constante de Planck’, que subverteu os princípios da física clássica.
Este foi o início da trajetória da Física ou Mecânica Quântica, que estuda os eventos que transcorrem
nas camadas atômicas e subatômicas, ou seja, entre as moléculas, átomos, elétrons, prótons, pósitrons,
e outras partículas. Planck criou uma fórmula que se interpunha justamente entre a Lei de Wien – para
baixas frequências – e a Lei de Rayleight – para altas frequências -, ao contrário das experiências
tentadas até então por outros estudiosos.
Albert Einsten, criador da Teoria da Relatividade, foi o primeiro a utilizar a expressão quantum para a
constante de Planck E = hv, em uma pesquisa publicada em março de 1905 sobre as consequências dos
fenômenos fotoelétricos, quando desenvolveu o conceito de fóton. Este termo se relaciona a um evento
físico muito comum, a quantização – um elétron passa de uma energia mínima para o nível posterior, se
for aquecido, mas jamais passará por estágios intermediários, proibidos para ele, neste caso a energia
está quantizada, a partícula realizou um salto energético de um valor para outro. Este conceito é
fundamental para se compreender a importância da física quântica.
Seus resultados são mais evidentes na esfera macroscópica do que na microscópica, embora os
efeitos percebidos no campo mais visível dependam das atitudes quânticas reveladas pelos fenômenos
que ocorrem nos níveis abaixo da escala atômica. Esta teoria revolucionou a arena das ideias não só no
âmbito das Ciências Exatas, mas também no das discussões filosóficas vigentes no século XX.
No dia a dia, mesmo sem termos conhecimento sobre a Física Quântica, temos em nossa esfera de
consumo muitos de seus resultados concretos, como o aparelho de CD, o controle remoto, os
equipamentos hospitalares de ressonância magnética, até mesmo o famoso computador.
A Física Quântica envolve conceitos como os de partícula – objeto com uma mínima dimensão de
massa, que compõe corpos maiores – e onda – a radiação eletromagnética, invisível para nós, não
necessita de um ambiente material para se propagar, e sim do espaço vazio. Enquanto as partículas
tinham seu movimento analisado pela mecânica de Newton, as radiações das ondas eletromagnéticas
eram descritas pelas equações de Maxwell. No início do século XX, porém, algumas pesquisas
apresentaram contradições reveladoras, demonstrando que os comportamentos de ambas podem não
ser assim tão diferentes uns dos outros. Foram essas ideias que levaram Max Planck à descoberta dos
mecanismos da Física Quântica, embora ele não pretendesse se desligar dos conceitos da Física
Clássica.
A conexão da Mecânica Quântica com conceitos como a não-localidade e a causalidade, levou esta
disciplina a uma ligação mais profunda com conceitos filosóficos, psicológicos e espirituais. Hoje há uma
forte tendência em unir os conceitos quânticos às teorias sobre a Consciência.
Físicos como o indiano Amit Goswami se valem dos conceitos da Física moderna para apresentar
provas científicas da existência da imortalidade, da reencarnação e da vida após a morte. Professor titular
da Universidade de Física de Oregon, Ph.D em física quântica, físico residente no Institute of Noetic
Sciences, suas ideias aparecem no filme Quem somos nós? e em obras como A Física da Alma, O Médico
Quântico, entre outras. Ele defende a conciliação entre física quântica, espiritualidade, medicina, filosofia
e estudos sobre a consciência. Seus livros estão repletos de descrições técnicas, objetivas, científicas, o
que tem silenciado seus detratores.
Fritjof Capra, Ph.D., físico e teórico de sistemas, revela a importância do observador na produção dos
fenômenos quânticos. Ele não só testemunha os atributos do evento físico, mas também influencia na
forma como essas qualidades se manifestarão. A consciência do sujeito que examina a trajetória de um
elétron vai definir como será seu comportamento. Assim, segundo o autor, a partícula é despojada de seu
caráter específico se não for submetida à análise racional do observador, ou seja, tudo se interpenetra e
se torna interdependente, mente e matéria, o indivíduo que observa e o objeto sob análise. Outro

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renomado físico, prêmio Nobel de Física, Eugen Wingner, atesta igualmente que o papel da consciência
no âmbito da teoria quântica é imprescindível.

