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Dos temas reportados pelos jornais brasileiros sobre a MINUSTAH, resgatamos aqui, dentre
outros, os períodos de eleições gerais, as catástrofes naturais e a ocupação do Exército Brasileiro
nas comunidades do Haiti e seus desdobramentos nas ações de pacificação no Rio de Janeiro.
Em nossos informes, buscamos conferir uma linguagem acadêmica aos fatos reportados pelos
periódicos. Neste especial sobre a MINUSTAH, lançamos um olhar crítico sobre as notícias, a
partir do trabalho dos estudantes da graduação que assinam os resumos.
Boa leitura!
Para receber os informes semanalmente via e-mail, solicite pelo seguinte endereço:
gedes@franca.unesp.br
2017 Observatório Sul-Americano de Defesa e Forças Armadas
O
ano de 2004 na sociedade
haitiana foi marcado por
uma nova intervenção internacio-
nal, decorrente da crise política na
porção oeste da Ilha Hispaniola. O
presidente da República do Haiti,
Jean-Bertrand Aristide, um dos
protagonistas da intervenção
realizada ao longo da década de
1990, foi deposto em 29/02/04
após a escalada do uso da violên-
cia por manifestantes contrários a
seu governo. Com o intuito de
solucionar a crise local e mediar a
transição política, a comunidade
internacional mobilizou-se para a sárias para a mobilização de dente francês, Jacques Chirac,
articulação de mecanismos inter- uma missão de paz. ao presidente da República do
ventores no Haiti. Através da A Missão das Nações Brasil, Luiz Inácio Lula da
adoção da resolução 1529 sob o Unidas para a Estabilização do Silva. O presidente brasileiro
Capítulo VII da Carta das Nações Haiti (MINUSTAH) foi criada afirmou que a participação bra-
Unidas, o Conselho de Segurança pelo Conselho de Segurança sileira na missão seria uma
da instituição autorizou o envio de das Nações Unidas através da honra. No início das nego-
uma Força Multinacional Interina resolução 1542, em 30/04/04. ciações, o Brasil disponibilizou
para preparar as condições neces- A missão sucedeu a Força Mul- 1.100 militares para a operação
tinacional de Intervenção. no Haiti.
Entre os objetivos principais da Contudo, a participação
MINUSTAH, destacam-se: a de militares brasileiros em
manutenção da segurança; a operações no exterior depende
assistência ao processo político de aprovação parlamentar. O
constitucional; a supervisão da presidente Silva submeteu uma
aplicação dos dispositivos de proposta ao Congresso para a
Direitos Humanos. Ao todo, o mobilização de 1.200 militares
mandato inicial da missão para a MINUSTAH. A proposta
previu a mobilização de 6.700 requisitou um orçamento de
militares e 1.622 policiais civis R$ 140 milhões para um perío-
para o cumprimento dos objeti- do inicial de seis meses. O
vos da operação. engajamento brasileiro foi
A participação brasileira aprovado no Senado Federal no
foi considerada após o convite dia 19/05/04 por placar de 38
do Secretário Geral das Nações votos favoráveis e 10 votos con-
Unidas, Kofi Annan, e o presi- trários. O efetivo foi definido
Observatório Sul-Americano de Defesa e Forças Armadas 2017
em 970 militares do Exército e transição entre a Força Multi- nificativos à execução de seus
230 fuzileiros navais. O governo nacional de Intervenção e a principais objetivos. Há de se
brasileiro argumentou que a par- MINUSTAH, prevista inicial- destacar a participação do
ticipação na operação de paz con- mente para o dia 01/06/04. O componente militar da missã0
tribuiria para a projeção interna- general brasileiro Augusto na realização de eleições
cional do país. Convém ressaltar Heleno Ribeiro Pereira democráticas e em esforços
que o governo brasileiro consi- assumiu o comando da missão humanitários após catástrofes
derou que o engajamento no no dia 25/06/04, contando naturais. Convém, então,
Haiti contribuiria para a ambição com efetivo reduzido. observar em perspectivas das
de ocupar um assento permanen- O mandato da missão foi dificuldades experimentadas
te no Conselho de Segurança das encerrado definitivamente em pela missão em suas atividades
Nações Unidas. 15/10/2017, como previsto pela no Haiti.