Radiação do Corpo Negro e a Constante de Planck


Na Física, um corpo negro é aquele que absorve toda a radiação eletromagnética que nele incide:
nenhuma luz o atravessa (somente em casos específicos) nem é refletida. Um corpo com essa
propriedade, em princípio, não pode ser visto, daí o nome corpo negro. Apesar do nome, corpos negros
produzem radiação, o que permite determinar qual a sua temperatura. Em equilíbrio termodinâmico, ou
seja, à temperatura constante, um corpo negro ideal irradia energia na mesma taxa que a absorve, sendo
essa uma das propriedades que o tornam uma fonte ideal de radiação térmica. Na natureza não existem
corpos negros perfeitos, já que nenhum objeto consegue ter absorção e emissão perfeitas.
Independente da sua composição, verifica-se que todos os corpos negros à mesma temperatura T
emitem radiação térmica com mesmo espectro. De mesmo modo, todos os corpos, com temperatura
acima do zero absoluto, emitem radiação térmica. Conforme a temperatura da fonte luminosa aumenta,
o espectro de corpo negro apresenta picos de emissão em menores comprimentos de onda, partindo
das ondas de rádio, passando pelas micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios x e radiação
gama. Em temperatura ambiente (cerca de 300K), corpos negros emitem na região do infravermelho do
espectro. À medida que a temperatura aumenta algumas centenas de graus Celsius, corpos negros
começam a emitir radiação em comprimentos de onda visíveis ao olho humano (compreendidos entre
380 à 780 nanômetros). A cor com maior comprimento de onda é o vermelho, e as cores seguem como
no arco-íris, até o violeta, com o menor comprimento de onda do espectro visível.
Um bom modelo de corpo negro são as estrelas, como o Sol, no qual a radiação produzida em seu
interior é expelida para o universo e consequentemente aquece o nosso planeta. A cor amarela do Sol
corresponde a uma temperatura superficial da ordem de 5000K. A primeira menção a corpos negros deve-
se a Gustav Kirchhoff em 1860, em seu estudo sobre a espectrografia dos gases. Muitos estudiosos
tentaram conciliar o conceito de corpo negro com a distribuição de energia prevista pela termodinâmica,
mas os espectros obtidos experimentalmente, ainda que válidos para baixas frequências, mostravam-se
muito discrepantes da previsão teórica, explicitada pela Lei de Rayleigh-Jeans para a radiação de corpo
negro. Uma boa aproximação dos valores para o máximo de emissão para cada temperatura era dado
pela Lei de Wien, porém foi Max Planck que, em 1901, ao introduzir a Constante de Planck, como mero
recurso matemático, determinou a quantização da energia, o que mais tarde levou à teoria quântica que,
por sua vez, rumou para o estudo e surgimento da mecânica quântica.

Constante de Planck
Dentre os vários experimentos realizados pelos cientistas até o final do século XIX, o que mais
despertou curiosidade foi o estudo da luz emitida por corpos aquecidos. Para estudar a luz emitida por
esses corpos aquecidos os cientistas tiveram que propor um modelo no qual a ideia era realizar os
cálculos apenas para a radiação produzida pela agitação térmica do corpo.
Para que esse estudo fosse realizado corretamente, o corpo deveria absorver toda radiação que nele
chegasse, sem refleti-la. Dessa forma, o corpo deveria ser totalmente negro, daí o nome do
modelo: radiação do corpo negro. Vários cientistas da época (final do séc. XIX) eram preocupados em
tentar dar uma explicação plausível de como a temperatura influenciava a energia emitida por um corpo
negro. Embora fossem muitos os dados experimentais, os cientistas chegaram à conclusão de que nem
a Termodinâmica ou as Leis de Newton eram capazes de demonstrar teoricamente os resultados obtidos.
Na época, para tentar explicar a radiação de corpo negro, eles utilizaram um modelo que propunha
que um corpo possuiria os átomos interligados por “molas”. Dessa forma, diziam que quando aumentava
a temperatura de um corpo, aumentava também a amplitude de oscilação. Mesmo com base nessas
considerações, os cientistas não conseguiram reproduzir corretamente os experimentos. No ano de 1900,
Max Planck fez uma suposição na qual afirmou que a energia dos osciladores não poderia assumir
qualquer valor arbitrário, mas que sempre seria um múltiplo inteiro de um valor mínimo de energia.
Assim, Planck disse que existiria um valor mínimo para a energia que podia ser absorvida ou emitida
pelos osciladores. Este valor ficou conhecido como um quantum de energia. Dessa forma, Planck pôde
explicar corretamente a radiação do corpo negro através da ideia de quantização de energia. Podemos
entender melhor a ideia de quantização da energia proposta por Planck fazendo uma analogia com a
troca de moedas de 1 centavo entre duas pilhas de dinheiro. Suponhamos que cada moeda de 1 centavo
seja nosso quantum de dinheiro: assim, podemos trocar moedas à vontade entre as pilhas, mas é
impossível aumentar ou diminuir 0,5 centavo a qualquer uma das pilhas – o valor total de cada pilha
sempre será múltiplo de 1 centavo.

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Baseando-se nesse raciocínio, Planck propôs o quantum de energia. Ele considerou que a quantidade
total de energia dos osciladores era dividida em “pequenos pacotes” de energia. Estes pequenos pacotes
de energia, ao serem somados, resultam na energia total dos osciladores:

Energia dos osciladores = n(hf) = n(6,6 x 10-34 f)

Onde:

hf é o quantum de energia para o oscilador de frequência f.


h é a constante de Planck.

Texto Adaptado de: Domiciano Marques.

Efeito Fotoelétrico. Espectros Atômicos

Efeito Fotoelétrico

Efeito Fotoelétrico é a emissão de elétrons de um material, geralmente metálico, quando ele é


submetido à radiação eletromagnética. Ela tem larga aplicação no cotidiano como, por exemplo, a
contagem do número de pessoas que passam por um determinado local, como também na aplicação dos
exemplos dados anteriormente. A aplicação desse efeito acontece através das células fotoelétricas ou
fotocélulas, as quais podem ser de vários tipos como, por exemplo, a célula fotoemissiva e a célula
fotocondutiva.
Mas o que vem a ser célula fotoelétrica? São dispositivos que têm a capacidade de transformar energia
luminosa, seja ela proveniente do Sol ou de qualquer outra fonte, em energia elétrica. Essa célula pode
funcionar como geradora de energia elétrica ou mesmo como sensor capaz de medir a intensidade
luminosa, como nos casos das portas de shoppings.
Existem vários tipos de células fotoelétricas, dentre as quais podemos citar algumas que têm larga
utilização atualmente, como: Silício Cristalino, Silício Amorfo, CIGS, Arseneto de Gálio e Telureto de
Cádmio. Essas células são aplicadas tanto em painéis solares como também em monitores de LCD e de
plasma. Texto Adaptado de: Marco Aurélio da Silva.

Espectros Atômicos
Em 1859, Kirchhoff e Bunsen deduziram a partir de suas experiências que cada elemento, em
determinadas condições emite um espectro característico. Tal espectro é exclusivo de cada elemento.
Com isso foi possível desenvolver um novo método de análise, baseado nestas emissões. A parte
da ciência que estuda estas emissões é chamada de Espectroscopia e foi de fundamental importância
no estudo dos astros, uma vez que praticamente tudo o que se sabe a respeito da composição química
deles vem de estudos das suas emissões espectrais.
Quando se fornece energia a um elétron em um átomo de um determinado elemento, tal elétron pode
“saltar” para um nível superior de energia e ao retornar ao seu estado inicial emite radiação
eletromagnética. Toda radiação eletromagnética possui uma frequência e com isto pode-se determinar
seu comprimento de onda.
Entretanto, esta energia fornecida ao átomo para que ele altere o seu estado, não pode possuir
qualquer valor. Neste caso, cada átomo é capaz de emitir ou absorver radiação eletromagnética, somente
em algumas frequências específicas o que torna a emissão característica de cada material.
Para fornecermos energia aos elétrons de um determinado material, uma das formas de fazer é
aquecê-lo em sua forma gasosa. Assim, este elemento pode emitir radiação em certas frequências do
visível, o que constitui seu espectro de emissão.
De acordo com as leis de difração teremos padrões de interferência quando nλ = dsen
θn, onde n corresponde a ordem de difração que está sendo observada. Na prática realizada nos
laboratórios, o espectro de 1ª ordem pode se apresentar da seguinte forma (exemplo para o mercúrio).