As Forças Armadas bra- resolução 2350 do Conselho de
sileras enviaram um contingente Segurança das Nações Unidas,
precursor composto por 42 mili- sendo sucedida pela Missão das
tares, com o objetivo de preparar Nações Unidas para o Suporte
a chegada das tropas. Destaca-se à Justiça no Haiti (MINUS-
que a mobilização de recursos JUSTH). Ao longo dos 13 anos
para o envio do efetivo brasileiro de operação, a MINUSTAH
sofreu com atrasos, dificultando a deparou-se com obstáculos sig-
ELEIÇÕES - HAITI
Por Gustavo Henrique Gonçalves Ferreira
direcionado para o norte do país de reduzir o efetivo. Durante o pital de Porto Príncipe na
parte do contingente da missão, ano de 2015, apenas o primeiro véspera de posse do novo presi-
devido a conflitos entre grupos turno foi realizado, o segundo dente. O cenário haitiano se
partidários. O governo estadu- turno foi adiado para 2016. tornou ainda mais instável
nidense solicitou à MINUSTAH e Sobre o assunto, o comandante depois do impacto do furacão
ao Brasil que Jean Bertrand Aris- das forças de paz da ONU no Matthew, que novamente levou
tide, ex-presidente do Haiti, retor- Haiti, general Ajax Porto Pi- ao adiamento do segundo
nasse após o segundo turno das nheiro, descartou a influência turno das eleições. O Segundo
eleições. Entretanto, Aristide do ocorrido na incerteza políti- turno, marcado para o mês
voltou ao país no dia 18/03/11, ca presente no país naquele abril de 2016, não se realizou, e
dois dias antes da votação, fato ano. foi postergado para outubro, o
que gerou grande tensão. Segundo Pinheiro, o que, devido à instabilidade
Um ano após o pleito, o avanço conseguido pela missão política, justificou a pror-
comandante militar da após o terremoto em 2010 rogação para a retirada das
MINUSTAH, general Luiz Eduar- poderia ser afetado pela saída tropas para o ano de 2017.
do Ramos, se posicionou contra a do presidente Michel Martelly, Após os empecilhos à real-
utilização de armamentos pesa- ização, o segundo turno ocor-
dos no Haiti e ressaltando a possi- “A MINUSTAH, reu em 20/11/16 sem inci-
bilidade de transição do controle
liderada pelo dentes e contou com 80% do
do país para as instituições haitia-
nas, afirmando, como justificati-
Brasil, não efetivo da MINUSTAH.
L
ao
ogo em 2004, primeiro ano
da missão, três obstáculos
que se almejava da
também apoio financeiro para
a realização das obras de
infraestrutura, pois eram elab-
os pedidos para extensão da
permanência das tropas peran-
te o Conselho de Segurança, os
MINUSTAH já eram apontados orados projetos para a con- quais eram respondidos com
pelo alto escalão brasileiro. O strução de estradas, forneci- prorrogações mínimas, de
primeiro, o contingente insufici- mento de energia elétrica e pouco mais de 20 dias. O
ente de tropas e a necessidade da coleta de lixo. O Ministério das comandante da missão à época,
extensão da missão por mais Relações Exteriores informou a general Augusto Heleno
tempo; o seguinte, os pedidos por disponibilidade de aproxima- Ribeiro Pereira, afirmava a
aumento do investimento das damente US$ 100 milhões pelo impossibilidade de garantir a
potências do Conselho de Segu- Banco Interamericano de segurança no Haiti caso não se
rança para melhoria da economia Desenvolvimento (BID). A tomassem medidas efetivas
haitiana; por fim, a violência intenção do corpo diplomático contra a instabilidade social e
urbana que colocou as tropas em brasileiro, ao pressionar econômica, cobrando ajuda
questionamento sobre a natureza sobretudo os Estados Unidos e internacional para vencer a
e as diretrizes da missão. Naquele França, era fazer com que a pobreza do povo haitiano. A
ano, o ministro da Defesa, José participação do país se consti- Europa, entretanto, recusou o
Viegas Filho, clamava por auxílio tuísse como mais do que uma aumento do financiamento, o
internacional não somente em operação de emergência. que levou o chanceler Celso
relação ao envio das tropas, mas Em 2005, destacam-se Amorim a alertar sobre o cum-
Observatório Sul-Americano de Defesa e Forças Armadas 2017
discordância acerca do
estopim: em outubro de 2006,
o Centro de Comunicação
Social do Exército (CCSEx)
afirmou, em nota, que os mili-
tares brasileiros realizavam
trabalhos de engenharia na
favela, como a remoção de
muros baixos para facilitar o
acesso de veículos, quando