Linhas do espectro visível do Hg

COR λ(nm)
VERMELHA 690
VERMELHA 624
VERMELHA 611
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VERMELHA 608
AMARELA 578
VERDE 548
VERDE-
496
AZULADA
VERDE-
492
AZULADA
AZUL 435
VIOLETA 408

Após os testes em laboratório, pode – se ver o seguinte espectro atômico:

Texto Adaptado dePAULA; Ricardo Normando Ferreira

Modelo Atômico de Bohr


O físico dinamarquês Niels Bohr (1885 - 1962) propôs um modelo atômico para o átomo de hidrogênio
que depois foi estendido para outros elementos. O seu modelo baseia-se no Sistema Solar, no qual os
planetas giram ao redor do Sol. Para Bohr, os elétrons giram em órbita ao redor do núcleo atômico
agrupados em níveis energéticos.
Hoje sabemos que os elétrons giram ao redor do núcleo, mas não em órbita. Para ser considerada
uma órbita, o movimento do elétron deveria ser sempre num mesmo plano, o que na prática não acontece.
O movimento dos elétrons ao redor do núcleo é parecido ao de uma nuvem que envolve esse núcleo
atômico.

No estado fundamental de um átomo, os elétrons se encontram no nível energético mais baixo


possível.
Se os elétrons de um átomo recebem energia ou colidem com outros elétrons, eles saltam para níveis
mais externos. Neste caso, dizemos que os elétrons entram em estado excitado. Se os elétrons cedem
energia, eles saltam para níveis mais internos e a energia liberada pelos elétrons sai em forma de
quantum de luz ou fóton.
A dificuldade para se determinar a trajetória de um elétron ao redor do núcleo atômico consiste em
que, para descobri-la, é necessário enviar um fóton ao átomo; mas quando isso acontece, o elétron salta
de nível energético, mudando assim a sua trajetória. O comportamento dos elétrons é parecido com o da
luz. Ora eles se comportam como onda, ora como partícula. Durante o seu movimento normal ao redor
do núcleo, o comportamento dos elétrons é de onda e quando recebem um fóton, eles se comportam
como partícula.

Comprimento de Ondas de De Broglie e Ondas de Matéria9


Apesar de todas as limitações, a teoria de Bohr teve o mérito de contribuir para a aceitação da
dualidade onda-corpúsculo, rompendo assim com a Física Clássica. Perdida a imagem tradicional do

9
Texto adaptado de: Materiais baseados em "Física" de Alcina do Aido, Maria Adélia Passos Ponte, Maria Aurelina Martins, Maria Gertrudes
Abreu Bastos, Maria Josefina Pereira, Maria Margarida Leitão e Rómulo de Carvalho, Livraria Sá da Costa Editora, Volume II, págs. 227 a 363.

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Universo logo se pensou que, se uma radiação se pode comportar como uma onda e como uma partícula,
porque não uma partícula a comportar-se também como uma onda?
Talvez então os elétrons ou os átomos, ou outras partículas, pudessem manifestar comportamento
ondulatório, sendo esta questão levantada pela primeira vez pelo físico francês Louis de Broglie, em 1923,
que admitiu que a uma partícula de massa m, que se move com velocidade escalar v, tendo, portanto,
um momento linear de valor p = m.v, se encontra associada uma onda de comprimento de onda λ, tal que
ℎ ℎ
𝜆= ⇔ 𝜆=
𝑚. 𝑣 𝑝

em que h é a constante de Planck.