foram surpreendidos por
disparos de manifestantes que
acabaram ferindo um dos
nacionais, que, em seguida,
revidaram a agressão. Por
Em março de 2006, menos rebeldes partidários do outro lado, agências interna-
de dois anos após a declaração do ex-presidente Jean Aristide. O cionais assinalaram que o
general Pereira, afirmando que líder rebelde haitiano, coman- embate se dera como protesto
operações realizadas em favelas dante Evans, se encontrou com dos moradores contra a
haitianas eram desenvolvidas o comandante do Batalhão derrubada de casas por parte
com frequência, o Exército bra- Haiti, coronel Luiz Santiago, do destacamento brasileiro que
sileiro foi empregado na recuper- no dia seguinte à primeira resultou na morte de pelo
ação de uma pistola 9 mm e dez noite de ocupação da favela menos três haitianos. O Exérci-
fuzis FAL 7.62, roubados do quar- para negociar um cessar-fogo to, em nota, salientou que ne-
tel do Estabelecimento Central de com as forças militares brasi- nhuma casa havia sido afetada
Transportes (ECT), em operação leiras, recebendo uma proposta na operação, mas reconheceu a
que ocorreu em favelas da cidade na qual os rebeldes participa- possibilidade da ocorrência de
do Rio de Janeiro, com a riam de um programa das vítimas durante o confronto.
utilização de 150 homens que já Nações Unidas de desarma- No mês de fevereiro de
haviam trabalhado na mento e de reinserção na socie- 2007, os capacetes azuis da
MINUSTAH, o que fez com que os dade, em troca da garantia de Organização das Nações
jornais os classificassem como que a companhia brasileira Unidas (ONU) tomaram, sem
“treinados para situações de con- fizesse melhorias na comuni- violência alguma, Bois Neuf,
flito semelhantes aos que ocorrem dade, como asfaltamento de região de Cité Soleil que con-
nas favelas cariocas.” ruas e perfuração de poços centrava gangues criminosas
Entretanto, Bel-Air não foi artesianos. da capital haitiana. No local,
o caso determinante para o Apesar do consentimen- haveria a instalação de um
emprego das Forças Armadas em to, a violência em Cité Soleil posto avançado do batalhão, a
favelas cariocas. Em maio do perpetuou-se, visto que teve fim de impedir o retorno de
mesmo ano, as tropas brasileiras início uma disputa territorial gangues. Na semana seguinte à
preparavam-se para iniciar uma entre essa favela e a vizinha, operação de pacificação de Cité
operação de segurança da favela Cité Militaire, também sob Soleil, o jornalista Carlos
de Cité Soleil, principal foco de responsabilidade do Exército Heitor Cony afirmou em
violência em Porto Príncipe. Brasileiro, envolvendo três coluna opinativa que, se as
A ocupação iniciou-se sob gangues. Acusou-se também Forças Armadas podem poli-
pesados tiroteios, visto que Cité ações violentas por parte das ciar cidades, ruas e favelas do
Soleil era o último reduto dos tropas brasileiras, apesar da Haiti, elas poderiam também
2017 Observatório Sul-Americano de Defesa e Forças Armadas
ser prestado pelas Forças Arma- de Brasília (UNB), que mentos de tecnologia avança-
das, porém somente na retaguar- trabalhou no Haiti junto ao da, como redes de observação
da. Por sua vez, alguns oficiais do Ministério da Defesa, segundo eletrônica e centros de comuni-
Exército disseram que uma ação o qual “as Forças Armadas bra- cação e controle. Em nota, o
militar como a feita pelo Brasil no sileiras, em particular o Exérci- Ministério da Defesa afirmou
Haiti, que consistia em entrar, to, não vieram ao Haiti com que, conforme o artigo 15 da
ocupar o território e permanecer vistas a adquirir experiência a Lei Complementar 97, que
nele, funcionaria em favelas do ser usada no Rio ou em outras regulamenta o emprego das
Rio de Janeiro. Merval Pereira, partes do país. Nada obsta, Forças Armadas na
colunista do jornal O Globo, claro, retirar dela ensinamen- manutenção da lei e da ordem,
opinou que há várias questões a tos úteis para as Forças Arma- as Forças só poderiam ser acio-
serem superadas na discussão a das brasileiras, principalmente nadas após o esgotamento dos
respeito do emprego dos militares na área de inteligência”. Apesar instrumentos destinados à
no combate ao crime organizado do debate, o chefe do Esta- preservação da ordem pública
nas metrópoles brasileiras. do-Maior da Defesa, tenen- mencionados na Constituição.
Segundo Pereira, apesar do te-brigadeiro-do-ar Cleonilson Em agosto, o Exército realizou
excelente trabalho realizado pelas Nicácio Silva, anunciou que o uma simulação em uma favela
Forças Armadas no Haiti, uma governo federal não mandaria na zona sul da cidade do Rio de
importante questão deveria ser tropas do Exército para atuar Janeiro, simulando a captura
considerada: o poder de polícia em ações contra o crime orga- de Amaral Duclonas, um dos
que o Exército não possui legal- nizado no Rio de Janeiro e que chefes de uma gangue haitiana.
mente. Pereira citou as palavras a contribuição do governo Os militares que participaram
de Antonio Jorge Ramalho da federal se limitaria ao apoio desse treinamento iriam para o
Rocha, sociólogo da Universidade logístico e à cessão de equipa- Haiti no mês de Dezembro e
2017 Observatório Sul-Americano de Defesa e Forças Armadas
D
Porto Príncipe e Hinche foram
urante o período compre- Inseridas nesse cenário, as
focos secundários. Nestes dois
endido entre 2004 e 2017, catástrosfes naturais possuem
municipíos não houve fatali-
a Missão das Nações Unidas para um papel relativamente impor-
dades, no entanto, eram
a Estabilização no Haiti (MI- tante, pois, ao ocorrerem,
regiões que comportavam o
NUSTAH) enfrentou uma ampla alteram de forma significativa o
principal contingente militar
gama de catástrofes naturais que curso da missão. Faz-se
brasileiro da época, o que
atingiram não somente os agentes necessário, portanto, discursar
começa a delinear a relação
militares da própria missão, como sobre os principais eventos
deste evento com o tema deste
também os habitantes haitianos. naturais que possuíram essa
2017 Observatório Sul-Americano de Defesa e Forças Armadas
As decisões e deter-
minações militares
passaram a dispor de próximo ao local de maior con- assim, militares brasileiros
menor contingente e a centração de tropas militares novamente precisaram ser des-
Créditos
Textos:
Bruna Carolina da Silva Souto: Graduanda em Relações Internacionais pela Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), campus de Franca-SP. Membro em treinamento
do Observatório Sul-Americano de Defesa e Forças Armadas;
Stephanie Loli Silva: Graduanda em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), campus de Franca-SP. Redatora do Observatório Sul-Americano
de Defesa e Forças Armadas.
Supervisão:
Juliana de Paula Bigatão: Doutora pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas
(UNESP/UNICAMP/PUC-SP). Supervisora final do Observatório Sul-Americano de Defesa e Forças
Armadas;
Laura Meneghim Donadelli: Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas
(UNESP/UNICAMP/PUC-SP). Supervisora final do Observatório Sul-Americano de Defesa e Forças
Armadas.
Edição e diagramação:
Amanda Simon: Graduada em Publicidade e Propaganda pela Escola Superior de Administração,
Marketing e Comunicação (ESAMC), campus de Sorocaba-SP;
Referências
Textos:
A missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti: uma alternativa
para a crise?:
“Eleições”:
OBSERVATÓRIO SUL-AMERICANO DE DEFESA E FORÇAS ARMADAS. Informe
Brasil n. 151/2004, junho, 2004. Disponível em:
<http://unesp.br/gedes/produtos/arquivos/9ed54078a0b72e4c90387f1d5a4b7740.pdf>. Acesso
em 15 de out. de 2017.
Imagens:
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Imagem 1: UN Photo/Logan Abassi. Brazilian Peacekeepers with the United Nations
Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) hold a ceremony to mark the termination of their
operations and the beginning of their withdrawal from Haiti prior to the closing of MINUSTAH
October 15, 2017.