Este comprimento de onda λ designa-se por comprimento de onda de de Broglie da partícula. A
generalização do conceito de onda-corpúsculo a todas as partículas serviu a de Broglie de fundamento
para a criação de uma nova mecânica, a Mecânica Ondulatória, continuada pelo físico-matemático
austríaco Erwin Schroedinger. Em 1927, os físicos americanos Davisson e Germer conseguiram que um
feixe monocinético de elétrons s, i.e., um feixe em que os elétrons tinham todos a mesma energia cinética,
atravessasse um cristal de níquel, tendo obtido imagens daquelas partículas, que revelaram
comportamento ondulatório, o que está na base do funcionamento do microscópio electrónico, que se
baseia nas propriedades ondulatórias dos elétrons
Mais tarde obtiveram-se resultados análogos por utilização de feixes de neutrões, protões, átomos de
hidrogénio e átomos de hélio, resultado da difração destes feixes corpusculares. O físico alemão Werner
Heisenberg, fundamentando-se na teoria dos quanta de Planck e Einstein, apresentou na mesma época
outra teoria, desenvolvida segundo um tratamento matemático diferente, a chamada Mecânica Quântica.
O físico inglês Paul Dirac demonstrou, todavia, que estas duas mecânicas eram fisicamente idênticas,
embora com formas matemáticas diferentes, passando a serem ambas conhecidas como Mecânica
Quântica.
Temos por base a descontinuidade da energia, emitida e absorvida, que a mecânica newtoniana,
como física do contínuo, não podia suportar. Tal como a óptica geométrica é uma boa aproximação da
óptica ondulatória quando o comprimento de onda é muito menor que as dimensões dos obstáculos ou
aberturas que a radiação encontra, também a mecânica clássica é uma boa aproximação da mecânica
quântica sempre que o comprimento de onda de de Broglie da partícula em causa seja muito menor do
que as dimensões dos obstáculos ou aberturas que a partícula encontra.
Como o valor da constante de Planck é muito pequeno, o comprimento de onda de de Broglie é
extraordinariamente pequeno para qualquer corpo macroscópico, não sendo, por isso, de notar
fenômenos de difração com os corpos que utilizamos no dia-a-dia, podendo mesmo aplicar-se aos
elétrons, em certas condições, as leis da mecânica clássica.

Ondas de Matéria
Matéria está relacionada com energia pela relatividade especial. Energia está relacionada com ondas
pelas relações de Planck-Einstein, que mostram que a energia de um fóton é discretizada e diretamente
proporcional à sua frequência. Se matéria está relacionada com energia e se energia está relacionada
com ondas, é quase natural supormos que matéria relaciona-se, de alguma maneira, com ondas. Neste
pensamento, nascem as ondas de matéria. A assinatura das ondas de matéria é expressa pela relação

“𝑝 = 𝜆 ”, que significa “na mecânica quântica (h), partícula (p) se comporta como onda (λ) e vice-versa”.

O mapa a seguir ilustra esse raciocínio.

Texto adaptado de: Prof. Dr. Matheus P. Lobo

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Princípio da Incerteza Heisenberg. Dualidade Onda-Partícula.
Para efetuarmos qualquer tipo de medição precisamos interagir com aquilo que queremos medir.
Durante a medida do tamanho de um tecido por exemplo, é necessário tocá-lo e compará-lo com uma fita
métrica; para medir a velocidade de um carro, o radar rodoviário emite ondas que atingem o carro e voltam
permitindo calcular sua velocidade; para simplesmente descobrirmos a posição de qualquer objeto,
geralmente precisamos enxergá-lo e se o enxergamos significa que a luz iluminiu este corpo e chegou
aos nossos olhos.
Por melhor que sejam os nossos aparelhos de medição, sempre haverá uma possível diferença entre
a medida que avaliamos e a medida real. Por exemplo, se usarmos uma régua graduada em apenas em
centímetros, nunca teremos certeza sobre os milímetros daquela medida. A possível diferença entre o
valor que medimos e o valor real é chamada de incerteza.

Quanto mede o lápis acima? Se dissermos 6,5 cm não podemos ter certeza sobre os 0,5 cm além dos
6 cm marcados na régua. Não existe qualquer indicação na régua que mostre esses 0,5 cm a mais. Por
isso dizemos que a incerteza dessa medida é + 0,5 cm.