Imagem 2: UN Photo/Audrey Goillo. Flag raising by MINUSTAH authority and the Hon. Jean
Tolbert Alexis, President of the Lawer Chamber. MINUSTAH peacekeepers and Haiti National
Police commemorate International Peacekeepers day in Camp Charlie, Port-au-
Prince. UN/MINUSTAH. Peacekeepers Day ceremony 2013.
Pag. 02
Imagem 1: UN Photo/Pasqual Gorriz. Major General Floriano Peixoto Vieira Neto (front,
right), Force Commander of the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH),
chats with Haitian President René Garcia Préval during an official visit from President of Brazil
Luiz Inácio Lula da Silva (left). Port-au-Prince, Haiti. 25 February 2010.
Pag. 03
Imagem 1: Haiti Innovation. MINUSTAH at Baker Rally. Flickr. 4 de fevereiro de 2006.
Pag. 05
Imagem 1: UN Photo/Marco Dormino. Jordanian peacekeepers of the United Nations
Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) paint a gate as they aid in the renovation of the
National School. Port-au-Prince, Haiti. 10 October 2008.
Pag. 06
Imagem 1: UN Photo/Pasqual Gorriz. A Japanese brigade of military engineers with the United
Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) level terrain in Port-au-Prince, Haiti, to
make way for a non-governmental organizations (NGOs) cluster. Port-au-Prince, Haiti. 17
February 2010.
Pag. 07
Imagem 1: UN Photo/Pasqual Gorriz. A Japanese brigade of military engineers with the United
Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) level terrain in Port-au-Prince, Haiti, to
make way for a non-governmental organizations (NGOs) cluster. Port-au-Prince, Haiti. 17
February 2010.
Pag. 08
Imagem 1: UN Photo/Logan Abassi. Two Members of the Formed Police Unit of the Nigerian
contingent of the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) assist National
Police officers to contain university student protesters. Port-au-Prince, Haiti. 12 June 2009.
Pag. 09
Imagem 1: UN Photo/Pasqual Gorriz. Brazilian peacekeepers with the United Nations
Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) are tasked with patrolling Cité Soleil, a
notoriously dangerous slum on the outskirts of Port-au-Prince, Haiti. Since MINUSTAH
penetrated the area in 2004 crime rates have dropped substantially. Cité Solei, Haiti. 23
February 2010.
Pag. 10
Imagem 1: UN Photo/Pasqual Gorriz. Brazilian peacekeepers with the United Nations
Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) are tasked with patrolling Cité Soleil, a
notoriously dangerous slum on the outskirts of Port-au-Prince, Haiti. Since MINUSTAH
penetrated the area in 2004 crime rates have dropped substantially. Cité Soleil, Haiti. 23
February 2010.
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Imagem 1: UN Photo/Pasqual Gorriz. Brazilian peacekeepers with the United Nations
Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) are tasked with patrolling Cité Soleil, a
notoriously dangerous slum on the outskirts of Port-au-Prince, Haiti. Since MINUSTAH
penetrated the area in 2004 crime rates have dropped substantially. Cité Soleil, Haiti. 23
February 2010.
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Imagem 1: UN Photo/Marco Dormino. Members of the Jordanian battalion of the United
Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) carry children through flood waters after
a rescue from an orphanage destroyed by hurricane "Ike". Port au Prince, Haiti. 07 September
2008.
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Imagem 1 : UN Photo/Marco Dormino. Members of the Jordanian battalion of the United
Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) carry children through flood waters after
a rescue from an orphanage destroyed by hurricane "Ike". Port au Prince, Haiti. 07 September
2008.
Imagem 2: Cpl. Alicia R. Leaders. U.S. Marine Corps Forces, South. PORT-AU-PRINCE,
HAITI 11.06.2010.
Pag. 14
Imagem 1: Haiti Innovation. Confusion and Frustration. Flickr. 7 de fevereiro de 2006.
Pag. 15
Imagem 1: Ansel Herz. Haiti. 17 de novembro de 2010.
Pag. 16
Imagem 1: UN Photo/Marco Dormino. Carlos Alberto Dos Santos Cruz (centre), Force
Commander of the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) and other
military personnel of the United Nations peacekeeping mission, lead a rescue operation of the
student survivors of the collapsed three-storey La Promesse College in a suburban shantytown,
killing several people and injuring many more. Port-au-Prince, Haiti. 07 November 2008