O Princípio da Incerteza
Quando começamos a lidar com corpos muito pequenos, como os elétrons por exemplo, determinar
valores como posição e momento torna-se uma tarefa um pouco mais complicada. Como saber a posição
de um elétron? Poderíamos lançar contra ele um feixe de luz com alguns fótons (partículas de luz) e ao
recebê-los novamente calcular onde estava.
Se tentarmos porém determinar a quantidade de movimento da mesma forma, alteraremos a
quantidade de movimento original com os fótons que lançamos. Podemos então criar uma cuidadosa
experiência para tentar calcular o momento do elétron. A Quantidade de Movimento da partícula
necessária para esse cálculo muda a posição do elétron de modo que não conseguimos descobrir a
posição com boa precisão. Resumindo, quanto maior a precisão com que medimos a posição menor a
precisão com que mediremos o momento e vice-versa. A isso chamamos de Princípio da Incerteza de
Heisenberg.
Essa incerteza não se deve aos aparelhos que usamos, mas a própria natureza das partículas.
Segundo as leis da Mecânica Quântica, quanto mais fácil for para encontrar uma partícula maior o
momento necessário para interagir com ela, o que torna mais difícil determinar a sua Quantidade de
Movimento. Algo parecido ocorre se conseguirmos determinar o Momento com precisão e tentarmos
descobrir a posição.
Como podemos perceber, muitos conceitos da Mecânica Quântica são bastante diferentes da
Mecânica Clássica. Porém a maior parte da Ciência desenvolvida antes do século XX encontra aplicações
em nossa vida diária e nas situações com que estamos acostumados. Esta mesma Ciência Clássica
começa a perder sua utilidade quando estudamos objetos extremamente pequenos, como átomos,
extremamente grandes, como estrelas ou extremamente rápidos, próximos da velocidade da luz.

Dualidade Onda-Partícula.
Ao longo dos tempos o ser humano e os animais evoluíram de forma a ter uma sensibilidade maior
para a luz visível. O estudo dos fenômenos ópticos é fascinante, pois os variados tipos de imagens podem
trazer diversos tipos de emoções ao ser humano e mesmo aos animais. Mas a evolução vem da
necessidade destes seres obterem informações do meio em que vivem. Na história da humanidade alguns
estudos resultaram em grandes descobertas. Primeiramente, com relação à luz, estudou-se a
possibilidade dela se propagar em linha reta. Mais tarde, Isaac Newton decompõe a luz em várias cores
e também consegue demonstrar que várias cores compõe a luz branca.
Muitas discussões foram feitas com relação à luz. Quando se fala em propagação automaticamente
considera-se um deslocamento com certa velocidade. Mas velocidade do quê? De uma onda ou de
uma partícula?
Primeiramente, faz-se necessário fazer algumas considerações: Uma onda é uma perturbação que se
propaga em um meio. No caso de uma onda eletromagnética a perturbação é do campo elétrico e
do campo magnético. É um argumento plausível pra explicar a luz. Mas alguns experimentos realizados
no fim do século XIX mudam um pouco essa concepção com relação a este importante ente físico. Entre
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os mais relevantes, podem ser citados o efeito fotoelétrico, o espalhamento Compton e a produção de
raios X. Quando se faz um experimento com partículas em fenda única, observa-se uma região de máxima
incidência de partículas, conforme mostra a figura 01.

Figura 01: as partículas são colimadas por uma fenda e incidem no anteparo formando um padrão
de interferência com uma franja apenas.

Fica evidente o caráter ondulatório quando se faz um experimento com fenda de espessura da ordem
do comprimento de onda da luz incidente conforme a figura 02.

Figura 02: ao centro, apenas uma franja de intensidade luminosa máxima.

Nestes dois casos se observa a intensidade máxima em uma única região do anteparo.
Quando a onda incide em um colimador com duas fendas observa-se um padrão de interferência com
várias franjas. Isto ocorre devido ao fato de que há uma interferência construtiva quando a intensidade
máxima da onda da luz emergente de uma fenda coincide com o máximo da onda emergente da outra
fenda. Isso ocorre porque há uma diferença de caminho da luz emergente de cada fenda. O mesmo
acontece com os mínimos e forma o padrão de interferência da figura 03.

Figura 03: várias franjas de intensidade luminosa máxima no centro.

Quando a mesma experiência é realizada com partículas, o padrão deve ser formado apenas por duas
raias de máxima intensidade. Mas não é isto que se observa se a mesma experiência for realizada com
prótons, nêutrons ou elétrons. O que se observa é um padrão de interferência! É isto que intriga os físicos:
a luz se comporta ora como onda, ora como partícula. E as partículas se comportam como onda em
determinadas situações. Texto adaptado: Glauber Luciano Kítor.

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